Príncipe das Sombras

By nathbrandon

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- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld "Azriel sempre se considerou um bastardo, não merece... More

AZRIEL + CALLYEN
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPITULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPITULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPITULO 49
CAPÍTULO 50
CAPITULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
ADENDO DO LIVRO
NÃO É CAPÍTULO É AVISO
CAPITULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
ADENDO DO LIVRO
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 70 PARTE 2
EPÍLOGO
NOTAS + AGRADECIMENTOS FINAIS
CAPÍTULO EXTRA I
CAPÍTULO EXTRA II
P.S. EU TE AMO
EXTRA III
EXTRA IV
OLÁ VELARIANOS!
OIA ISSO!!!
OIÊ CAMBADA: TENHO LIVRO NOVO!
ALGUNS AVISOS IMPORTANTES

CAPÍTULO 29

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By nathbrandon

CALLYEN

Visto a roupa sentindo que, apesar do tecido ser maleável, ela era estranhamente pesada, e as partes de tecido cobriam apenas das articulações, mantendo a movimentação livre, de restante as partes duras e escamadas cobriam as partes vulneráveis. Calço as botas baixas, e prendo os cabelos em uma trança antes de enfiar as mãos nas luvas. Olhei-me no espelho, reprimindo as lembranças das batalhas, de quando eu usava a armadura com o signo de Ykner com a única missão de destruir seus inimigos.

Puxo o ar, puxando também a coragem para sair do quarto. Caminho pelos corredores não os encontrando dentro da casa. Não sei que horas são, mas sei que é tarde e que a hora de partir estava próxima.

Encontro os senhores e senhoras no telhado da Casa dos Ventos, Rhysand e a parceira estavam próximos de um Cassian aparentemente irritado, e um Azriel apreensivo. Amren e Mor, estavam de braços de cruzados também próximas. Não vi os outros, mas sabia que Elain, Nestha e o ruivo ainda se encontravam aqui. Eu podia senti-los dentro da casa, além dos pensamentos homicidas de Nestha estarem subindo em minha direção desde que descobrirá sobre minha origem.

Havia algo sobre Nestha, algo que rastejava dentro dela, por trás do par de olhos azuis frios feito gelo de um lago no inverno, sedento por sair, sedentos por... Reprimo o tremor ao pensar no que Nestha havia roubado do Caldeirão, o poder puro e mortal que agora, se transformava e borbulhava dentro dela.

Quase que tão imediato eu me aproximei do círculo, ele se virou para mim, assim como os outros para me observar. Em seu olhar entretanto havia algo de diferente, a análise detalhada que ele fez ao me ver em couro Illyriano, descendo os olhos de forma discreta e ainda assim, demasiadamente lenta. Tive a impressão de ouvir um rosnado, mesmo que nenhum dos outros tenha percebido, ou ouvido o mesmo que eu.

— Azriel tem ordens explícitas para passar ao senhor das minhas tropas no acampamento, e também a você. Estaremos lá dentro de quatro dias, após passarmos todas as informações ao outros. — ouço o Grão Senhor informar, o semblante sério.

Entretanto eu não posso deixar de sorrir com a informação.

Ele tem ordens para mim? — questiono, cruzando os braços e inclinando a cabeça para o mestre espião, que tem uma de suas sobrancelhas cheias e grossas erguida de volta.

— Não é como se você não gostasse, não é tampinha? — Cassian diz e eu revirou os olhos para manter o controle e não derruba-lo em sua bunda. Entretanto, posso ver o sorriso aberto de Rhysand e Feyre tentando disfarçar o dela.

— Sim, Azriel tem ordens para repassar a você assim que alcançarem o acampamento. — Rhysand torna a dizer e aceno uma vez.

— Como chegamos até... O acampamento? — questiono, indiferente a quem poderia responder, mas esperando que Azriel o fizesse. E de fato o fez.

— Podemos atravessar até lá, ou podemos ir voando. — ele oferece, deixando claro que a escolha seria minha. Agradeço por isso, ponderando sobre atravessar diretamente para lá. Entretanto, penso que gostaria de voar, fazia tempo desde a recuperação delas que eu não voava.

— Podemos ir voando. — eu digo, vendo o Mestre Espião lançar a sombra de um sorriso no canto dos lábios.

— Sortudo. — Cassian resmunga do meu lado e se afasta antes que eu pense em atingi-lo com outra gavinha de sombras. Não consigo, entretanto, evitar o sorriso para ele.

Alguns minutos depois de Azriel se manter numa conversa com seus senhores, ele apareceu ao meu lado na beirada do topo da montanha.

