Príncipe das Sombras

By nathbrandon

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- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld "Azriel sempre se considerou um bastardo, não merece... More

AZRIEL + CALLYEN
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPITULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPITULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPITULO 49
CAPÍTULO 50
CAPITULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
ADENDO DO LIVRO
NÃO É CAPÍTULO É AVISO
CAPITULO 56
CAPÍTULO 58
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
ADENDO DO LIVRO
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 70 PARTE 2
EPÍLOGO
NOTAS + AGRADECIMENTOS FINAIS
CAPÍTULO EXTRA I
CAPÍTULO EXTRA II
P.S. EU TE AMO
EXTRA III
EXTRA IV
OLÁ VELARIANOS!
OIA ISSO!!!
OIÊ CAMBADA: TENHO LIVRO NOVO!
ALGUNS AVISOS IMPORTANTES

CAPÍTULO 57

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By nathbrandon

CALLYEN

- Você realmente acha que algum deles irá colaborar conosco? - não deixo de questionar depois do longo silêncio que desceu entre nós dois. Mais uma vez meu olhar se distância do rosto bem desenhado do mestre espião e eu olho para além da beirada do precipício de ouro ao qual estamos elevados sobre a cidade dourada.

Essa era a principal dúvida a qual estava assolando minha mente. Se, questões de guerra envolviam mais interesse político e territorialista, qual seria a motivação para que qualquer um deles se unisse novamente ainda que a ameaça fosse real? Apenas porque uma forasteira, uma desertora da causa para qual fora construída para seguir lhe disse? Embora eu soubesse que Nestha houvesse dito as palavras apenas por sua típica aversão aos fatos, suas palavras eram completamente verdadeiras, eu trouxera essa guerra até eles, o que me levaria a crer que eles ajudariam?

A brisa leve e morna o alto do palácio trouxe a sensação antes mesmo do toque chegar, quando Azriel prende os dedos ao redor do meu pulso e sobe o toque pela pele exposta do braço, ombros e pescoço, antes de segurar meu queixo, fazendo com que eu o olhasse. O dourado de seus olhos pareciam quase como o ouro pincelado pelo palácio e pela cidade abaixo, quase como um tacho de melaço derretido que, nesse momento, estava me prendendo.

- Ouça, anjo. Mesmo que nenhum daqueles malditos lutem ao nosso lado, ainda lutariamos ao seu lado. Por você, pelo nosso povo, por Prythian. É o que fomos condicionados a fazer. - Azriel diz próximo o bastante para me fazer acreditar em suas palavras.

- Eu não quero que nenhum vocês morram... - engulo as palavras antes de conclui-las.

Pela Mãe, só de imaginar..

- Não iremos. E se precisar, eu lhe prometo: não iremos.

Talvez fosse pela sensação de proteção que eu sentia através do seu toque, ou a intensidade de seus olhos e de suas palavras, mas eu senti a realidade nelas, que eu deveria acreditar nelas.

**

A cidade Capital da Diurna, era chamada de Solís, segundo Azriel em homenagem ao seu nome: Cidade da Luz Solar. E era simplesmente linda. Tudo parecia brilhar, desde as pedras das calçadas parecendo serem polidas em pedra do sol, as casas em tons vibrantes e cintilantes, os telhados projetados para refletir a luz solar iluminando tudo em dourado reluzente. Enquanto Velaris era feita para brilhar a noite, como uma jóia noturna, Solís era construída para reluzir ao dia.

Enquanto caminhavamos, não pude deixar de reparar nos olhares curiosos e condescendentes em nossa direção, muito menos os pensamentos de surpresa e felicidade direcionados, assim como a distinção entre os habitantes desse lugar. Feéricos menores e Grã Feéricos circulavam em túnicas brancas, douradas, laranjas em tecidos nobres e esvoaçantes como musselina e chiffon. Haviam várias sacerdotisas em seus mantos azuis caminhando pelas ruas em direção ao prédio central, que parecia ter sido esculpido diretamente em ouro e diamantes, onde Azriel me disse ser onde, agora, ficava a principal biblioteca da Corte Diurna. Ele me dissera que aquela corte abrigava mais mil bibliotecas de conhecimento, mas depois que a Grã Inquisidora saqueoou pessoalmente a maioria delas, Helion decidirá manter seus livros em um lugar só e bem mais protegido, onde apenas quem tinha permissão direta poderia passar pelos selos de proteção sem ser queimado vivo. Minha curiosidade em ver tantos livros e pergaminhos juntos, e quem sabe descobrir um pouco mais sobre minha origem, desapareceu completamente após a menção de ser transformada em pó na porta de entrada da Biblioteca.

O sol estava descendo ao alto no horizonte quando demos a volta pela parte central da cidade e voltávamos para o palácio de Hélion. Se eu estava me sentindo bem e quase esquecido a respeito das motivações iniciais de eu ter saído de lá, todas as sensações voltaram assim que paramos na parte de baixo do opulento palacio de ouro do Senhor da Diurna.

Segurei a mão de Azriel antes que ele nos atravessar de volta ao topo liso e dourado, segurei sua mão, assim que ele fez menção de entrar novamente. O macho se virou, aqueles olhos cor de mel derretidos me analisando de modo que aqueceu minhas entranhas.

- Não se preocupe com isso novamente, anjo. - ele sussurra, a outra mão subindo para acariciar a curva da minha mandíbula devotamente. - Vai ficar tudo bem. - ele diz. E eu quero acreditar nele.

Eu quero muito acreditar nele, mesmo quando eu sinto, o arrepio lento em minha coluna, subindo lento, como um mal agouro abaixo da minha pele. Eu queria acreditar nele quando a voz de Rhysand soou como um trovão rasgando os céus através da marca de ligação entre irmãos e ressoa através da ponte entre nós dois.

