Capítulo 57 - About the Styles Family

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Harry passou pela porta, cansado, seus olhos ardiam e ele lutou para folgar a gravata que lhe apertava o pescoço.  Eram sete horas da noite e sentiu o cheiro familiar vindo da cozinha.

Andou até lá, um sorriso abriu em seu rosto assim que ele viu Louis lavando as mãos na pia.

Já fazia três meses desde a discursão que tiveram naquele mesmo lugar, a primeira semana foi difícil, pois Louis sempre foi cabeça dura e difícil de dar o braço a torcer, mas depois de Harry tentar, tentar e tentar, ele acabou cedendo e fazendo as pazes, o que o fez relaxar de toda aquela tensão.

Haviam conversado sobre tudo, Louis não foi trabalhar, mas as crianças começaram a ir para a escola – na verdade creche – na parte da manhã.

Aproximou-se em silêncio e abraçou Louis, enlaçando sua cintura com seus braços fortes e lhe dando um beijo suave e molhado no pescoço, deixou o nariz roçar aquela região, absorvendo o perfume suave do marido. Por sua vez, o menor deixou um sorriso manhoso escapar, e ele girou o corpo ainda nos braços do maior e o beijou com carinho e afeto.

– Onde estão as crianças? – Harry perguntou, virando-se, mas mantendo um braço envolto na cintura do outro que beijou o ombro do mais alto e apontou para as escadas.

– Lá em cima – disse enquanto os dois subiam as escadas devagar, passo por passo –, elas ficaram pedindo para que eu cantasse até dormirem. – Continuou, e puxou Harry em direção ao quarto deles, em vez de deixa-lo seguir pelo corredor até o quarto de Joanne e  Kyle.

Abriu a porta.

– Eles estão aqui. – Falou baixo, um sussurro, e gesticulou para Harry entrar.

O maior entrou e teve uma visão linda: os gêmeos estavam dormindo, os braços de Kyle estavam envolta da irmã, como se a protegesse de algo, as maçãs dos rostos estavam coladas e coradas pelo calor que proporcionavam uma a outra. Os cabelos negros estavam, colados ao rosto, eram sedosos como os de Louis, mas com algumas pontas meio onduladas e cacheadas como as de Harry.

Harry apertou a mão na cintura de Louis, como antes, e talvez como nunca, o amor que ele sentia por aqueles três era incondicional. Amava Louis com todo seu coração, ele lhe fez acreditar que pertencia a algum lugar, abriu seus olhos para o mundo, e lhe deu dois filhos maravilhosos. Deu-lhe um motivo para continuar a viver. Eles não faziam parte da sua vida, eles eram sua vida.

Joanne era uma princesa, era bonita e tão gentil quanto Louis, seus olhos eram mais claros e puxados para o azul do que os do irmão, mas ainda assim, eram de um brilho dourado. Ela tinha uma risada comportada e educada. Gostava de tudo que era vermelho, imaginava Harry que fosse influência de Louis, que ela ainda chamava de Boo.

Costumava andar para cima e para baixo com folhas de papel e lápis de cor, adorava desenhar de tudo um pouco: paisagens, animais, e a família. Ela também gostava da madrinha, Gaga, por conta das roupas coloridas que ela usava, mas já chegou a ficar com medo uma vez, e eles demoraram um bom tempo para convencê-la de que a mulher por trás da figura era sua tia.

Já Kyle era o garotão do papai, por assim dizer, era elétrico e risonho, desconfiado, mas sapeca, mesmo sem saber bem o que era isso, esbanjava charme como Harry, mas gostava de pregar peças como Louis, vivia se escondendo, chegando a se esconder no forno do fogão uma vez.

E conseguiu fugir de uma bronca com seu sorriso de covinhas e olhos brilhantes. Era protetor, e tinha ciúme de suas coisas, principalmente quando se tratava dos seus bonecos de Toy Story e Monstros S.A. que havia ganhado de Liam, as únicas pessoas com quem ele dividia eram Pietro e suas tias Carmen e Clary.

Agora, teve uma vez que ele deu um grande susto em Louis e ao mesmo tempo fez Harry rir alto, o garoto estava no quintal e entrou em casa mostrando aos pais um animalzinho que tinha encontrado.

Era uma aranha pequena e não venenosa, segundo Harry, mas Louis quase teve um ataque de preocupação.

Harry se sentia “o mais feliz da vida”, sentiu Louis fugir de sua mão e girou os olhos para encará-lo, ele estava andando até a cama e chamando pelo marido com um gesto mudo. Harry andou até ele e tirou a camisa e a gravata, assim como os sapatos, ficando apenas com a calça social preta. Louis deitou ao lado de Joanne, e Harry, do outro lado, deitou junto a Kyle.

O cacheado acariciou os cabelos de seu garoto, deslizou com os dedos longos pelas mechas escuras com cuidado, massageando aquela região. Logo percebeu os olhos de seu garotinho se abrindo, eram azuis como os da irmã, mas mais escuros e leitosos.

– Papai...? – Chamou, a voz ainda sonolenta e embargada, com sua rouquidão fina.

– Hey campeão – respondeu, continuando o carinho e viu o menino se desvencilhando da irmã que parecia nem ter notado, e virou para o pai, encarando-o curioso, como sempre fazia, ergueu a mão pequena e tateou pelas tatuagens do pai, como se as estivesse desenhando com a ponta dos dedos.

– Desenho legal. – Disse meio enrolado, fazendo Harry rir e consequentemente o garotinho.

O maior ergueu os olhos na direção de Louis que encarava a cena dos dois, hipnotizado, os olhos azuis distantes e sentimentais. E pensar que um dia chegou perto de perder tudo aquilo, nunca se permitira perder aquilo.

Ele ergueu o corpo por cima de Kyle e de Joanne e puxou o pescoço de Louis para sua direção, o beijando nos lábios em seguida.

– Obrigado – disse ao soltá-lo.

Louis retribuiu com um sorriso tímido e corou, como Harry adorava vê-lo assim, com as bochechas coradas, lhe fazia se lembrar do garoto recluso que conheceu na escola. Agora ele era muito mais que isso. Era seu marido, seu amante, seu amor e pai dos seus filhos.

Mas foi retirado de seus devaneios ouvindo o grito do filho que apertava o bracinho da irmã.

– Joan ‘acoda’. – Ele gritava, a voz estridente como a de Louis, é, ele realmente tinha coisas do Boo.

– ‘Tié’? ­– ela respondeu embolada com outra pergunta, e abriu os olhinhos, encarando Louis e virando-se para os outros dois.

Ela ergueu os bracinhos e Harry a puxou para mais perto dele, ela o abraçou o mais forte que pôde. Louis se aproximou mais deles e sentou na cama, assistindo a toda aquela cena. Ele esteve mal por um bom tempo, sofreu bastante, passou por coisas que não desejava para ninguém, mas agora estava ali, assistindo seu marido brincar com seus filhos, e isso preenchia seu coração.

Era um Styles agora, tinha um lugar, se encaixava em uma família, sentia falta de seu pai, sempre sentiria, mas estava mais feliz que nunca, mais feliz do que quando sonhava com sua família completa antes de saírem de Londres para os Estados Unidos e tudo começar a dar errado.

Mas agora ele tinha sua própria família para cuidar, e nunca os deixaria partir.

When the Little Prince GrowsWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu