Príncipe das Sombras

By nathbrandon

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- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld "Azriel sempre se considerou um bastardo, não merece... More

AZRIEL + CALLYEN
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPITULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPITULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPITULO 49
CAPÍTULO 50
CAPITULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
ADENDO DO LIVRO
NÃO É CAPÍTULO É AVISO
CAPITULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
ADENDO DO LIVRO
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 70 PARTE 2
EPÍLOGO
NOTAS + AGRADECIMENTOS FINAIS
CAPÍTULO EXTRA I
CAPÍTULO EXTRA II
P.S. EU TE AMO
EXTRA III
EXTRA IV
OLÁ VELARIANOS!
OIA ISSO!!!
OIÊ CAMBADA: TENHO LIVRO NOVO!
ALGUNS AVISOS IMPORTANTES

CAPÍTULO 68

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By nathbrandon

✯✯✯

O macho a olhou de baixo para cima mais uma vez, notando realmente as diferenças desse a última que vira a fêmea. Sim, ele pensou, ela estava diferente, mas o olhar assassino que nesse momento lhe era direcionado, ah... Esse olhar era o mesmo que ele incitou nela. Era o mesmo olhar que ele via quando ela estava a frente da Legião Vermelha como sua comandante, como sua maior General. Ykner sabia que, embora ela pudesse lhe odiar — o que sinceramente, ele adorava sobre ela — ela não podia negar que fora ele quem a transformara na guerreira que ela de fato era. E ela deveria ser grata a ele, adora-lo por isso. Por esculpi-la, lapidar o poder que estava estagnado dentro dela. Poder esse que ele conseguia enxergar no olhar dela, quando eles fixaram o olhar um no outro.

O tempo de guerra havia chegado, e Ykner, por um momento pensou que havia perdido seu mais precioso bem, sua arma mais poderosa por conta de um maldito laço de parceria. Entretanto ele continuou agindo, porque era exatamente isso que ele queria. A guerra estava ali, e estava acontecendo, mesmo que as imagens que ele houveram lhe mostrando em seus sonhos... Ela estava aqui, porque sabia que tudo estava perdido. E ela se quer imaginava o quão certo esse pensamento estava, porque sim, o macho sempre soube que no final, ela cederia a ele, porque ele estava profundamente enterrado nela. Não apenas nas runas esculpidas contra a pele da fêmea, não somente nos desenhos entalhados, mas literalmente dentro dela, em seus ossos. Ele não seria tolo o suficiente para manter seu controle sobre ela em runas que poderiam ser facilmente apagadas de sua pele, apesar das runas de rastreio ter se provado inútil depois da batalha no acampamento dos morcegos bastardos.

Se é que aquilo poderia ser chamado de batalha, Ykner bufa com o pensamento.

E por isso, ele marcou mais profundamente, literalmente, dentro dela. Uma garantia de que, no fim, ela seria dele contra todos.

✯✯✯

Um arrepio longo e profundo subiu por sua espinha quando ela olhou ao redor mais uma vez.

Quanto tempo havia que não tinha estado naquele mesmo salão? Completamente ensanguentada, quebrada e torturada implorando para que fosse ajudada, e mais uma vez, fora lançada aos cães. Olhando agora parecia que uma eternidade havia se passado desde aquele dia, quando ela fugiu mais de uma vez e se o encontrou, em meio ao sangue, em meio as sombras, em meio ao caos.

O rosnado que soou a sua frente fez o estômago da fêmea embrulhar, ele ainda estava sentado sobre o trono de mármore cor de marfim, as gavinhas de poder em forma de fumaça densa como pequenas vinhas ao redor do trono, quase deteriorando as pontas de mármore em cima, ondulando venenosamente abaixo. Embora ele ainda permaneça sentado, sobre o trono, ele tinha modificado sua pose imponente, ambos os pés no chão, a postura mesmo que desleixada ao estar com cotovelos sobre as coxas, as mãos juntas abaixo o queixo forrado pela barba escura, ela podia ver a sombra do sorriso maldoso moldando os lábios cheios, e ela sentia acima de tudo, o terror líquido com o olhar gélido que ele lhe lançou.