Onde vocês estão?

- O que aconteceu? - Azriel questiona em voz alta, ambos sabendo que ele ouviria.

Voltem ao salão de reuniões, imediatamente.

Tão rapidamente quanto a mensagem veio a entrada de Rhysand em nossas mentes se foi, e foi com a mesma velocidade que atravessamos para dentro das paredes do salão dourado de reuniões.

Parecia que o caos havia se instaurado, havia certa gritaria e ordens sendo gritadas altas e fortes quando aparecemos no saguão, e quando os senhores da Corte Invernal atravessaram em meio ao gelo e escuridão.

- Precisamos ir. - é Cassian quem diz quando nos vê, ele parece tenso, todos os músculos de seu corpo pareciam tencionados e seu olhar castanho mais atento.

Havia algo de errado.

- O que aconteceu? - questiono, mesmo que minha voz tenha soado baixa teria sido ouvida por todos. Tanto, que é o senhor da Outunal, Eris, quem responde.

- A Invernal foi atacada, de acordo com informações, seu antigo senhor enviou seus precursores para o território de Prythian. - o ruivo com olhar de fogo simplesmente diz, como se estivesse comentando sobre o tempo. Embora, a pequena tensão no músculo de sua mandíbula, mostre que talvez ele se importe.

- Certo, e o que ainda estamos fazendo aqui? - questiono, não observando o ruivo da Outunal, e sim quem era suposto ao qual eu servia agora. Rhysand me observou, o violeta de seus olhos duros e astutos como pedras tanzanitas, enquanto ele parecia analisar a situação aí seu redor, principalmente, minhas palavras.

- Nossa ajuda não foi solicitada. - ele diz.

- E quem se importa?! - solto exasperada, dando um passo a frente, apenas para sentir a mão de Azriel ao redor do meu pulso, impedindo que eu avançasse novamente. - Eles precisam de ajuda, ou aquele maldito vai queimar tudo no caminho.

- Não podemos simplesmente invadir o território de outra corte, sem que isso fosse solicitado. Pode parecer como uma ofensa, e Kallias não é bom em aceitar ajuda estrangeira. - Mor diz de onde está, os braços cruzados sobre o peito, os olhos castanhos fixados em um ponto ao longe. Embora, eu a tenha visto observar de forma estranha o ruivo da Outunal, o rosto franzido numa expressão indecifrável antes de desviar o olhar de volta ao ponto invisível no chão.

- Não é como se já não tivéssemos feito isso antes. - Cassian diz de onde estava, os olhos atentos ao redor. Só então percebo, que estávamos apenas o círculo íntimo de Rhysand, o Grão senhor da Diurna e seu filho, Lucien, presentes no grande salão. Todos os outros haviam ido, talvez, temendo que suas terras fossem atacadas simultaneamente.

Estávamos perdendo tempo.

- Se Amren estivesse aqui, diria que não podemos arriscar uma ofensa a Invernal, enquanto ainda não resolvemos as tensões políticas. - Azriel se entrepõe. - Mas não estamos falando sobre política Rhysand.

- Estamos perdendo tempo discutindo ajudar ou não a impedir um possível massacre? - questiono novamente incrédula.

Eu não entendia muito a respeito de política, muito menos sobre tratados de paz, mas entendia a Legião Vermelha. Entendia bem demais a mente de Ykner, aquela invasão, tanto a do Acampamento, e especialmente essa, era uma demonstração de força. Ele iria massacrar tudo se não somente a procura de um sinal de fraqueza entre as fronteiras. E não partir imediatamente em ajuda, seria considerado um.

- Não podemos deixar de fora a hipótese de ser uma armadilha. - novamente Cassian diz, e percebo que ele tem razão.

Poderia ser facilmente uma emboscada, e se partissemos, estaríamos indo diretamente para uma armadilha. Mas, também não poderíamos deixar que os exércitos de Ykner invadissem sem retaliação.

- Sim, pode ser. Mas não vamos correr o risco. - Rhysand diz, os olhos violetas pousando sobre mim. Ele suspirou quando desviou o olhar para trás de mim. - Mor, Cassian, Azriel vocês irão na frente. Repassem informações assim que chegarem, e iremos logo após.

- Eu vou junto. - disparo assim que o senhor da Noturna se cala, quando ele não fala nada a meu respeito.

- Você fica. - ele dispara de volta, a voz soando autoritária novamente. Quase fazendo com que eu baixasse a cabeça ao seu tom de comando. Quase. - Até sabermos se Ykner está lá ou não, você fica. Se for uma armadilha, estaríamos mandando você diretamente para ela, e não podemos correr os riscos de entregá-la diretamente a ele.

Quase imediatamente eu ouço o vento ser cortado como uma pequena respiração profunda, enquanto Mor atravessa com Cassian em meio ao buraco de escuridão que foi criado no meio da sala.

Eu sinto a mão de Azriel apertar um pouco mais firme a minha, numa pequena carícia aquecida. É quando eu sinto novamente, o arrepio lento abaixo da minha coluna, como se tivesse algo terrivelmente errado naquela situação. Como um mal agouro.

Então eu sinto, as palavras serem formadas em minha mente como uma necessidade profunda de serem verbalizadas. As três palavras ficaram presas entretanto, em minha garganta, em minha mente por trás da ponte quando ele piscou dentro de suas próprias sombras e atravessou.

A sensação gélida profunda ainda corria abaixo de minha pele quando ele desapareceu nas sombras.

N/A: oiê, tudo bem? Enfim capítulo novo, estou voltando as publicações normais de PdS, então não desiste de mim não viu?

Já deixa seu votinho na broderagem, comenta que eu adoro ver comentários por aqui, e até mais 🥰

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