Capítulo 10 - ADMDA

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Leone Monteiro Fazzano.

- Claro, seria ótimo. – Digo envergonhado, e Luís Fernando massageia sua barba.

- Então, tudo certo. Vamos no sábado? - Questiona Marcelo e Henrique topa de imediato.

- Sim, claro!

- Tudo bem para você, Fernando? – Marcelo questiona, e eu sinto uma vergonha imensa, já que eu imaginava o motivo desse "encontro."

- Se o Leone, quiser... por mim, tudo bem. – Finaliza Fernando, que me faz acender chamas por dentro.

- Claro. Pode ser, então.

- Bem, estamos na nossa hora, precisamos ir para a empresa. Vamos, Leone? – Luís Fernando, ergue seu corpo do estofado esperando que eu concordasse.

- Sim, vamos. – Digo.

- Até mais! Foi um prazer conhece-lo, Henrique. E nos desculpem por apagar o fogo de vocês. – Fernando brinca, me fazendo sorrir timidamente, fixo meu olhar para o solo.

- Foi um prazer, também, tchauzinho! – Henrique acena, e sorri.

- Valeu, irmão. – Diz Marcelo, apertando as mãos de Fernando.

- Tchau, gente, até mais tarde!

Fernando e eu saímos do apartamento e fomos para a empresa.

Já estávamos fora do carro, quando tento ir por outra direção para entrar pela entrada dos funcionários, quando sou barrado pelo meu chefe, que segurava meu pulso firme e de maneira insensível, questionou:

- Espere, para aonde está indo? – Ele pergunta franzindo o cenho, meio bruto.

- Vou entrar, ué. – Digo.

- Não vai entrar pela porta de funcionários, vai entrar comigo pela principal.

- Eu não quero ser alvo de piadas e cochichos, porque isso vai denegrir a imagem que eu nem tenho nesta empresa.

- Estará comigo, vamos.

- Mas não irão falar do senhor, e sim, de mim. Ouça por favor, vão comentários maldosos a meu respeito. E não quero que isso ocorra.

- Sem mas, Leone. Eu já disse, você vai entrar comigo. – Ele diz firme, me fazendo ceder com a ordem.

- Tudo bem...

Contorno e seguimos juntos até a entrada principal, noto a quantidade de funcionários que usavam elegantemente o traje formal da empresa, representado com o slogan no formato de um pequeno emblema, acima do peito, cochichos e risos. Alguns ignoram o fato de eu estar ali com o superior, mas outros riam e apontavam com discrição. Ele parece não se importar, mas eu estava bastante incomodado.

Apenas seguimos para o elevador, aonde ele pressiona o botão que indicava o último andar. Era notório o alívio que senti quando saí daquele saguão da recepção principal, devido as piadas que faziam sobre mim. O que poderiam pensar? "O novo brinquedinho do chefe?" Talvez. Subo meu olhar e observo discretamente Luís Fernando. Estava sério, apenas concentrado na porta do elevador que em questão de segundos, iria abrir automaticamente. Ele dispara em minha frente, e nossa, como era estranho essa mudança repentina de humor. Ele estava em passos velozes, era difícil alcança-lo, tomo a liberdade em andar tranquilamente até à minha mesa. Vejo-o entrar em sua sala fechando a porta, me acomodo na poltrona me perguntando o motivo de tudo aquilo.

Em um intervalo de meia hora, estava respondendo alguns e-mails da empresa, quando ele me chama.

- Leone, venha até minha sala agora. – Ordena ele, em um timbre de voz fria e séria. Faço o que ele diz, indo até a sua sala.

A DIFERENTE MANEIRA DE AMAR - (Romance gay)Where stories live. Discover now