As amigas caminharam em direção ao dormitório para fazer a refeição.
- Porra, o que aconteceu aqui? - Brittany jogou sua comida no chão ao ver o dormitório completamente revirado. As poucas coisas que as quatro colegas de quarto mantinham ali estavam espalhadas por todo o pequeno local.
- Cade nossos colchões? - Alice se apavorou ao perceber que tanto o colchão dela, como o de Brittany não estavam mais ali. Restavam feitas, apenas a cama de Lia e de Mariah.
- Eu não creio nisso. Aposto que foi Emma, aquela vadia. - Alice levou as duas mãos sobre o rosto, não acreditando no que estava acontecendo.
- Calma, vamos comer primeiro. Daqui a pouco vai dar a hora de trabalhar e eles não deixam comer por lá, e se nos atrasarmos tomaremos advertência.
Britt sentou sobre o estrado de sua cama, ou o que fazia parte dela, empunhou o pacote de salgadinho que minutos antes havia jogado no chão, e chamou Alice para acompanhá-la.
- Não seria melhor nós dividirmos a nossa comida? Não podemos exagerar, lembre-se que estamos sem refeição por tempo indeterminado.
Alice se sentou ao lado de Brittany abrindo seu suco e seu pacote de salgado.
- Toma, pega. - Ofereceu a Britt.
Após alguns minutos as duas estavam gargalhando de tudo o que havia acontecido. Comiam e riam. Era notável o bem que uma fazia a outra. A entrosação das duas fazia parecer que se conheciam a anos, uma amizade de infância.
- Mas que porra é essa? Passou uma merda de um furacão aqui?
Era Lia, com sua voz grossa. A mulher parecia não acreditar na bagunça que dominará seu dormitório.
- Lia, eu tenho certeza que foi aquelas vacas... - Britt se explicava.
- Eu sei, Emma e aquelas ratas das amigas delas. - Lia interrompeu, passando a arrumar a bagunça que ainda continuava.
- Ela não devia ter feito isso! Se meteu com a negra errada.
- Lia o que você vai fazer? Você já tem duas advertência por causa dos atrasos no trabalho, se levar mais uma vai pra solitária.
Mariah tentava acalmar a mulher de pavio curto.
- Ai minha filha, você acha mesmo que vou deixar barato? Olha o que ela fez no nosso quarto. - Abriu os braços mostrando a bagunça dali.
- Sério mesmo que vocês pensaram que eu não iria me vingar? Me espanta vocês... Aquelas putas fazem esse fuzuê aqui e vocês falam em deixar barato? Ah, não mesmo.
- Concordo contigo, aquela mulher merece uma lição. - Alice apoiou
- E iremos dar essa lição a elas. Só precisamos pensar no que fazer.
As quatro amigas ponharam-se a limpar a bagunça, planejando formas de se vingarem da vilã e suas duas colegas.
No trabalho correu tudo bem, Alice e Brittany desempenharam perfeitamente suas funções. Sem muito tempo para papear.
Após o fim do expediente, as garotas novamente lancharam, agora o que Brittany havia comprado na venda. Correu tudo normalmente, trabalho, lanche e ao fim de tudo, hora de dormir!
- Mas que bosta, eu tinha esquecido que aquelas vacas levaram nossos colchões.
- E agora? Não vamos conseguir colchões novos essa hora da noite.
As duas encostaram sobre a parede da cela, pensando no que fazer.
- Bom, vocês podem dormir hoje no meu colchão, amanhã vão atrás de novos na sala da diretoria. - Mariah ofereceu seu leito.
- Mas e você? Onde vai dormir? - Alice perguntou
- É, onde vai dormir? - Britt apoiou.
As três olharam para Lia, que já estava deitada, lendo pela vigésima vez sua revista em quadrinhos.
- Nem olhem para mim. Porra, eu sou grande, não tem como dividir a cama com ninguém. - Lia protestou.
- A qual é Lia, eu sou bem magra, da muito bem pra nós duas dormimos juntas, só por hoje. Lembre-se, somos uma família.
- Família, sei... - Lia fez um sinal negativo com a cabeça, mas por fim aceitou. - Ok, mas só por hoje. Ainda bem que tem um colchão em cada beliche, uma só não iria aguentar nós quatro.
O quarteto gargalhou.
Obrigado Lia, obrigado Ma. - Alice agradeceu.
As quatro se dividiram em dois colchões. Lia e Mariah em um na beliche do lado esquerdo, Brittany e Alice na beliche do lado direito.
Mariah e Lia, enfim dormiram.
STAI LEGGENDO
Solitária
Storie d'amoreAlice Wolks, mimada e superprotegida por todos. Com um golpe do destino se vê perdida em um mundo que jamais pensou que um dia faria parte: A cadeia. Instintivamente começa a enxergar a vida por outro ângulo, percebendo que o amor pode florescer em...