Capítulo 27 - ADMDA

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Leone Monteiro Fazzano.

Contornei meu corpo para o som da voz, e firmo aquele homem de olhar frio e abusivo, o meu ex chefe Leandro. Ele me analisava impiedosamente e de maneira perversa, eu podia escutar meus batimentos cardíacos que ficavam mais alterados por causa do meu medo. Ele caminhava lentamente em minha direção, com uma das mãos em seu bolso. Os óculos de grau davam um contraste perturbador no seu cenho e sua barba somava o gênio intimidador que ele transmitia.

— O que é que o senhor tanto me encara? — Indaguei ao maior que já havia cessado os passos.

— Então eu ainda continuo sendo "senhor" para você? — Ele retruca com um sorriso infeliz e irônico.

— Infelizmente sim, afinal de contas o senhor é sócio do meu atual chefe.

— Ele não é o seu namoradinho? — Questionou ele apoiando sua palma destra ao mármore da pia ainda me impedindo de passar.

— Sim, ele é o meu namorado, mas não precisa se preocupar com isso, isso só diz respeito a ele e a mim.

— Não é necessário tanto estresse, Leone. Mas quer você queira ou não, eu te conheci primeiro que ele embora não tenha conhecido a sua intimidade, mas a primeira vez não esquecemos.

— Do que adianta você ter me conhecido primeiro do que ele, e eu não ter escolhido ficar com você?

— O jogo pode mudar, não acha?

— Tenho a certeza que não! Aliás, o que você quer? — Cruzei meus braços, e fitei com desafio o maior.

— Você está mais forte do que nunca aqui na empresa, namorando o CEO, sendo confidente do mesmo, está subindo muito no conceito dele.

Suspiro fundo querendo a aliviar a tensão, mas também não deixar barato.

— Ouça, eu não preciso namorar ninguém para subir na vida, não preciso de homem para me manter, apenas aconteceu de nos apaixonamos. Agora dá licença. — Tentei sair do ambiente, mas ele segura meu braço com força me fazendo arfar de medo.

— Ouça, Leone, você pode até ser lindo e gostosinho, mas eu sei me vingar e se tentar se opor à mim para fazer a cabeça do seu namoradinho para me ferrar, saiba que isso pode lhe custar muito caro.

— Isso é algum tipo de ameaça?

— Digamos que... um aviso.

— Saiba que eu não vou fazer isso, você mesmo fará. Vai quebrar a própria cara quando menos esperar, idiota. — Forcei meu braço para desatar das mãos firmes do maior e saio do banheiro apressadamente.

Ando pelos corredores me esbarrando em algumas pessoas que ali estavam, até sentir duas mãos fortes segurando meus braços.

— Calma, Leone. — Fernando indagou preocupado com um pouco de desconfiança.

Procuro me recompor aos poucos e agir naturalmente como se nada tivesse acontecido. — Oh amor, desculpa, voltei às pressas porque achei que você poderia precisar de mim. — Minto.

—Você demorou, aconteceu alguma coisa? — Olho para trás vendo algumas pessoas andarem para lá e para cá e outras que nos entreolhavam.

— Vamos até a sua sala, sim?

— Certo, vamos. — Caminhamos até a sala e tranco a porta. Ele me pega pela cintura e me põe sentado na mesa de vidro. — O que aconteceu? — Questionou.

— Eu estava com dores estomacais e acabei vomitando. — Ele arregalou os olhos e esboçou um cenho aflito. Eu não poderia dizer que o que havia acontecido realmente, ao menos, não agora e também não era o lugar apropriado.

A DIFERENTE MANEIRA DE AMAR - (Romance gay)Where stories live. Discover now