Príncipe das Sombras

By nathbrandon

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- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld "Azriel sempre se considerou um bastardo, não merece... More

AZRIEL + CALLYEN
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPITULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPITULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPITULO 49
CAPÍTULO 50
CAPITULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
ADENDO DO LIVRO
NÃO É CAPÍTULO É AVISO
CAPITULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
ADENDO DO LIVRO
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 70 PARTE 2
NOTAS + AGRADECIMENTOS FINAIS
CAPÍTULO EXTRA I
CAPÍTULO EXTRA II
P.S. EU TE AMO
EXTRA III
EXTRA IV
OLÁ VELARIANOS!
OIA ISSO!!!
OIÊ CAMBADA: TENHO LIVRO NOVO!
ALGUNS AVISOS IMPORTANTES

EPÍLOGO

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By nathbrandon

✯✯✯

Era uma sensação estranha, quando ela abriu os olhos aquela manhã, tudo parecia estar... distante. Como a sensação de quem acaba de acordar depois tempo demais dormindo e ter sonhado tanto que não conseguia mais se lembrar. A claridade que rompeu por suas pálpebras e a fez abrir os olhos foi quase bem vinda, dolorosa, mas bem vinda.

Um sonho...

Callyen abriu os olhos para olhar ao redor, suas feridas já não doíam mais como doeram nos dias seguintes aquele dia, como se seus membros houvessem sido arrancados fora de seu corpo e então, colados de volta ao lugar. O que de fato, depois de tudo, foi exatamente o que aconteceu, as cicatrizes os curativos ainda estavam presos firmes contra seu corpo, abraçando suas costas, nas omoplatas onde as asas costumavam permanecer mesmo que encobertas pela magia; o ferimento em seu estômago, pouco abaixo das costelas. Um curativo também estava preso de firme contra o centro de seu peito.

Callyen sentiu o coração apertar com a lembrança do rosto de Azriel, quando ela finalmente acordou quase quatro dias depois da guerra contra o herdeiro de Hybern, Ykner. O alívio brilhante em seu rosto quando ele se aproximou dela e beijou com cuidado a lateral de sua boca, deu lugar as sombras da culpa. Ele sentia-se culpado. Callyen sentiu isso quando ele depositou o beijo e se afastou tão rapidamente quanto pode, o rosto parcialmente encoberto pelas sombras que naquele momento estavam tão silenciosas quanto o interior do quarto...

Callyen se quer precisou usar a manipulação de seus poderes, ou olhar pela ponte reestabelecida, para saber o que se passava..

- Az... - havia sussurrado de volta quando ele se afastou para observa-la. Miserável. Ele parecia miserável, terrivelmente cansado, os olhos dourados não estavam derretidos como ela gostava de olhar, como estavam quando ela desabou em seus braços e se agarrou ao fino fio azul brilhante que os ligava em meio a escuridão que crescia rapidamente dentro dela, quando ela destruiu o maldito. Estavam tão duro quanto âmbar.

- Vou falar com a curandeira que acordou. - foi o que ele disse antes de se afastar de seu toque, deixando um beijo casto na palma de sua mão e lhe dando um sorriso que não chegou aos olhos. - Por favor, descanse.

Desde então, havia uma semana que Callyen havia acordado, e sete dias que o mestre das Sombras não aparecia em seu quarto para vê-la.

Callyen moveu o corpo para se sentar sobre a cama, observando o interior conhecido do quarto. O sentimento de vazio que aquele lugar silencioso lhe deu, não foi nada se comparado ao vazio em seu peito com a ausência dele. Antes que ela pudesse se levantar da cama, duas batidas na porta de madeira nobre a retiraram parcialmente do torpor de seus pensamentos. Logo, o rosto complacente da Grã Senhora entra em seu campo de visão quando ela entra no espaço.

Feyre estava como sempre, divina. O conjunto azul escuro composto por uma calça e uma camisa de manga longa lhe cobriam, um arranhão agora minúsculo estava avermelhado em sua bochecha esquerda, o único sinal de ferimento ocasião da batalha.

- Olá... - a voz cautelosa de Feyre chegou aos seus ouvidos, enquanto ela observava a fêmea se aproximar ainda mais cautelosa em direção a cama e sentar-se na beirada posterior, ficando de frente para Cally.

O sorriso da Grã Senhora era algo que Callyen apreciava, ela aprendera a sorrir apesar de tudo, apesar das condições de seu passado.

- Olá.. - a fêmea respondeu, a voz ainda raspando em sua garganta, sua cabeça latejou. Ela observa quando Feyre se ergue rapidamente da ponta da cama e vai até a mesinha de canto enchendo a taça com água e então volta, oferecendo o objeto. Os dedos da fêmea tocam os seus quando Cally pega a taça, o calor inicial é algo estranho, quando a corrente elétrica percorre abaixo da pele dela, tudo ainda mais vivido que antes. Callyen sentiu a vibração das vontades, os sentimentos, os poderes presos abaixo dos ossos da Grã Senhora arranhando de volta contra ela e então, se retesando de volta para dentro quase como se reconhecesse que deveriam teme-la. Ela sentiu o ponto pequeno, brilhante e pulsante no corpo da senhora a sua frente..

Callyen puxou a mão com a taça em direção aos lábios rapidamente, se Feyre percebera que ela vira o espectro de seu filho, ela não sabia dizer já que o mesmo sorriso condolente estava enfeitando seu rosto bonito.

- Como você está se sentindo? - pergunta. Callyen franze as sobrancelhas, sopesando a pergunta.

Ela havia sido torturada, morta.. havia voltado do além mundo e... Ela não sabia como se sentir, sua mente estava uma bagunça e ela sentia falta dele.

- Como ele está? - perguntou de volta, vendo a forma como a expressão de Feyre muda para surpresa e então relaxa novamente com um suspiro longo. A fêmea puxa os pés para fora dos sapatos de camurça azuis com detalhes em Prata e se acomoda com as pernas para cima da cama.

Callyen se recordava de pouca coisa daquele dia, de como as coisas tomaram rumos completamente diferente do que ela havia planejado. Não que ela tivesse de fato planejado alguma coisa, mas ela não esperava por aquilo quando aceitou a intimação de Ykner em se entregar. Ela sabia que morreria de toda forma, ela queria ao menos dar-lhes alguma chance...

Ela viu o olhar de culpa nos olhos do parceiro quando ele despertou e percebeu a adaga fincada entre os seios dela, em seu coração..

- Bem... - ela ouviu quando Feyre suspirou a palavra. - Ele se culpa todos os dias pelo que aconteceu.

- Não.. não foi culpa dele... - sussurra, descendo os olhos para as mãos que uniam os dedos em movimentos nervosos. Ela sente o toque de Feyre sobre as mãos, as marcas em tinta azul ao redor dos seus braços, detalhadas em desenhos bonitos.. os símbolos do acordo com seu parceiro. O olhar de Callyen recaiu sobre seu próprio punho direito, o bracelete em desenhos simétricos ao redor do pulso, seguindo uma linha de sombras para o seu dedo anelar e o rodeando como um anel em tinta azul escura quase negra.

O símbolo de seu próprio acordo com o Mestre das Sombras, com Azriel, seu parceiro.

