Príncipe das Sombras

By nathbrandon

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- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld "Azriel sempre se considerou um bastardo, não merece... More

AZRIEL + CALLYEN
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPITULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPITULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPITULO 49
CAPÍTULO 50
CAPITULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
ADENDO DO LIVRO
NÃO É CAPÍTULO É AVISO
CAPITULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
ADENDO DO LIVRO
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 70 PARTE 2
EPÍLOGO
NOTAS + AGRADECIMENTOS FINAIS
CAPÍTULO EXTRA I
CAPÍTULO EXTRA II
P.S. EU TE AMO
EXTRA III
EXTRA IV
OLÁ VELARIANOS!
OIA ISSO!!!
OIÊ CAMBADA: TENHO LIVRO NOVO!
ALGUNS AVISOS IMPORTANTES

ADENDO DO LIVRO

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By nathbrandon

Eu atiro para o céu
Eu estou preso no chão
Então por que eu tento?
Eu sei que vou cair
Eu pensei que podia voar
Então, por que me afoguei?
Eu nunca saberei por que
Está caindo, caindo, caindo
(down - jason walker)

NESTHA
❄️🔥

Nestha olhou firmemente pela pequena janela do cubículo que em que estava morando. Reparando agora, ela nunca chamou esse lugar de casa, ou lar. Não. Esse lugar não era um lar, nem o espaço que continha uma cama de casal que fedia aos inúmeros machos — e até algumas fêmeas — que acabaram pernoitando ali. Nem as poucas peças de roupas espalhadas pelo piso de madeira, sobre a cadeira, ou a mesa de perna bamba no canto, menos no pequeno armário no canto oposto. Ou os números livros cuja metade pertencia a Amren, e que Deus a perdoasse, se a pequena mulher dragão os visse teria rosnado veementemente.

Mas Nestha não se importava o suficiente para limpar o lugar, ou trocar as roupas de cama, ou para pensar em qualquer coisa a respeito de si mesma. Ela não precisou olhar por cima do ombro para ver que o macho que ocupara a sua cama horas antes estava, nesse momento, calçando seus sapatos pronto para ir embora. Ela não se importou quando ele soltou um pigarro e tentou se aproximar, talvez, para se despedir.

Vá embora.

O sussurro ecoou no espaço frio do quarto, cheio de intenção, subentendido. Quase automático o macho se virou e foi.

Era de se pensar que o tempo que a fêmea passou no acampamento, na companhia dele, longe de tudo, mas ainda assim perto o bastante dele, fosse servir para tira-la de seu torpor. Quase funcionou. Quase. Mas Nestha ainda sentia o formigamento abaixo de sua nova pele. Brilhante, lisa, perfeita. Sua pele não humana. Ela ainda sentia a mordida fria do líquido negro dentro do Caldeirão. E toda vez que ela fechava os olhos por tempos demais ela ainda via a face do maldito que fizera com ela, mesmo que ele estivesse morto. Que ela própria tenha arrancado sua cabeça de seu pescoço. Ela ainda o via, pronto a mata-lo, a matar a ambos.

Essa era a pior imagem. Cassian, quebrado e destruído, protegendo-a. Ela não precisava de proteção! E ainda assim o idiota tentou protegê-la. Mesmo quebrado, mesmo sangrando, mesmo que eles não tivessem chances sozinhos. E então ela ficou sozinha, na mesma cabana que ele durante três meses. E se Nestha achou por um momento que ele deixaria de ser o arrogante presunçoso, ela estava errada.

A fêmea respirou o ar gélido da brisa que soprou em seu rosto antes de dar a volta e caminhar pela bagunça do quarto em direção ao banheiro. A fêmea quase não reconheceu o rosto que a olhava de volta pelo reflexo do espelho. Tinha se passado mais de um ano e ela ainda olhava para si própria sem reconhecer. Os olhos azuis como um lago congelado, frios, mas ainda assim com um brilho. O rosto anguloso, as maçãs das bochechas naturalmente coradas, os lábios vermelhos. A fêmea ligou a água da banheira, ajustando, e esperou encher enquanto regulava a respiração para entrar. Talvez ela não entrasse mais em pânico ao ter que entrar em algo que a lembrasse aquele maldito dia, mas as lembranças ainda vinham. Mesmo que ela tenha se recusado a se lembrar.

