De Sol a Sol

By perdidanasnuvens

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❝ Amélia Machado sempre foi uma garota introvertida, fechada em seu próprio mundo que podia facilmente ser re... More

Sinopse
Sobre
Epígrafe
01 | Aeroporto
02 | Bem-Vinda ao Havaí
03 | Segunda Longa Viagem
04 | Apelidos e o Punk
05 | Malas e Informações
06 | Primeira Lição
07 | O Xis Da Questão
08 | Bicicleta Azul
09 | Aloha, Bob
10 | Alfinetadas e Fofocas
11 | Roupa Cafona com Preço Absurdo
12 | Poder de Persuasão
13 | Dona Karla
14 | Cone
15 | Vinte Minutos
16 | Praia e Fobias
17 | Sexo, Sexo e Sexo
18 | Ariel e Pinóquio
19 | Aula de Ciências
20 | Ben Foster?
21 | O que é bonito deve ser elogiado
22 | Constrangimento entre amigos
23 | Laninha e Heitor
24 | Autoescola em um minuto
25 | Castigos
26 | Sinto Muito
27 | Ligação Inconveniente
28 | O dia em que tudo deu errado
29 | Qual é, Princesa?
30 | Um dia de praia
31 | DRama
32 | Machismo Enraízado
33 | Rivalidade Feminina
34 | Encontro-Não-Encontro
35 | Matemática Do Ben
36 | Dia Vermelho
37 | Aquela Conversa
38 | Drama Adolescente
39 | Dia de Chuva
40 | Bom Dia
41 | Festão - Parte 1
42 | Festão - Parte 2
43 | Quem é Você?
44 | Santa Amélia
45 | Franciele Ramirez
46 | Cerca(dos).
47 | Clichê Ambulante
48 | Novos Rostos
49 | Aloha Nui
50 | Prosposta Infame
51 | Fim de festa
52 | Lā o ka make
53 | Ataque de Pânico
54 | Confissões
55 | A Mala da Kailana
56 | Reserva
57 | Noite na Floresta
58 | Sábadou ‐ Parte 1
60 | Fazendo as Pazes
61 | Super-Heroína
62 | Trabalho em Dupla
63 | Mansão Ramirez
64 | Familiaridade
65 | Praia do Templo
66 | Revelações
67 | Auto-sabotagem
68 | Aliada Improvável
69 | Lágrimas de Sal
70 | Reencontros
Notas e Agradecimentos

59 | Sábadou - Parte 2

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By perdidanasnuvens

     A conversa estranha e embaraçosa com o Kaike logo se transformou em uma aleatória e divertida. Estávamos fazendo um desafio, que ele tinha visto na internet que consistia em falar Chubby Bunny com cada vez mais marshmallows na nossa boca, quando meu corpo involuntariamente me fez cuspir tudo porque eu não tinha mais espaço na boca. Kaike gargalhou de boca aberta, fazendo pedaços mastigados de marshmallow voarem pela caverna que estávamos.

— Eca! Nojento! — o empurrei pelo ombro, protegendo o rosto da sua metralhadora em forma de boca.

Vouce couspe e ueu sou u noujunto? — tentou falar ainda de boca cheia e eu fiz uma careta enojada, o que fez ele gargalhar de novo e finalmente engolir aquela gororoba — E palmas para o vencedor! — sorriu ao se vangloriar.

Revirei os olhos.

— Da próxima vez, cuspo tudo em você — lhe ameacei e lhe entreguei a garrafa de água que eu estava usando antes.

— Ei, não tenho culpa se sua boca é pequena e não aguenta muita coisa — brincou no sentido duplo da frase e eu arqueei uma sobrancelha em sua direção.

— Já a sua parece bem acostumada a caber coisa demais, né — devolvi na mesma moeda e ele me olhou surpreso. Rimos.

— Olha só pra você, no começo do mês não sabia nem lavar um prato e agora tá numa praia deserta com um bando de adolescente se alimentando de marshmallow e água quente, fazendo piada de duplo sentido — comentou impressionado e bebeu a água.

— Minha tia deve tá orgulhosa da sobrinha prodígio — debochei e ele riu, me olhando por fim — O quê? — perguntei depois de um tempo que ele passou me olhando nos olhos.

Kaike abriu a boca, parecendo pronto pra falar algo, mas então mudou de ideia, balançando a cabeça.

— Nada — fechou a garrafa de água e colocou de lado.

— Sério, o que foi? — perguntei de novo, sorrindo, mais curiosa do que nunca.

— Nada, é só que...eu nunca tinha reparado em como você era bonita antes. — falou e eu levantei as sobrancelhas, pega desprevenida — Quer dizer, é claro que sempre achei você bonita, mas era de um jeito convencional, já agora, eu não sei. Tipo, você tem essas pequenas sardas aqui no nariz — tocou com o indicador, como se estivesse analisando uma pintura — e seus olhos são bastante expressivos e, é claro, ainda tem sua boca que é pequena, mas parece que foi muito bem desenhada e...

— Okay, galanteador! — o interrompi, sem graça, afastando meu rosto de suas mãos — Acho que comer marshmallows nesse sol quente não foi uma boa ideia, afetou sua capacidade de falar coerentemente — me voltei para a minha mochila, procurando um buraco dentro dela onde eu pudesse me enfiar e nunca mais sair.

Kaike sorriu, puxando meu queixo em sua direção.

— Eu só tava querendo dizer que acho tudo em você, minimamente, perfeito. — disse olhando fundo nos meus olhos e eu acreditei. Acreditei em cada palavra, acreditei como nunca havia acreditado em nada antes. Senti meu coração tambolirar e o barulho das ondas se perderem longe de nós, meu corpo inteiro pareceu se acender com a aproximação repentina dos nossos rostos.

— Kai...— o alertei — O quê você tá fazendo?

— Tentando te beijar, idiota — usou o xingamento contra mim antes de acabar o espaço entre nós.

Nossos lábios se encontraram de forma faminta, nossas línguas pareciam querer matar a saudade uma da outra. Meu corpo derreteu com o toque tão familiar e, ao mesmo tempo, tão estranho. Eu mantinha as mãos no seu cabelo, com medo de repente de que aquele momento acabasse. Kaike segurava minha nuca com uma mão e, com a outra, apertava minha cintura me fazendo ir cada vez mais contra si.

— Ai! — me afastei quando senti meu pé latejar na tentativa de me mover ainda mais para perto dele.

— O quê? — abriu os olhos, preocupado, tirando as mãos de mim.

— A minha perna...— deixei a frase morrer, comprimindo os lábios em uma careta que deveria parecer como um pedido de desculpas.

— Foi mal, eu esqueci...— ele olhou pra minha boca —...completamente.

    Antes que pudéssemos fazer mais alguma coisa inconsequente, Luara chegou na caverna pingando.

— Vocês não vão acreditar na onda que...— ela parou quando notou algo — Desculpa, tô interrompendo alguma coisa?

Foi então quando o Kaike quebrou o contato visual, parecendo se lembrar de quem éramos e aonde estávamos. Ele piscou algumas vezes, ruborizando tanto quanto eu.

Ahn, não. Claro que não. — ele pigarreou, deixando a voz menos afetada ao olhar para ela — Você tava falando sobre uma onda?

A minha amiga olhava de um jeito estranho pra nós com uma prancha embaixo do braço, mas tentou não demonstrar.

— É, na verdade o Bob pediu pra eu vim trocar com você. Ele falou algo sobre essa praia ser um bom treinamento pra competição e que você não podia perder essas ondas por nada — deu o recado.

— Eu...— Kaike olhou pra mim.

— Tá tudo bem, vai lá — o encorajei e ele assentiu, se levantando. Tirou a camisa na nossa frente, ficando apenas com o calção de praia.

— Eu volto daqui a pouco — avisou pra Luara ao pegar a prancha dela.

— Tudo bem, sem pressa — Ela disse sincera e ele assentiu, saindo.

Luara, então, arqueou uma sobrancelha na minha direção.

— O quê? — me fiz de desentendida.

— Nada, só deu pra sentir a tensão sexual entre vocês — Ela deu de ombros e eu joguei a toalha em sua direção.

— A gente se beijou — declarei, sentindo minhas bochechas esquentarem.

— Sua safada! — Luara me olhou embasbacada e riu — Quero saber tu-do!

— É, Amélia, conta tudo pra ver se eu entendo o porquê em sete mares você e o meu irmão estavam se beijando — Kailana apareceu na entrada da caverna de braços cruzados com uma cara de poucos amigos.

Engoli em seco.