- O Azriel tem uma tendência destrutiva a respeito de si mesmo.. - ela ouve as palavras de Feyre. - Todos sabemos, entendemos, que ele foi controlado e não sabia de seus atos.. sabemos que a culpa não foi dele. E nem sua. - ela diz atraindo a atenção do olhar da fêmea a sua frente. O sorriso dela ainda ali, bonito e delicado. - Sabe, eu aprendi muito nessa Corte nos primeiros dias que me mantive aqui, e tenho aprendido mais a cada dia.. Uma delas é o valor do sacrifício. Você estava disposta a se sacrificar por nós, por cada um que estava naquele campo de batalha e acredite, querida, eu sei o que você sentiu.. E eu sei o que ele está sentindo.

- Eu não queria.. que vocês morressem por mim... - responde Callyen a voz perdida em meio a tantas questões. - E eu não queria faze-lo sofrer...

- Ele a viu morta... com sua adaga em seu peito e sua mão ao redor dela.

- Eu voltei..

- Sim. - Feyre concorda com um outro suspiro. - Mas pense que por um momento, você estava morta nos braços dele. Ele a viu morrer, ele a matou...

- Como você lidou com isso? - a pergunta veio e deixou Feyre desprevenida, Callyen percebera quando ela piscou algumas vezes em direção ao nada e novamente, soltou uma respiração cansada e então sorriu de lado.

Callyen sabia das histórias, da última guerra de quando o caldeirão rompera, quando o Poder ficou a deriva no mundo, a fêmea sentiu em si própria a dor como se ele estivesse procurando algo para se prender nesse mundo. Em partes, foi isso que aconteceu quando ela ainda estava presa nos calabouços de Hybern, ela sentiu o poder desejar consumir o mundo de fora para dentro... E então, ela sabia que o Caldeirão havia sido restituído conforme o Poder de Rhysand era consumido em seu lugar. Ela sabia que ele morrera, nos braços da parceira e os outros o haviam trazido de volta.

Ele não havia sido morto por ela, mas morreu por ela. Era a mesma sensação que ela sentia agora, a que ele sentiu após vencer o poder do Caldeirão?

- Seria bom perguntar a ele, caso seja essa sua dúvida... Rhys ficará feliz em responder.. - Callyen ouve a fêmea responder e se surpreende.. - Desculpe, seus pensamentos estão gritando e seus escudos ainda estão fracos. - justificou-se. - Mas, quanto a mim, foi difícil saber que ele havia morrido mesmo que ele houvesse voltado depois... pensar por um momento que eu o havia perdido, que ele não estava ali foi... Desesperador. Imagino o quão difícil tenha sido para o Az, perde-la um par de vezes depois que a encontrou.

A mente de Callyen girou uma porção de vezes, Feyre estava certa. Ela não podia imaginar o que havia sido para ele quando ele a viu morta, porque por alguns instantes.. ela realmente havia morrido pelas mãos dele, pela adaga dele.. aí da assim, o coração da fêmea apertou por ele não estar ali com ela, afinal de contas, ela havia escolhido ficar.

- E o que eu faço.. eu não sei o que fazer, Feyre... - ela diz, a voz baixa e embargada, Callyen apertou os olhos um par de vezes quando ela percebeu que as lágrimas estavam ali.

Feyre suspirou quando observou a fêmea a sua frente quebrar. Se moveu de forma cuidadosa para o seu lado na cama de dossel e madeira escura, e tomou cuidado de não machucar a fêmea quando ela simplesmente a amparou em seu colo, como havia feito com suas irmãs no passado e um par de vezes depois. Callyen sentiu seu peito inchar com uma sensação estranha, de acalanto, de calma quando a Grã Senhora a abraçou e a acomodou. As lágrimas se soltaram por entre suas pálpebras fechadas.. ela apreciou o carinho da senhora noturna, embora ela desejasse o abraço de seu parceiro, entendia o que isso significava para ele.

- Tempo, Callyen... Dê-lhe tempo. - a fêmea lhe disse. - E se ele não vier procurá-la eu mesma o derrubo do topo dessa casa com as asas amarradas..

✯✯✯

- Você é um idiota, cara. - Cassian reclama mais uma vez, a décima, ou talvez centésima desde que tudo havia se encerrado.

A guerra havia terminado. Definitivamente qualquer resquício de Hybern havia sido queimado e consumido pelo Poder de Callyen quando ela apareceu no campo de batalha e os varreu. Mesmo que o General não houvesse visto muita coisa de sua aparição, o que lhe foi contado quando ele acordou de volta a Cidade da Luz Estelar foi o suficiente para que sua admiração pela pequena diaba de língua afiada aumentasse. Agora, seus ferimentos estavam melhores que antes, suas asas completamente curadas... Seu relacionamento com a fêmea que o salvou inicialmente... Bem, um verdadeiro inferno pessoal para sua mente - e corpo.

Por um momento durante a batalha Cassian realmente imaginou se ele já não estava além mundo, quando Nestha apareceu diante dele como um anjo. Ou um demônio. Como uma verdadeira guerreira illyriana em sua armadura de guerra que ela lhe jurou nunca mais usar novamente desde que a recebera no Acampamento, ela estava lá. Diante dele, segurando o golpe final de Ykner em sua direção. A chama prateada brilhando sombria abaixo da camada grossa de gelo quando ela desviou o olhar de Cassian para o macho, foi esse o momento no qual Cassian soube que não estava morto, ao menos não ainda. Ou talvez quando ela recebeu seu beijo final e ele a sentiu quebrando abaixo do braço apoiado ele tenha percebido o que, de fato, ela era. O que eles eram.

Ainda que a fêmea tenha voltado a rejeita-lo como o demônio depois do evento, ele sabia que nenhum dos dois havia desistido. Coisa que nesse momento, ele questionava se seu irmão havia feito..

Como ele poderia? Como ele poderia se negar a olhar em direção a sua fêmea quando ela lutou para mante-los a salvo?!

- Você não entende, Cassian.. - ele ouve quando Azriel solta o ar comprimido e puxa os cabelos de forma frustrada.

- O caralho que eu não entendo Azriel! - o General solta um xingamento seguido por um gemido de dor quando ele se move um pouco mais frente da poltrona no escrito do Solar de Rhysand e Feyre a beira do Sidra. Era lá que o bastardo ficava durante o dia e se esgueirava durante a noite em seu quarto na Casa dos Ventos para observar sua parceira em seu sono durante os malditos dias que ela seguiu sem acordar. - Aquela fêmea lutou o inferno por inferno por você... Por nossa família. Ela morreu por nós...

- É exatamente por isso que eu não posso! Ela morreu, porra! Por minha causa, por minhas mãos! - Azriel se exaspera, as sombras se desprendendo de seus ombros, asas e mãos quando ele aperta o copo de líquido âmbar de tal forma que o cristal se quebra entre seus dedos.

- VOCÊ ESTAVA SENDO CONTROLADO, PORRA! - Cassian grita de volta, se movendo um pouco mais, sentindo suas costelas reclamarem com o movimento. - Você... - respirou entre os dentes - você não tinha como saber, já que aquele desgraçado estava brincando com a sua mente.

