Príncipe das Sombras

By nathbrandon

800K 74.7K 57K

- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld "Azriel sempre se considerou um bastardo, não merece... More

AZRIEL + CALLYEN
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPITULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPITULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPITULO 49
CAPÍTULO 50
CAPITULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
ADENDO DO LIVRO
NÃO É CAPÍTULO É AVISO
CAPITULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
ADENDO DO LIVRO
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 70 PARTE 2
EPÍLOGO
NOTAS + AGRADECIMENTOS FINAIS
CAPÍTULO EXTRA I
CAPÍTULO EXTRA II
P.S. EU TE AMO
EXTRA III
EXTRA IV
OLÁ VELARIANOS!
OIA ISSO!!!
OIÊ CAMBADA: TENHO LIVRO NOVO!
ALGUNS AVISOS IMPORTANTES

CAPÍTULO 23

9.7K 1K 399
By nathbrandon

CALLYEN

Eu sentia como se meu corpo tivesse sido chegado ao fogo. E não de uma maneira boa, se é que a sensação de estar queimando de dentro para fora possa ser, de alguma forma, uma boa sensação.

Aguente firme.

As palavras suaves sopraram contra mim, enquanto eu sentia minhas entranhas queimarem e meu peito arder.

O veneno desenvolvido por Ykner e seus capachos de feiticeiros, era uma combinação pura do veneno criado pelo pai, ele conseguiu refinar até a pureza transformando o veneno em algo ainda mais rápido e mortal que antes. Eu sabia disso, porque ele tratava pequenas doses durante as pesquisas em mim testando simultaneamente meu fato de cura como a eficácia gradativa do veneno. E então quando finalmente atingiu a porcentagem máxima de pureza ele testou no peito do feérico que o orientou, o macho morreu em dez minutos.

Doeu abrir meus olhos, quando a claridade atingiu em cheio minha retina eu tive que fechar novamente, com força, para acostumar e abrir novamente. Minha bochecha arde e eu sinto as ataduras apertando minha barriga onde eu havia sido ferida. Reclamo com a dor ao tentar me mover na cama, mas as mãos parcialmente coberta com as manoplas negras com pedras sifões azul cobalto me impediram de levantar.

— Sabe, está ficando repetitivo essa mania de acabar ferida em uma cama. — ouço a voz de Azriel perto demais de mim. O hálito quente e convidativo até demais, soprando em minha bochecha boa quando ele falou.

Franzo o cenho para suas palavras, e para o tom com o qual ele falou. Involuntariamente, um sorriso repuxou meus lábios, de modo instantâneo eu reclamei com a fisgada de dor na outra bochecha, a qual reparei estar coberta com um curativo.

— Bem... não sabia que você abrigava algum senso de humor, encantador de sombras. — digo, sentindo minha garganta queimando. Olho ao redor e percebo que não estou no quarto para o qual fui modificada depois de destruir o anterior durante o sono.

Não. Esse era igual aos demais em tamanho, enorme, mas haviam coisas que demonstravam que alguém habitava ali. Como uma estante com livros entalhadas diretamente na parede de pedra da lua, em outra parede um quadro com um mapa das terras de Prythian e locais circunvizinhas. Cortinas negras como a noite estavam esvoaçando pelas janelas abertas do chão ao teto do outro lado; a cama na qual eu estava, enorme o bastante para acomodar asas. Então eu percebi, o cheiro dele — de sombras, terra e vento, algo bom e desconhecido — estava impregnado no lugar, demonstrando que ele passava muito tempo nesse aqui...

— Quanto tempo dessa vez? — murmuro sob seu olhar atento.

— Um dia. Feyre ajudou a retirar o veneno do seu sistema sanguíneo antes que ele chegasse ao seu coração. Depois disso o sangue dela agiu como um fator de aceleração para sua cura. Você dormiu desde então. — ele diz.

