Capítulo 28 - ADMDA

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Leone Monteiro Fazzano.

Três meses haviam se passado e a convivência com o Leandro na empresa, estava insuportável. Contestava em todas as reuniões com o intuito de irritar o Lorenzo que não aguentava mais ele como sócio. Ele não poderia simplesmente despachar Leandro, a não ser que ele faça algo muito grave e absurda. Não só eu, como o Lorenzo, mas também outros acionistas e até mesmo funcionários não suportavam a presença dele ali, mas nada poderia ser feito enquanto à isso, por enquanto.

Mas não só aconteceu coisas negativas dentro desses três meses, mas também, positivistas. Inclusive para mim. Estou definitivamente de férias da faculdade, uma preocupação a menos, não só eu, como o Henrique e Andrea, também. Ah, e não podemos esquecer de Marcelo, que era professor. Estávamos todos juntos novamente, sem pensar em trabalho ou algo do tipo, apenas curtindo.

Era uma sexta feira à noite, a estrada estava iluminada e fomos para casa de praia de Luís Fernando. Eu estava dividindo o banco de trás com Henrique e Andrea, e Marcelo e Lorenzo na frente e conversavam sobre coisas aleatórias e não prestava atenção no que dizíamos.

— Ainda falta muito? — Indagou Henrique que vivia reclamando da demora. Bom, é justificável já que estávamos indo para Jacuípe de carro e levava um tempo entediante dentro do carro, acho que umas três horas.

— Ainda temos dois pedágios para passar, então ainda vai demorar um pouco. — Disse Lorenzo vidrado na estrada. Encosto minha cabeça no vidro do carro com tédio.

— Ainda? Que saco! Já estou enjoado de tanto ficar sentado. — bufei emburrado.

— Se tivesse sentado em cima de mim por mais seis horas não reclamaria. — Okay, isso foi muito constrangedor, olhei para o redor e todos riram de mim, inclusive Fernando.

— Hahaha, muito engraçado. Faça mais uma gracinha e decreto greve de sexo, meu amor.

— Nem pense nisso. — Fernando brincou enquanto dirigia, e Marcelo o provocava.

— Eita, vai ficar sem foda, né pai?

— Jamais, meu caro, jamais. Preciso de sexo para repor minhas energias.

— Vocês deveriam respeitar ao menos a Andrea que também está conosco. — Disse inconformado, fitando Andrea que apresentava características de opressão o que me preocupou.

— Aconteceu alguma coisa, And? Olha, não leve à sério o que o Fernando e o Marcelo dizem, são dois idiotas crescidos.

— Não foi nada, só estou um pouco cansada. — Disse a menina ainda com uma carinha chorosa.

— Tudo bem, se quiser desabafar podemos conversar nós três depois. — Me referi também ao Henrique. Fixei nos olhos castanhos claro, quase âmbar da garota e esboço um sorriso.

— Obrigada, amo vocês. — Ela voltou a olhar para estrada e parecia muito distante. No fundo eu sabia que ela estava mentindo e que não queria se expor. Mas respeito o momento dela.

Voltei também à olhar para à janela, entediado e Henrique parecendo uma gazela saltitante que não parava de tagarelar com Marcelo e Fernando.

Logo após um longo e entediante tempo, acordei quando Fernando disse que já havíamos chegado e todos saíram para fora do veículo. O lugar estava escuro, apenas a luz do luar que clareava o ambiente. Fernando seguiu até o gerador e ligou todas as luzes da casa, inclusive as luzes do Jardim.

Tudo estava tão iluminado, a piscina, o jardim, o exterior da enorme casa de praia, simplesmente tudo perfeito.

— Nossa, que lugar magnífico. — Andrea disse empolgada que nem parecia que estava chateada à algumas horas atrás.

— Eu também amei muito aqui! — Henrique se manifestou empolgado.

Fernando estava contente , ele era um pouco narcisista, mas não chegava a ser extremista.

