Through the time • Ruel

onerwel tarafından

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Ruel, Joshua e Clarissa são melhores amigos desde que nasceram. Suas famílias, pertencentes à alta elite da I... Daha Fazla

1 - Younger
2 - To Joshua
3 - Waiting for you
4 - To Clarissa
5 - Helpless
6 - To Ruel
7 - Meet me inside
8 - Lookout
9 - No Promises
10 - The one that got away
11 - We Know
12 - Don't let it break your heart
13 - Someone you loved
14 - My dear London
15 - That would be enough
16 - What if I told you a story?
17 - The London Post
18 - How lucky we are to be alive?
20 - What comes next?
21 - When we were younger
22 - Runaway
23 - The sky is the limit
24 - Anyone else
25 - Perfect on paper
26 - Too late
27 - Ruin
28 - If I can't have you
29 - Wondering
30 - The night of the nights
31 - London Gossip
32 - Who tells your story?
33 - The News
34 - Eclipse of the heart
35 - After the rain
AVISO!

19 - If these walls could talk

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onerwel tarafından

— Lady Williams?

Ela se curva diante da presença de Ruel.

— Vossa graça.

O movimento não passa despercebido por ele.

— A senhorita leu o jornal...

— Para falar a verdade, vim até aqui para falar sobre o que estava escrito nele. Sinto muito, eu não sabia sobre seu...

— Por favor, — ele a interrompe — podemos conversar enquanto caminhamos pelo jardim? Há muitos olhos aqui dentro.

Clarissa não entende o pedido de Ruel, mas aceita mesmo assim. Um pouco de privacidade não machucaria ninguém, mas...

— Terá alguém conosco?

Ele faz uma expressão confusa com o rosto.

— Quer dizer... — ela tenta se explicar — não me leve a mal, por favor, mas sou uma mulher prestes a se casar, não posso ficar sozinha na presença de outro homem que não seja meu noivo.

— Ah sim, claro. Os guardas estarão divindo a paisagem conosco, pode ficar tranquila.

Ela sorri.

Ruel oferece o braço para Clarissa segurar.

— Me permite? — ele pergunta olhando para a jovem com ternura.

Ela encara o braço de Ruel. Até aquele momento não havia pensado no que aquilo significava. Vê-lo a certa distância era doloroso, mas tocá-lo e sentir o calor de seu corpo contra o dela? Seria mais ainda.

Não que ainda o amasse e sentisse a necessidade de ficar longe para não fazer alguma besteira, é claro que não. Doía o fato de um dia terem sido tão próximos e agora parecerem...estranhos. Sim, essa era a palavra certa. Estranhos. Distantes.

Como se nunca tivessem tido contato ou dito que se amav...

— Srta. Williams? — Ruel chama pela, possivelmente, terceira vez seguida, e a tira de seus devaneios.

— Desculpe, o que disse? — ela pisca constantemente tentando voltar à realidade.

— Perguntei se me permite. — ele olha para seu braço solto que estava envergado para que Clarissa segurasse, e olha para ela, oferecendo-lhe a companhia.

— Ah sim, claro.

E então Clarissa segura o braço do homem esbelto à sua frente.

Por mais que sua roupa fosse grossa e tivesse toneladas de tecidos acima da pele, Clarissa ainda pôde sentir o calor de seu corpo. Deus, o quanto sentiu falta dessa sensação.

Mal podia acreditar que o homem que pensava estar morto por tantos anos agora se posicionava bem ali, de pé, ao seu lado. Mais vivo e radiante do que nunca.

Ao chegarem a uma distância razoável da casa e de todos os criados, finalmente estavam seguros de ouvidos atentos e línguas afiadas demais.

— Enfim sós. — Ruel diz soltando um longo suspiro.

— Qual o motivo de estarmos aqui fora? — Clarissa pergunta olhando aleatoriamente para a paisagem.

Ruel olha para ela de soslaio, pensando cuidadosamente nas palavras que usaria em seguida.

— A senhorita leu o jornal.

— Sim, e é exatamente por isso que estou aqui. Queria dizer que sinto muito, de verdade. Não sabíamos que seu pai havia... — ela não continua.

— Morrido. — ele complementa — Para falar a verdade, ninguém deveria saber.

— E para quê esconder?