— Lana, eu...— a minha voz falhou, estava mais trêmula do que tudo.

— Quando pretendia me contar que tava traindo a minha família bem embaixo dos nossos narizes? — me olhou com raiva — E pensar que a Franciele tava certa esse tempo todo.

— Lana...— foi Luara dessa vez que tentou falar, mas Lana a interrompeu.

— E você! Minha melhor amiga e sabia de tudo isso. O pior de tudo é que por nenhum segundo você cogitou sequer me contar! — A acusou.

— Kailana! — A repreendi pela proporção que aquilo estava tomando — Calma, também não foi assim.

— E como foi? Hein, Amélia? Me conta. Tô doida pra saber. — me desafiou — Tô querendo entender como você de repente deixou de ser a minha amiga pra se tornar essa vadia que pega o meu irmão escondido.

— Como é que é? — quase engasguei com a incredulidade.

— Ah, desculpe, magoei seus sentimentos? — zombou — Talvez agora você pense duas vezes antes de apunhalar alguém pelas costas.

— Okay, é isso. Eu não vou mais falar com você enquanto estiver neurótica desse jeito. Quando você se acalmar e puder conversar civilizadamente, eu faço questão de explicar tudo o que quiser saber. — pontuei, irritada pelo jeito como tava sendo tratada. Não era como eu tivesse cometido algum crime, no final das contas.

— Eu tô pouco me lixando pro que você tem a falar, Amélia. Eu quero que você vá se ferrar! Se quer saber, eu acho é pouco o que a France fez com você na escola. Eu teria feito pior!

Arregalei os olhos.

— Meu Deus, você tá falando sério? — tentei me por de pé e a Luara me ajudou, atordada demais para se meter na conversa.

— Seríssimo!

— Kaliana, eu entendo que você esteja irritada porque escondemos isso de você. Entendo que se sinta traída pelo fato do Kaike ser seu irmão. Entendo tudo isso, de verdade. Mas agir como essa megera que você está sendo não é justificável. Você, mais do que ninguém, sabe pelo o que eu passei. Então usar isso contra mim só porque está irritada é simplesmente desprezível!

— Sabe o que é desprezível, Amélia? Você beijar o meu irmão! Quer dizer, isso se você se contentou só com um beijo, né. Quem garante que você não alienou o meu irmão e dormiu com ele na cama que os meus pais cederam pra você ter onde descansar? Não duvido que você possa ter escondido isso de mim também, já que você parece ter escondido todo o resto enquanto eu, como uma grande idiota, te contava os meus segredos mais íntimos — provocou mais, os olhos fervendo em ódio.

— Quer saber? Pra mim já chega! Chega de ficar nesse aspiral dramático que você vive de achar que tudo gira ao seu redor. Cai na real, Kailana, as pessoas têm as próprias merdas pra lidar. Sim, eu fiquei com o seu irmão. Mas não era nada demais até hoje. E, se quer saber, eu não te contei antes porque tinha medo de você agir exatamente assim. Mas quem você pensa que é pra me julgar? Quer dizer, fala sério! Você tava tentando perder a virgindade a qualquer custo com qualquer um que aparecia na sua frente só porque todo mundo na escola tava transando e você não queria ser deixada pra trás. Além do mais, eu tô impressionada que você tá tendo coragem pra dizer essas coisas pra mim, já que não tem coragem pra, sei lá, talvez admitir os próprios sentimentos por um menino incrível como o Bob! — joguei o mesmo jogo sujo que ela, porque tava cansada demais para ser boazinha. Eu sabia que ia me arrender depois, mas e daí?

— VAI PRA MERDA! — Ela gritou com os olhos lacrimejando e pegou a própria mochila, saindo marchando.

— NÃO POSSO PORQUE VOCÊ JÁ TA NELA! — gritei de volta enquanto a via sumir pelo caminho de volta a aldeia — Droga! — chutei com o meu pé machucado uma pedra, o fazendo doer ainda mais. Estava me punindo por ter caído na provocação dela.

— Okay, eu acho que vou chamar os meninos agora...— Luara saiu ainda chocada com a troca de farpas violenta.

