⚠️ Qualquer CÓPIA NÃO AUTORIZADA será DENUNCIADA, PLÁGIO É CRIME! ⚠️
Conto com sua honestidade, obrigada!
♡
E aí amores, gostaram até aqui? Então vamos ver mais um pouquinho deste dia especial da Mari. Comentem, deixem a tão pedida estrelinha e boa leitura! 💕
IMPORTANTE: Este capítulo tem música, ela está postada tanto no topo do capítulo, quanto no meio do texto, para atender ambas as plataformas, como vocês já estão habituados. Então, iniciem a música no momento em que eu avisar, se desejarem. Quem acompanhar pelo app, dê play aqui no topo quando for a hora e quem acompanhar pela web, dará play logo abaixo do aviso. 💕
~ • ♡ • ~ • ♡ • ~
Marinette's POV
Adrien me encarava de volta com um sorriso tímido nos lábios, mas algo dentro dele pareceu ter sido acionado, fazendo com que ele ficasse repentinamente sério e desviasse seu olhar do meu. Não era a primeira vez que ele fazia isso, e eu me perguntava o motivo.
Olhando para os lados, ele chamou o garçom e pagou o almoço, não me permitindo saber quanto tinha sido. Saímos do lugar rumo ao seu carro do outro lado da calçada.
— Bom, eu tenho que ir. Vou levá-la em casa. — Disse, abrindo a porta para mim.
— Não... só vou p'ra casa de noite, mas se você me deixar por perto eu agradeço. — Sentei, mas ele continuou segurando a porta aberta.
— E vai ficar fazendo o que até lá? São 14:30h.
— Vou ficar por aí. — Respondi com sinceridade. Eu não sabia para onde ia ou o que faria durante todo aquele tempo, mas eu quase nunca sabia desses detalhes quando saía da L'Amok para ficar sozinha e pensar, então já estava acostumada a improvisar.
Adrien outra vez desviou o olhar, pensando por algum tempo enquanto olhava em volta desinteressado nas pessoas que caminhavam. Finalmente, fechou minha porta e entrou no carro, dando novamente a partida.
— Você vai trabalhar? — Comecei.
— Não. Tirei o dia de folga. — Ele respondeu, sério, enquanto encarava a rua.
— Por quê? Não estava se sentindo bem?
— Por que é o seu aniversário. — Ele falou depois de algum tempo em silêncio, provavelmente ponderando as palavras e se perguntando se deveria ou não me falar aquilo.
— Olha, você não precisa se preocupar, eu não vou confundir as coisas.
Adrien me olhou, interrogativo, então eu continuei.
— Honestamente, parece que você está com medo que eu pense que as suas atitudes sejam mais do que realmente são. Não vou confundir as coisas, então não precisa medir suas palavras. Não se preocupe, eu sei... o meu lugar... bom, eu sei o que... não é.
— Você sabe? — Ele me olhou, agora por um bom tempo.
— Sei sim. — Respondi olhando para os meus pés. Eu não conseguiria responder aquilo encarando seus olhos.
Queria tranquilizá-lo, porque algumas de suas atitudes mostravam claramente o quão desconfortável ele estava. A ideia me veio de repente, mas foi certeira, e eu não sei por que não havia pensado nisso antes. Foi por isso que ele fugiu de mim na última noite que dormimos juntos, e era por isso que ele se afastava e desviava nossos olhares toda vez que uma ligação era feita entre eles. Ele temia que eu estivesse entendendo errado do que se tratava seu instinto protetor, que eu achasse que ele estava interessado em mim.
Eu poderia deixar claro que aquela ideia era muito absurda para que qualquer um acreditasse, mas pareceu suficiente e ele aparentou entender.
— Que bom que você sabe.
Não entendi muito bem a ênfase que ele empregou no "você", mas não quis aborrecê-lo com isso. Ele parecia realmente um pouco preocupado, talvez com algo do trabalho. Virei para a janela e observei a paisagem pela primeira vez.
— Nunca estive aqui. É algum atalho?
— Não, é um caminho. Vou te levar em um lugar. — Ele respondeu, ainda sério, olhando para frente.