— Ora, ora. Olá, princesa. — sua voz causou aquele mesmo arrepio através da coluna da fêmea. E ele sentiu isso, quando o sorriso se alargou ainda mais insano em seu rosto.

A sensação gritante de perigo soando alto através dos escudos de sua mente.

— Pensei que não viria, o tempo estava quase se esgotando afinal. — ele diz, e Callyen tem de travar os dentes mais firmes  para impedir que as palavras erradas saiam de sua boca, assim como a sensação de ânsia em sua garganta.

— Eu não tive bem uma escolha entre vir ou não, não é? — questionou, a voz carregada da mesma tensão que emanava de sua postura.

Ykner quase sorriu para isso também, ela estar na defensiva não era algo que ele de fato esperava da fêmea. Em outros tempos ela já o teria atacado, pronta para arrancar seu coração de dentro de seu peito e sorrir sobre o seu sangue... Ele já a vira fazer isso. Diversas, inúmeras vezes, a maioria delas em seu favor, em seu comando. Afinal, fora para isso que ela fora treinada. Para matar. Para ser dele.

— Todos temos escolhas, e não seja injusta em me dizer que eu não a dei uma. — ele diz, estalando a língua logo depois de suspirar como se a conversa, estivesse entendiante.

— Sim... Escolher entre a minha vida e a vida dos meus amigos... Seu ponto de vista está um tanto quanto deturpado. — a voz da fêmea soa alta o bastante para que ele a ouça, a risada dele é algo que verbera entre as paredes do grande salão, dentro da própria Callyen, fazendo seu estômago revirar novamente.

No segundo seguinte os olhos negros estavam a sua frente, observando-a, a fêmea tampouco se abaixou diante da presença massiva do macho a sua frente. Ao contrário, forçou a posição ao mais reto possível, os braços ainda postos as laterais, os dedos quase tocando as espadas illyrianas presas as suas costas, escondidas abaixo do manto negro, embora ela duvidasse que ele não soubesse.

— Amigos...? — questionou-a. O rosto próximo, o olhar negro cobrindo todos os sinais de seu rosto, ela sabia. A mescla do ódio estava ali, quando seus olhos mudaram, e Callyen sentiu quando seus próprios embaçaram sua visão em névoa vermelha. —  É engraçado entretanto, que seja você a estar aqui... e não eles. — ele diz, ondulando ao seu redor como as maldita fumaça densa que teimava em espiral ar entre eles. Ele riu, o desdém soando como veneno gotejando em cada subtom de sua voz. — Você não tem amigos, Princesa. Você não tem nada, além... de mim. Porque eu sempre estive com você... — ele continuou dizendo, e a fêmea quase sorri para seu monólogo egocêntrico. Quase. Porque as próximas dele fizeram maior sentido. — Eu estou, literalmente, entalhado em seus ossos.

Provando seu ponto Ykner pressiona a ponta da unha afiada contra o osso saliente da ponta inicial de sua coluna. Todo corpo de Callyen arrepiou com a sensação de desespero, reconhecimento, e seu estômago e peito se agitaram com isso. Todas as palavras dele fizeram sentido, sempre quando ele insistia em dizer que estava dentro dela... Porquê, de fato, ele estava. Todas as vezes que ela sentia suas garras dentro de si, a escuridão crescente, a sensação de vigia mesmo depois de ter queimado com as runas de controle e rastreio... Ele ainda se manteve dentro da mente dela, porque ele realmente estava entalhado ali. A dor em brasa no centro do peito da fêmea apareceu novamente, ela viu pelo canto do olho quando o sorriso psicótico do macho se alargou quando perceberam que ela finalmente entendera, entretanto, apesar da dor e acima dela, a fêmea se recusou a demonstrar qualquer indício, mantendo a dor para dentro e postura ainda mais ereta.