- Não sempre que Cassian se torna a voz da razão, Az. - Rhysand finalmente interpõe, então se inclina para mover os dedos fazendo a bagunça de álcool e vidro quebrado sobre o chão desaparecesse, e uma nova taça surgisse de volta ao mestre espião. - E não se atreva a dizer que eu não o entenderia... não quando eu tive que ver minha parceira ser morta e trazida de volta apenas para vê-la quase se casar com outro... Ou quase me rejeitar porque eu fui idiota o bastante para não confiar nela que éramos parceiros. Dentre todos aqui.. talvez eu seja o que mais te entenda.. e entenda Callyen afinal... - Rhysand diz, reclinando-se em sua poltrona, engolindo o líquido alcoólico e olhando seu irmãos sobre a borda da taça.

- Você pode ser bem inteligente quanto a questões estratégicas e sistemas de rede de espionagem... - Cassian diz sobre sua própria bebida. - Mas é um idiota sobre seu próprio relacionamento... Inferno.

- Como se você soubesse do seu... - Azriel bufa antes de engolir completamente sua bebida.

- A questão é que.. - Rhys interrompe quando o brilho de ódio brilhou no canto dos olhos castanhos do general e ele preparou sua resposta. - Ela é sua parceira.. ela não está morta, e você não está lá com ela porque é um bastardo com síndrome de inferioridade. - Eu tô cansado dessa merda.. Eu vou dizer isso apenas uma vez, Azriel. Conserte essa merda com a tampinha ou eu realmente vou quebrar essa sua carinha bonita.


Azriel sabia que Cassian e Rhysand tinham razão, inexplicavelmente, mesmo Morrigan e Feyre estavam o questionando o porquê de sua atitude, vez que Callyen estava bem agora. Ainda assim assumir a culpa era algo que estava martelando a mente do Mestre Espião de forma desagradável..

Suas mãos estavam envoltas em sangue, ele podia sentir o peso da lâmina cravando fundo contra o peito da fêmea, o suspiro e ele podia sentir a última batida falha de seu coração sobre sua palma. Ele havia feito aquilo, sua mão estava empunhando a adaga... Os olhos de Azriel percorreram a palma e seu pulso direito, onde as gavinhas em tinta azul escura como o véu da noite acima rabiscavam o sinal de sua promessa. Ele prometera não deixá-la se ferir novamente, prometera que cuidaria dela e no final... Ele mesmo quem empunhou a lâmina que a matou..

- Mas que... Inferno. - suspirou e então engoliu o líquido alcoólico de sua taça novamente antes bate-la contra o balcão.

- Você já bebeu demais, Azriel. - a voz de Morrigan soa por cima da música alta do bar e então ela afasta a taça para longe quando alguém retorna para abastece-la.

- E desde quando você se importa? - questiona.

- Desde quando você está agindo feito um babaca com a sua parceira inferno! - ele observa a fêmea engolir sua bebida em um único movimento. - Sinceramente, eu esperava um pouco mais de você.

- Você sabe... a sensação Mor..? De ser rasgado enquanto vê a metade da sua alma se partir.. ficar parado com o corpo dela em seus braços e a porra da única coisa que você nunca desejou ter se quebrando fio após fio e você não conseguir segurar? - pergunta. As sombras dançam ao redor de seus dedos, sobre seus pulsos, cobrindo a marca do acordo que não deveria estar ali já que fora quebrado.

- Não... Eu não sei a sensação de perder uma parceira.. mas eu sei a sensação de perder alguém que eu amo, Azriel.. - A fêmea diz evitando de encontrar o olhar do macho ao seu lado. - Entretanto Callyen não está morta, você só está sendo um tolo por estar aqui bebendo ao invés de com ela dando-lhe apoio. - a fêmea suspira tomando um pouco mais de sua bebida. - Eu fui uma.. completa egoísta com você todos esses séculos...

- Não vamos falar sobre isso aqui, vamos...?

- Eu posso esperar mais 500 anos para falar se preferir... - diz com um brigo irônico. - Mas a questão é que.. aquela fêmea em seu quarto... ela por você e você por ela.. não seja tão idiota dizendo a si mesmo que não a merece... E principalmente, não se culpe por algo que você ou até mesmo ela não tinha controle. Não seja um egoísta como eu fui, Az..

Azriel engoliu a saliva através da garganta seca com as palavras da fêmea ao seu lado na mesa do Rita's. Pensando bem agora, talvez essa fora a primeira conversa sobre sentimentos que ele tivera com Morrigan em todos esses séculos de relacionamento conturbado, e nesse momento não era o que ele queria. Ele não queria conversar, não queria pensar, não queria ter de admitir que ela estava certa.

- Você... - a voz de Cassian soou perto dele, carregada quando ele ergueu o rosto para o General que estava com uma expressão sombria. Azriel não esperava quando o macho simplesmente o agarrou pela gola de sua roupa e o arrastou para fora e Azriel simplesmente o deixou levá-lo pela porta em direção a rua. - Eu lhe falei para consertar as coisas e não encher a porra da cara...

- Você não tem moral para me dar conselhos Cassian... Então simplesmente dane-se...

Azriel não desviou quando o punho fechado do macho veio de encontro a lateral do seu rosto a primeira vez, mas revidou o ataque do General quando ele se afastou com o impacto, devolvendo o soco de punho fechado contra seu irmão e agarrando-o pela cintura após abaixar diante de um novo golpe.

Cassian realmente o estava atacando por ela. Ele estava a defendendo, dele próprio. Azriel se afastou quando sentiu sua garganta fechar e o peito arder quando a certeza se abateu sobre ele, todos estavam tentando mostrar-lhe seu erro. A mente foi direto contra o pensamento de sua parceira, a ponte azul cobalto brilhante estava ali, embora silenciosa no inferno desde que tudo o virou de dentro para fora e ele a perdeu.

- Você perde-la novamente se continuar agindo como um bastardo! - Cassian diz, sob um gemido de dor, a mão pressionando as costelas esquerdas, a lateral do rosto mostrando um hematoma se elevando.

- O que eu faço?

- Implore perdão, se acha que fez algo que mereça ser perdoado, implore a ela. Callyen é sua parceira, mas também é da família agora, e nós cuidamos da família Azriel. Conserte as coisas, ou eu mesmo mato você e fico com a baixinha. - Cassian quase sorriu quando o rosnado soou junto com o olhar assassino que o Mestre Espião lhe dirigiu o informou o óbvio.

- Como se você fosse capaz de abandonar Nestha, irmão.

✯✯✯

A semana havia se passado rapidamente, assim como seu processo de cura. Ela ainda podia ouvir a magia e o poder bruto rastejando mais forte através dela, o que antes parecia um sensação dormente em seus ossos, agora parecia correr em seu sangue como algo vivo, algo que agora fazia parte de seu organismo e fazia questão de se mostrar presente. Callyen ainda não sabia se isso era uma boa coisa, especialmente devido aos pesadelos. Embora ela não tivesse destruído o quarto como das outras vezes em que perderam o controle, ela se sentia ser engolida pela escuridão viscosa e líquida que parecia fluir através dela, implorando para ser deixada sair. E toda vez que ela sentia-se prestes a ser engolida, ela materializava o mesmo fio azul brilhante em sua mente, puxando-o ao redor do seu corpo para se manter acima da superfície.