— Mas você não disse que tinha que ir?
— Disse.
Ele não me deu mais explicações, e eu não perguntei. Estava bastante claro que ele não queria conversar, por isso ficamos em silêncio por aproximadamente vinte minutos durante todo o caminho que levava ao lugar misterioso.
Quando finalmente chegamos, Adrien parou o carro em algum tipo de estacionamento onde alguns outros veículos também estavam. Saí e notei que era a entrada de uma espécie de parque público.
Aesthetics do capítulo
Todas as fotos foram salvas do Pinterest
— Vamos? — Ele perguntou, se dirigindo exatamente para a entrada.
Parei de analisar o lugar e o segui, passamos pela entrada do parque e dali eu já conseguia ter uma vista linda da cidade. Olhei a volta, tinham vários jardins e caminhos em todo o entorno além de uma espécie de mirante na entrada, onde as pessoas admiravam a paisagem. O lugar não estava cheio, grupos de pessoas sentavam-se em toalhas ou na grama mesmo, afastados por vários metros de distância uns dos outros. Famílias, casais e amigos, ali era um lugar extremamente relaxante, que dava uma visão privilegiada do muito que havia para ver. Uma espécie de vila arborizada para as crianças com escadarias e tobogãs de todos os tamanhos, cachoeiras e riachos.
Demorei um pouco para perceber que Adrien havia sentado na grama, exatamente ao meu lado, apoiando o corpo nos braços e deixando-se queimar pelo mormaço muito suave, de olhos fechados. Aproveitei seu momento de meditação para admirá-lo um pouco, ainda em pé, então sentei ao seu lado, de pernas cruzadas, olhando a paisagem.
— O que achou?
— É lindo demais. Não conhecia, onde estamos?
— No Parque de Belleville. Sempre venho aqui quando estou preocupado com alguma coisa ou quando quero pensar. É um ótimo lugar p'ra fazer isso e apesar da linda vista da cidade, não é lotado de turistas como alguns outros.
— Então você sempre vem sozinho?
— Sim. Você é a primeira pessoa que eu trago aqui.
Fitei-o por algum tempo, então virei novamente para toda aquela imensidão, repleta de casas, ruas e prédios altos e a Torre Eiffel ao fundo.
— É mesmo lindo.
— Você precisa ver como fica de noite. É mágico.
— Eu imagino.
As nuvens que antes pareciam se decidir em cobrir ou não o sol, agora bloqueavam completamente os raios solares, deixando-nos com um clima nublado e agradável. Agradeci intimamente por isso, já que eu não havia trazido filtro solar. Me permiti relaxar e deitei de costas na grama, fechando os olhos e deixando o vento fresco tocar minha pele de uma forma suave, bagunçando um pouco os meus cabelos.
Era incrível. Aquele lugar trazia uma sensação de paz forte demais para não se deixar levar. Tudo era convidativo, e eu tinha certeza que a momentânea felicidade que saltitava como pipoca dentro de mim tinha também a ver com a presença do homem que permanecia ao meu lado.
Abri os olhos ao perceber um leve movimento em meu dedo da mão direita que repousava sobre a minha barriga e me dei conta que era uma joaninha pousada ali. Suspendi levemente a mão para observa-la melhor. Ao olhar para o lado, quase me assustei com Adrien me encarando intensamente.
— Olha, é uma joaninha! — Ele pareceu sair da espécie de transe em que estava quando me ouviu falar e não pude deixar de questioná-lo. — O que foi?
Ele riu, olhou para o meu dedo e balançou a cabeça, como se dissesse que não era nada. Adrien ainda estava sério, mas eu queria que ele também relaxasse, assim como eu.
— Pode falar... eu já disse que você não precisa medir as palavras comigo.
Ele voltou a me encarar, como se dentro dele milhões de pensamentos borbulhassem e ele tentasse organizá-los.
— Não vai mesmo me dizer?
— Você é muito linda.
Meu coração deu um solavanco sem querer, e automaticamente perdi a respiração.
— Brigada... — Falei, depois de algum tempo tentando puxar oxigênio para dentro e finalmente conseguindo.