Ykner deu a volta ao redor dela, voltando a ficar a sua frente, os olhos ainda mais escuros, o sorriso ainda mais macabro, e perigosamente perto do rosto dela.

— Ora ora, então você finalmente percebeu. — não foi uma pergunta, ela sabia dizer pelo brilho maligno em seu olhar escuro, louco. Ele ergueu uma mão novamente, os nós dos dedos descendo de sua têmpora em direção ao seu queixo, onde ele segurou abruptamente, com força demais. — Eu estive por trás de cada passo, foi engraçado verem vocês planejando toda aquela armada de guerra sabendo que vocês já estavam perdidos antes mesmo de começarem... Foi quase divertido ver você com aquele bastardo... — ele cuspiu a palavra, apertando um pouco mais os dedos no rosto de Cally, enquanto ela trincada os dentes para ambas as dores. — Sabendo que você me pertencia... Você realmente pensou que eu deixaria, por um momento, que você ficasse com ele? Você é muitas coisas, princesa, mas tola...

Callyen sentiu as lágrimas arderem em seus olhos, queimando enquanto ela teimava em não deixar que topassem, porque isso, as lágrimas, diriam a Ykner que ele estava certo. Que ela fora tola o bastante para acreditar que teria um final feliz ao lado do macho que ela amava, ao lado de pessoas que por mais diferentes que fossem, por maiores as divergências que tinham entre si, protegiam-se mutuamente independente das diferenças. Ela estava errada ao achar por algum momento, que ele deixaria.

Entretanto, ela estava disposta a, ao menos, deixar que os outro fossem felizes sem a sua sombra, sem o seu caos nublando suas felicidades. Ela quase sorriu com isso, Feyre teria um filho porque Callyen sabia que ela estava grávida quando viu a forma que seu senhor a segurou e acariciou sua barriga mais na manhã daquele dia; Nestha teria a chance de encontrar seu caminho em meio as chamas prateadas que queimavam sob seu olhar, e Callyen só esperava que Cassian a ajudasse, porque ele viveria para isso. Todos viveriam.

E Azriel.. ela só esperava em nome da Mãe e todos os outros deuses que ele entendesse no final...

Uma risada sarcástica soou perto demais do seu ouvido quando ela piscou sendo tirada dos pensamentos, quase como se ele pudesse lê-los. E de fato, ele podia.

— Eles vão morrer, princesa...

— Você não pode.. eu estou aqui, você não — ela disse e todo o desespero que crescia em interior foi exposto em sua voz quando ela falou. Ykner apertou ainda mais os dedos, ela sentiu a ponta da unha cortando a pele em sua bochecha esquerda diante daquelas palavras.

Tola. Maldita tola!

O desespero cresceu ainda mais no interior da fêmea, ela sentiu como se seus pulmões — e todo o interior — ardesse, queimasse com a convicção das palavras do macho a sua frente. Ele nunca pretendera baixar a guarda, se a guerra realmente estivesse ganha como ele havia lhe mostrado... Ela realmente preferiu acreditar que, se sacrificando, isso impediria que ele destruísse tudo e a todos... Sim, ela realmente fora uma tola por acreditar nisso... Seu estômago se revirou novamente, o peito ardendo, queimando sobre a marca que ele colocara, ou acionara em seu peito.

— Eles morrerão Callyen, e você irá assistir a morte de cada um deles... sabendo que a culpa é sua.

Não se você morrer primeiro!

A fêmea apenas incita as mãos para suas costas, puxando as lâminas que estavam presas as suas costas, quando ele salta para trás, se afastando para impedir que a lâmina acerte seu braço, e como consequência, arranque sua mão. Callyen sibila contra a dor em sua bochecha esquerda quando a unha passa cortando sobre a pele, deixando um rastro doloroso e ardido no local. O manto vai de suas costas, a armadura illyriana ainda adornava seu corpo quando ela avançou contra ele, pronta para lutar, pronta para morrer.

