Suddenly in Love ♡ Adrienette

By heartpinkromantic

124K 11.6K 17.3K

Ele, executivo de uma renomada grife da moda Europeia... Ela, prostituta de luxo que não se encaixa no tipo d... More

~ • ♡ • ~ Nota de Esclarecimento ~ • ♡ • ~
Notas Iniciais
Prólogo
Personagens - Aesthetics
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104
Capítulo 105
Capítulo 106
Capítulo 107
Capítulo 108
Capítulo 109
Capítulo 110
Capítulo 111
Capítulo 112

Capítulo 80

1.2K 126 151
By heartpinkromantic

⚠️ Qualquer CÓPIA NÃO AUTORIZADA será DENUNCIADA, PLÁGIO É CRIME! ⚠️
Conto com sua honestidade, obrigada!

Amores, sextou e não vou prender vocês aqui, pois sei que estão ansiosos para saber o desfecho da ressaca da Mari. Estão preparados? Estou em falta em responder os últimos comentários, mas chego lá!
Peço que leiam a nota de rodapé, pois tenho um recadinho importante para vocês.
Quero ler comentários, vibrar pelos votos em forma de estrelinhas e que tenham uma boa leitura! 💕

~ • ♡ • ~ • ♡ • ~

Marinette's POV

Eu estava sentada à beira de um chafariz. Era primavera àquela altura, e eu podia dizer isso principalmente pelo jardim à minha frente, repleto de jasmins. Inspirei profundamente para sentir o cheiro de grama fresca. O sol dava ao clima uma temperatura agradavelmente morna, ideal.

Me sentia incrivelmente feliz e completa, e sequer sabia o motivo. Não me movi, com medo que aquela sensação me deixasse.

Diferentemente das outras ocasiões, eu sabia que estava sonhando.

Ao longe, vi uma pessoa. Mais precisamente uma criança, uma menina, talvez com seus oito anos de idade. Ela veio correndo até mim, e quando me alcançou constatei que não a conhecia. Mas algo nela chamou instantaneamente minha atenção.

Aqueles eram os olhos que eu mais amava. Eram de um verde tão conhecido, tão perfeito, que não consegui deixar de olhá-los. Eram os mesmíssimos olhos de Adrien.

Imediatamente me dei conta de que amava aquela menina mais do que qualquer coisa no mundo.

- Olá. Qual é o seu nome? - Perguntei, desgrudando uma mecha de cabelos do seu rosto suado e colocando-a atrás de sua orelha.

- Não tenho nome ainda. - Ela respondeu, e a voz me pareceu tão melodiosa quanto um coral de anjos.

Estranhei aquela resposta.

Eu poderia estar sonhando com a filha de Chloé, ainda não nascida? Isso explicaria os olhos da menina serem os de Adrien e Emilie.

Mas ainda assim, algo nela me atraía. Como um ímã.

Ela sorriu, e outra vez a lembrança de Adrien veio forte demais. De alguma forma, senti que ela também me amava, mesmo nunca tendo me visto na vida.

Tudo naquele sonho era estranho.

Fui subitamente acordada por uma dor, essa bastante real. Tão forte que me perguntei como sequer havia conseguido dormir. Depois de algum tempo tentando voltar à realidade, completamente perdida, consegui identificar que a dor estava na minha cabeça. Identificar a parte do corpo que doía era um começo.

Demorei alguns minutos para tomar a coragem de abrir os olhos. Quando o fiz, até mesmo a luz fraca que as cortinas do quarto de Adrien filtravam foram o suficiente para transformar aquele pequeno momento em um inferno. Fechei os olhos muito rapidamente outra vez, tentando engolir, mas minha língua parecia feita de pano. Talvez alguém tivesse me espancado antes que eu caísse no sono, porque todos os músculos do meu corpo pareciam um pouco podres.

Girei a cabeça devagar para o lado só para constatar que Adrien, como quase sempre, não estava ali.

Conjurando das profundezas dos meus músculos toda a força que havia em mim, sentei na cama ainda de olhos fechados. Infelizmente, o movimento foi rápido demais, então uma tontura desnorteante e um enjoo súbito me tomaram de imediato. Senti alguma coisa querendo sair de mim à força, e me desesperei ao constatar que, mesmo que conseguisse ir caminhando até o banheiro - o que não era o caso - eu provavelmente acabaria vomitando no tapete antes de chegar no meio do caminho.