     A latina voltou com os meninos e suas pranchas, já havia contado da briga feia para eles. Estávamos preparando tudo para voltarmos para a aldeia também o mais rápido possível. Bob estava preocupado que a Lana tivesse se perdido na floresta durante a trilha, já o Kaike estava irritado fingindo não dar a mínima, porque, segundo ele, aquele era um comportamento normal da irmã e era "só drama". Mas eu duvidava, tínhamos falado muita coisa ruim uma pra outra no calor do momento e a Lana saiu transtornada. E, cá entre nós, ela não era a pessoa ideal pra ficar sozinha no meio do mato.

Ouvimos um assobio de cima da colina, como se fosse um pássaro, mas, para o Bob, aquilo era outra coisa.

— O que foi? — Kaike quis saber, amarrando uma mochila na outra para equilibrar o peso.

— Tem algo errado na aldeia, esse assobio foi um aviso para eu voltar — ele falou antes de assobiar de voltar. Segui seu olhar para o paredão de pedra e encontrei um indígena lá em cima que acenou com a cabeça e sumiu pela floresta. — Okay, eu vou na frente com a Luara para tentarmos alcançar a Lana, vocês acham que conseguem subir sozinhos?

— A gente dá conta — Kaike falou por nós dois e os nossos amigos assentiram, saindo na frente.

— Espero que ela esteja bem — resmunguei, ainda irritada com toda a situação, mas com a cabeça fria o suficiente para ficar preocupada e me sentir ligeiramente culpada.

— Foi tão ruim assim? — ele quis saber, se inclinando na minha frente para eu subir nas suas costas.

— Bom, ela me chamou de vadia e disse que eu tinha merecido o que fizeram comigo na escola, e eu disse que ela era uma megera — resumi, passando os braços pelo seu pescoço para não cair.

— Okay, muito ruim — ele entendeu e eu bufei, irritada comigo mesma agora.

— Não devia ter caído na pilha dela.

— Amélia, fica fria. Quando chegar em casa, eu aposto que vocês vão conversar melhor. A Lana não tá irritada porque você beijou o irmão dela e isso foi uma traição de família, ou sei lá o que ela disse, ela tá irritada porque o irmão dela beijou uma das melhores amigas dela e ninguém contou nada pra ela. — explicou e eu só continuei calada, ele podia ter razão.

Quer dizer, eu conheço a Lana há quase um mês, mas o Kai conhece ela há uma vida toda. Então ele podia estar certo, não podia?

(...)

   Foi difícil, mas eu e o Kaike conseguimos voltar à aldeia inteiros. O sol já estava começando a se pôr quando encontramos os outros e, pro nosso alívio, Kailana estava com eles. Mas a havaina ainda continuava com uma expressão tempestuosa no rosto. Já o Bob, por outro lado, parecia desesperado assim como toda a aldeia que estava mais movimentada do que nunca.

— O que rolou? — Kaike perguntou assim que nos aproximamos e ele me deixou no chão.

— O governo mandou uma intimação — O moreno respondeu com a voz carregada de emoção, como se tivesse segurando o choro — Temos que deixar a reserva em 3 dias porque vão desmatar a área.

— O quê? — arregalei os olhos — Não podem fazer isso! É uma área de preservação ambiental nacional. Não podem simplesmente destruir tudo isso.

— Minha avó tá na cabine da antena, tentando conversar com o gabinete do governador pra entender o que tá acontecendo, mas parece que foi um arranjo feito nos Estados Unidos entre o governo americano e uma empresa multinacional — ele contou o que sabia, passando as mãos pelo cabelo.

— Odeio esses capitalistas! — Luara chutou um punhado de terra para expressar sua raiva.

— Vai ficar tudo bem, Bobby, vamos dar um jeito nisso — Lana alisou suas costas, deixando de lado os nossos problemas para dar suporte ao nosso amigo.

— Como, Kailana? Como vamos lidar com o governo americano? Somos só adolescentes. Além disso, eles já estão enviando maquinários e tudo pra entrada da reserva, não há mais o que fazer. — disse com os olhos vermelhos, segurando as pontas para não chorar.

Merda — resmunguei baixinho quando senti uma câimbra na perna e precisei me segurar no muro da casa do Bob pra não cair.

— É a sua perna, não é? — Kaike pousou a mão na minha lombar para avaliar o estrago junto comigo. Meu pé parecia uma bola de tão inchado.

— Tá passando os efeitos dos analgésicos — expliquei com uma careta de dor.

— Ela tá ficando com febre — Luara disse preocupada ao checar a minha temperatura pela minha testa.