O observo pelo canto do olho. Sua expressão mesmo fechada, encoberta pelas sombras que passavam pelo semblante, ele parecia cansado, frustrado. Eu sabia os motivos para aquele semblante, inspiro profundamente, inalando seu perfume a medida que a intenção era pegar ar.

— Reúna todos. Sei que querem respostas e darei isso a vocês. — digo, vendo seus olhos dourados se fixarem em mim. Sua mandíbula se move firmemente, como se ele estivesse segurando as palavras.

— Não precisa se esforçar tanto...

— Eu estou bem e sei que preciso me explicar, Azriel. Não quero que pensem mal de mim.

— Ninguém disse isso. — ele refurta e eu o olho incrédula.

— Mas pensam... Por favor... — novamente o vejo trincar a mandíbula, mas dessa vez ele não fala nada e sai.

Aproveito o momento para me ajeitar na enorme cama de dossel, e reparo que mais uma vez eu não estou inteiramente como antes. Não pelo fato óbvio de estar ferida e enfaixada, e sim, por eu não estar com as mesmas roupas de antes. Agora, eu estava com uma túnica escura como a noite, a cor típica da corte noturna, e por baixo dela eu não sentia mais nada que não fosse as ataduras perfeitamente enroladas em minha barriga e não deixo de me perguntar se foram as gêmeas espectros as responsáveis por isso. Observo uma mesinha ao lado da enorme cama, e encontro uma jarra com água e um copo, com cuidado e esforço me movi para alcançar e beber o líquido que minha boca recebe com gratidão.

Alguns minutos depois Azriel retorna ao quarto, os outros a tira colo, todos me observando com cautela. Até mesmo Cassian, o macho que anteriormente estava soltando piadinhas para mim, agora me observava de modo sério. Algo, percebi, que transformava completamente as suas feições. Novamente me vi na linha do perigo do olhar afiado do general de Rhysand, aquele olhar podia ler minha alma, mais que seus Grãos senhores a minha mente. Desviei o olhar para os outros, e todos mantinham a mesma expressão fria enquanto analisaram meus movimentos. Inspiro novamente, depositando o copo que eu havia bebido a água de volta a mesa ao lado da cama, meus movimentos sendo observados todo o tempo.

— Entendo, que nesse momento vocês não confiem em mim. — eu começo a falar e nenhum deles esboça uma reação, a não ser um bufo sarcástico vindo da loira que estava posta entre Cassian e Azriel.

— Você lutou por nossa cidade, Callyen. Qualquer um que lute por nossa cidade, pela proteção de nosso povo, é de nossa confiança. — baixo os olhos quando as palavras de Feyre me atingem.

— Não diria isso, Grã Senhora. Não quando o motivo de sua cidade ter sido atacada tenha sido eu.

— Estamos esperando. — Rhysand diz ao lado de sua parceira, um dos braços postos sobre os ombros dela, enquanto a mão descansava no bolso de sua calça de linho preta, que combinava perfeitamente com seu terno. — Conte-nos sua história e deixe que nós julgamos se merece ou não nossa confiança.

— Me chamo Callyen Whitlock, nasci em Cretea sob a família de um dos senhores de Drakon. Mesmo que meu rei e rainha tenham sido bons e justos com seu povo, ainda há as maçãs podres. Meu pai não teve um herdeiro macho, foi apenas eu e rapidamente, percebeu-se que não era como todos esperavam. De alguma forma eu era mais... poderosa que ele, ou que qualquer um que já se teve conhecimento desde então relacionado aquela linhagem da minha família. Meu pai percebeu isso e  que eu poderia representar uma ameaça para ele quando começou meu treinamento, supervisionado pelo próprio rei que soube de meus poderes em sua corte.

“ Quanto mais eu treinava, mais forte eu me tornava entretanto, eu ainda não possuía controle sob meus poderes e não podia participar da legião dos exércitos de Drakon em batalha. Foi quando convenientemente meu pai saiu em viagens de negócios e voltou com um homem, um mês depois... Realmente não me recordo dessa parte, tudo se tornou um breu quando de alguma forma aquele homem manteve as garras sobre minha mente e me forçou a ir ele. Lembro que eu implorei, a meu pai, a meus servos para não deixar que ele me levasse, mas ninguém se moveu enquanto o homem brincava com minha mente e eu gritava de horror. Ele simplesmente abriu um portal no salão de festas de meu pai e então atravessamos.