— É uma informação importante. — ela volta seus olhos para ele e o observa com toda atenção do mundo — Quando a guerra iniciou, meu pai havia ficado doente. Permanecer com um duque à beira da morte seria suicídio, eles aproveitariam a instabilidade para atacar fortemente. Portanto, meu pai me nomeou o novo duque. — ele engole seco — Eu era novo demais, é claro, ainda sou, mas com o tempo me provei um eficiente líder de guerra. Todos acreditavam que meu pai era um homem muito sábio, e era verdade, pois nem os Lancastre ousavam subestima-lo. Um jovem duque ao lado da sabedoria de seu pai pode ser muito temido, mas sem ele? É apenas um tolo tentando se virar sozinho, um alvo frágil. — seu rosto agora expressava uma mistura de tristeza e medo. Foi a única vez desde que fora embora da Inglaterra que se permitiu demonstrar medo.

— E então agora a informação foi vazada pelo jornal. Alguém em sua casa contou. — ela complementou.

— Exatamente.

Clarissa para subitamente e se vira para Ruel segurando e levantando sua mão à frente do peito.

— Hey. — Clarissa o encara — Tudo dará certo. Sei que...da última vez não pude estar lá por você quando sua mãe...bem, o senhor sabe. Mas agora — ela olha para as mãos de Ruel — agora é diferente. Você está aqui. Eu estou aqui...Joshua está aqui. Dessa vez, você não está sozinho.

Ruel a fita com um olhar acolhedor. E nesse exato momento ele percebeu que não notara o quanto Clarissa ainda tinha a mesma aparência desde a última vez que se viram, mas com traços mais delicados e maduros. Seus olhos com tons castanho-escuros exatamente como chocolate amargo – mas não tinham nada de amargos –, os cabelos, por mais que em sua maioria presos a um coque atrás da cabeça, tinham movimentos ondulados do couro até as pontas em um forte tom preto. Se pusesse pequenos brilhos nele, Ruel poderia jurar que encarava o céu em uma noita estrelada.

Tudo nela era perfeito, simétrico. Seus lábios rosados e finos. Seus lábios. Seus lábios. Agora que os encarava era quase impossível lutar contra o desejo de beijá-los no momento em que a via.

Resumidamente, Clarissa era explêndida. Estava encarando, naquele exato momento, a mulher de seus sonhos, mas não podia tocá-la o rosto, nem beijar seus lábios, pescoço e...doía. Vê-la e saber que nunca mais seria sua doía. Vê-la tão perto doía.

Por um breve momento, Ruel se imaginou deitado em seu peito, escutando as batidas do coração dela sincronizadas com o seu. Não. Tinha que parar.

Ele ainda amava profundamente, não havia como negar, mas talvez fosse menos doloroso parar de imaginar como suas vidas ainda seriam caso aquilo não houvesse acontecido, e apenas aceitasse a realidade que agora pendia a seu redor.

— Nunca estive sozinho. As lembranças eram o suficiente para confortar meu coração.

Ela sorri.

— Fico feliz em saber.

Nesse momento, ele sorri...para ela. Então ambos ficam assim. Se encarando por incontáveis segundos, sem nada específico em mente, apenas...se encaravam em meio ao silêncio. E estava tudo bem. Em meio aos olhares cruzados, parecia estar tudo bem.

Até que Clarissa desvia rapidamente e se distancia um pouco dele.

— Como está seu ombro? — ela pergunta apontando.

— Melhorando conforme o tempo. — Ruel olha para o membro apoiado na tipoia.

— O senhor nos deu um baita susto no outro dia.

— Peço desculpas por isso.

Ela descarta seu comentário com um aceno de mão.

— Está tudo bem. O importante é que está vivo agora. — ela faz uma pausa antes de dizer — Quando melhorar, voltará para Amsterdã?

— Como?

— Quero dizer, quando seu braço estiver melhor, voltará para casa?

— Ainda não decidi. A questão do jornal agora me preocupa, não sei se posso deixar Norfolk.

— E sua amada?

Primeiro, Ruel não entendeu o que Clarissa havia dito, mas depois se lembrou. Claro. A mulher que contara à ela pelo qual tinha se apaixonado durante a guerra.

— Mandarei cartas para ela.

