07

2K 151 3
                                    

As mulheres deixaram o quarto e antes que sua serva Kara saísse Amélia segura sua mão.

- Eu não consigo fazer isso.

- Menina, o que pode fazer para mudar o seu destino?

- Vou fugir Kara. Vamos fugir juntas.

- Mas como?

Amelia olha para a porta verificando se alguém poderia ouvi-la. Então ela sussurra.

- Consiga para mim uma roupa de criada, com a agitação da festa ninguém irá se importar com duas criadas saindo.

- Não sei se é uma boa ideia.

- Só consiga as roupas para mim Kara.

Kara balança a cabeça afirmando; saiu do quarto para tentar conseguir o que Amélia precisava.

Amélia ficou apreensiva enquanto esperava o retorno de sua serva de confiança. Olhou novamente para os jardins.

- Alteza!

Distraída Amélia não viu que alguém tinha entrado na sala;

- Quem é você?

Amélia tinha medo de ficar sozinha com estranhos e neste momento ela estava sozinha com uma mulher mais velha e de olhar duro.

- Tenho um comunicado a fazer sobre suas obrigações e deveres com o nosso povo. Alteza.

Amélia engoliu a seco, sentiu suas pernas tremerem de nervoso e acabou se sentando para escutar o que a senhora a sua frente queria lhe dizer. A mulher esperou Amélia se sentar para então começa a falar;

- A função principal constitucional da rainha titular é produzir um herdeiro ao trono. O posto do rei é normalmente superior, hierarquicamente, ao de rainha, na maior parte das monarquias, mas aqui somos diferentes, a mulher de um líder tem as mesmas responsabilidades que ele em conduzir o povo, quando o líder está em seu castelo ele é a voz principal, mas quando sai para alguma batalha a sua companheira fica em seu lugar até a sua volta.

Amélia escutava tudo em silencio. Ela nunca iria imaginar que um povo denominados bárbaros e selvagens fossem tão organizados. Seu conhecimento de mundo estava comprometido pelas ideias erradas que lhe foram ensinadas.

- Durante seu reinado o povo ao qual te serve devem ser tratados com justiça, e as conquistas das batalhas é pela sua casa e famílias. Seja rígida quando necessário e bondosa quando a situação exigir. E o principal seja leal ao seu rei. Entendeu tudo?

- Entendi.

- Ótimo. Que sua vida seja longa e prospera rainha Amélia de Aragão. E que conceda ao nosso líder muitos filhos.

A mulher virou as costas para sair.

- Espere!

Ao ouvir o chamado de Amelia a mulher vira novamente.

- A senhora não me disse o seu nome. -pergunta Amélia.

Gentilmente a mulher sorri.

- Me chamo Nabi, a mãe de Ragnar. A antiga rainha.

Ela lança um sorriso a Amélia, saindo em seguida. Amélia fica pensativa.

Minutos depois a criada de Amélia volta ao quarto com as roupas em um saco de batatas.

- Está tudo aqui minha senhora.

- Ótimo. Me ajude a tirar esses adornos.

Amelia troca as roupas reais por roupas normais de serva. A serva ajuda Amélia a esconder seus longos cabelos com o véu, já pronta elas olham para a porta e saem sorrateiramente pelos corredores do castelo.

O VIKING - QUANDO O AMOR SURGE Onde as histórias ganham vida. Descobre agora