Em algum momento durante sua recuperação duas visitas inesperadas foram ao quarto, e nenhuma delas era quem ela ansiava em ver. Quando Nestha entrou no quarto Callyen sabia o motivo de sua visita, embora em nenhum momento a fêmea tenha lhe dito, ela sabia que no fundo Nestha a fora agradecer, a sensação dolorosa na mente da fêmea quando as lembranças de Cassian vieram para a mente de Callyen como uma avalanche sem controle.

A outra, quando o próprio Grão Senhor a pediu licença para conversar.

- Devo perguntar como está se sentindo? - questionou, pondo as mãos dentro dos bolsos da calça de linho escuro enquanto se mantinha afastado, recostado próximo a janela embora seu olhar minucioso examinasse cada movimento da fêmea com uma cautela impressionante.

Mesmo que a magia de Callyen estivesse inquieta e ativa, olhar a mente do Grão Senhor da Noturna era o mesmo que encarar uma muralha de diamante negro.

Grão Senhor mais poderoso de toda a Prythian, afinal. Pensou.

- Você saberia, não? Feyre disse-me que... Minha mente está frágil, portanto suscetível a seus poderes. - disse.

- Não tanto quanto estava antes. - ele responde com um sorriso lateral. - Seus poderes estão agindo como uma espécie de proteção automática.

- Porque está aqui? - Callyen questiona depois de um tempo. O sorriso do macho a frente se ergue um pouco mais no canto.

- Estou aqui em nome da minha Corte. Como Grão Senhor da corte Noturna e um dos sete líderes de Prythian, vim agradecer o que fez em nome da minha família.

- Não precisa... - ela começa, mas um pequeno movimento a faz engolir as palavras.

- Por favor, deixe-me.. terminar. - Rhys diz. - Eu vim aqui realmente agradecê-la, mas apenas por ter lutado ao nosso lado.. você salvou mais do que realmente esperava ter salvo.. agradeço-lhe agora como um irmão... Obrigado por ter salvo o Azriel, ter-lhe dado vida num período curto de tempo, tê-lo trazido de volta das sombras e por ama-lo..

- Ele havia me salvo primeiro, Grão Senhor...

- Rhysand... - ele interrompe com um novo sorriso. - Você não costuma me chamar por meu nome, um título não é o que sou.. aqui, eu posso ser apenas o Rhysand..

- Rhysand.. - ela repete o nome sem formalidades... - Obrigada.. porém não precisa me agradecer.. eu faria novamente se isso fosse.. garantir os mesmos resultados. Vocês me acolheram em sua família como se eu fosse parte dela, eu só não podia...

- Você é parte da família, Callyen. No segundo que Azriel pôs os olhos sobre você, inconsciente numa cama depois de ser perseguida e salva... No momento que você abriu os olhos você se tornou parte dessa família, se tornou importante para nós apenas porque você se tornou importante para ele.

- Você sabia. - não fora uma pergunta, apesar do tom dela ter dado a entonação. Rhysand ergueu uma sobrancelha negra sobre os olhos violetas perspicazes.

- Azriel nunca se sentiu.. como ele estava se sentindo quando estava perto de você. Ele nunca teve o que desejou, nenhum de nós teve.. lutamos e perdermos, e aprendemos a usar nossas fraquezas e transformá-las em força com um objetivo: proteger nossa família. Você acrescentou razões a mais para que ele continuasse lutando.. Não desista do meu irmão, Callyen...

- Eu nunca faria isso..

- Que bom... - Rhysand diz, saindo do conforto da janela e dando um passo a frente. - Estou aqui com outra missão além de agradecimentos sentimentais demais para alguém como eu...

- Sinceramente, eu me questiono quem entre você e Cassian consegue ter um ego maior..

- Ora, doce Callyen... sua dúvida quanto a mim chega a ser desanimadora. - o Grão senhor lhe direciona uma risada. - Voltando ao ponto em especial.. tenho um convite.. na verdade é uma intimação e eu não me responsabilizo pela reação de Feyre caso você recuse a participar. Hoje ocorre a Queda das Estrelas.. toda a vez fazemos uma grande... Comemoração em Velaris. Desta vez temos motivos a mais para comemorarmos juntos.. você está intimada a comparecer.

- Eu não sei se..

- Você realmente conhece a minha Grã Senhora? - Rhysand interrompe novamente, um brilho travesso e orgulhoso nos olhos violetas brilhantes. - Além do mais, você irá se surpreender hoje a noite.

Havia algo sob o olhar divertido do macho a sua frente, algo que fez com que a fêmea aceitasse o convite. Ela conhecia as lendas, as histórias a respeito da Queda, embora nunca tivesse tido a chance de presenciar a dádiva que era associada aos Deuses e aos Andarilhos entre os mundos.. curiosidade atiçou seu o interior quando ela disse sim.

Em algum momento a fêmea se levantou da cama, sentindo o vazio estranho que era não sentir uma parte importante as suas costas. Era doloroso se recordar que a marca de seu povo, a herança de Cretea não estava mais presa contra a pele em suas costas, ou que ela não precisava mais utilizar da magia para mantê-las escondidas... Cally engoliu as lágrimas com a sensação de perda enquanto caminhava para o vão que levava ao banheiro. O cheiro almiscarado de vento ainda se misturava ao vapor que saia da banheira aquecida por magia, o cheiro dele ainda predominante em todo o aposento, e parecia marcado no corpo da fêmea. Callyen fechou os olhos e inalou profundamente, como se pudesse senti-lo presente, decepção a assolou quando reabriu os olhos e Azriel não se encontrava ali.

Deliberadamente, puxou o tecido branco da camisola por sobre a cabeça, retirando de seu corpo. As marcas negras das runas antigas sempre seriam um lembrete do maldito, do que ele fizera a ela, do que ele profanou de seu corpo.. as cicatrizes seriam sempre um aviso, embora, ela preferisse aceita-las como um troféu. Cada uma delas. Uma maldita medalha de superação. Ela fechou os olhos quando percebeu o vislumbre de duas cicatrizes em suas costas, em direção as omoplatas, um recorte estranho e brutal em direções opostas de onde suas asas costumavam ficar quando ela as liberava. Engoliu novamente cada lágrima teimosa quando ela entrou na banheira, submergindo na água quente, deixando o vácuo líquido abafar qualquer pensamento.

As questões de porque ele ainda não havia vindo desde que ela acordara? Porque ele ousava se culpar por sua morte? O peso das perguntas fez com que ela afundasse um pouco mais dentro da banheira. A fêmea se perdeu no tempo, quando suas cicatrizes recentes reclamaram em contato com água ela sabia que havia passado tempo demais na banheira que o recomendado para suas feridas. Puxou o roupão de algodão e saiu, encontrando as gêmeas mestiças de pele negra como ébano e com adornos de ouro aguardando-a no espaço do quarto. Nuala e e sua irmã, Ceridwen a aguardavam, ambas com um sorriso complacente nós lábios pintados com batom vermelho vivo.

- Senhora.. - foram tudo o que disseram antes de sentarem-na na cama e começarem a arruma-la.