Azriel observou o macho ruivo a sua frente, os olhos furiosos em sua direção. Quase se permitindo ouvir os sussurros das sombras ao seu redor pedindo para feri-lo para obter as respostas que os levariam até ela, para mata-lo se fosse necessário, mas que o fizesse falar, e principalmente que retirasse o sorrisinho irônico dos lábios do desgraçado.

... Sua parceira está a caminho de se entregar a Ykner, para salvar a vida de vocês...

Como inferno ele sabia disso?! Como o inferno Azriel não percebera isso?!

Culpa o consumiu, corroendo por baixo dos seus sentimentos embora ele soubesse, em algum lugar egoísta, que não era de fato sua culpa, ou dela. Ela havia ido para salva-lo, a todos eles, mas porque diabos então ela não lhes deu a chance de lutarem por ela?!

Não isso estava errado... o pensamento surgiu quase como uma chama, as sombras serpentearam ainda mais frias ao seu redor, inquietas, os sussurros de sangue aos quais Azriel estava quase sedendo quando novamente, o macho a sua frente bufou sarcástico.

— Onde? — Azriel sibila, quando o sorriso de Eris morre lentamente.

— Eu não sei. — ele diz quando seu olhar se perde por um pequeno instante, tão rápido que Azriel quase não percebe quando o olhar do macho perde o foco dentro de seus próprios pensamentos, então Azriel se recorda das palavras de Cally para ele durante a reunião com os grãos senhores, a forma como ela fez parecer que ele havia perdido algo.

Por um instante Azriel percebeu que, as palavras do macho para Mor uma vez podiam ser verdadeiras, quando ele pareceu realmente estar consternado com o fato de não saber onde Callyen estava, era pelo fato de que ele havia perdido alguma coisa. Alguma coisa importante. Por um rápido momento Azriel considerou não degola-lo completamente. O infeliz podia ajudar.

— Porque? — Azriel questiona uma vez quando as sombras sussurram em sua direção, e ele entendeu o que elas lhe disseram. A sua frente, Eris pisca quando seu olhar retoma o foco, mas o sorriso que ele lhe direciona não é o mesmo debochado de antes.

— Talvez eu saiba como você está se sentindo nesse momento... Ou talvez eu só goste um pouco da língua afiada da sua oarceira. Apesar de.. admirar a atitude dela de caminhar para a morte, eu não quero que ela morra em meu nome. — ele diz a última parte com o sorriso debochado de volta quando Azriel rosna em sua direção com a menção da língua de sua parceira, ou com ele tê-lo provocado sobre gostar dela. — Acredito que você também não.

— Sem joguinhos, Eris. Se sabe onde ela está, diga de uma vez.

— Não estou jogando, cansei-me dessas brincadeiras com você Encantador de Sombras ou Morrigan, apesar que eu acho que seria divertido brincar com Callyen... — Eris diz, o que faz com que Azriel aperte o cabo de obsidiana da adaga com mais força, as sombras incitando-o para que indicasse a ponta da lâmina contra o pescoço do outro macho. Azriel quase achou uma boa ideia, se já não tivesse concordado que Eris pudesse ser de toda forma, útil. — Desculpe, não me contive em ver essa sua cara irritada... Eu, sinceramente não sei onde ela foi, somente para quem...

— E como você sabe, Eris?

— Você não é o único que ouve sussurros, Azriel... — o macho ruivo diz, os olhos tomando um brilho avermelhado ainda mais estranho sob suas palavras. — Vamos ficar dialogando o dia todo? Algo me diz que seu anjo está ficando sem tempo.

N/A: Começou o começo do fim, tô chorando.

Mais dois capítulos até o final, e eu tô como: 😭😭✊

Por hoje foi isso, me perdoem qualquer coisa e vambora né?

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