O VIKING - QUANDO O AMOR SURGE

17

Ragnar mandou um mensageiro a Vidar, o soldado inimigo que ele poupou a vida voltasse ao seu rei e avisasse sobre tudo o que ocorreu na batalha e acrescentou dizendo que iriam fazer isso com todas as suas cidades em breve.

Ele estava confiante que com a ajuda do clã de Amélia iria conquistar mais territórios.

A colheita, que Deus abençoou, fora farta e era sempre preciso muitas mãos para dar conta do trabalho, não era por ser o Rei do clã que não pegava no pesado. Correu até a plantação e começou a ajudar as pessoas, quando deu por si o sol já estava perto de se pôr, foi em direção ao lago e tomou um banho.

Eles estavam na sua última noite ali.

- Amanhã voltaremos a fortaleza.

Falou Ragnar para Rurik e depois vira a caneca cheia de vinho na boca.

- Estou louco para voltar as nossas terras. -fala Rurik

- Essa agora também são nossas.

- Você entendeu o que eu quis dizer. -fala Rurik

Uma mulher se aproxima da mesa deles e senta no colo de Ragnar.

- Posso servi-lo meu senhor.

- Não!

Ragnar a empurra.

- Mas eu...

Ele a cortou rispidamente

- Já disse que não quero seus serviços. Agora saia.

Ele tira a mulher de seu colo.

Ela saiu frustrada. Rurik gargalhou.

- Vejam só o insaciável senhor das camas rejeitando uma bela mulher.

Ragnar se irrita com a risada do amigo.

- Eu tenho uma bela mulher me esperando em casa.

- Ragnar, eu o conheço a anos e lutamos juntos lado a lado à várias luas. Sua atitude de agora só demonstra que esse casamento não foi apenas para o bem do reino, sua esposa é bonita sim, você se sente atraído, mas tem mais uma coisa...

- Está louco Rurik.

- Meu senhor sinto lhe informar que ama a sua esposa.

***
Amélia teve a ajuda da rainha mãe para entender como tudo funcionava no castelo. Em poucos dias ela já estava habituada a rotina.

Ela agora se encontrava no meio do jardim, Amélia amava ir aos jardins cuidar de suas plantas.

- Minha senhora. -falou Kára.

- Pode falar Kára.

Ela se levantou do chão para falar com Kára.

- Chegou essa mensagem para o rei, mas na ausência dele a senhora é a responsável pelo clã.

Amélia limpou as mãos na saia e abriu o pergaminho.

- Nossa! Isso não é bom.

Os olhos de Kára ficaram do tamanho de pratos.

- O que aconteceu senhora?

- Meu pai recusou a aliança com os Vikings e disse que irá mandar anular meu casamento com Ragnar.

- Ele pode fazer isso? -pergunta Kára

- Eu não sei... ele diz não reconhecer meu casamento como sendo legítimo.

- A única solução é a senhora se deitar com seu marido e gerar um herdeiro, seu pai terá que aceitar. Você é a única filha e herdeira.

- Que Ragnar volte logo.

Amélia sabia que seu pai iria tentar fazer algo. Quem sabe até levá-la de volta a força para o reino de Freedom.

***

Amélia estava em frente à lareira, penteando sua vasta cabeleira loura.
Escutou uma movimentação estranha do lado de fora.

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