Suddenly in Love ♡ Adrienette

By heartpinkromantic

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Ele, executivo de uma renomada grife da moda Europeia... Ela, prostituta de luxo que não se encaixa no tipo d... More

~ • ♡ • ~ Nota de Esclarecimento ~ • ♡ • ~
Notas Iniciais
Prólogo
Personagens - Aesthetics
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104
Capítulo 105
Capítulo 106
Capítulo 107
Capítulo 109
Capítulo 110
Capítulo 111
Capítulo 112

Capítulo 108

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By heartpinkromantic

⚠ Qualquer CÓPIA será DENUNCIADA, PLÁGIO É CRIME! ⚠
Conto com a sua honestidade, obrigada!


Oi amores! Já soube que a plataforma está cheia de zycha. Espero que o único bug que seja encontrado por aqui hoje seja uma lembrança da identidade secreta em outro universo da nossa querida Marizinha!!! Então vamos de mais um capítulo... casório está muito perto e estamos todos roendo as unhas até o sabugo de ansiedade! Não tenho conseguido acompanhar e responder muito aos comentários de vocês e as poucas vezes que consigo um tempinho tenho sido boicotada pelo #wattbug... só faltavam mesmo acumatizações por aqui porque o resto já enfrentamos com garra! 😂 Deixem a estrelinha, sorry pelos errinhos e boa leitura! 💕

~ • ♡ • ~ • ♡ • ~

Marinette's POV

Quando a alegria contagiante de Alya entrou pela casa acompanhada por Nino, Alicia, Thomas e D. Marianne, fiquei extasiada de surpresa. Me perguntei como eu não havia pedido para que eles viessem desde o início da semana. Sentia falta em tê-los por perto! Também fiquei muito feliz em podermos receber D. Marianne neste momento tão especial. Eu os esperava na sexta, então fiquei ali parada, tentando processar o furor que era a chegada de todos eles naquele momento.

— Sabe há quanto tempo essas malas já estão feitas? — Alya perguntou, se soltando do abraço de Adrien e apontando para a porta.

— Relaxa, Al. — Félix disse, surgindo do nada e indo falar com ela — Os convites não vão chegar a tempo para nenhum dos convidados, então só temos mais um motivo para zoar com a cara dele pelo resto da vida.

Todos se cumprimentaram e eu permaneci ali feito uma pamonha, assistindo a tudo como se tivesse assistindo a um filme aconchegante.

— A noiva! — Alya falou, me tirando daquele estado catatônico. Abracei-a apertado e agradeci pela vinda antecipada, tanto dela quanto de Nino. Dei um beijo em cada uma das crianças, me sentindo repentinamente mais alegre pela presença delas e na sequência fui cumprimentar D. Marianne, que se demonstrou um pouco envergonhada por estar ali.

— Você está mais gorda... — Alicia falou calmamente, já que era muito nova para entender coisas como a sutileza. Ela soou tão sincera que não contive o riso, mesmo com os pedidos de desculpas envergonhados da mãe.

— Alicia, a Mari está grávida, lembra? — Nino tentou remediar, rindo também.

— Ah! É mesmo. Tem um bebê aí dentro da sua barriga. — Ela constatou, encostando a mãozinha na minha "pança". Thomas imitou seu gesto, mesmo sem compreender o motivo.

— Animados para serem a princesa e o príncipe do nosso casamento? — Perguntei a eles, demonstrando mais animação do que imaginava com esse fato.

— Sim! — Responderam em uníssono.

— Essa casa fica a cada dia mais linda! — Emilie falou, aparecendo tão de repente quanto Félix e indo abraçar Alya, Nino e D. Marianne.

Alicia parecia um pouco vidrada na minha barriga e Adrien começou a ficar com medo dela. Ele foi grato à Chloé por aparecer com uma barriga ainda maior e fazê-la momentaneamente se esquecer de mim.

Depois de um grande almoço, incluindo Gabriel, que fizera questão de dar uma escapada do trabalho para a reunião familiar, Adrien saiu com Alya, Nino, Luka e Félix para a prova dos trajes. Me senti deixada de lado, mas não quis confessar isso a ninguém, tentando parecer mais madura do que realmente era.

