⚠️ Qualquer CÓPIA será DENUNCIADA, PLÁGIO É CRIME! ⚠️
Conto com sua honestidade, obrigada!
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Oi amores!
[AVISO DE GATILHO]
Este capítulo apresenta conteúdo que pode ser considerado sensível para alguns leitores, pois trará cenas fortes. Infelizmente não será nem um pouco legal para a Mari. Já aviso que quem não tem estrutura para ler cenas fortes, o ideal é pular, pois entenderá bem o que aconteceu já no capítulo seguinte, ok? Infelizmente essa passagem faz parte da história!
Boa leitura, comentem e deixem aquela estrelinha que ajuda a divulgar a fanfic! 💕
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Marinette's POV
Eu continuava na cama, exatamente do jeito que Adrien havia me deixado para tomar banho. O rosto ainda estava enfiado nos lençóis com as mãos agarradas ao colchão. Eu permanecia de bruços, imóvel.
A pergunta que eu mentalmente me fazia era por quê? Por que eu havia permitido que aquilo acontecesse? Por que havia deixado com que ele tomasse posse do meu corpo assim tão completamente? Meu corpo!
Pela primeira vez na vida eu sabia o que era um orgasmo. Não fazia ideia se havia sido forte ou fraco, mas sabia que tinha sido um. Mesmo sem nunca ter sentido antes. Porque, naquele momento, minha cabeça ficou estranhamente vazia, e eu experimentei um prazer fora dos limites da consciência. Sim, definitivamente tinha sido um orgasmo.
O que eu ainda demorava a entender era como tinha conseguido sentir prazer. E por que, meu Deus, por que diabos eu havia deixado que ele terminasse, que ele me mostrasse de quais sensações meu corpo ainda carecia.
— Merda! Merda, merda, merda!
Eu me xingava mentalmente, na mesma posição na cama. Me xingava porque agora sabia que nem eu mesma me conhecia completamente. Me xingava por infringir minhas próprias regras e permitir que um cliente, um total estranho, tivesse me mostrado aquilo.
E me xingava principalmente porque, eu tinha certeza de que seria impossível colocar Adrien no nível de importância dos outros clientes a partir de agora.
A porta do banheiro se abriu lentamente e eu me endireitei o mais rápido que pude. Fui deitar nos travesseiros, de costas na cama e coberta pelo lençol. Ele saiu enxugando os cabelos com a minha toalha.
— Desculpe, tive que usá-la. Você deveria colocar mais toalhas no banheiro para os seus clientes...
— Eu não costumo permitir que tomem banho aqui, mas vou acatar sua sugestão e avisar a Nathalie para providenciar quinze toalhas por dia.
Ele parou, me olhando, processando toda a informação.
— Claro...
Esperei em silêncio.
— 'Peraí. Você atende quinze clientes por noite?
— Não... uns dez. — Respondi, meio a contragosto. Por que estávamos conversando sobre aquilo?
— Entendo... — Ele falou, pensando um pouco e fazendo uma careta para si mesmo. — Bom, preciso ir. Amanhã nos falamos.
E assim, sem dizer mais nada, ele saiu.
Acordei na manhã seguinte com o sonho fresco na minha memória: Adrien. Lençóis. Sexo e orgasmo. Dinheiro.
— Ótimo. Minha própria consciência conspirava contra mim.
Levantei de mau humor. Tomei um banho, passei meu creme para hematomas e fui tomar café. Conversei por algum tempo com algumas meninas, mas já estava novamente no meu quarto, trancada, lendo.
Sentia-me protegida ali. Era meu refúgio particular, meu esconderijo. Quando não estava sendo utilizado para outros fins, claro. Embora gostasse da companhia e da conversa das meninas e de Nathalie, eu sempre passava a maior parte do meu tempo sozinha no quarto. Algumas garotas me achavam antissocial. Eu não ligava.
Naquele dia, mais do que nunca, eu precisava ler. Sempre gostei de livros porque eles me levavam para uma realidade alternativa. Uma ficção onde eu poderia vagar com meus pensamentos até o limite da imaginação. Muitas vezes me pegava imaginando meu próprio rosto em certos personagens. E sim, eu sempre me achava patética por isso.
Mas naquele dia, eu não conseguia me concentrar nas histórias.
Será que ele viria essa noite? "Amanhã nos falamos", ele disse. Será que foi só por falar? Será que me escolheria outra vez? Talvez escolhesse a garota nova. Talvez nem viesse.
Merda. Ele me fez gozar. Como ele fez isso? Merda!
E dessa forma, o dia passou. Metade do tempo eu me concentrava na história em minhas mãos, mas a outra metade era sempre ocupada pelas lembranças de Adrien, da noite anterior e da dúvida sobre o que seria de hoje à noite.
Às 20h eu desci para o salão, para o que seria mais uma noite de trabalho desagradável. Mas aquela noite não seria como as outras.
Seria pior. Muito pior.
— Olá, querida.
Virei-me e vi um rapaz bonito, ruivo com olhos azuis, bem vestido, próximo aos 25 anos, falando em uma voz gentil comigo.
— Olá.
— Como é o seu nome? — Ele perguntou.
— Marinette Dupain-Cheng. Muito prazer. — Era mentira. Eu não sentia prazer algum em conhecê-lo, porque sabia o que ele queria comigo. Essa era mais uma das regras de Nathalie. Ser sempre simpática e cordial... é isso que eles esperam de nós.
— Lindo nome. Eu me chamo Nathaniel.
— Olá, Nathaniel.
— Tenho que te dizer que você é linda. Fico até espantado que ninguém nessa espelunca ainda tenha te escolhido.
Sorri, um sorriso desanimado e falso, puramente falso.