— E não sente saudades de sua companhia? — Clarissa gostaria de poder acrescentar, pois eu sentia.

S-sinto, claro. Tenho certeza de que ela sente também. Mas o ducado, infelizmente, deve vir antes de qualquer desejo em meu coração, é o fardo que carrego.

— Entendo.

Depois de andarem algum tempo em silêncio, finalmente chegam a um pequeno lago atrás da residência dos Vincent. Eles costumavam brincar de piratas bem ali.

— Posso saber como a senhorita chegou até aqui, sozinha? — Ruel perguntou depois de reparar que não havia, literalmente, ninguém em sua companhia. O nervosismo o impedira de pensar em outra coisa a não ser na presença de Clarissa anteriormente. Ela costumava fazer isso com ele.

Deixá-lo atordoado.

— Vim com a carruagem de meu irmão. Mamãe estava fora, foi fazer uma visita à Lady Berrycloth. — ela soltou rapidamente.

— E ele lhe permitiu que viesse à minha casa sozinha? Sem ao menos a companhia de seu...noivo?

Seu noivo. Se houvesse um sino dentro das cabeças humanas, Ruel poderia jurar ter ouvido o seu tocar uma única vez.

É claro, Clarissa estava noiva de Joshua. Se estava ali sozinha, quer dizer que ainda não tinha contado sobre Ruel. Sim, Joshua já sabia sobre sua presença em Londres, mas Clarissa não sabia que ele sabia, portanto ao menos Joshua fingiria que estava surpreso e iria visitá-lo com ela. Mas por que ela estava escondendo isso dele? Qual seria o motivo? Os antigos amigos estavam juntos. Ela não sentia mais nada por Ruel. Eram um assunto encerrado. Não fazia sentido, algo estava errado.

— Tenho que ir. — ela desvia da resposta, provavelmente, notando a feição de desconfiança no rosto de Ruel.

— A senhorita não me respondeu.

— Foi ótimo conversar com o senhor, sua graça. — ela o reverencia e anda apressadamente antes que Ruel pudesse se opor. Graças ao bom Deus, a carruagem ainda estava em frente à residência de maneira que apenas adentrou rapidamente e partiram de volta à sua casa.

Será que ele notara o fato de não ter contado para Joshua? O que ele pensaria dela? Por que fugiu? (Esta nem ela sabia dizer) Estava mentindo para ele. Isso não era um bom sinal, gostaria de abrir um buraco no chão e se enfiar ali mesmo.

Não ousou contar nada para Joshua por medo de sua reação, mas foi por isso mesmo? Ou estava tentando convencer a si mesma de que foi?

Céus, onde estava com a cabeça para ir visitá-lo sozinha? Todos sabiam que Ruel estava de volta à cidade, todos sabiam que estava vivo. O jornal destruiu uma parte de sua honra e se fosse pega na casa dele sem a companhia de seu noivo, nem de seu irmão, nem de ninguém...estaria perdida. Seu casamento estaria perdido. A parceria entre os Williams e os Bassett estaria perdida.

Só podia estar louca quando tomou a decisão de visitá-lo. Não se arrependia da conversa que tiveram, mas temia as consequências, e isso era o bastante para querer voltar atrás.

Quando achava que suas pertubações não poderiam piorar, ao parar da carruagem em frente à residência Williams, Clarissa avistou que o veículo da mãe estava de volta e também...a carruagem dos Bassett. O brasão da família estava claramente estampado como se a desafiasse a duvidar da capacidade de piorar o momento.

Cada degrau da escada parecia doloroso, uma mistura de medo explodia em seu peito. Se sua mãe descobrisse, se seu pai descobrisse, se seu irmão descobrisse, se Joshua descobrisse...era seu fim.

E quando abriu a porta da frente depois de muitos minutos de agonia encarando a maçaneta, tomando coragem, definitivamente viu seu fim.

Sua mãe e Henry estavam conversando em pé, enquanto Joshua estava sentado em uma das cadeiras. Com uma mistura de expressões irritadas e preocupadas no rosto. O barulho da porta fez todos os três a encararem de uma vez só. Nem o mordomo estava por perto.

Clarissa Stuart Williams. Onde você estava?

A voz de sua mãe soava estridente e naquele exato momento ela soube.

Aquele era definitivamente seu fim.

Okumaya devam et

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