Depois de cabelo e maquiagem feitos, Nuala lhe apresentou seu vestido, lhe ajudando a colocá-lo no corpo. O tecido azul era quase da mesma cor dos sifões de Azriel, embora os dele brilhassem, a cor desse tecido era um pouco mais pálida. Um decote profundo a frente, chegava pouco acima do seu umbigo e ligava-se a um cinto de ouro entrelaçado. O mesmo fio de ouro ia de um lado a outro em seu colo, ligando a um véu em seus ombros que iam como mangas esvoaçante ao chão, o mesmo tecido fluido fazia a saia do vestido, que tocava-lhe os tornozelos como plumas, num mesclado de azuis. Um vestido digno de uma rainha. A outra meio espectro, lhe ofereceu o par de sapatos azuis com pequenas pedrinhas brilhantes que combinavam, e a fez calça-los..

Depois de deixarem Callyen como uma pequena boneca, ambas as fêmeas deram um sorriso, e desapareceram como fumaça em um dos cantos do quarto deixando-a sozinha com seus pensamentos novamente. A fêmea teve sua visão desviada para o espelho lateral, vendo que aquelas fêmeas tinham mãos mágicas realmente para terem conseguindo transformar sua aparência caótica no que ela estava vendo agora. Seus cabelos estavam meio presos, metade de cima em uma trança baixa presa por uma pequena coroa prateada enquanto o restante pendia solto. O véu em seus ombros cobriam também suas costas, e mesmo o decote baixo não deixava a mostra nada que não fosse a cicatriz que todos já sabiam estar ali.

Linda.

E uma fraude, pensou.

Um suspiro de tensão a abandonou quando duas batidas soaram na porta do quarto, ela se quer precisou usar da manipulação para saber que não era quem ela esperava, ainda assim, formou um pequeno sorriso quando o corpo grande e musculoso de Cassian passou pela porta.

Foi estranho ver o General Illyriano sem sua armadura. Ele usava uma camisa formal preta, detalhes em prateado e vermelho metálico nas lapelas e mangas, a calça social e sapatos. Não botas, sapatos realmente. A visão quase fez com que uma risada escapasse de Callyen, se ela não tivesse reparado no machucado vermelho na lateral de seu rosto que não estava ali quando ele a visitou no dia anterior.

- Hey, tampinha.. como está se sentindo hoje? - Questionou cruzando os braços no vão da porta para o corredor.

- Modelada numa versão melhor que ontem.. - diz tentando em vão devolver o sorriso.

- Você está bonita.. - Cassian diz, um sorriso torto em seu rosto bonito fazendo com que o machucado fique mais aparente.

- É o melhor elogio que você pode fazer Cassian? Espero que use elogios melhores com ela..

- Sempre uso.. - diz de volta. - Estou aqui para acompanhá-la e fazer com que tenha a melhor companhia da festa. - Cassian diz, oferecendo um braço em direção a Callyen de forma pomposa.

- Como... como ele está? - a fêmea pergunta depois de aceitar o convite e enlaçar o braço ao do General e então ambos caminham pelos corredores longos da Casa.

Cassian respira algumas vezes antes de responder.

- Um desgraçado cabeça dura...

✯✯✯

Ao mesmo tempo que Azriel esperava por encontrá-la, ele simplesmente não sabia como reagir em torno dela mais uma vez. Ele se quer sabia como havia conseguido manter-se distante, mesmo que toda noite como um maldito penitente ele entrasse no quarto para que pudesse vê-la dormindo cada maldita noite enquanto ela permanecia desacordada em sua cama e continuou depois que ela havia acordado. Era impossível acreditar que ela estava ali, mesmo com a lembrança vindo onda após onda do golpe sendo dado e da sensação de observar o laço sendo quebrado fio após fio. Todas as noites ele se via entre toca-la, beija-la e entre descobrir que tudo não passava de um sonho e ela não estava de fato ali.

Azriel sentiu uma pulsação acelerada quando ele a viu pisar no teto da Casa dos Ventos, o puxão forte através do laço foi o suficiente para ele desviar os olhos em sua direção e constatar a beleza que ela estava. O vestido longo tocando o chão em movimentos fluídos, o decote profundo deixando a faixa de pele branca e leitosa entre seus seios a mostra, os cabelos negros semi presos, a maldita e suculenta boca pintada em vermelho escuro. Ele precisou trincar os dentes para a imagem dela ao e tirar no telhado enfeitado com luzes e flores..

Porra, ela estava linda. E ele era um desgraçado, um maldito bastardo quando percebeu a sombra de tristeza no olhar escuro da fêmea mesmo a essa distância. Precisou respirar fundo algumas vezes ao ver seu braço preso ao redor do cotovelo de Cassian, o sorriso debochado e desafiador do desgraçado aumentando ao perceber o efeito desejado alcançado, quase o desafiando a agir.

Ele observou a forma como a fêmea caminhou em direção aos outros, a luz pálida do entardecer fazendo com que o vestido brilhasse a cada movimento. Ela estava mais magra, apesar do sorriso dirigido quando Feyre e Rhysand a cumprimentaram, ele não chegou ao seus olhos.

- Ficar aqui olhando-a não vão ajudar, seu idiota. - a voz de Cassian soou ao seu lado.

Quando o maldito havia chego até ele sem que ele percebesse?

- Você me pediu para ajudá-lo e eu a trouxe.. sua vez de agir, e não faça nenhuma merda irmão. - ele diz. - Vá e implore, irmão..

Observa-la de longe era realmente como um maldito castigo. Azriel sentia como se a marca em seu punho queimando, o fio azulado entre eles parecia apertar e puxar de encontro a ela, implorando para que ele puxasse de volta, para puxa-la de encontro a si e não soltar.

Porra..

- O que diabos você está fazendo aqui que não está com ela? - ele ouve a voz de Morrigan ao seu lado, quando ela surge em seu típico tom vermelho, o vestido de decote profundo e os cabelos dourados em cascatas.

- Todos vocês realmente decidiram tirar um pouco do seu tempo para me irritar? - questiona, cruzando os braços. As sombras se movendo contra a vontade ao redor das mãos, o sibilar baixo em suas orelhas rosnando para que ele fosse até Callyen.. algumas gavinhas correndo em direção a ela.

- Somente porque você está agindo fora do seu normal, Az.. - Mor diz levando a taça de cristal aos lábios, tomando um gole lento do vinho, antes de voltar-se para ele. - Posso dar-lhe um conselho.. algo que eu gostaria de terem me dito..

- Você dirá de qualquer forma não é?

- Sim, eu direi porque você agindo como um... Alguém que não é você, e isso está errado. Você a ama, Azriel. E você a ama de volta, então... pare com essa tendência de se culpar por algo que não está ao seu alcance. Pare de se achar insuficiente por minha culpa. Eu realmente sinto muito por todos esses anos.. eu realmente sinto muito por tudo, mas não seja...

- Morrigan..

- Eu ainda não terminei, então.. - ela o interrompe, limpando a lágrima que escapou no rosto e sorrindo novamente. - Eu sinto muito por tudo o que eu te fiz passar.. e você merece ser feliz.. Então, pare de agir como eu e vá atrás da sua parceira.