Sem opção nenhuma, me curvei na cama, colocando a cabeça para fora dela e simplesmente deixando que um jato nojento saísse pela minha boca. Mas aquilo foi tudo que saiu. A ânsia vinha a cada cinco segundos, mas meu estômago vazio não tinha nada para expelir. E cada vez que ela vinha, era com tanta força que minha cabeça ficava a ponto de explodir, me fazendo implorar silenciosamente por um desmaio.

Senti uma mão na minha testa, dando apoio a ela. Não precisei me virar ou abrir os olhos para saber quem era. Quando as ânsias de vômito começaram a ficar menos frequentes, fui relaxando e respirando melhor. Abri os olhos devagar e dei de cara com uma bacia, posicionada estrategicamente no chão para que eu não sujasse o tapete. Adrien sabia que aquilo aconteceria, e fui grata a ele por ter sido tão cauteloso e experiente.

Levantei o corpo, sentando na cama muito lentamente. Minha cabeça girava, fazendo com que tudo ficasse um pouco embaçado.

- Calma, princesa... é assim mesmo.

Ouvir a sua voz me tranquilizou um pouco. Abri os olhos e o vi à minha frente com um olhar de compaixão. Imediatamente lembrei da menina no meu sonho, e então tudo se tornou muito óbvio. Tão óbvio que eu não sabia como podia não ter entendido antes.

Aquela menina era minha filha. Minha e de Adrien. A filha que não tínhamos, mas que meu subconsciente criou. Conhecer Alicia e Thomas provavelmente havia despertado um instinto maternal até então inédito para mim. Acredito que o fato de ter visto Adrien tão à vontade e lindo com eles também tenha dado ainda mais margem ao meu inconsciente.

- Está melhor?

Sacudi positivamente a cabeça em resposta, mas me arrependi na hora. Meu cérebro parecia solto e chacoalhando dentro do crânio. Eu teria respondido em voz alta, mas sabia que isso também faria com que minha cabeça doesse ainda mais.

- Vamos ter que testar o que o seu estômago aguenta. - Ele disse, indo até a mesa de cabeceira e voltando com um copo que parecia ser de água e uma colher de sopa. Ele pegou um pouco do líquido com a colher e trouxe até a minha boca. Notei que não era água, mas sim soro, o que me ajudaria a não desidratar tão rápido.

Felizmente, meu estômago conseguiu aceitar as três colheres oferecidas, sem que eu tivesse que cuspir tudo de novo na bacia ao lado da cama.

Adrien me carregou para o banheiro, servindo de apoio enquanto eu tomava banho. Fui eternamente grata a ele por ser respeitoso e ter noção de não tentar me tocar inapropriadamente, embora tivesse total acesso ao meu corpo. Quando meu banho já estava tomado e meus dentes escovados, ele começou um processo de enfermagem que imediatamente fez com que eu me sentisse mal por estar dando tanto trabalho.

Aproveitei o fato de que, agora, eu conseguia falar.

- Desculpa por ter vomitado seu banheiro ontem e quase ter feito isso de novo no seu tapete.

- Nosso banheiro e nosso tapete. E não se preocupe com isso, princesa.

Deitei outra vez, me sentindo melhor aos poucos.

- Nunca mais me deixe beber...

- Tenho que admitir que você bêbada é bem interessante.

Ele olhou para mim com um semblante esquisito e sorriu. Por algum motivo, fiquei ansiosa. Eu ainda não tinha parado para tentar lembrar o que exatamente havia feito depois de encher a cara.

Eu queria imaginar que não tinha feito nada inapropriado, como um ridículo striptease em cima de uma mesa ou algo assim, mesmo isso não sendo algo da minha natureza. Me acalmei ao me dar conta de que, se alguma coisa desse tipo tivesse acontecido, Adrien não estaria todo sorridente e cuidadoso comigo, mas sim puto.

A única coisa ousada que eu lembrava claramente de ter feito era ameaçar uma vagabunda se ela resolvesse continuar com seu jeito "me-coma" para cima de Adrien. Talvez fosse a última coisa da qual eu me lembrasse. Depois disso, lembro de ter pedido algo para Nino, que me deu não só uma dose, mas uma garrafa inteira de vinho. Como estava puta e triste, não pensei se seria ou não inteligente beber aquelas taças.