Aquela tarde teria demorado mais caso eu não tivesse me preocupado em ajudar todo mundo nos preparativos finais para a cerimônia. Chloé tagarelava animadamente no telefone com a cerimonialista, enquanto Emilie se virava para tratar de assuntos que precisavam de uma conferida, ao mesmo tempo em que coordenava o trabalho dos jardineiros que precisavam deixar o jardim "impecável", segundo Chloé, até o dia seguinte. D. Marianne, por algum milagre, havia conseguido fazer com que Alicia e Thomas tirassem a soneca da tarde, em um dos quartos de hóspedes.

Agora que as pessoas começavam a correr, literalmente, para finalizar as últimas pendências da festa, meu coração e meus nervos pareciam entender a realidade aos poucos, deixando claro que dali a dois dias eu me casaria com Adrien. Aquilo era real. Aquilo estava acontecendo. E eu estava em cólicas.

Tentei ficar quieta, escondendo de qualquer um meu nervosismo, minha ansiedade e meus temores, pedindo silenciosamente aos deuses que nada desse errado. Que nada que pudesse adiar aquele casamento, de qualquer forma, em qualquer sentido, viesse a acontecer.

[...]

Sexta-feira chegou sem a quinta ter realmente ido embora. Quando o relógio marcava 6h da manhã, resolvi me levantar, já que cair no sono parecia uma tarefa impossível para o meu estado de nervos.

Eu sabia que não havia motivo para ficar ansiosa daquela forma, mas não podia evitar. Não era algo que eu controlasse e o martelar incessante daquele mesmo pensamento dentro da minha cabeça só fazia com que eu não conseguisse me distrair de forma alguma: "Amanhã eu me caso com ele. Amanhã eu me caso com ele."

Adrien se levantou trinta minutos depois de mim, alegando que seu sono havia sido interrompido unicamente pela minha ausência ao seu lado na cama. Invejei-o por sua calma, como se o dia seguinte fosse apenas só mais um sábado qualquer.

— Você dormiu bem? — Ele perguntou, me encarando com uma expressão preocupada.

— Sim. — Menti descaradamente. Ele não precisava saber que meus olhos não haviam sido pregados nem mesmo por dez minutos, mas eu tinha certeza que o tom arroxeado nas minhas pálpebras inferiores deixavam esse fato bastante óbvio.

Durante o resto daquele dia, Adrien insistiu em me perguntar se estava tudo bem e conforme as horas passavam, me aproximando mais do grande dia, mais difícil era dar uma resposta mentirosa para aquela pergunta. Em determinado ponto, acabei perdendo a paciência e comecei a ser grosseira — mas não era por mal. Tudo que eu queria, realmente, era que ele me deixasse quieta com a minha ansiedade.

No jardim da Mansão Agreste o movimento era frenético. Um caminhão havia descarregado todo o mobiliário como cadeiras, mesas, bancadas e tablados que já estavam sendo unidos pela equipe. Tudo estava mais ou menos empilhado em um canto e do outro lado podia-se ver mais pessoas montando o cenário em todas as direções. Luka, Félix, Adrien, Nino e até Gabriel, que havia tirado folga do trabalho, estavam contribuindo na arrumação. Tinha tanta gente ali, dentro e fora da casa, fazendo tantas coisas diferentes e falando tantas coisas confusas que eu comecei a me sentir zonza. A tarefa que eu havia ganho de Emilie já estava concluída e eu precisava desesperadamente distrair minha mente com novas atribuições.

— Ei... Está tudo bem aí? — Ouvi uma voz atrás de mim e me virei, encontrando Alya com um sorriso no rosto vindo parar ao meu lado.

— Nervosa... — Consegui pronunciar, encostada em uma pilastra enquanto assistia a toda aquela preparação.

— Por quê?

— Não sei bem. — Admiti.

— É normal ficar nervosa perto do casamento, mesmo sem motivo. É um dia muito importante e sempre ficamos inseguras achando que algo não dará certo.

— É... Importante... — Balbuciei aquelas palavras soltas, tentando afrouxar os nós dos dedos e falar algo mais coerente — Só espero que eu não acorde justo agora.

Alya me olhou com diversão.

— Você não está dormindo, garota!

— Confesso que não tenho essa certeza...

— Pois tenha! Tente relaxar um pouco e deixar esse nervosismo de lado. Vocês são merecedores de toda essa felicidade.