— Obrigado! — Finalizou ele. — Bem, vamos tirar as malas do carro e podemos seguir. Eu vou pegar a de vocês.

— Vou com você. — Marcelo se pronunciou e se prontificaram em pegar as malas.

— Deixa que eu pego a minha, vocês podem pegar as do Henrique e Leone. — Andrea caminhou até o carro para buscar.

— Não, não, as suas malas estão pesadas, And. Podemos pegá-las para você, não quero se sinta excluída aqui, a mesma atenção que daremos ao Henrique e o Leone, daremos para você também. — Ouvir esse comentário de Fernando, me fez refletir em segundos que eu havia me apaixonado pelo homem certo. Ele é a empatia em pessoa. Sorri para o maior e me devolveu com uma piscada de olhar e um sorriso.

— Sim, Andrea, não queremos que se sinta excluída aqui, do que precisar, nós todos iremos fazer para que se sinta bem e encaixada. — Marcelo concluiu, outro rapaz que havia se tornado um grande amigo meu, apesar de ser bastante palhaço.

— Eu posso ajudar a pegar as minhas malas e Henrique as dele. Não é, Henrique? — O fitei e podia jurar que ele estava distraído encantando com o lugar. — Hein, desgraça? — Gritei.

— Sim, eu posso pegar as minhas. — Vejo ele contornar e ir buscar as suas malas, e eu fiz o mesmo.

Apanhamos as malas e seguimos para o interior da casa, que era tão perfeita quanto o exterior. Era uma pegada tropical e rústica ao mesmo tempo, incrível demais. Subimos todos para o corredor de quartos.

— Temos quartos o suficiente, e podem explorar a casa. Amor, se quiser dormir com a Andrea eu vou entender, certo? — Quando eu ia responder, Andrea disparou.

— Ah pessoal, eu também não sou tão carente assim, né? Podem ficar tranquilos, posso dormir sozinha perfeitamente. E também não quero atrapalhar o clima dos meus casais prediletos. — Ela disse sorridente. — Eu prometo que está tudo bem, isso serve para vocês também, Henrique e Marcelo.

— Tudo bem então, And. Mas se precisar de algo não hesite em nos comunicar, somos todos amigos aqui. — Disse e todos concordaram.

— Exatamente, a atenção será dividida por igual. — Marcelo, concluiu. Agora entendi o que deixava a Andrea tensa quanto estávamos na estrada. Ela teve um receio de se sentir excluída por causa dos nossos namorados. Mas e o contatinho dela? Bom, irei questionar depois, mas farei de tudo para que a mesma se sinta abraçada.

— Vocês são mesmo uns amores, mas não se preocupem estou mais aliviada ao saber que não vou sobrar, haha. Mas quando formos todos para a cama, vocês podem se curtir.

— Você não iria sobrar, eu entendo sua preocupação, mas você acabou se tornando parte de nós também. Tanto de mim, como o de Marcelo, afinal de contas, você é a melhor amiga dos nossos namorados. Isso te torna nossa melhor amiga, também. — Fernando concluiu e novamente foi empático com a minha amiga.

— Sim, e olhe que nunca tive melhores amigas, você acabou sendo a primeira. Vamos roubar você de Henrique e Leone. — Marcelo, como sempre o palhaço brincou é Henrique o encarou e o ameaçou.

— Faça isso e eu te devoro.

Marcelo firmou o menor e deu um sorriso malicioso. — Literalmente?

Oh, céus...

— Gente, nós ainda estamos aqui. — Disse revirando os olhos o que resultou numa gargalhada grupal.

— Bom, vamos nos acomodar agora. Fiquem à vontade e até amanhã, vamos descansar um pouco a viagem foi longa e cansativa. — Fernando finalizou e envolveu seus braços em minha cintura. — Até amanhã.

— Até amanhã! — Todos disseram e seguiram até o os quartos para descansar, depois de um banho, claro.

Continua...

A DIFERENTE MANEIRA DE AMAR - (Romance gay)Where stories live. Discover now