Ele suspirou, então se deitou ao meu lado na mesma posição que a minha, encarando o céu nublado. A joaninha enfim voou para longe.
Ficamos ali por muito tempo. Conversamos sobre bobeiras e retomamos nosso jogo de perguntas e respostas, tentando conhecer mais um do outro. Descobri que ele odiava ostras, adorava camarões, seu prato preferido, além do crustáceo era boeuf bourguignon, seu doce favorito era macaron de maracujá e que não sabia assoviar. Adorava gatos e queria ter duas filhas e um filho sendo dois deles, de preferência, casal de gêmeos, assim como ele e a irmã. Contei que gostava muito de hamster e joaninhas. Contei também que meus sabores preferidos de sorvete eram cereja e menta e que não gostava de filmes de terror, porque morria de medo de escuro. Entramos em discussões sobre assuntos nada importantes, onde ele tentava me apresentar provas concretas de que a galinha veio antes do ovo e onde nossas ideias divergiam sobre a realidade paralela formada pela viagem de Marty McFly e do Dr. Brown em De Volta Para o Futuro.
Durante todo esse tempo, senti a tensão de Adrien diminuindo gradativamente, mas nunca desaparecendo por completo. Ele ainda mantinha uma barreira invisível, mas muito concreta entre nós, não me permitindo chegar muito perto dele e não se permitindo ser ele mesmo.
Quando dei por mim, já havia começado a escurecer. Olhei o relógio que marcava próximo a 19h. Ele se levantou e me estendeu sua mão para que me levantasse também.
— Vem comigo.
— Onde vamos agora?
— Só vem comigo.
Inicie a música agora, se quiser.
Música: Fallin' For You - Colbie Caillat
Então eu o acompanhei, curiosa sem saber o que afinal ele faria, mas respeitando o fato de não querer me contar. Subimos uma escadaria e quando notei, estávamos no mirante panorâmico da entrada do parque. Prestei atenção no lento ligar de luzes das casas, prédios, avenidas e da Torre Eiffel lá embaixo. Em pouco tempo, a cidade parecia um emaranhado de pequenas lâmpadas coloridas.
Adrien estava certo. Era mágico.
— O que achou?
— É realmente mágico.
Ficamos ambos em silencio apenas observando. Contive a vontade adolescente que me tomou de pegar sua mão, e ficar em silêncio enquanto o céu escurecia completamente. Contive essa vontade porque eu sabia que isso seria passar dos limites, e ele certamente se afastaria e voltaria a adotar a postura tensa do início daquela tarde.
Eu sabia que ele não tinha nenhum interesse real em mim, e se eu quisesse que aquela relação funcionasse, não podia deixá-lo saber que eu estava completamente apaixonada por ele. Porque essa era a verdade. A mais pura verdade.
Eu estava apaixonada. Completamente apaixonada. E tudo seria lindo se isso fosse correspondido. E tudo seria perfeito se eu não fosse o que eu era.
— Esqueci de avisar, nessa época do ano a noite fica um pouco insuportável aqui.
Foi só quando ele falou que eu me dei conta de que estávamos cercados por mosquitos que insistiam em zumbir nos nossos ouvidos. Caminhei para fora dali ao mesmo tempo que ele, o que indicava que nosso dia perfeito havia chegado ao fim.
O dia mais lindo de todos.
Entramos no carro e Adrien dirigiu calmamente de volta pelas ruas. O retorno foi rápido demais, ou era apenas porque eu não queria que aqueles momentos acabassem, mas então em pouco tempo já estávamos chegando à rua estreita e deserta que dava para os fundos da L'Amok. E eu lutava para afastar aqueles pensamentos insanos que recentemente tentavam dominar minha mente. Não poderia deixar os pensamentos vagarem, fantasiando que aquele lugar era uma masmorra e que ele seria o príncipe encantado que me resgataria dali. Eu não poderia dar vazão a nada disso, porque tudo seria ainda mais doloroso.
Afastando aqueles absurdos, saí do carro logo depois dele e esperei. Esperei por várias coisas, embora eu sabia que era melhor não criar expectativas. Mas eu sabia que era tarde, elas já estavam criadas.
