Capítulo 3 - ADMDA

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Leone Monteiro Fazzano.

Já era domingo, acordei bastante disposto e cedo como sempre. Aproveitando que Henrique ainda dorme, tomo um banho fresco e demorado. Ao finalizar, ponho uma roupa simples e vou até a cozinha preparar o café. Faço um café preto forte e torradas com patê de frango que minha avó me ensinou a fazer. Eu gostava bastante de cozinhar, é algo que faço muito bem.

Além, das torradas e o patê, cozinhei mais algumas batatas doce e dois ovos e servi junto com as demais. Enquanto eu degusto cada alimento, penso no meu novo emprego que já se inicia amanhã. Eu estava muito tenso e muito apreensivo, mas ao mesmo tempo preparado. Finalizo o café e ponho a louça na pia fazendo toda higienização das mesmas.

Ao terminar, resolvo dar um geral no apartamento, porque se depender de Henrique tudo fica de pernas para o ar. Começo pela sala de jantar, retirando todos os utensílios e objetos e preparando todo o asseio. Não demora muito e vou para outro cômodo e Henrique ainda permanece dormindo. Para que eu pudesse fazer aquilo com mais ânimo, eu busco meus fones de ouvido com o meu celular e ponho na minha playlist da Beyoncé. Acabo transformando uma simples faxina, em uma grande turnê mundial, cantando bem alto no que resulta no acordar do Henrique.

- Porra, mano! Eu estava dormindo, que porra! – Diz ele, incrédulo.

- Agora acordou, e trate conter o seu tom de voz comigo. Acho bom que você organize suas coisas e me ajude a limpar a casa, não se esqueça que o seu macho virá hoje à noite. – Respondo triunfante, tirando os fones do ouvido.

- Sim, mas ele só estará de passagem, ele não viver aqui.

- Não interessa, por mais que ele não viva aqui, precisamos manter uma imagem asseada principalmente no apartamento e no seu quarto.

- Você parece meu pai, mano.

- Eu duvido que seu pai concordará com a maneira de como você vive, aposto que ele não ficará nada satisfeito em chegar aqui de surpresa e encontrar à casa como um verdadeiro brega, além dele encher o seu saco, vai sobrar para mim. Então, acho bom que você tome uma atitude e faça a sua parte!

- Tá bom! Eu vou tomar um banho, comer alguma coisa e te ajudo. – Responde ele em um tom nada agradável.

- Ótimo!

Henrique abandona o ambiente e eu retorno com a limpeza dos demais. Pouco tempo depois, ele retorna ao local, também com uma roupa simples e já alimentado.

- O que devo fazer? – Pergunta ele.

- Tire o pó do aparador e das prateleiras. – Respondo.

- Só isso?

- Sim, para você não começar chorando.

Assim ele inicia retirando alguns pertences da prateleira para que pudesse limpá-la, enquanto eu fazia outras coisas.

- Mano, talvez eu não durma aqui em casa hoje.

- Vai dormir com Marcelo, já?

- Tipo, ele me pediu para passarmos uma noite juntos, nada a ver com sexo, mas algo que nós tenhamos algum tipo de intimidade. E quando acordar ele me leva para a faculdade.

- Tudo bem, só tenha cuidado e juízo.

- Terei sim. Ansioso para amanhã?

- Na verdade, estou meio tenso. Algo me diz que não será fácil trabalhar com ele, sabe? Ele impõe uma imagem muito assustadora, mas estou confiante, eu acho.

- Não precisa ficar assim, pense, faça o seu trabalho e vai se dar bem. Prove que é competente que você sabe que é e dará tudo certo. Foi o que você me disse quando fiz o meu primeiro seminário e eu me dei bem.

- É, você tem razão. Preciso parar de ser pessimista. Mas ultimamente tem sido tudo tão complicado, Henri... Fui expulso de casa pelo meu pai, é a faculdade, é o trabalho. Tem sido muito puxado para mim. – Solto um leve suspiro.

- Mas você deu a volta por cima, não deu? Você é quem está liderando um projeto musical, Leone. E faz isso porque todos confiaram em você e porque você deu motivos para isso, você não é de decepcionar e cumpre seu trabalho como ninguém. Acredite, vai dar tudo certo. – Ele me olha e esboça um leve sorriso amigável.

- Obrigado, Henri! Eu fico muito feliz com todo esse reconhecimento, às vezes quero te matar, mas eu te amo muito. É o meu melhor amigo.

- Por nada, Leo. Só não sofre por antecipação.

- Tem razão.

Essas conversas repentinas com Henrique, tem sido uma terapia para mim, é muito legal da parte dele reconhecer todo o trabalho que faço com um esforço e dedicação. Conversa vai, conversa vem e acabamos literalmente com toda a limpeza da casa. Estávamos exaustos mas valeu a pena.

A tarde passou voando e já eram seis e meia da noite, Henrique e eu já estávamos arrumados para o seu encontro, só faltava Andrea e Marcelo chegarem. Henrique estava usando uma camisa slim de manga curta preta uma bermuda azul escuro e um sapatênis branco. Já eu, usava uma calça skinny azul claro, que por sinal, desenhava meu glúteo, minhas coxas e panturrilha. Uso também uma camisa preta de manga longa e uma bota masculina preta. Nós estávamos lindos, logo, a campainha toca, é a Andrea que estava deslumbrante, usava um vestido vermelho justo até os joelhos e um salto preto de quinze centímetros e seu maravilhoso cabelo solto.

- Oi gente, boa noite! Nossa, vocês estão lindos!

- Oi Andrea, você também está muito linda. – Disse Henrique.

- Simplesmente, perfeita – Digo. – Bom, só falta o Marcelo.

- Meu Deus, que ansiedade. – Diz Henrique. – Vou no meu quarto pegar meu celular.

Não demora muito até a campainha tocar, vou até a porta atender, até que dou de cara com um homem alto, forte, dos olhos verdes e muito bonito.

- Boa noite, você deve ser o Leone, tudo bem?

- Boa noite, sou sim. E você deve ser o Marcelo, pode entrar.

- Obrigado. – Ele adentra e se acomoda.

- Vou avisar ao Henrique que você chegou... ah, perdão, essa é a Andrea nossa amiga.

Eles se cumprimentam até Henrique voltar.

- Oi, Celo. – Diz Henrique sorridente.

- Oi, meu amor. 

A DIFERENTE MANEIRA DE AMAR - (Romance gay)Where stories live. Discover now