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ANOS DEPOIS...

Amélia completados dezoito anos.

Amelia passou anos escondida dos olhares curiosos, as únicas pessoas que tinham a permissão de vê-la sem o véu ou a túnica eram seus pais e sua criada que acompanhou na sua infância.

Amélia a anos aceitou o seu destino, foi moldada por seus pais para ser obediente e solícita demonstra solicitude, empenho, zelo; atenciosa: agir e ser uma excelente esposa.

Ela foi privada de sua liberdade, por outro lado ganhou outras funções e obrigações.

Foi moldada para o grande dia, o dia que iria se sacrificar pelo seu povo.

- Escute Amelia esse é o seu destino, servir a sua família e a coroa. O bem-estar de seu povo está em suas mãos. - falou a mãe antes da viagem de Amélia.

Amelia se despediu de sua família, entrou na carruagem e foi embora. Conforme se afastava olhou para o castelo que chamou de lar pela última vez. Agora seu destino era outro.

Dentro da carruagem escondida dos olhares das pessoas, ela finalmente retirou o capuz que cobria seu rosto. Apenas sua serva estava em sua companhia.

A carruagem balançava muito ao andar pela estrada de terra. Escoltada por cinco cavaleiros de seu pai. Amélia estava a caminho do seu destino, não sabia o que esperar do seu futuro marido, seu pai apenas disse que ofereceu a sua mão em casamento para o rei do Sul, nada ela sabia dele.

Em sua mente ela só queria que ele fosse um bom marido. Agisse com lealdade e respeito.

Escondida Dentro da carruagem ela olha através da cortina a paisagem, apenas ela e sua serva. Nenhum homem tinha autorização para vê-la, ela nunca mostrou o rosto. Somente sua serva, seu pai e sua mãe tinham acesso a sua atual aparência.

- Está triste? -pergunta a serva.

- Não sei como sinto-me em relação a esse momento. Meus pais foram incisivos ao falarem de minha missão.

Amélia já tinha ouvido histórias sobre as damas serem maltratadas por seus maridos, no fundo ela tinha medo de que sua história fosse triste.

- Talvez ele seja um bom marido.

- Não consegui nenhuma informação com os meus pais, e você com os criados?

- Nada! Ninguém sabe muito sobre seu futuro marido.

Amélia iria falar algo quando um barulho de alto chamou sua atenção.

- Que barulho foi esse? - fala Amélia assustada.

Ao escutarem os alardes, Amélia coloca o capuz rapidamente se cobrindo.

Elas escutam os oficiais gritarem ataque, barulhos de espadas metálicas são ouvidos. Amélia e sua criada se abraçam com medo do que poderia acontecer.

De repente um silencio recai no ambiente externo. Bruscamente a porta da carruagem é aberta, as duas gritam assustadas, um homem desconhecido ri ao ver as duas mulheres lá dentro, zombam delas.

- Essas duas devem valer muito ouro. Vamos levá-las.

- Se não servir para resgate, podemos vendê-las para serem escravas ou meretrizes na taberna. - Fala um outro homem.

Um terceiro homem empurra os outros dois e ao vê-las ali acuadas dentro da carruagem fala.

- Vamos levá-las ao Ragnar. Ele decidirá o destino delas.

Os bárbaros levaram tudo o que Amélia e sua comitiva levavam, ela se espantou ao olhar para os homens grandalhões e sussurrando disse: - Quem são eles?

A serva assustada responde baixinho: - São bárbaros, eles não têm lei. São Vikings

Amélia já tinha ouvido histórias sobre esse povo e ficou apavorada. Naquele momento ela decidiu lutar por sua vida e de sua serva, bolaria um plano para ambas escaparem.

*****

No reino de Aragão.

O rei Ragnar está sentado no trono, em sua mão a taça de cobre com o líquido de sua melhor bebida. Ele estava curioso para saber o que seus homens haviam encontrado.

Um mensageiro se apressou na frente com a notícia que seus homens haviam encontrado algo importante.

No salão principal, local em que ocorria reuniões importantes e grandes banquetes, estava cheio de pessoas. Todos aguardando a novidade que os guerreiros traziam.

A grande porta do salão principal se abre, os seus subordinados entraram carregando dois baús e arrastando duas pessoas - Duas mulheres.

Ragnar ficou curioso, uma das mulheres ele conseguia ver o rosto e pelas vestimentas simples deduziu ser a serva a outra estava de capuz e pelas roupas nobres poderia dizer que era a senhora da serva.

Ragnar ficou intrigado pelo motivo que levava a outra mulher esconder o rosto.

Um dos seus oficiais fala;

- A conquista dos territórios ditos. 'esquecidos' é a nossa maior missão, expandir o reinado do rei Ragnar. Hoje conseguimos mais uma conquista uma grande quantidade de ouro e prata, meu senhor, e essas duas mulheres.

O homem empurra as duas para ficarem perante o rei Ragnar.

- Digam seus nomes?

Pergunta Ragnar a elas, a serva tremendo responde;

- Kará meu senhor.

Amélia permanece calada.

A atenção de Ragnar caiu sobre ela. Era estranho ver uma mulher coberta daquele jeito.

- E você?

Amélia não disse uma palavra. Ele olha para a serva e questiona.

- Ela é muda? Não sabe falar?

Ragnar ri. Todos riem com ele.

Amélia respira fundo criando coragem e diz;

- Eu sei falar, somente não quero responder a sua pergunta. - diz ela.

Na mesma hora todos param de rir.

Ragnar sentiu um tremor em seu corpo, a voz dela atraiu sua atenção. Ele gostou de ouvi-la

O silêncio se instalou na sala. Alguns espantados com a atitude de Amélia ao responder Ragnar.

Ele se levantou do trono e anda lentamente até Amélia. Chega bem perto dela, refaz a pergunta.

- Qual é o seu nome?

Ela permaneceu calada de punhos serrados. Ele olha a postura dela e ri.

- Garota tola, acha mesmo que pode me desafiar?

Ragnar eleva a mão para retirar o capuz dela, mas ela recua alguns passos.

Então ela fala grosseiramente com ele.

- Não ouse me tocar.

Ele ri e todos os demais da sala riem junto. Alguns zombam dela por desafiar Ragnar.

Amélia não sabia explicar de onde tirou tanta coragem para desafiar o bárbaro.

Ragnar fica impressionado com a ousadia da moça, ela não tinha medo dele mesmo ele sendo mais alto do que ela. A serva fica olhando tudo com medo.

- Eu vou cortar a sua língua.

- Eu não tenho medo. -diz com rispidez

- Mais deveria.

Ragnar sorri malicioso, com firmeza segura no braço dela.

- Agora vamos ver o que esconde por baixo.

- Não pode fazer isso... me solte.

Ela grita desesperada para que ele pare, mas é tarde Ragnar o segura com suas grandes mãos, desvendando o rosto de Amélia diante de todo o salão.

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