Esperei por um abraço de feliz aniversário. Esperei pela notícia de que ele pagaria pela minha semana outra vez e me salvaria daquele lugar. Esperei uma despedida ideal. Mas eu sabia que nada disso aconteceria.
— Ei... — Comecei, tentando colocar um tom casual em minha voz — você não me desejou um feliz aniversário.
Imediatamente após dizer essas palavras, me arrependi, temendo que ele as tomasse como ingratidão. De fato, ele havia cantado parabéns em conjunto com o garçom no restaurante e eu não precisava ouvir um literal "Feliz Aniversário" dele, porque ele já havia me proporcionado o melhor aniversário da minha vida.
Mas ele não ficou nem um pouco chateado com meu comentário.
— É verdade. — E dizendo isso, me olhou profundamente. Um olhar tão intenso que eu podia sentir as ondas de calor e eletricidade que se chocavam entre nós. Fiquei presa naquele olhar por um tempo que eu não poderia medir, e então senti um toque em minha mão direita, caída ao lado do meu corpo.
Sem tirar seus olhos dos meus, Adrien trouxe minha mão para cima e deixou um beijo suave e demorado ali. Fiz uma força sobre-humana para que meu corpo não tremesse como gelatina, então ele retirou os lábios de minha pele e continuou segurando minha mão na dele.
— Feliz aniversário, Mari. Que muitos ainda estejam por vir.
— B-brigada.
— Espero que tenha se divertido hoje.
Sem esperar por uma resposta minha, ele soltou gentilmente minha mão e se virou, caminhando de volta para o carro, e dando a partida, foi embora.
Fiquei imóvel no mesmo lugar, olhando para o ponto no final da rua em que o envenenado desportivo negro havia desaparecido, sentindo um leve formigamento no lugar onde ele havia deixado aquele beijo. Finalmente saindo de meus devaneios, entrei pelos fundos e fiquei aliviada em ver que a cozinha estava deserta. Passei pela sala onde já haviam algumas meninas, mas não dei importância a nenhuma delas. Fui direto para o quarto e me tranquei lá.
Aquele tinha sido o melhor dia da minha vida. O fato de ser meu aniversário era apenas um detalhe. Ele passou o dia inteiro comigo. Ele escolheu pela minha companhia, embora não estivesse totalmente confortável com isso. Ele havia me dado um presente lindo, que agora chamava toda a atenção no meu quarto.
Sem pensar, fui até o vaso e tirei, do meio das flores, o papel com a lista das diversas espécies que ali estavam. Deitei de bruços na cama e li uma por uma, tentando identificá-las. Depois de muito tempo nesse jogo, finalmente dobrei novamente o papel, pronta para guardá-lo em uma das gavetas e estudá-lo depois, mas ao encarar uma das quatro partes do verso do papel, fui pega de surpresa por algo escrito a lápis.
A letra, embora parecesse estar ali por rascunho, era bonita e imponente, diferente da lista que trazia os nomes das flores, então imediatamente entendi que aquela caligrafia só poderia ser de Adrien.
Desdobrei novamente o papel, para poder ler a frase inteira.
Era uma citação. Uma citação que não fazia sentido estar ali.
Não fazia sentido algum...
"Um covarde é incapaz de demonstrar amor. Isso é privilégio dos corajosos." Mahatma Gandhi
Bilhetinho (rascunho)
Todas as fotos foram salvas do Pinterest
~ • ♡ • ~ • ♡ • ~
E aí meus amores? Esperavam um aniversário assim para a Mari? É o mínimo que ela merecia, não acham? E esse loirinho que foi tão fofo, porém tão covarde? Será que ele vai conseguir ter a coragem citada no trecho para demonstrar seu amor? Porque não adianta mais ele negar, não é?! Acho que a Mari é tão lerda quanto ele e não entendeu nada... bom, vamos combinar que ela também não ajuda deixando ele no escuro, não é verdade? Duas pessoas terrivelmente complicadas, covardes e desesperançadas. Comentem, deixem suas teorias e confiem! Deixem também a estrelinha tão pedida que ajuda muito! Até o próximo capítulo e obrigada por acompanhar. Beijinhos! 💕