Continuamos em silêncio por algum tempo, assistindo a todos trabalharem. Adrien olhava para a nossa direção sempre que podia, de longe, me dando espaço. Talvez estivesse com medo de mim depois da última resposta que dei a ele.

— Tenho que te confessar uma coisa. — Alya falou outra vez, chamando minha atenção. Ela olhava para longe, sem me encarar — Quando soube o que ele sentia... eu tentei fazer com esquecesse você.

Embora eu não soubesse daquilo, não foi um choque ouvir suas palavras. Na verdade, seria estranho caso ela NÃO tivesse tentado já que qualquer uma na posição dela faria a mesma coisa pelo melhor amigo que, de repente, resolveu se apaixonar por uma prostituta desconhecida.

— Tudo bem, Al... — Respondi, sem realmente me ofender — Mas não nego que fico feliz que ele não tenha conseguido. Na verdade, nem ele, nem eu.

— Eu também, Mari. — Ela pontuou, dessa vez se virando para mim — Você tem ciência do poder que tem sobre ele? Sabe que ele come na sua mão e como é fácil fazê-lo sofrer, muito mais do que qualquer uma já foi capaz? Mas ao contrário de tudo o que já fizeram ele passar, por ser assim sentimentalmente vulnerável, você não se aproveita disso e o faz plenamente feliz e realizado.

Sorri, voltando a encarar as pessoas que trabalhavam no fundo do jardim.

— Ele também tem o mesmo poder sobre mim, Al... Então acho que somos capazes de fazer um ao outro sofrer muito, mas justamente por isso não acredito que nenhum de nós o faria. Sabe, eu sinto muito mais do que só amor pelo Adrien. Sinto carinho, respeito, gratidão, cumplicidade, e um bem-querer gigantesco. É tudo tão intenso que eu seria capaz de colocar a vida e a felicidade dele à frente das minhas. Eu nunca o faria mal.

— Eu tenho certeza disso minha amiga, mas é muito bom ouvir mesmo assim. Sei o quanto são capazes de complementar um ao outro. — Ela finalizou, seguindo meu olhar.

Adrien surgiu à nossa frente e eu me perguntei quanto tempo ele havia demorado para cruzar aquele enorme gramado e vir em nossa direção sem que nenhuma das duas tivesse realmente notado isso.

— Ei, está tudo bem?

— Adrien, sabe quantas vezes você já me perguntou isso hoje? — Respondi calmamente.

— Eu vi Alya falando com você... Achei...

Interrompi-o, apoiando as mãos em suas bochechas e selando nossos lábios gentilmente.

— Vamos fazer assim: Se eu sentir alguma coisa, qualquer coisa anormal, você será o primeiro a saber. Prometo. Combinado?

— Combinado... — Respondeu, ainda não muito convencido.

— Só estou um pouco nervosa. Se ao menos eu pudesse me ocupar com alguma coisa para ajudar...

— Nem pensar. Você não vai pegar peso nenhum. Quer passar mal no dia do nosso casamento?

Adrien era adorável na maior parte do tempo, mas às vezes ele era simplesmente teimoso como uma mula. Por outro lado, eu também era. Sabia que peso realmente não era aconselhável e acho que não tinha mais nada além disso a ser feito.

Ao final da tarde, tudo parecia estar pronto, ou pelo menos era o que haviam me dito. Adrien queria que a arrumação da festa também fosse uma surpresa e talvez eu tivesse conseguido escapar e dar uma espiada caso Félix não estivesse convicto a ajudar o irmão naquela missão.

De qualquer forma, não era exatamente por aquilo que meu coração disparava o tempo todo.

— É amanhã-ã-ã! — Félix falou em uma voz dramática, me sacudindo pelo ombro e conseguindo exatamente o que queria: Me deixar um pouquinho mais desesperada.

— Para com isso, seu idiota. Não está vendo que ela está nervosa? — Chloé falou em tom de reprovação.

— Qualquer noiva fica nervosa na véspera do casamento, anã.

— Ela está grávida. — Emilie lembrou — Sente tudo com mais intensidade. Não a deixe mais ansiosa, Félix. Não faz bem.

— Princesa... — Adrien começou, perto da minha orelha — Quer ir para casa?

