Hotline Bling

vinte e quatro

Quando entramos na limusine novamente, John pede para que o motorista feche a pequena janela que nos separa dele. Assim que o motorista obedeceu o pedido, o mesmo se arrastou para o meu lado.

John beija meu ombro e os lábios até meu pescoço. Lógico que aquilo me arrepia, mas a minha cabeça ainda estava no meu encontro com Nicolas. E como esperado, John percebe a minha mudança de humor.

— Emma? — o olho. — Está tudo bem?

— Sim... eu só... dor de cabeça.

Sorrio sem graça e ele se afasta um pouco.

— Não precisa fingir uma dor de cabeça. Não comigo. O que aconteceu? Alguém falou algo?

— Não. Eu...

— Emma! — John insiste. — Foi o Nicco? Ele deu em cima de você?

Eu já escondia de John sobre minha fonte de renda. Mentir sobre não conhecer Nicolas, poderia desencadear um problema ainda maior.

— Não exatamente...

— Quer me explicar?

— Eu já o conheço. — digo, abaixando a cabeça. — Nós já...

— Ah. Entendi.

Encosto-me no banco e escondo meu rosto com as mãos. Estava evitando chorar a todo momento. Nicolas já havia ferrado com o meu psicológico uma vez e inevitavelmente, parecia estar prestes a fazer de novo.

— Ainda gosta dele? — John pergunta, de repente. — Não quero ficar no meio de nada.

Me ajeito no banco novamente e o encaro. John estava praticamente do outro lado da limusine.

— John, não! — me aproximo dele. — Eu não sinto mais nada por Nicolas. Eu gosto de você.

Minha última frase parece abalá-lo. Toco a perna de John e me arrasto para o seu lado.

— Eu conheci Nicolas há muito tempo. Eu praticamente me relacionei sozinha, pois ele nunca falou em namoro. Estava completamente apaixonada e ele sumiu. De repente e do nada. Não tinha acontecido nada entre nós, para que ele fizesse isso. Eu sequer sei o motivo do sumiço.

John permanece quieto. Ele encarava o chão, enquanto brincava com os próprios dedos. Seu pé direito batia freneticamente no chão.

— John, — toco o seu queixo e o faço olhar pra mim — eu gosto de você. — repito. — Meu choque, foi por ver alguém que esperava nunca mais ver, ainda mais onde eu vi. Ele faz parte da direção do seu filme! Eu jamais imaginaria isso.

— Entendi.

Ele não parecia muito convencido. Eu sentia que tinha destruído tudo o que tínhamos construído até ali. Encosto-me no banco novamente e respiro baixinho.

Não tenho noção de quanto tempo passou, até que a limusine tenha parado. Olho pelo vidro e reparo que estamos diante do prédio de John. Ele sai do carro e fica parado perto da porta aberta. Sem saber o que fazer, permaneço sentada, até que ele abaixe a cabeça para me olhar.

— Você não vem?

Sem entender nada, o sigo. John caminha na direção dos elevadores e aperta o botão apenas uma vez. Ele espera pacientemente a chegada dele, com as duas mãos no bolso. Uma vez que o elevador chega, ele segura a porta e faz menção para que eu entre primeiro.

Após as portas se fecharem, John encosta-se no vidro e me encara fixamente.

— Diz mais uma vez. — ele pede.

— Dizer?

— Que gosta de mim.

— John, eu não estou entendendo...

Rapidamente ele se aproxima de mim, encostando-me no vidro. Minha cabeça chega a bater no vidro levemente.

— Diz que gosta de mim. — sussurra, dessa vez bem próximo do meu rosto.

— John, estou apaixonada por você.

Depois do que pareceu uma eternidade, John me beija. Suas mãos estão segurando o meu rosto, enquanto sua língua invade minha boca e seu corpo pressiona o meu. Eu conseguia sentir sua ereção aparecer rapidamente.

— A ideia de perder você, me deixou completamente apavorado. — ele diz. — Eu sou alucinado por você, Emma. Muito.

Fito seus olhos azuis brilhantes e antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, as portas do elevador se abrem. John agarra na minha mão e me puxa apressadamente para dentro do seu apartamento. Ele mal fecha a porta e já me encosta na mesma, tornando a me beijar voracidamente.

— Eu esperei tanto por esse momento. — John murmura, beijando o espaço entre meu pescoço e ombro.

— Porque quis.

Ele me encara divertido. Seus olhos pegavam fogo.

— Não reclame depois.

— Nunca. — respondo, aceitando a provocação.

John toca minhas costas e solta a corda que prendia meu vestido. Mexo-me, fazendo com que o tecido desça pelo meu corpo, deixando-me completamente nua, já que eu não usava sutiã e minha calcinha estava com ele.

— Linda. — sussurra, enquanto se delicia apenas com o olhar. — Acho que estou com roupa demais.

— Concordo.

Observo enquanto John retira cada uma de suas peças de roupa. O corpo dele parecia ter sido esculpido pelos deuses. Sinto minha boca salivar, diante de cada gominho exposto na barriga daquele homem. Como se não pudesse melhorar, John retirou sua cueca, deixando um belíssimo pau grosso e com veias saltantes à mostra.

Ele me estica a sua mão e eu a pego, deixando que ele me puxe como uma marionete. John me encosta na parte traseira do sofá e se ajoelha diante de mim. Ele puxa minha perna esquerda para cima de seu ombro e sem aviso algum, enfia sua ágil língua em minha vagina.

Arfo com os movimentos que ele faz e jogo a minha cabeça para trás. Enquanto John me chupa como se não houvesse fim, aperto meus seios, a fim de aumentar o prazer que estava sentindo.

Os movimentos que John fazia com sua língua, eram precisos e sincronizados com os dedos que estavam dentro de mim. Meu corpo inteiro respondia àquele ato de John. Sua respiração quente, a língua molhada, os dedos habilidosos. John era perfeito em tudo o que se propunha a fazer.

Quando sinto que estou perto de um orgasmo intenso e maravilhoso, seguro nos cabelos de John e faço movimentos de vai e vem em sua boca. Ele segue me chupando firmemente, até que finalmente explodo em sua boca. Mesmo que eu tente afastá-lo, John me lambe até se certificar que não há mais nenhum resquício do líquido que eu havia acabado de soltar.

— Uau... — murmuro, quando ele apoiou minha perna no chão. Ambas estavam trêmulas. — Isso foi...

— Não termina a frase. Ainda não terminei o meu serviço.

— Não?

John se levanta e me beija profundamente, deixando-me sentir o meu próprio gosto salgado. Logo depois, ele encosta sua boca em minha orelha e sussurra:

— Eu quero e vou te foder todinha e mais de uma vez. E você vai gozar em todas as vezes, dizendo que é minha.