- Mor.. eu...

- Vá até ela.. e conserte as coisas. Ou eu realmente acredito que Cassian irá fazer isso acontecer.

Azriel desviou os olhos da loira a sua frente para o local onde Callyen estava, os dedos finos alisando o tecido do véu azulado que caia do seu ombro sobre seus braços, apesar de não parecer confortável — ele sabia que ela estava longe de estar — ela sorriu em direção a algo que Cassian disse ao mesmo tempo que ele viu Nestha revirar os olhos. Incrivelmente, a fêmea irritante havia melhorado suas ações em relação a Cassian nas últimas semanas.. enquanto ele havia piorado as dele. Azriel trincou a mandíbula firmemente, puxando uma respiração lentamente. Caminhou até a mesa próxima ao arranjo servindo duas taças com vinho, o peso em sua mente através dos escudos nublando sua visão quando ele puxou e soltou o ar mais vez quando decidiu caminhar até ela.

Ele conseguiu sentir o olhar de Cassian passar de relance sobre ele, o sorriso debochado do macho fez com que a mão de Azriel coçasse com a vontade de arranca-lo de seu rosto, porém, agradeceu quando ele se distanciou da fêmea levando Nestha junto com ele.

— Fiquei me questionando... quanto tempo levaria para vir, Encantador de Sombras. —  Callyen não se virou quando disse, a voz soando um pouco baixa e Azriel não pode deixar de notar o tom levemente amargurado em sua voz. Ele apenas comprimiu a vontade de agarra-la, enquanto deu mais dois ou talvez três passos, oferecendo-lhe a taça com o líquido vermelho. — Obrigada. — disse, aceitando o objeto e a erguendo num pequeno brinde, mesmo que não tenha bebido.

— Como... como você está? — questiona, sentindo a garganta apertar. A fêmea ao seu lado bufa uma risada seca, antes de inclinar a cabeça de lado levemente, olhando-o. Azriel sentiu a pele aquecer sob o olhar da fêmea, por um instante, o fio azul brilhando acima da ponte recém construída puxou com força do outro lado.

Inferno, como ele sentiu falta disso.

— Isso é tudo.. que você tem para falar, Encantador de Sombras?

Azriel engoliu, depositando a taça sobre a murada ele tomou a outra da mão dela.

— Não.. há muitas coisas que eu quero te falar, Callyen e nenhuma delas será o suficiente... Embora, eu precisa que você venha comigo para isso.

— O que você tem a dizer pode ser dito aqui, Azriel.. poderia ser dito no primeiro momento em que abri os olhos e você não estava lá.

— Deixe-me explicar.. por favor. — disse, o tom de voz baixo, quando ele ergueu a mão com a palma virada em um convite. Esperando, implorando para que ela aceitasse.

✯✯✯

Callyen sentiu o choque inicial quando tocou os dedos sobre a pele repuxada das cicatrizes do macho ao seu lado. Sua respiração pesou quando ela foi engolida pela correnteza de sensações fortes, vinda do macho que segurou sua cintura. Ela se sentiu envolta nas sombras, o cheiro de neve e pinheiros, almíscar e chuva a invadiu, enquanto ela sentia o cheiro de Azriel. O conhecido cheiro de vento, o cheiro de lar.

Callyen fechou os olhos quando foi sugada para dentro do espaço de escuridão e vento, e então sentiu os salpicos gelados das gotas de água sobre o rosto, o ruído pesado de uma queda d'água. Ela não precisou abrir os olhos para se certificar de onde eles estavam quando o inalou a brisa fresca da Cachoeira. As mãos de Azriel desceram por sua cintura, abaixando sobre o tecido do vestido a medida que ele se ajoelhou na relva, os dedos ásperos em um toque suave em seus tornozelos quando ele segurou seu pé para retira-lhe um sapato após o outro. Callyen sentiu o arrepio bem vindo da relva úmida sob os pés descalços e esperou que Azriel se levantasse.

Ele não o fez.

O macho a sua frente permaneceu sobre os joelhos. A roupa igualmente negra como a de Cassian era diferenciada apenas pelos detalhes em azul nas mangas e nas lapelas da camisa. Os olhos, pela Mãe aqueles olhos pareciam ferir a alma de Callyen quando ele a encarou completamente exposto antes de enlaçar os bracos ao redor de seu quadril, enterrando o rosto em seu estômago.

— Eu sinto muito... — disse, a voz abafada contra seu corpo. Um arrepio lento subiu através da pele de Callyen quando ela ouviu as palavras quebradas.

Não. Não, não por favor...

— Az...

— Não, anjo. — a interrompeu. — Eu... apenas me deixe sentir.. me deixe... Ter certeza que está aqui, de que é real.

Callyen sente, quando ela é arrastada novamente para dentro das emoções e pensamentos. A sensação de desespero quando tudo aquilo aconteceu, de ver seu corpo sem vida nos braços de Azriel ela sentiu como se o coração dele também fosse golpeado... a dor da perda, a maldita dor quando ela voltou apenas para partir novamente. O peso esmagador da culpa ele que tinha ao achar erroneamente que ele fora o causador de sua dor.

A fêmea não o afastou quando deixou seu peso descer sobre suas pernas, tampouco ligou para o vestido quando se ajoelhou a frente do macho posto sob os joelhos e segurou seu rosto entre as mãos, deparando-se com as lágrimas. Ele estava chorando.. por ela. Aquilo doeu mais que as  malditas lembranças que eram passadas através da manipulação do Caos sobre a dor e angústia vertiginosa que ela tomava dele para si.

— Eu estou aqui, Azriel... — ela disse, movendo os polegares sobre as bochechas do macho, varrendo as lágrimas sobre o rosto bonito antes que elas se misturas sem aos salpicos da queda d'água.

— Eu a perdi, anjo. — ele diz, a voz quebrando na última palavra e levando mais um pedaço dela com isso. — Duas vezes num mesmo dia e eu não pude fazer absolutamente nada para mudar isso. Por minha culpa você morreu...

Não foi sua culpa! — o grito consternado sai sem que ela o impeça. — Me ouça, Azriel e preste atenção. Nada do que aconteceu foi sua culpa. Todos os acontecimentos se acarretaram através de decisões minhas. Eu sabia o que aconteceria a partir do momento que eu decidi sair daquele acampamento... A minha morte, não foi culpa sua. Aquele maldito brincou com sua mente. Você não sabia. Então não ouse dizer que você me matou. Porque tão bem quanto eu você sabe que isso é mentira!

— Eu não pude deixar de ver noite após a noite, dia após dia enquanto você estava desacordada que eu era o responsável por você está daquele jeito.. Eu... Simplesmente não conseguia acreditar que você havia voltado.. era... Como se a qualquer momento você pudesse tirada de mim novamente e por um instante, eu passei a acreditar que aquilo era um sonho e eu estava sendo punido pelo que fiz. — ele disse, engolindo em seco ao tempo que fechou os olhos com força. — Era como se eu fosse acordar e perceber que você não estava lá...

Dor se alastrou pelo corpo de Callyen, uma pontada direta em seu coração quando Azriel abriu os olhos mais vez, a testa colada sobre a dela, tão perto que ela poderia se perder no dourado de seus olhos. Mas, havia dor ali. Como se ela pudesse enxergar ele próprio se afogando no abismo de culpa que ele havia criado.