— Vamos. — não soou como uma pergunta, mesmo que ele tenha discretamente estendido a mão para mim.

Sorrio com o gesto quando ele abre as imponentes asas membranosas, enormes, e lindas, preparando para o vôo. Eu entretanto, apenas olho para sua mão, colocando um dos pés para fora da beirada, lhe direciono um sorriso, quando impulsiono o corpo para frente, deixando que ele caia beirada abaixo pelo precipício, consegui ouvir um xingamento de Cassian quando eu fiz o movimento.

Concentro para retirar a magia que encobre minhas asas, até que as sinto despontando nas minhas costas, deixo que ar transpasse por elas, e me impulsiono de volta para cima, a tempo de acompanhar o macho Illyriano que planava de pé no céu noturno.

— Exibida! — ouço Cassian gritar enquanto eu me distancio ao lado de Azriel do pico da casa dos ventos.

Eu amava isso. Sentir o vento correndo através do meu corpo, através das minhas asas e planar junto com ele. Ergo o olhar para o céu noturno acima de minha cabeça, estrelas brilhantes pintavam em manchas como um mar de diamante num tecido negro, lindo, e tão perto que parecia que se podia tocar.

Olho disfarçadamente para o lado, o mestre espião de Rhysand estava voando ao meu lado. O bater de asas leves e ritmado, o rosto incrivelmente sereno, percebo que os olhos estão fechados, sentindo o vento morno bater contra a face. Ele parecia estar apreciando.

Por um momento suas palavras se chocam contra mim novamente, e como se lendo meus pensamentos, ele os olhos em minha direção, fazendo com que eu desviasse os meus para paisagem de Pinheiros parcialmente coberto pela neve abaixo. Agora eu entendia porque eu sentia esse cheiro nele, cheiro de casa, o cheiro específico do caminho que ele sempre fazia e que era algo intrínseco a ele, o cheiro que o próprio vento carregava em sua corte.
Observo o território montanhoso abaixo, as clareiras e picos altos, e até certo ponto a linha prateada do mar Ocidental no horizonte, que desapareceu a medida que subimos mais em direção ao norte.

Foi quando aconteceu.

Primeiro eu senti a presença, como se as proprias sombras tentassem me avisar do que viria e depois, o zunido dos dardos cortando o ar em nossa direção.

— Emboscada. — ouço Azriel dizer em algum lugar, entretanto não capaz de ver exatamente onde.

Deixo o poder percorrer dos meus ossos para minha pele, e puxo parte das sombras para mim enquanto as lanço a frente tentando proteger-nos da saraivada de dardos que é lançada em nossa direção. Quase imediatamente um escudo de poder puro e azul entra ao meu redor, mas não ajuda muita coisa quando percebemos que os dardos os transpassam com facilidade. Muita facilidade. Solto um xingamento sonoro quando um dardo passa de raspão no meu braço, causando uma ardência, e sinto meu corpo começar a pender.

Procuro por Azriel no céu, e não o acho, xingo novamente quando uma outra saraivada de dardos sobe em minha direção, puxo as sombras que não produzem resistência quando as novo em minhas mãos produzindo um escudo maciço. As rajadas param e eu aproveito para lançar as sombras em direção a eles, enquanto desço junto na mesma direção que as rajadas saem.

Então eu os vejo, cinco soldados da força especial vermelha, reabastecendo as bestas. Assim que aterrisso, lanço outra nuvem de sombras sobre eles e os vejo desnorteados, sinto minha pele ardendo, mas me adianto o suficiente para desferir um soco em sua garganta fazendo o primeiro derrubar a besta e os dardos, ele saca a espada da cintura, desferindo golpes contra as sombras afim de corta-las. Desvio de um dos golpes a medida que a névoa negra começa a se dissipar, abaixo quando o som da lâmina passa rente ao meu ouvido, levanto novamente, segurando-a pelo pulso deixando meus dedos se transformarem em haras eu aperto a carne, fazendo-a soltar a espada que eu pego com a mão livre antes que a mesma caia no chão, enfiando a lâmina diretamente em sua barriga.

Xingo mentalmente quando percebo que a proteção das sombras já não estava mais ali, elas haviam se dissipado completamente e, para piorar, o sol estava iniciando o alvorecer. Outros dois soldados percebem minha presença e ambos vem minha direção, o primeiro corre, e eu ataco, girando o punho da espada, e fazendo ambas se chocarem com o ruído característico. O outro entretanto, aproveita meu descuido para acertar minha costela com o cabo da espada, provavelmente pelas ordens superiores, eu deveria voltar viva.

