Capítulo 42 - Boulevard of broken hearts

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Londres, Halloween’s Night, 03 anos antes.

– Não, Harry, pela última vez: você precisa deixar de ser tão criança. – Jamie disse um tom mais alto, estava enraivado com o garoto de olhos vermelhos sentado na cama. Se soubesse que para ele desapegar de seu pé fosse tão difícil assim, nunca teria se envolvido. – Nós apenas ficamos algumas vezes, nada demais.

– Mas você disse que gostava de mim. Que queria me namorar. – Harry deixava escapar entre um soluço e outro, mantendo a cabeça baixa.

– Não, Harry, você que quis acreditar nisso. Eu apenas disse que gostava de você e poderíamos até namorar um dia, mas isso foi apenas para ganhar mais sua confiança, afinal, se não fosse isso, você não teria ido pra cama comigo, não é? – Rebateu e ergueu uma sobrancelha, e o silêncio que recebeu do menor era exatamente o que esperava, então sorriu, ardiloso, como sempre fazia. – É Halloween, primo, eu não quero estar com ninguém.

– Você é um idiota. – Styles sibilou, seu coração partido parecia querer saltar por sua boca, um pedaço de cada vez.

– Não, você é um idiota. Agora, por favor, me dê a chave da merda da porta do quarto, eu preciso ir embora. – Cuspiu, andando até o menor e estendendo a mão.

Harry relutou de inicio, afinal, ali estava ele com um coração partido, deixando ir embora à pessoa que amou, seu primeiro amor de verdade.

Ergueu a mão, e em um gesto mudo, entregou a chave da porta na mão de Jamie Campbell, que sem ao menos olhar para trás ou demonstrar qualquer sinal de arrependimento, saiu batendo, não só a porta, mas o coração do garoto de olhos verdes que ficou sentado na cama vendo tudo que sonhara ser levado embora.

Assim, nasceu sua promessa, de que nunca namoraria outra pessoa, a menos que a amasse de verdade, se é que um dia encontraria alguém que realmente amasse daquela forma tão intensa.

Atualmente.

“Pessoas têm cicatrizes em todos os tipos de lugares inesperados, como mapas secretos de suas vidas pessoais, diagramas de todas as suas feridas antigas. A maioria de nossas feridas antigas se cura, deixando somente uma cicatriz. Mas algumas não.

“Algumas feridas nós carregamos para todos os lados, e acreditamos que a ferida já é antiga quando pensamos que já fechou.”

Louis Tomlinson acordou pela manhã e ao abrir os olhos, e se concentrar no lugar onde estava sentiu sua cabeça doer um pouco. Seu quarto estava bagunçado, e as portas do guarda-roupa abertas. Ele levantou, mas ficou sentado enquanto bufava e passava a mão pelo cabelo que mais parecia um ninho de pássaros, mas quando lembranças da noite passada lhe atingiram como uma bala na testa Louis se deixou cair sobre a cama outra vez. As molas do colchão ajudaram no impacto.

Lembra-se de ter ouvido os gritos de Harry no andar debaixo quando entrou no quarto e trancou a porta. Styles parecia com raiva, e ouviu o nome de Jamie algumas vezes, e a voz de Jensen em seguida, algo batendo forte e então a porta também foi batida. Enquanto isso acontecia Louis estava deitado em sua cama, enquanto seus olhos cheios de lágrimas tentavam se manter fixos no teto. Eram tantos “porquês” e tantas interrogações, mas foi cortado ouvindo batidas na porta e a voz falha de Harry chamando por seu nome do outro lado, mas Louis não respondeu, ele apenas havia fechado os olhos e deixado às lágrimas escorrerem livres pelo rosto enquanto acariciava sua barriga.

Agora, pela manhã, Tomlinson sentiu seu corpo pesado demais para levantar, ele lembrava claramente das palavras de Jamie: “Ele não era assim tão cuidadoso quando era meu namorado...”, isso parecia sacudir dentro da cabeça do menor que fechou os olhos tentando espantar aqueles fantasmas e Louis começou a encaixar peças em sua cabeça. Então eles já haviam namorado, e talvez a antipatia que Jamie tinha por ele fosse proveniente de ele ainda sentir algo por Harry, mas quanto tempo fazia aquilo e como ele poderia competir com o primo do Styles se eles estavam na mesma casa?

When the Little Prince GrowsWhere stories live. Discover now