— Não ouse! — Callyen diz, a voz soando mais firme que ela imaginou que seria. — Eu estou aqui, Azriel.. você foi o motivo pelo qual eu voltei. Você me salvou quando... Aquela coisa estava me consumindo e implorando para que eu destruísse o mundo com ela foi seu fio ao qual eu me agarrei para voltar. Então não ouse, nem por um momento se martirizar por algo que você não tinha controle.

— Eu achei que tinha perdido você... — Azriel diz, movendo a ponta do nariz sobre o dela, indo em direção a sua bochecha esquerda, descendo para o contorno de sua mandíbula. — Eu não quero sentir essa sensação novamente, anjo. Me desculpe por não estar lá quando você acordou. Perdoe-me por não estar presente quando você precisou de mim e eu me achei insuficiente para estar ao seu lado. Mas, eu tenho um pedido egoísta a te fazer... — ele diz, deixando um beijo casto sobre a curva de seu queixo, quando ela engole em seco as palavras, sentindo os olhos arderem com as lágrimas. — Eu não quero... Eu não posso perde-la novamente, anjo. Então deixe-me ir junto contigo...

Você é parte de minha alma, Callyen... Está entalhada lá. Meu coração te pertence, anjo. Ele é seu desde o dia que você abriu os olhos no quarto da Mansão.. e continuará sendo seu até ele parar de bater. — a voz doce e baixa dele soou através da mente de Callyen como uma canção de ninar. Aconchegante, e a aqueceu, assim como as lágrimas que desceram por seu rosto antes de Azriel as capturar com os lábios.

Eu senti falta disso... — brincou.

Meu pedido egoísta, Callyen. — ele continuou através do laço brilhante que os envolvia. — Eu declaro... que eu sou seu e que... como meu coração e alma lhe pertencem, meu coração irá parar de bater no momento em que o seu parar.

Choque inundou os sentidos da fêmea por um momento. Quando ela abriu os olhos úmidos pelas lágrimas.. havia uma seriedade nas feições de Azriel que causou uma sensação estranha em seu estômago.. Ele seria realmente disposto a morrer com ela?

— Sim. — disse e e Callyen piscou uma vez quando percebeu que ele a ouvira através dos pensamentos. — Não faz sentido para mim viver em um mundo em que você não exista, anjo. Eu iria atrás de você no segundo seguinte de destruir os causadores da sua morte... Eu demorei séculos para encontrá-la e iria até o Além mundo para tê-la comigo. Esse é o meu pedido egoísta, Callyen.

— Eu prometo, Azriel... eu não vou a lugar nenhum sem você ao meu lado.. pois meu coração te pertencia antes mesmo que eu soubesse quem você era, ou se você era real. Você salvou minha alma, mesmo que eu não merecesse salvação. Eu declaro que sou sua... alma e coração... E no dia que o seu coração parar de bater, o meu também irá.

Um suspiro lhe escapou quando ela sentiu os lábios dele sobre os seus. Macios e doces e quentes. Callyen gemeu quando Azriel passou a ponta da língua sobre seu lábio inferior, sobre a costura que unia seus lábios fechando pedindo, implorando para que ela lhe concedesse passagem. O som satisfeito soou de sua garganta quando ele empurrou a língua para dentro de sua boca e a fêmea se sentiu derreter. Ela sentiu falta disso, no inferno que sim. Ela gemeu novamente quando as mãos dele desceram de seu rosto, os braços envolvendo sua cintura novamente quando ele desceu um pouco mais, apertando suas nádegas antes engata-las pelas suas coxas até a dobra de suas pernas para puxa-las ao redor de sua cintura e inclinou o corpo, fazendo-o ceder ele a fez deitar.

Azriel a beijou novamente, uma última vez antes de se afastar minimamente, descendo os lábios pela curva de sua mandíbula, deixando um beijo no ponto sensível e pulsante em seu pescoço antes de inalar a pele.

— Eu senti falta disso... — murmura antes de voltar a beija-la.

Eu também. — ela envia através da ponte. Sua boca movendo-se em sincronia com a dele, Callyen gemeu mais uma vez quando ele sugou sua língua para ele, ela moveu seu quadril para cima na direção dele, moendo contra, provocando.

— Não faz assim, anjo. — a voz de Azriel soou arrastada, como uma súplica e um rosnado quando sua mão desceu pela lateral do corpo de Callyen, apertando sua coxa contra ele.

— Porque? — questiona, desfazendo a distância entre seus rostos, colando seus lábios novamente quando ela deixa a ponta da língua lamber o lábio inferior dele.

— Por que... eu tenho a intenção de ser carinhoso... — ele diz, descendo um beijo no canto de sua boca. — Então.. eu preciso que você seja boa comigo... — diz, antes de puxar o lábio inferior da fêmea entre os dentes, fazendo-a gemer e mover o quadril de encontro a ele novamente.

Azriel suspirou pesado no momento em que a fêmea se move abaixo de seu corpo, moendo o quadril contra o dele fazendo-o insuportavelmente duro com o movimento lento. Um rosnado lhe escapa quando ele move a boca contra a dela novamente, a mão espalmada contra sua coxa, os dedos puxando o tecido para cima para mantê-lo ao redor de sua cintura. Azriel se moveu acima do corpo de seu corpo novamente, mantendo-se entre suas pernas enquanto ela enganchou as coxas ao redor de sua cintura, ele moveu a palma contra o estômago dela, movendo os dedos em direção ao decote do vestido, traçando a pele exposta antes de lavar os dedos a manga esquerda e passa-la para baixo de seu ombro, fazendo o mesmo com o outro lado.

Callyen segurou um novo gemido quando ele se moveu de sua boca, deixando uma trilha de beijos no caminho em direção para baixo, a língua deixando um rastro quente em sua garganta exposta, ele lambeu a pele acima do osso de sua clavícula os dedos da mão direita trabalhando em puxar as alças do vestidos para baixo de seu braço e depois do outro enquanto ele descia a boca para seu esterno. Callyen sentiu o peso em sua garganta, o nó se formando quando ele beijou devidamente a nova cicatriz, sabendo o peso que a marca tinha sobre ele. Ela o puxou de volta para cima, sugando seus lábios em um novo beijo como se desejasse sugar qualquer tipo de tristeza que ainda tinha nele.

— Lamba-me, Azriel... — a voz saiu entrecortada quando ela se afastou, fogo brilhou no olhar do macho a sua frente, o dourado em seus olhos derretidos quase como ouro líquido, a pupila dilatada quando um sorriso satisfeito ergueu a lateral de seu lábio.

Azriel desceu o rosto novamente, contra seu colo, os lábios se fechando ao redor do seu seio, a língua subindo o monte da base ao pico antes que ele a movesse ao redor, provocando um arrepio e um gemido quando ele sugou seu mamilo enquanto prendia o outro entre os dedos ele brincou ali antes de decidir ter o bastante. Azriel moveu a boca para o outro, a mão descendo pela lateral do corpo da fêmea arfante abaixo dele, passando pelo amontoado que estava o vestido em sua cintura em direção ao meio de suas coxas, o lugar que estava implorando por seu toque quando ele sentiu a umidade convidativa sobre o tecido da calcinha quando ele a provocou.