Arfei com a dor do impacto, recuando um pouco e perdendo o foco com o outro a minha frente, que girou pronto para acertar minha barriga com a lâmina. E acertaria, se uma espada não lhe atravessasse o peito fazendo o sangue espirrar no meu rosto. Tenho o vislumbre de Azriel atrás do recém morto, ele estava ferido.

Inferno!

Não tenho tempo de ajudá-lo, ou correr até ele, sinto um dardo atingir meu ombro, e me recordo do que ainda permanecia vivo. Levo a mão ao ombro e puxo o dardo com um rosnado alto, corro em direção ao macho que avança até mim, ele ergue a espada e gira no pulso, pronto para arrancar a minha cabeça, a ponta a espada passou a centímetros do meu rosto quando eu abaixo nos joelhos pela neve, impulsionando a minha espada contra a sua perna. O macho cai de joelhos, e eu me levanto, passando a lâmina da espada em seu pescoço, observo a cabeça cair no chão coberto de neve.

Me viro quando ouço um gemido de dor, ignoro a minha momentaneamente, indo em direção ao macho illyriano caído ao pé de uma árvore, não muito longe vejo dois corpos caídos.

Observo Azriel, caído e semi acordado, uma camada de suor já cobre seu corpo, assim como o meu. Vejo três dardos atravessados em suas asas e um em seu peito, e solto um xingamento. Contra todos os instintos, o miserável solta uma risada que se mistura com um acesso de tosse, e um filete de sangue escorre pelo canto de sua boca.

Veneno.

— Você está ferido. — sibilo, e ele revira os olhos para mim, quase fechando-os por completo. — Não, não, não... você não pode dormir, fica comigo.

Pela mãe, eu precisava dele acordado. E além de tudo eu precisava sair dali.

Respiro fundo, e observo que o estrago foi maior nele. O veneno incapacita os poderes feéricos e Illyriano, mesmo que Azriel faça parte do trio mais poderoso da história de Prythian, os venenos foram testados em todas as espécies possíveis e era eficaz até mesmo contra uma parede de poder cru. Três dardos transpassaram a barreira, três malditos dardos de veneno presos em suas asas e um sobre seu peito.

— Eu sei o que fazer, mas você precisa confiar em mim.

"Eu confio"

Ouço-o responder em minha cabeça e percebo que ele abriu seus escudos para me deixar entrar.

— Isso vai doer. — digo entre dentes quando eu aproximo de sua asa esquerda, onde dois dos dardos estão presos.

Toco sua asa, e o sinto estremecer abaixo, talvez pela dor do veneno se espelhando rápido pelas membranas escuras, respiro fundo e seguro delicadamente, puxando o primeiro com força. Azriel solta um xingamento obsceno e eu aproveito para puxar o segundo de uma vez.

— Porra. — ele geme abaixo.

Passo por cima de seu corpo, colocando uma perna de cada lado, e sinto o corpo de Azriel tremer abaixo de mim. Alcanço o terceiro dardo em sua asa direita e não espero para puxar o dardo da pele, por último, faço o mesmo com o que estava fincado fortemente em seu peito.

Eu sabia que esse veneno não era o mesmo que Valissa usava, mais ainda assim, causava bastante estrago. Ele precisava de cuidados, e a gente precisava chegar aquele acampamento o mais rápido possível.

Eu sabia o que fazer, reuni o restante de magia para deixar as asas a mostra, e o restante para tentar retardar o avanço do veneno em Azriel. Eu sinto a pele queimar quando eu coloco a palma sobre o ferimento em seu peito, e eu sinto o calor sendo transferido para ele.

— Pra onde ... — questiono quando sinto minha cabeça girar pela transferência de magia, para acelerar a cura dos seus ferimentos.

Então ele me mostra, o caminho para o acampamento, mas eu xingo novamente quando percebo que estamos relativamente longe. Pelo mapa mental que Azriel me passou tem uma caverna perto dessa clareira.

— Vamos... — eu digo pegando-o pelo braço e apoiando em meu ombro. Ele tenta inutilmente não ceder o peso ao meu ombro, mas é quase em vão.

Arrasto ambos nossos corpos o caminho para a base da montanha, onde ficava a caverna.

N/A: oiê meus amores como estão todos? Desculpa aí pela demora na postagem, mas precisei resolver assuntos do trabalho esses dias, então tá explicado.

Gostaram do capítulo? Espero que sim porque foi tenso escrever ele, NÃO ME MATEM!

AH, o que acham de ler um livro totalmente autoral? Eu tô com plano de lançar meu livro autoral assim que terminar PdS, e queria que vocês lessem, o que acham?

No mais é isso, tia ama vocês ❤️

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