Ela retirou o vestido, a roupa de baixo e entrou, segurando a pequena bucha antes de começar a esfregar contra a pele como se ela pudesse lavar os toques. Ela esfregou, até que a pele estava vermelha. Ela esfregou antes de afundar sob a água.

"— Você não pode se auto flagelar dessa forma, Nestha! — ele praticamente gritou. — Chega, isso não é bom para você.

Cassian gritou pela enésima vez quando descobriu que ela havia tentado fugir para os lençóis de algum macho illyriano desavisado.

— E você sabe o que é bom para mim? — ela questiona. A postura tão ereta que a fêmea quase ouviu sua coluna reclamar. Mas ela não se abaixaria, nem o olhar, nem a postura. Mesmo que o olhar de fogo que o macho lhe deu de volta, por um momento, quase a fez desviar seu próprio olhar.

— Sei, Nestha, que procurar conexões que não estão disponíveis para você não vai preencher qualquer que seja seu vazio. Isso só vai aumenta-lo, expandi-lo, até que engula você e quem quer que esteja próximo. — Cassian diz de volta, lentamente, enquanto se aproximava de modo felino.

As palavras se vincaram como agulhas abaixo da pele dela, dolorosamente. Ela quase desviou o olhar a medida que engoli a saliva seca em sua garganta. Quase se deixou estremecer sob o olhar conciso de Cassian. Quase. Essa era uma das coisas que Nestha odiava em relação a ele: a forma como aqueles olhos encaravam mais profundamente que ela desejava. Enxergava, mais do que ela estava disposta a deixar que vissem... Mas ele, ele enxergou mais que qualquer outro, mais que sua própria família. E Nestha o odiou no segundo que ela soube o que ele havia visto.

— E porque você se importa o suficiente, General? — ela questiona, observando um músculo abaixo do cílio farto e negro do macho tremer com as palavras. — Nada disso estaria acontecendo se não fosse por sua...

Por sua raça. Ela diria, antes que se lembrasse que agora, aquela raça, também lhe pertencia. Se Cassian percebeu, ele não disse nada. Apesar da fêmea saber que ele havia percebido, e que ele iria dizer alguma coisa, embora ele só se aproximou um pouco mais, até que eles estivessem próximos da parede de madeira, até que ele estivesse próximo demais, dela.

— Você ainda estaria se afundando em auto depreciação se ainda fosse humana Nestha. — soou como uma pergunta, talvez fosse, embora ela soubesse que não era. — E você sabe, pode encontrar alguém melhor para lhe dar o que você quer.

Perto. Malditamente perto demais.

— Suponho, que seria você esse alguém melhor Cassian? — o sorriso debochado que ergueu o canto dos lábios cheios e bem desenhados do macho feérico fez Nestha engolir.

Jogue, vamos lá.

— Você pode até negar-se a isso. — ele diz, preguiçosamente erguendo um dos braços para apoiar a mão contra a madeira as costas da fêmea, ao lado de sua cabeça. Deixando um rastro do perfume cítrico de sua pele, como suor, parecia ser intrínseco a ele, e metálico como sangue, como o cheiro de madeira recém cortada, ou das brasas de uma lareira, quente e convidativo. Nestha percebeu que era o mesmo cheiro da terra do acampamento, quando o sol a aquecia, quase como se a terra fosse feita de suor e sangue, e era como se Cassian fosse feito daquela terra. E ela amaldiçoou qualquer deus ali presente porque, inferno, ela gostava daquele cheiro. — Mas seu corpo reconhece. — ele diz tão baixo que as palavras se perdem, tão leve quanto o toque do polegar sobre a extensão de pele exposta do seu pescoço.