— O quê??? — Félix se meteu outra vez — Casa? Adrien, seu retardado, amanhã você vai estar casado! Temos que sair para sua despedida de solteiro!

Eu continuava muda, apenas escutando todo mundo à minha volta. Era mais saudável ficar quieta, porque talvez, no momento em que eu abrisse a boca, acabaria me descontrolando de verdade.

— Não acha que talvez seja melhor Adrien ficar fazendo companhia para Mari, filho? — Gabriel perguntou, provavelmente notando o quão esquisita eu estava.

— Ele terá a oportunidade de sufocá-la pelo resto da vida, pai! Só temos que comemorar, já que hoje é o último dia antes dele fazer isso definitivamente! — Falou animado, virando-se para mim e fazendo uma cara de intelectual — Mari, não se preocupe. Só vamos encher a cara e passar a noite com algumas strippers.

Por algum motivo, aquilo me fez rir e falar pela primeira vez em muito tempo:

— Ele pode beber, mas não vai passar a noite com nenhuma stripper.

— E como a senhorita tem tanta certeza disso? — Félix provocou, levantando uma sobrancelha.

— Eu só sei. — Falei mantendo o olhar fixo em Adrien e rindo sem vontade.

— Tudo bem. — Ele falou, ainda tentando fazer drama — Adrien, Nino, Luka... Vamos nos arrumar e botar p'ra fuder!

— Cara... eu sou casado. — Luka concluiu calmamente.

— E eu também. — Complementou Nino.

— Foda-se! Vamos logo!

— Está certo. — Chloé falou, sorridente — Mari, Alya! Vamos nos divertir também.

— QUÊ? PORRA NENHUMA!

Me assustei com o berro agudo de Adrien. Eu nem sabia que ele era capaz de fazer aquilo com a voz.

— Ah, é? Quer dizer que só os bonitões podem aproveitar a noite? — Ela provocou com ar de autoridade.

— Se eu deixar a minha noiva com você, corro o risco de não casar amanhã!

— Não seja tão dramático.

— Isso é injusto! Luka e Nino irão conosco. É o suficiente para vocês saberem que não vai acontecer nada demais!

— Nossa, estou me sentindo muito pouco divertido agora. — Luka falou baixinho, e eu ri.

— Também não sabia que levava essa fama, 'bro — Nino retrucou fingindo estar ressentido.

— E eu estou com a Mari e a Alya! — Chloé se defendeu, como se fosse um ótimo argumento.

— Porra! É exatamente por isso que eu não confio...

— Adrien, respire. — Alya se meteu, falando pela primeira vez — Eu cuido das gestantes.

Ele encarou a irmã, como se a desafiasse a me convencer de fazer alguma merda na presença de Alya.

Demorou um bom tempo até que todo mundo ali convencesse Adrien de que, "pelo amor de Deus", nós não faríamos nada que pudesse se aproximar da palavra "ousado". Tanto Chloé quanto eu estávamos em estágios de gestação que nos apresentava limitação suficiente e, se ele realmente achava que aquele papo de beber vodka e ir parar em um clube de Go-go dancing era verdade, Adrien precisava de tratamento psiquiátrico intenso, urgentemente.

Quando Félix, Nino, Luka e ele estavam prontos para sair, fui me despedir.

— Ei... — Agarrei-o pela gola, trazendo-o propositalmente para perto e falando em um tom divertido.

— Ei. — Ele respondeu, se encostando em mim e me abraçando com força — Se chegar mais perto eu fico, Princesa.

Sorri, o beijando com uma leve provocação, falando contra seus lábios:

— Lembre-se que você casa amanhã.

— Não tenho como esquecer.

— Ah, tem sim. Não sei quantas doses de qualquer coisa o seu irmão vai fazer você beber e não sei onde vocês irão. Só quero que você se lembre de mim.

— Não se preocupe, Princesa. Vamos acabar bebendo em um bar qualquer. E, de toda forma, eu estou sempre pensando em você, então não há perigo.

Ele disse isso com sua voz sedutora e carinhosa, como um gato manso e eu me senti um pouco instável.

— Certo. — Falei, ainda contra sua boca — Vou fingir que você não está tão cheiroso e lindo e que não vai servir de isca para vadias solteiras.