O álcool me fez pensar. Por isso, fiquei remoendo a lembrança daquela piranha alisando meu namorado, e pensei em todas as outras que queriam poder fazer aquilo. Pensei também nos olhares acusatórios que recebi de algumas pessoas na festa, tão óbvios que não eram sequer necessárias palavras para me dizer que estava sendo vista como uma interesseira. Pensei no meu maldito passado, na minha maldita culpa... Pensei em Adrien, e como era importante que ele entendesse minhas reais intenções.

Pensei no quanto o amava profundamente. No quanto precisava dele na minha vida e no quanto ele me trazia de volta a felicidade. Pensei no quanto queria viver para sempre ao seu lado e no quanto era sufocante não conseguir dizer aquilo para ele.

E depois... depois...

Ah, sim.

Depois eu tinha dito, com todas as letras, que o amava como uma louca.

Meu rosto esquentou, então desviei o olhar dele, abaixando a cabeça e olhando para as mãos. Ele riu baixinho, porque não precisava de nenhuma palavra minha para entender que eu havia enfim lembrado - minha tonalidade vermelho-pimentão-fluorescente deixava isso claro.

- Como se você não soubesse disso... - Falei em voz baixa, um pouco rabugenta, deitando minha cabeça outra vez no travesseiro.

Ele sabia que eu estava sem graça, por isso não insistiu no assunto. Mas eu podia ver como aquilo o havia deixado feliz. Sabia que deveria ter confessado aquilo há muito tempo, porque privá-lo de ouvir aquelas palavras não era justo. Eu mesma sabia como ouvi-las fazia bem, mas o medo não me permitiu e por alguns instantes, estava grata à bebida ter me ajudado a desabafar isso.

Demorou um pouco - alguns minutos apenas - para que eu entendesse que aquela confissão não havia somente tirado um enorme peso das minhas costas: Ela havia me libertado de algo muito maior, o medo irracional de deixar claro o quanto eu precisava dele. Aceitar que Adrien era essencial na minha vida já havia acontecido, mas deixar isso claro para ele era muito mais difícil. E por algum motivo, agora que ele finalmente sabia, eu me sentia livre.

Suspirei contra o travesseiro.

- Você sempre soube, não é? - Perguntei.

- Mais ou menos.

Me senti culpada por aquela resposta. Eu queria que ele soubesse. Achava que tinha deixado isso claro desde o momento em que ele voltou para a minha vida.

- Eu sempre te amei. - Concluí, lutando contra a dor de cabeça e me forçando a abrir os olhos para encará-lo - Nunca foi menos que isso.

Adrien me encarou sem dizer nada. Ele não sorria, mas seus olhos brilhavam ao ouvir aquelas palavras. Quando entendeu que não tinha mais nada a ser dito, ele foi se deitar ao meu lado, muito próximo a mim, encostando a ponta do seu nariz no meu e me permitindo sentir o cheiro do perfume natural da sua pele.

- Ouvir isso de você quando está sóbria é ainda melhor. - Ele riu, beijando delicadamente meus lábios e passando o indicador pela maçã do meu rosto - Obrigado.

Não consegui responder, me mantendo imóvel ali ao seu toque.

E então percebi o tempo que havia perdido com todo o meu temor.

[...]

Então, o ano havia começado. Minha vida havia mudado completamente em menos de um mês, e eu não poderia me sentir mais feliz com isso. Era até estranho lembrar do passado, não só porque ele me incomodava, mas também porque parecia tão incrivelmente distante do presente.

Desenvolvi a capacidade de me forçar a parar de pensar quando algumas recordações vinham. Me permitia lembrar coisas que aconteceram até a morte de minha mãe e a partir do dia que Adrien voltou a fazer parte da minha vida. O período de tempo entre esses dois momentos era propositalmente um enorme vazio na minha mente.

Era claro que isso não acontecia sempre. Vez ou outra lembrava das minhas amigas que agora faziam parte do passado, porém ainda habitavam no meu coração. E foi pensando nelas que eu me permiti trocar mensagens com Rose e Alix novamente. Havia enviado meus votos de um Feliz Natal, mas não dei detalhes sobre como estava ou com quem e queria permanecer assim por enquanto, mas algo me perturbava.

