Capítulo 24 - ADMDA

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Luís Fernando dos Santos Bianchi.

— Então vocês estão juntos mesmo? — Ele indagou com uma voz arrastada e em seguida limpando a garganta.

— Sim estamos, meu caro, tem sido uma experiência ótima. Leone é meigo, doce, delicado, bastante inteligente e tem me ajudado bastante desde o dia em que começou a trabalhar comigo. Sabe... fez bem em transferí-lo para mim, senão fosse por você, jamais estaríamos juntos, obrigado. — Ele fingia não se importar, mas sei que no fundo estava cheio de ressentimentos, o que me fazia rir por dentro.

— Eu espero que nada venha à atrapalhar vocês. Seria muito triste ver vocês dois se separando por causa de alguém, ou uma tradição, enfim...

Canalha, filho da puta!

— Ah, enquanto a isso pode ficar despreocupado. Leone não tem esse perfil de traições, muito menos eu. Mas se eu vê-lo com um algum homem, com certeza será profissionalmente... a não ser se ele for assediado. — Ele sabia que estava sendo julgado, mas infelizmente eu não tenho provas. Cesso o assunto, enquanto ele me encara desconfiado.

— Entendo.

Continuei à dirigir até o Wish Hotel, que se localizava no Campo Grande, próximo à Casa de Itália, o ambiente era extremamente caro e luxuoso. Ao chegar no lugar, mantive o carro na portaria, esperei Leandro sair do veículo, buscar suas bagagens no porta-malas.

— Obrigado cara, por ter me buscado no aeroporto. — Ele se aproximou na janela com um sorriso cínico.

— Sou um homem de palavras, eu disse. Bom, até, você pode ir na recepção e se informa. — Subi o vidro com o botão automático fechando a visão de ambos e arrastei o carro.

Vagabundo, assediador!

De fato, eu não o suportava mais! Homens desse tipo é desprezível. Ficarei mais atento. Pedirei ao Leone que ligue para uma empresa especializada e que providencie mais câmeras para a empresa e aumentar, também, a segurança do lugar.

Dirigi até à empresa que não ficava longe do hotel, na verdade, eram apenas dez minutos dirigindo. Chego no lugar, vou diretamente ao meu escritório e no mesmo instante ligo para Leone que por sinal, estava em aula.

— Nando, eu não posso falar agora, estou no meio de uma aula importante. — Diz ele através da ligação.

— Ouça, vai ser rápido. Acabei de buscar o crápula no aeroporto com o maior cinismo.

— E como foi? — Indagou ele.

— Para falar a verdade foi meio esquisito, além de fazer insinuações de traições entre nós dois, enfim. Foi um tédio! Quando terminar à aula, me telefona que eu irei buscá-lo. Não quero você andando por aí sozinho com ele aqui.

— Tudo bem Nando, mas não fica se pressionando muito com isso, okay? Não é saudável. Eu estou na faculdade e estou bem, ele não sabe aonde eu moro e contato comigo ele só terá no trabalho.

— Você só terá contato com ele se eu estiver ao seu lado, mas duvido que ela faça alguma coisa com você sabendo que está namorando comigo, mas nunca se sabe. Bom amor, vou desligar, boa aula. Eu te amo.

— Awn, eu também te amo meu bruto indomável, mas agora preciso desligar, eu te amo, beijos.

— Também te amo, meu bebê. — Desliguei o telefone e me peguei com um sorriso bobo, Leone conseguia me manter em uma utopia.

Não estava com a mínima vontade é trabalhar hoje devido à essa negatividade trazida pelo Leandro. Me despeço dos demais funcionários e vou para minha cobertura relaxar enquanto Leone ainda estava na faculdade.

Enquanto relaxava em um bom banho, ouço o celular tocar, era o Leone.

— Oi Léo.

— Amor, já estou livre, pode vir me buscar?

— Vou sim, já irei. Beijos. — Encerro a chamada, indo buscar uma toalha para lê secar e vestir uma roupa casual para encontrar Leone na faculdade. Hoje eu estava com muito tesão, então... a noite promete.

Com uma camisa polo amarela e uma bermuda branca e uma simples sandália de dedo de couro, sim, eu uso sandálias, também sou uma pessoa normal como qualquer outra. Vou até o estacionamento, destravando o veículo e dando partida no mesmo, com um trânsito razoável.

Em poucos minutos chego na portaria da Universidade avisando Leone que usava um um short curto jeans com um cropped preto. Não me importava como o Leone se vestia, na verdade eu gostava muito. O que me irritava era que Leone era cercado por olhares masculinos, isso sim me incomodava bastante.

Mas puta que pariu! Ele é gostoso demais.

Ele caminhava em direção ao veículo de despedindo de alguns colegas de faculdade e adentrou no mesmo.

— Boa tarde, pequeno. — Digo depositando um beijo em seus lábios, logo em cima dando partida até minha cobertura.

— Boa tarde, Nando. Nossa, estou esgotado.

Por que? — Indago adequando as sobrancelhas.

— Eu amo estudar, mas não aguentava mais ler tanto texto, copiar tantas coisas.

— Eu também estou esgotado. O tempo mínimo que passei ao lado do Leandro subiu minhas energias e a minha positividade.

— Então, como foi? Ele fez alguma provocação?

— Isso é típico dele, não? Mas não vamos falar sobre ele. Sabe, deveríamos sair, eu, você, Henrique e Marcelo, e também a Andrea. Nós cinco.

— Eu duvido muito que a Andreia aceite, aquela ali vive vidrada nos livros.

— Então vamos nós quatro.

— Vou falar com Henrique à respeito e você fala com Marcelo e ambos se decidem entre si. Quer sair hoje?

— Podíamos marcar e ver um dia acessível para todos.

Poucos instantes já estávamos no estacionamento da cobertura, indo até o elevador que levava até o último andar.

— Estou tão cansado, obrigado por ter me dado a folga de hoje, não precisa me dar na semana que vem.

— Mas você precisava realmente da folga por causa dos seus estudos, isso estava já garantido antes de nós dois estarmos juntos.

— É, mas mesmo assim, não quero que der benefícios por sermos namorados.

— Tudo bem amor, por que agora não vai tomar um banho e relaxar um pouco?

—  Tudo bem, já volto. — Ele rebolou naturalmente a sua bunda gostosa indo até as escadas, indo até à suíte se banhar, enquanto eu, me ofereci uma copo de whisky, retirando a camisa, indo até à varanda ver a paisagem de Salvador.

Longos minutos se passaram e Leone desce as escadas descalço, usando um de seus moletons e uma camiseta de malha fria, confortável.

— Quer que eu cozinhe para nós dois amor? — Indagou manhoso.

— Você não estava cansado? — Sorri segurando em sua cintura.

— Para você eu nunca estou cansado, quer ou não? — Me provocou, amava quando ele fazia isso.

— Queria comer outra coisa... — Apertei sua bunda e fiz ele arfar.

— A sobremesa ficará para depois.  — Disse ele se afastando, dando meia volta de maneira muito sexy e desfilando até à cozinha.

É hoje!

Continua...

A DIFERENTE MANEIRA DE AMAR - (Romance gay)Where stories live. Discover now