A respiração de Nestha acelerou um pouco, embora ela tenha contado cada batimento pulsando no ponto onde o polegar do macho deslizava, como se ele estivesse esperando o mínimo pulsar diferente ali. E ela sabia que ele estava.

— Então eu estaria me questionando, para quem exatamente você estaria mentindo... — Cassian diz, o dedo pressionando o ponto da garganta da fêmea um pouco mais, o suficiente para que ele talvez, perceba a leve mudança no tom dos batimentos cardíacos.

— Você se questiona demais sobre assuntos que não te dizem respeito, Cassian.

— Minta o quanto quiser, flor de fogo, você sabe tão bem quanto eu que esse vazio, não vai estancar dessa forma."

O ar quase tinha fugido dos pulmões de Nestha quando ela emergiu da água já fria da banheira. Amaldiçoando a qualquer um que a fizera acreditar que as palavras de Cassian fossem mentira, porque ela sabia, em algum lugar de sua mente atordoada ou no eco do espaço vazio dentro de si, que cada maldita palavra que o macho lê disseram era verdade.

Nestha deixou a banheira sem se incomodar em vestir uma toalha ou um roupão, a água pingando enquanto ela se erguia e saia e caminhava do banheiro para o quarto apenas para estancar os passo no centro quando ela o viu sentado ao parapeito da janela, olhando fixamente para um ponto sobre os lençóis amassados da cama.

Cassian ergueu os olhos, mais escuros que Nestha jamais pudesse imaginar em ver em seu rosto. Ele subiu o olhar de forma lenta, observando a pele avermelhada pelas esfregadas brutas demais da esponja, observando a água que ainda escorria, as pernas longas, observando as curvas elegantes de seu corpo, a barriga lisa e os seios fartos; mas o olhar de Cassian não continha desejo. Ele parecia com raiva. Bruta e seca quando ele passou pela curva de seu pescoço e fixou em seu olhos. Ah sim ele estava com raiva.

Nestha soube, quando o macho illyriano cruzou rapidamente em passos longos e precisos o espaço pequeno do quarto, as mãos indo para cada lado do rosto dela, segurando firme enquanto a empurrava para pressiona-la contra a parede. Ela soube quando sua boca cobriu com força e sem pudor a dela. O beijo veio nada delicado, era como se ele estivesse tentando provar alguma coisa, ou arrancar alguma coisa dela. Foi pesado, rude. Quando Cassian esmagou seus lábios nos dele, a boca se movendo com exigência, forçando com que ela cedesse aos movimentos, se abrisse para ele quando a língua quente e áspera — mas doce no inferno — exigiu entrada por seja lábios, brigando, e exigindo briga da dela. Nestha quase chorou quando ele a sugou para si, ela quase perdeu a consciência quando ele mordeu seu lábio inferior e o sugou de volta. E ela quase chorou de volta quando ele se afastou tão abruptamente quanto a beijou.

— Mas que diabos você acha que está fazendo? — disse ela, depois de repuxar o fôlego. Se quer se recordando de que ainda estava nua. De que ainda nua na frente dele, e de que seu corpo provavelmente estava denunciando os efeitos daquele beijo.

— Te dizendo que eu desisto. — ele diz, embora o olhar que Nestha observa em seu rosto diga o contrário. — Se você quiser continuar a jogar tudo fora Nestha, eu não vou mais estar disposto.

Nestha observa quando Cassian facilmente se vira e sai, descendo para o andar de baixo. Ela escuta quando a porta da frente é aberta e em seguida fechada com um bater surdo, enquanto ela ainda tenta assimilar o gosto quente que ficou marcado.

N/A : eu sei eu sei, não era o que vocês estavam esperando, mas e aí cês gostaram do gostinho do que pode vir no livro Nessian?

Gente eu tô com todas as cenas dos próximos capítulos de PdS mas não tô conseguindo escreve-los e tô péssima por isso, me perdoem se demorar demais pra postar ok?

Enfim, era isso. Espero que tenham gostado do capitchulo e até mais

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