Eu não queria ver minhas amigas levando aquela vida mais. Queria tanto que tivessem uma chance assim como eu tive... não de se apaixonar por um cliente, pois sei o quanto seria raro ser correspondida. Mas ao menos sair daquele lugar e viverem dignamente, afinal, elas também não mereciam aquele destino. Tomada por este pensamento, resolvi questiona-las para perceber se também partilhavam desse desejo. Precisava saber se estariam dispostas, apesar de imaginar qual seria a resposta. Queria tanto pensar em uma forma de ajudá-las e faria isso assim que tivesse uma oportunidade. Por hora, recebi e dei notícias. Ambas estavam bem - se é que viver aquela vida era estar bem -, me limitei a dizer o mesmo e fiquei grata por elas não fazerem mais perguntas.

Além desse meu forte desejo em fazer algo por elas, a maior parte do tempo eu tentava não pensar em nada deste período, mas isso era impossível, claro, mesmo porque certas coisas que eu gostava de lembrar aconteceram exatamente nesta fase.

Conhecer Adrien. Permitir que Adrien me conhecesse e vivenciarmos aquele momento mágico no parque, no dia da chuva e do arco-íris. Viver meu primeiro amor e ser correspondida. Além disso, Adrien me dando o melhor aniversário da minha vida.

Não era possível esquecer nada que o incluísse. Por isso, da mesma forma, era impossível não lembrar, vez ou outra, do dia que ele me magoou e deixou.

Mas eu estava bem. Não diria que estava curada, mas conformada. E não havia motivos, é claro, para deixar que qualquer problema antigo atrapalhasse a nossa felicidade agora, porque isso soaria até como ingratidão depois de tudo o que vivemos.

Nós estávamos mais próximos do que antes. Agíamos como um verdadeiro casal, e talvez isso fosse óbvio para alguém que não soubesse da nossa história, mas esse pequeno fato me enchia de alegria. Era maravilhoso poder vê-lo todos os dias e perguntar como havia sido seu dia. Era maravilhoso poder preparar o nosso lanche noturno e fazermos essa refeição juntos todos os dias. Era maravilhoso me sentir à vontade para dizê-lo que eu sentia saudades dele quando ficava sozinha naquele apartamento. Era maravilhoso dizer que o amava sem nenhuma trava.

Meus dias ainda eram um pouco monótonos, por isso eu me ocupava aprendendo novas receitas de lanches diferentes para o nosso fim de dia, em substituição ao jantar. Eu não me sentiria bem se reclamasse disso com Adrien. Minha vida era praticamente a vida que uma princesa levava - tirando a parte de ter uma dama de companhia - mas como eu tive uma vida muito diferente, sentia falta de algumas pequenas coisas.

- Gatinho, posso te perguntar uma coisa?

- Claro.

Já havíamos lanchado e agora estávamos vendo TV no quarto, esperando o sono chegar.

- Não quero que você pense que estou reclamando ou exigindo nada... - Comecei - Mas você se lembra de uma conversa que tivemos...

- Na casa dos meus pais?

Ele lembrava. Vibrei por ele lembrar.

- É...

- Pensei que não fosse perguntar nunca, princesa. - Ele respondeu com um sorriso simples nos lábios.

Me virei para ele, um pouco ansiosa. Sua atitude estava me enchendo de esperanças.

- E então? - Perguntei, parecendo uma criança.

- Bom, você disse que queria algo simples... achei algo que você poderia fazer. Não é nada complicado, e infelizmente não deve ser muito divertido também, mas se não gostar e quiser fazer alguma outra coisa, pode falar comigo...

- O que é? - O interrompi, ansiosa demais para esperar que ele finalizasse seu raciocínio.

- Lembra o que eu falei que você fazia para minha família?

- Sim... - Consenti com a cabeça - Disse que eu trabalhava em uma biblioteca próxima à sua casa...

- É. E sei que você tem um gosto pela leitura. Então, procurei alguma coisa que ao menos remetesse a isso e a história que já contamos, pois tudo ficaria um pouco mais fácil assim. Infelizmente não poderia ser algo que exigisse um curso superior.

Notei que ele ficou um pouco sem jeito, parando antes de continuar a falar.

