O VIKING - QUANDO O AMOR SURGE

21

- Não, não e não...

Disse a rainha mãe ao entrar na sala de armas.

- Bom dia para a senhora também minha mãe.

- Como pode fazer isso? -pergunta ela.

- Fazer o que?

- Colocar aquela rameira da Úrsula para dar aulas a sua esposa.

- Ha é isso!

- Filho essa mulher não é digna de estar ao lado de Amélia. Consiga outra pessoa para tal missão.

Ragnar olhou com carinho e paciência para a mãe.

- Úrsula é a melhor guerreira entre as mulheres, a mais indicada para dar aulas de defesa e ataque para Amélia.

A mãe de Ragnar fez um bico.

- E sua ex amante também. -falou ela com certo desdém.

Para a mãe de Ragnar era inadmissível que seu filho tenha dado Amélia de bandeja para a ex-amante de cama dele.

- Falou certo ex-amante. Não tenho mais nada com Úrsula. Acabou!

- Meu filho, será erro gravíssimo colocar Amélia na responsabilidade de Úrsula. Essa mulher é sem escrúpulos.

- Úrsula sabe o seu lugar neste clã, se qualquer coisa acontecer a Amélia ela será enforcada. Deixe de se preocupar minha mãe...

Ragnar saiu da sala.

- Esse menino é um cabeça dura mesmo.

Amélia se encontrava no jardim, gostava de estar entre a natureza, cuidando das flores. Ainda quando vivia trancada no alto da torre isolada do mundo pensava se um dia teria uma família. Por anos essa esperança ia morrendo, agora tinha uma família um marido e iria aproveitar e realizar seus sonhos.
O dia estava lindo, as flores colorindo o belo e imenso jardim real.

Amélia primeiro cuidava dos jardins e depois ia até a cozinha supervisionar a preparação do almoço. Todo o castelo estava sobre os seus cuidados.

Só de imaginar o medo que sentia por Ragnar antes de verdadeiramente o conhecer a fez rir. Agora ela amava o marido de todo coração.

Elevou uma prece para que todo esse pesadelo acabasse rápido para que eles pudessem finalmente serem felizes.

Os dias que passaram não houve mais nenhuma manifestação da parte inimiga, esse silêncio fazia Amélia questionar se eles desistiram ou se estavam tramando algo pior.

Ragnar foi em direção aos jardins estavam ansioso para ver a sua esposa.

Depois de semanas finalmente ele consumara o casamento com sua esposa e não poderia estar mais feliz, a forma como ela se entregou para ele e reagiu às suas carícias superou todas as expectativas dele.

Assim que a viu em meio as flores correu apressadamente até ela. Amélia continua distraída segurando uma rosa, ao ser abraça por trás se assusta deixando a flor cair no chão, mas logo reconhece o toque do marido e seu corpo relaxa.

- Te encontrei.

- Não tinha muitos lugares para me procurar. -disse ela virando-se para ficar de frente.

- Estamos nos preparando para atacar Vidar. Somente com a queda de seu reino podemos viver em paz.

- Eu te desejo triunfo nesta batalha meu marido.

- Seu pai ignorou as minhas cartas e temo que esteja contra nós.

- Depois de sua última resposta já imaginava que iria recusar. Não fique preocupado, estarei ao seu lado sempre. -disse ela.

Ragnar beija os lábios de Amélia. Ela se afasta um pouco com vergonha de serem flagrados por algum servo.

Amélia pegou o cesto de palha.

- Não é lindo. -disse ela ao olhar as flores.

- Realmente é magnífico.

Ela olhou para o lado e o viu encarando seu rosto.

Ela corou um pouco, como se tivesse entendido que ele falava dela e não das flores. Ele se abaixou, pegou uma flor e colocou no cabelo de Amélia, encaixando-a atrás de sua orelha e a encarou.

Sem dizer nada estendeu a mão para ela, Amélia segurou e os dois entraram no castelo.

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