— Eu não preciso de vadias, eu tenho a minha Lady. — Ele falou perto da minha orelha, ainda com aquela voz "vou-te-chupar-todinha"— E duvido que alguém chegue aos pés dela. Em qualquer coisa.

Não adiantava quantas vezes ele usaria essa arma. Aquela voz mansa ronronando perto do meu pescoço e falando coisas íntimas sempre fazia com que meu corpo virasse um pudim.

— Você não vai fazer nada demais, né? — Ele perguntou de repente — Não ouça a minha irmã. Ela é maluca e tenho certeza que nenhuma ideia que ela der vai ser boa...

— Confie em mim. — Falei simplesmente, beijando-o outra vez — Dependendo da hora que você voltar, eu vou estar na nossa cama te esperando.

Suas íris reluziram com aquele comentário.

— Você acabou de me fazer não querer ir para lugar algum.

Caralhos de asas! Vocês vão ter que se aturar pelo resto da vida! — Ouvimos Félix gritar do carro — Alguém joga um balde de água fria neles? Só falta a dança do acasalamento. Guarde um pouco das energias para a noite de núpcias!

— Não quero que seu irmão me odeie, vai logo.

Ele espalmou a mão na minha barriga e me beijou antes de se afastar, dessa vez com uma intensidade que talvez dissesse algo como "se você não estiver acordada quando eu voltar, eu vou te acordar à força".

No fim das contas, Marianne novamente fez sua mágica com Alicia e Thomas ao adormecê-los e tudo que Alya, Chloé, Emilie ela e eu acabamos fazendo se resumiu a conversar sobre gestações e tomar drinks sem álcool durante a noite toda, ouvindo música no sofá da casa de Adrien, que eu ainda me obrigava a pensar como "nossa". Ao menos aquilo havia funcionado: Canalizar meus pensamentos para outra coisa que não fosse o dia seguinte me deixou mais tranquila, ouvindo com atenção toda a experiência que elas tinham para contar. Era bom ter algo para falar que servisse como distração.

Mas a minha "despedida de solteira" passou rápido demais. Antes da meia-noite, Emilie e Chloé já tinham ido embora — não sem antes se certificarem de que eu estaria bem. Felizmente, todos aqueles drinks de mentirinha conseguiram me acalmar de alguma forma. Alya e Marianne decidiram passar aquela noite conosco, não somente por causa das crianças que já estavam dormindo, mas também para começar o dia seguinte por perto. Marianne se ofereceu para dormir no quarto com as crianças para facilitar as coisas e aprovamos a ideia.

Depois de acomoda-las, tomei um banho e fui me deitar imediatamente, desejando que Adrien não estivesse longe. Agora, sozinha ali, eu começava a me agitar de novo e outra vez fui bombardeada de pensamentos relacionados ao casamento e tudo que poderia dar errado até ele.

Felizmente, o cansaço que meu corpo sentia foi maior que meu nervosismo, então eu adormeci.

O cheiro de álcool me puxou para a realidade outra vez e me perguntei quanto tempo eu havia conseguido dormir. Abri os olhos um pouco desnorteada e embora estivesse escuro, a pouca iluminação do lado de fora no jardim permitiu que eu identificasse Adrien, meio em cima de mim me beijando tão sutilmente que nossos lábios mal se tocavam.

— Hmmm...

— Merda... Não queria te acordar... — Resmungou e imediatamente identifiquei sua voz arrastada.

— Que horas são?

— Quase duas...

— Você está bêbado. — Afirmei contra sua boca passando um braço em volta do seu pescoço.

— Eu sei... — Ele respondeu em um tom de desculpas — Posso acender uma luz?

Abri meus olhos de uma vez no escuro, agora realmente atenta.

— Ai, meu Deus... O que aconteceu? — Perguntei já um pouco apavorada, lembrando que Adrien bêbado sempre resultava em revelações bombásticas.

Ele se esticou, alcançando a luminária da mesa de cabeceira. Eu me sentei, encostada à cabeceira da cama, começando a ficar nervosa outra vez. Encarei-o como se pudesse prever o que ele falaria, notando seus cabelos completamente bagunçados e o cheiro forte de álcool.

— Adrien, seja lá o que tenha para me contar, fale logo, por favor. — Falei de uma vez, sem me preocupar se estava sendo rude ou não. Ele me encarou surpreso, tentando sentar reto na cama.