- E o que é? Diz logo, pelo amor de Deus! Estou me corroendo de curiosidade, gatinho.

- Não é nada muito interessante, mas... bom, tem uma biblioteca antiga a três quarteirões daqui realmente. Fui lá e descobri que eles estão precisando de um assistente operacional. Você sabe, para catalogar, arrumar, inspecionar livros. Ver se estão sendo devolvidos em bom estado, arrumar os novos... essas coisas.

Meus olhos brilharam. Eu não estava na frente de um espelho, mas podia ter certeza disso. Era claro que aquele não era o emprego dos sonhos de ninguém normal, mas para mim era simplesmente maravilhoso.

- O salário é baixo... - Ele continuou - Mas o lado bom é que é perto e não tem muita burocracia. E você poderia ocupar seu tempo. Tenho certeza que pode descobrir muita coisa legal lá...

- É perfeito...

Ele me olhou desconfiado.

- Não é perfeito. Só procurei isso porque você disse que queria algo simples e não se importava com quanto ganharia...

­- É perfeito sim, Chaton! Simplesmente perfeito!

Adrien me encarava como se eu estivesse delirando de febre.

- Muito obrigada... - Falei, abraçando-o com um amor que não poderia expressar em palavras.

- Não foi nada, M'Lady. Mesmo. Eu poderia ter arranjado algo muito melhor...

- Não precisava! Você não sabe como eu gostei. Além disso, posso aproveitar o contato com livros para já começar a me preparar de algum modo para voltar a estudar. Está na minha lista de sonhos, lembra?

A expressão dele variou entre a de quem inicialmente não lembrava e a de quem de repente lembrava do que falei. E ele sorria.

- Lembro sim e fico feliz que tenha gostado. Posso te dar algumas dicas. Esse foi o meu primeiro trabalho. Eu tinha 12 anos, e estava fascinado com a ideia de ganhar meu próprio dinheiro. Acho que meu pai se orgulha de mim até hoje por causa disso. - Ele riu com os olhos desfocados, claramente se lembrando da ocasião.

Eu estava tão feliz e fascinada com tudo que minha íris provavelmente havia se transformado em corações cor de rosa.

- Ah, você começa semana que vem.

[...]

E então a "semana que vem" chegou. Adrien me ensinou o caminho até o lugar e me dei conta de que poderia ir a pé tranquilamente. Me sentia temerosa como uma criança no primeiro dia de escola, mas quando cheguei ao local percebi que não era preciso. O Sr. Damocles, responsável pelo salão principal da biblioteca, embora muito rabugento, era um senhor tranquilo. Talvez estivesse até mais satisfeito do que o normal, porque dificilmente encontraria um funcionário que se dispusesse a trabalhar em algo tão aparentemente monótono por tão pouco, e ainda com um sorriso nos lábios. Claro que ele não precisava saber que minha satisfação se dava porque, comparado ao que eu fazia no passado, qualquer trabalho se tornava imediatamente agradável e satisfatório. Além disso, após todas as negativas que eu havia ganho na tentativa de conseguir um trabalho, por mais simples e mal pago que fosse, receber finalmente uma resposta positiva era motivo de comemoração.

Aesthetics da Bibliothèque Miraculous
Todas as fotos foram salvas do Pinterest

A Bibliothèque Miraculous ficava em um lindíssimo prédio histórico pertencente ao patrimônio arquitetônico da antiga Paris. O salão principal tinha o pé direito alto, dando amplitude ao espaço bem iluminado e arejado, onde longas janelas se espalhavam pelo cômodo, proporcionando a entrada de muita luz natural ali e, no chão, um piso original em carvalho por toda sua extensão davam a sensação de aconchego ideal para um local como aquele. A maioria dos livros de lá tinham aparência antiga, distribuídos em grandes estantes de madeira com portas de vidro translúcido, que iam até o teto. Uma escada larga no formato caracol nos conduzia à parte superior daquele ambiente, onde havia um estreito mezanino também em madeira finalizado por um lindo gradil entalhado e dando acesso àquela parte das estantes. Bem ao centro, acima de uma mesa redonda de dez lugares, um suntuoso lustre de cristais, dava um ar requintado ao local. Em volta da mesa, um balcão de cinco lados com muitas cadeiras em todo o seu entorno e abajures em todas as pontas, traziam o conforto necessário aos frequentadores daquele ambiente tão acolhedor.