Callyen moveu o quadril em direção a ele mais uma vez, sentindo o maldito sorriso do macho crescer enquanto ele trabalho a boca contra seu seio antes de morde-la mais uma vez, movendo o dedo sobre o tecido antes de puxa-lo para longe do ponto ela estava pulsando com necessidade.

— Não seja impaciente, anjo. — ele murmura acima da pele, o hálito quente em contraste com a brisa gemida vinda da cachoeira fizeram o corpo dela arrepiar em desejo.

— Não brinque comigo, Azriel. — ela engole em seco no momento em que ele move o dedo sobre suas dobras, puxando o tecido para longe, a ponta do indicador passeando sobre sua umidade antes dele ir para baixo sobre seu corpo.

O primeiro golpe de sua língua veio com um gemido gutural da fêmea, quando ele a provou.

Doce. — a palavra disparou através da ponte em direção a ela então outra lambida lenta. — Doce no inferno.

Azriel sugou o ponto entre as dobras molhadas, a língua trabalhando duro enquanto ela sentia-se subindo em algo que estava prestes a desmoronar. A cada golpe certeiro de sua língua em seu clitóris, mais alto sobre a borda. E Azriel sabia, que ela estava prestes a quebrar.

Goze para mim, anjo. — mesmo que não fosse uma ordem implícita, Callyen se viu caindo da beirada do precipício construído quando ele adicionou um dedo em sua entrada e empurrou, a língua batendo diretamente acima do ponto pulsante, ela agarrou-se a ele, os dedos emaranhando-se entre os fios grossos e macios de cabelo castanho escuro. Azriel continuou lambendo-a, languidamente, deixando-a cair lento em seu orgasmo ao passo que construía um novo.

Algo brilhou acima deles, cruzando o céu escuro da clareira. A luz rodopiou no céu noturno como se estivesse dançando num tapete negro antes de desaparecer no horizonte. Azriel se moveu, ajoelhando-se entre as coxas da fêmea e então se despiu diante dela, antes de descer, pairando sobre seu corpo. Callyen engoliu novamente, diante do olhar de adoração dele. Não havia nada mais no castanho dourado de seus olhos além de devoção e amor.. e a esperava que isso se mantivesse. Sem qualquer sombra de culpa sobre aquele macho.

— Eu te amo, Encantador de Sombras. — as palavras saem em tom de confissão, quando ela toca a lateral do rosto bem esculpido do macho, ele inclina em direção a palma, deixando um beijo sobre a pele antes de encaixar em seu centro. Azriel lhe direciona um sorriso, empurrando-se lentamente para dentro dela, encaixando-se perfeitamente.

Houve um estalo. Alto, sonoro e doloroso. Como o som de algo se quebrando e depois sendo reconcertado. Encaixado no lugar onde sempre pertenceu. Callyen não reparou que uma lágrima havia lhe escapado até que sentiu os lábios de Azriel sobre a curva de sua boca, onde o rastro úmido acabava.

Azriel moveu-se novamente, puxando-se para fora e então encaixando-se profundamente dentro, num movimento cuidadoso, preciso e necessitado. Callyen gemeu, as mãos subindo através das costas nuas do macho, a ponta dos dedos resvalando contra a base da asa esquerda foi o suficiente para ele empurrar mais duro contra ela.

— Isso.. — gritou para a noite. Uma nova investida e mais uma vez uma estrela cruzou o céu, iluminando a escuridão acima em um tom prateado bonito seguido por outra e mais outra até que o céu noturno estivesse repleto delas cruzando-o. Azriel se moveu para fora mais uma vez, antes de se afundar novamente, as mãos prendendo-se ao redor da cintura dela quando ele a puxou para monta-lo.

Callyen desceu os olhos da procissão de estrelas brilhantes caindo, circulando o céu noturno para olhar para seu parceiro. As feições bonitas.. Azriel não desviou os olhos dela quando a ergueu e voltou a desce-la sobre seu membro, incentivando-a a monta-lo.

Você é linda, Callyen.. — o pensamento voou através do laço. Callyen moveu-se sobre ele, balançando o corpo os braços apoiados sobre os ombros largos, ela moveu a mão as costas dele novamente, os dedos tocando a base das asas propositalmente, fez com Azriel apertasse os dedos em sua cintura com mais força, descendo-a contra ele mais duro...

— Anjo.. — ele rosna contra a pele em seu pescoço, lambendo o local subindo a língua até o ponto sensível abaixo do lobulo de sua orelha, uma mão subindo levemente pela cintura, indo se fechar ao redor do seio direito. Ela monta mais firme sobre ele quando Azriel prende o mamilo endurecido entre os dedos, apertando-o numa provação, sentindo o centro da fêmea pulsar ao redor do seu membro. — Sim, porra..

— Az.. — ela geme. O calor conhecido sendo consumido abaixo de seu ventre, construindo cada vez alto.. ela quebraria em novo orgasmo.

— Deixe vir, anjo.. — a voz dele foi como um maldito catalizador, quando ela moveu-se mais firme e mais forte, montando-o sob seu membro duro e firme. A mente de Callyen derreteu quando Azriel sugou seu seio, fazendo-a partir em pontos brancos.. enquanto ela ainda decidia se as luzes que ainda brilhavam no céu, em maior número que antes eram fruto de sua mente nublada, Azriel a deitou contra a grama novamente, ainda encaixado profundamente em seu interior quente e apertado, ainda faminto.

Azriel puxou para fora, antes de mover de volta para o seu interior. Um dedo desceu ousadamente sobre a membrana de sua asa, ele empurrou mais firme, mais duro e ela pegou um grito de prazer. Ela não precisou toca-lo para que ele empurrasse novamente, e novamente, e novamente.

— Assim.. anjo...? — provocou, puxando-se lentamente para investir fundo. Uma vez, e duas vezes e outra vez e outra e mais outra, apreciando a forma como ela gritou seu nome, antes de enterrar-se profundamente, quebrando dentro dela, levando-se consigo.

A mente de Callyen voltou ao normal, sua visão no céu acima quando as estrelas deslizavam pelo tecido negro da imensidão Noturna.

Então, isso era a Queda das Estrelas? Era a primeira vez que ela tinha presenciado a travessia.. E era lindo. Quando a última estrela desapareceu no horizonte, Callyen viu o clarão tomar conta do céu, vermelho e laranja, como uma explosão de fogos antes de sumir em direção ao horizonte. Fechou os olhos quando sua cabeça doeu e quando os abriu, a mesma calmaria de antes agora tomava conta da clareira da Cachoeira. Azriel ainda se mantinha sobre seu corpo, ainda se mantinha ligado dentro dela quando ele ergueu o rosto da curva de seu ombro. O sorriso que ele ostentava a fez sorrir de volta.

— Eu te amo, anjo. — disse, movendo para deixar um beijo carinhoso em seus lábios. — Pela eternidade, e então depois disso.

— Pela eternidade... — Repetiu. — E então depois disso.

Edit da autora: O vestido da Callyen eu me baseei nesse aqui porque sim

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