— Vou chamar um dos curandeiros, põe ela lá no meu quarto — Bob falou.

— Não, não precisa. Bobby, sua família precisa de você. Não tem que se preocupar comigo. Eu vou ficar bem. — foi só eu terminar de dizer isso que meu corpo me traiu, me fazendo cair pra trás numa tontura repentina. Kaike me pegou nos braços à tempo.

— Bem, né? Claro! — ironizou — Bob?

— Tô indo — se adiantou ao pedido, indo encontrar alguém pra cuidar do meu pé.

    Algumas horas depois e eu estava com o pé devidamente tratado com uma lama cinza refrescante, porque era feita com hortelã, e agora estava enfaixado com duas talhas de madeira aos lados para o deixar paralisado. Para a minha sorte, só havia sido uma torção. Mas isso não me livrou do chá de ervas da curandeira que tinha um gosto muito peculiar, pra não dizer ruim.

— Tá se sentindo melhor? — Kaike perguntou, sentado no fim da cama.

Uhum — resmunguei enquanto bebericava o chá quente.

— A sua febre passou, pelo menos — Luara disse, sentada na cadeira ao lado.

Kailana estava fora da casa, segundo o Bobby, porque ela não conseguia olhar nas nossas caras traidoras. Seja lá o que isso significasse.

— O carro tá pronto, já coloquei as malas lá. Vamos nessa? — O indígena falou da porta do quarto, assentimos.

— Não acredito que ele ainda vai nos dar carona com tudo isso acontecendo na aldeia — Luara sussurrou pra gente quando viu ele sumir pelo corredor, logo ela tratou de me ajudar a levantar junto ao Kaike.

— Não é como se pudéssemos pegar um táxi ou um ônibus, né, Lua? — Kaike riu — Mas entendo o que quis dizer.

— A avó dele ainda não conseguiu falar com o governador ou com alguém do senado? — eu perguntei já que tinha ficado trancafiada nas últimas 2 horas. O dia, inclusive, já estava escuro.

— Falar, ela falou. O problema são eles quererem escutar. — Kaike explicou, me segurando pela cintura e passando meu braço pelo seus ombros.

— Não é atoa que o povo daqui odeia os brancos — Luara deu de ombros, saindo na frente.

— Você tá com fome? Nós comemos um guisado de cordeiro que a avó do Bobby fez enquanto você estava sendo tratada — Kaike se preocupou, me fazendo sorrir de lado. No que diabos tínhamos nos transformado naquela tarde para estarmos agindo daquele jeito?

— Tô bem, aquele chá me fez perder qualquer fome — fiz uma careta e ele riu, me ajudando a andar para fora.

— Preparada pra escutar um sermão daqueles da Dona Karla e ao mesmo tempo ser mimada como nunca foi em toda sua vida de riquinha? — brincou.

— Não vejo a hora!

🎇 Aloha, guys🎇

a voz do povo é a voz de deus, vocês pediram e teve beijo do casal Ameike ou seria Kaimelia? de qualquer jeito EU TO SURTANDO COM ESSE CAPÍTULO CHEIO DE BABADO!!!!!!!!!

A Kailana perdeu o freio com essa notícia e não encarou as coisas muito bem, ? Vocês acham que ela e a Mel conseguem se resolver ou acham pouco provável?

E em lágrimas com isso da Reserva ser destruída, esses meninos não tem UM MINUTO de paz, não?????

E, gnt, falando agora de uma coisa mais séria. Tem um site clandestino que espelhando os livros daqui do wattpad pra que a galera consiga baixar nos celulares e etc, e, infelizmente, três dos meus livros também entraram pra lista deles e eu não podia mais triste, sabe? Porque, além deles tarem fazendo isso ILEGALMENTE, estão fazendo sem permissão dos próprios autores. Fora que o B.O não para por , cada pessoa que acessa o site se torna vítima de um vírus que acaba roubando suas informações pessoais, como senhas, contas, email, cpf....Ent, se vocês verem alguém falando sobre isso (incentivando), por favor, não acessem!!!! vendo com alguns portais do wattpad pra entender o que rolando e ver se existe alguma maneira de derrubar o site pra proteção de vocês e pra nossa mesmo, entendem? Enfim, eh isto.

Acho que os próximos capítulos saíram semana que vem, então aproveitem bem muito dos últimos que eu postei.

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