— Eu... quero te dar uma coisa...

Pela primeira vez, olhei para suas mãos e notei que elas não estavam vazias. Havia uma caixa rosa de veludo aberta nelas mostrando um par de brincos em formato de gotas. Eram belíssimos, delicados e aparentavam ser muito valiosos.

Olhei outra vez para ele.

— Nossa, são tão lindos! Você tem certeza que é só isso?

Ele se surpreendeu com a minha resposta se mexendo na cama e parecendo um pouco sem graça.

— Eu... você queria mais alguma coisa? Nós podemos comprar...

— Ai, meu Deus! Não! Não é isso. — Interrompi-o, rindo um pouco da minha falta de tato e já tentando me explicar — Quis dizer se era só isso que você tinha para me dizer? Você não queria me falar nada? Ai, me desculpe, Gatinho. — Minha mão esquerda foi parar automaticamente no rosto de tão sem jeito que fiquei. — É que ultimamente quando está bêbado, você tem falado coisas um pouco bombásticas, eu só me assustei.

— Não, Princesa... era só isso mesmo, eu juro...

Suspirei aliviada, agora me permitindo analisar direito a joia que ele me oferecia.

— Eles são maravilhosos, Gatinho... que surpresa linda. Não precisava ter gasto com mais nada.

— Eles representam as gotas de chuva que me fazem lembrar você. Poderia usa-los para mim amanhã?

— Eu não ousaria usar outra coisa. — Respondi, fechando a caixa e tomando seus lábios em um beijo apaixonado. Felizmente, os brincos combinavam perfeitamente com a gargantilha que Chloé havia me dado e eu já me perguntava se ela não teria previsto aquilo também.

Ele sorriu, embora seus olhos estivessem fora de foco.

— Você está muito bêbado! — Provoquei, rindo da cara dele — Vai acordar de ressaca amanhã e vai dar essa desculpa para desistir de casar comigo.

— Caso com você até em coma alcoólico, Princesa. — Ele respondeu me beijando apaixonadamente.

— Isso seria um desafio na hora de responder o "sim". — Brinquei baixinho fazendo-o deitar e tirando dele os sapatos e a calça jeans.

— Uau, você está tirando a minha roupa... isso é bom demais.

— Você está muito bêbado para qualquer coisa que não dormir, Gatinho.

— Nunca estou muito bêbado para fazer amor com você, Minha Princesa. — ele concluiu me puxando para cima dele.

— Você precisa dormir! — Falei, já rindo da situação enquanto tentava desabotoar sua camisa — Ou realmente esqueceu que vai se casar amanhã?

— Por isso mesmo! Essa é minha última noite como um homem livre... nada mais apropriado, não?

Como ele conseguia raciocinar estando tão bêbado?

— Transar com a sua futura esposa? Não tem nada de realmente interessante nisso.

— Ei! — Ele começou, em um tom falsamente irritado — Eu escolho com quem vou transar na minha despedida de solteiro! Nem nos casamos e você já quer mandar em mim!

Me aproximei de seu rosto e me esfreguei nele de propósito.

— Você adora quando eu mando em você. Eu sei que isso te excita.

— E é por isso que eu quero transar com você. — Ele concluiu, com um sorriso sonso e meio bêbado nos lábios.

Ri outra vez, não achando falhas em sua lógica.

— Foda-se. — Falei para mim mesma, afundando em seus braços e deixando que ele fizesse o que realmente quisesse comigo, pela última vez, solteiros.

~ • ♡ • ~ • ♡ • ~

E teve leitor que acertou em cheio que era a Alya que antecipou a chegada para dar todo o apoio aos nossos queridinhos! Essa foi a despedida de solteiros mais light que eu já testemunhei! 🤣🤣🤣
E agora finalmente chegamos na reta final deste casório... Estou me sentindo igual a mãe dos noivos de tanta ansiedade e expectativa, gente! 🤣
A próxima manhã já é O GRANDE DIA! Espero vocês no próximo capítulo para acompanhar tudo que acontecerá neste casório tão esperado.
Agradeço pelos comentários, estrelinhas em forma de like e vejo vocês em breve! Até lá, beijinhos! 💕

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