Nos cantos, entre as estantes e abaixo das janelas duplas, haviam antigas escrivaninhas em mogno, acomodando os computadores usados para as pesquisas. Haviam também outros ambientes no andar térreo, sendo algumas salas restritas para o uso particular de pequenos grupos.

O prédio tinha dois andares. O segundo de acesso exclusivo aos funcionários com acomodações restritas como: salas de arquivos, sala de servidores, salas de reunião, refeitório para os funcionários, entre outros. Minhas funções ficariam limitadas ao salão principal, o que me tranquilizou bastante quando observei o tamanho de todo aquele lugar.

Depois de receber as instruções do Sr. Damocles, comecei o meu primeiro dia no trabalho.

Mais feliz do que eu estava era absolutamente impossível.

~ • ♡ • ~ • ♡ • ~

E aí amores? Gostaram do novo trabalho da Mari? Ela está radiante com a oportunidade... não nego que ver meu casal favorito feliz e mais sólido me deixa radiante e feliz também! 😍Já viram que não deu para resistir com o batismo dado a Biblioteca, não é mesmo? Adoro referências e acho que já deu para notar isso também! 😂

[RECADINHO IMPORTANTE]
Primeiramente, agradeço demais por cada comentário que me faz vibrar, rir e chorar junto, pela estrelinha/voto que alguns deixam como seu feedback e incentivo a autora... fico radiante quando percebo que é uma relação recíproca, sabe?
Não sei se todos vocês tem ciência disso, mas muitos leitores comentam, incluem nossas histórias em suas listas de leituras, cobram atualização constante de capítulos, mas não votam em nenhumzinho se quer...
Isso nos deixa absolutamente tristes, vocês não fazem ideia do quanto! Fazendo uma pequena analogia, nos faz sentir "usadas"... como se nos doar aqui para trocarmos toda essa diversão e entretenimento dentro do fandom que tanto amamos fosse uma obrigação de cada autor de fanfic. Falo no plural, pois converso muito com outros escritores e eles sempre desabafam sobre as mesmas coisas... Quando pedimos o seu voto, não é por chatice ou mendigância, é uma questão de troca! Doamos nosso tempo, nossa criatividade, nosso carinho e zelo e muitas vezes até o tempo que poderíamos passsr com a nossa família e apenas o que pedimos em troca é um incentivo para continuarmos por aqui, para dar visibilidade a história para que seja possível alcançar outros fãs e pelo reconhecimento de que tudo o que estamos fazendo está agradando a vocês. E o fato de ter pouquíssimos ou um trilhão de seguidores não muda nada disso, ok?! Todos aqui tem a sua importância. Autores, leitores, muito visíveis, pouco visíveis, populares, não populares...
Então, se você gosta de uma fanfic, acompanha, vibra, comenta, quer novos capítulos e deseja que ela seja constantemente atualizada, deixe seu voto, demonstre ao autor que aquela é sua forma de monstrar a ele sua satisfação com a leitura e seu agradecimento pela partilha... é como dar um like/curtir em uma publicação que você gostou. Pense nisso!
E você leitor que VOTA A CADA CAPÍTULO, prestigia os autores que curte, comenta, deixa seu feedback, obrigada de coração pelo seu carinho e consideração! Obrigada pela troca, empatia e reciprocidade! E falo não só por mim, mas por cada autor de histórias que recebe isso por aqui. ❤❤❤
Agradeço muito pelas ⭐ estrelinhas deixadas até aqui, por estarem firmes e fortes a cada capítulo... vocês certamente me incentivam muito com isso!
E saibam que ainda temos muitas coisas à caminho. Até o próximo! Beijinhos!💕

Continue Reading

You'll Also Like

982K 48.3K 71
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...
316K 28.2K 42
☆CONCLUÍDA☆ ☆Enemies to lovers☆ - Para felix, Hyunjin é apenas um badboy alfa idiota que o irrita profundamente com suas brincadeiras maliciosas e ch...
951K 52.9K 67
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...
353K 36.5K 44
O que pode dar errado quando você entra em um relacionamento falso com uma pessoa que te odeia? E o que acontece quando uma aranha radioativa te pica...