Foi aí que começou minha tortura durante os séculos seguintes. Ykner é a perfeita representação do pai, se não, a união de tudo o que ele tinha ruim elevado a um nível pior. Depois da derrota ambos se uniram para tentar reaver seus supostos direitos sob toda a Prythian e, pre suponho que já saibam de quem estou falando. Ykner esteve sob o comando da Elite Vermelha, soldados perfeitamente treinados para matar todos e qualquer um que novamente entrar no caminho de sua vingança. A própria Inquisidores do Rei de Hybern, Amarantha, foi uma das selecionadas na Iniciação, com méritos e honras antes de trair as ordens iniciais e partir em busca de sua vingança pessoal pela morte da irmã.

— Eu, fui apenas um experimento bruto, segundo Ykner meus poderes eram como uma jóia bruta que merecia, que deveria ser lapidada, e aprimorada para o melhor uso possível: a destruição dos inimigos do herdeiro de Hybern. Aqueles que destruíram a prosperidade da nação pura hyberniana. As marcas, espalhadas pelo meu corpo são resultados dos experimentos de Ykner, para a criação das bestas favoritas, a testes dos reagentes de venenos e tudo o mais. Eu fui treinada, moldada, torturada durante duzentos anos, procurando uma maneira de escapar dele em seu domínio. Poucas semanas antes ele estava, determinado, a ter encontrado uma runa que poderia despertar o que quer fosse que ele achasse que eu realmente era e ter controle sobre isso, aproveitei sua distração e tentei escapar. Acontece que eu havia treinado todos esses séculos as escondidas presa a ele uma forma de controlar a magia incrustada em minha pele, observei as formas como ele agia, treinava, consegui montar uma redoma sob minha mente contra seus controles mentais e sempre que podia, roubava as informações de criar um portal para fugir de Eyvian. O portal abriu e eu surgi ensanguentada, ferida e torturada aos pés do meu pai em seu salão de festas, ele ia me devolver a Ykner e eu não podia permitir, eu... Fugi novamente, com a ajuda das sombras e vim parar perseguida pelos soldados de meu pai nas barreiras de Velaris. Depois disso, aqui estou eu em sua Corte, sendo perseguida como traidora pelo herdeiro de Hybern.

Obviamente eu não contei todos os detalhes da minha história em Hybern sob o domínio de Ykner, ou as coisas que eu fizera em seu nome. Eu não teria coragem para contar que matei centenas em seu nome, ou o monstro que me transformei por obrigação dele. Ou o nojo que sentia toda vez que ele me tocava.

Entretanto, todas as partes que importavam, tudo o que realmente ocorreu estava posto para eles da melhor maneira possível. Agora, cabia a eles decidirem sobre mim. Afinal, foi por mim que Velaris, a jóia da Corte Noturna fora atacada novamente, pelo simples fato de eu estar aqui e de Ykner me querer.

E eu entenderia, caso eles me rejeitassem. Eu entenderia. Mas não saberia para onde ir para me livrar das garras de Ykner.

Continue Reading

You'll Also Like

361K 26.4K 78
❝tenho uma notícia para você, nathan: você é um babaca.❞ onde nathan era temido por todos na escola, exceto por lindsay que não tinha um pingo de m...
107K 8K 38
Onde uma garota tão branca como a neve se muda para uma pequena cidade chuvosa chamada Forks e tem sua atenção tomada por um belo garoto de cachos lo...
2.4M 227K 86
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
My Luna By Malu

Fanfiction

236K 20.6K 27
Ela: A nerd ômega considerada frágil e fraca Ele: Um Alfa lúpus, além de ser o valentão mais gato e cobiçado da escola Ele sempre fez bullying com el...