— Então, já que está livre, poderíamos nos divertir um pouco. O que acha? — Ele falou, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
Sorri o mesmo sorriso outra vez.
— Claro, Nathaniel. Eu vou subir para o meu quarto, é o terceiro do corredor. Me dê cinco minutos e suba, estarei esperando.
— Mal posso esperar, Marinette. — E sorriu, seus olhos com malícia.
Cinco minutos depois, vi a porta se abrindo. Nathaniel entrou no quarto e trancou a porta.
— Estou com muita, muita fome, Marinette. Você vai ter algum trabalho essa noite. Já falei com Nathalie, pagarei o necessário. — E dizendo isso, ele tirou um cheque da carteira, preenchendo-o. — Você é minha essa noite.
Aquilo significava que eu teria que transar somente com ele? De certa forma, fiquei aliviada. Como sempre, era melhor do que me deitar com vários homens na mesma noite.
Por alguma razão, no entanto, eu me sentia ligeiramente desanimada em saber que não poderia voltar ao salão para um novo cliente.
Ele depositou o cheque na escrivaninha e veio em minha direção, tirando a blusa e, do bolso, várias cartelas unidas de preservativos. Aquilo me causou repulsa, mas precisava representar meu papel ali, eu não tinha escolha. Pouco importa como me sinto.
Mais uma noite que estava só começando.
Eram um pouco mais de 23h, já estávamos no 5º round. Nathaniel parecia nunca se cansar. Eu, por outro lado, já não aguentava mais aquele homem em cima de mim. Seu cheiro já me causava náuseas. Nathalie nunca havia me informado que um cliente poderia pagar pela noite toda. Eu não deveria ser consultada a respeito antes? Ah, esqueci. Eu aqui era apenas uma mercadoria em exposição. Que era alugada pelo tempo que fosse conveniente para o cliente, que também fosse conveniente.
Ele não era delicado. Dava ordens como quem fala com criados, esperando ser atendido imediatamente. Quando eu hesitava, ele prontamente me segurava com força e, sem pedir permissão, fazia o que desejava. Mas ele não era o único cliente assim: A maioria agia desse jeito. O problema é que eu tinha outra pessoa em mente. Uma pessoa mais delicada, mais preocupada comigo. Alguém que tinha me proporcionado, de alguma forma, prazer...
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[AVISO DE GATILHO]
A partir daqui, haverá cenas muito fortes, portanto, se preferir, pode dar continuidade no próximo capítulo, que compreenderá tudo o que aconteceu, sem interferir na leitura.
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— Eu quero você por trás.
Isso me fez acordar do meu piloto automático.
— Eu não faço anal. — Falei categoricamente.
— Como é? Claro que faz anal! Você é uma puta!
— Uma puta que não faz anal. Essa é a minha condição!
— Condição? Eu estou pagando por você e uma coisa que talvez tenha esquecido de mencionar a meu respeito é que eu consigo tudo o que eu quero. Custe o que custar...
Com brutalidade, ele me virou na cama, afastando minhas pernas com os joelhos e segurando minhas mãos às minhas costas.
— Pára com isso! Eu não quero! — Falei alto, tentando soar ameaçadora.
— Foda-se o que você quer! Eu quero! E eu vou te comer do jeito que eu quiser!
— SOCORRO!
— Cala a boca, sua vadia! — Ele agarrou meus cabelos com força, me causando uma dor aguda.
— Que parte do eu consigo tudo o que eu quero você não entendeu aqui? E eu só conheço duas maneiras de fazer isso: por bem ou por mal... resta a você apenas decidir qual você prefere.
Eu não cederia, não sem lutar. Mas o que eu não esperava era que ele realmente fosse cumprir sua ameaça.
— Me larga! SOCORRO!
Minha luta foi em vão. Ele conseguiu me neutralizar e silenciar. Sem a chance de lutar ou pedir ajuda, ele conseguiu arrancar de mim o que queria da pior maneira possível.
As lágrimas surgiam silenciosamente em meus olhos. Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo. Por favor, alguém arrombe essa porta! Por favor, por favor! Pare de me machucar, por favor!
Tudo o que eu podia fazer era chorar, compulsiva e silenciosamente. O restante daquela noite foi simplesmente o pior pesadelo que eu poderia ter nessa minha vida desgraçada. Eu era uma prostituta, mas isso não dava o direito a ninguém de fazer comigo algo que eu não consentia.
Eu lutei em vão.
Eu estava destruída. Destroçada.
Chorei ainda mais quando concluí que aquilo havia demorado muito para acontecer com alguém como eu. Como um certo cliente que nunca me trataria assim havia dito uma vez, "qualquer puta faz anal". Mas eu não fazia, e o fato de que, até aquele dia, nenhum homem tinha decidido me pegar à força, era realmente inacreditável.
Até aquele dia. Afinal, eu era só uma puta, uma vadia.
Só me restou chorar o resto daquela noite.
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Que tristeza! Que monstruosidade... É amores, eu sei que esse capítulo arrasa qualquer mulher... na verdade, qualquer um que tenha um coração pulsante no peito e no mínimo um pouco de empatia...
Fiquei arrasada quando li esse horror na obra original e com mais riqueza de detalhes e por isso, resolvi remover as cenas que são fortes demais e apenas deixar claro para vocês o que aconteceu com a nossa personagem... a única coisa que posso dizer é que ao longo da história vocês compreenderão melhor o que se passou com ela. Nada justifica a violência que a personagem sofreu... uma monstruosidade, um alerta e deixa uma mensagem sobre tantas realidades como essa que encontramos por aí, mesmo com mulheres que não se prostituem.
Fiz questão de avisar bastante porque, como leitora me coloco no lugar de vocês...
Agradeço pelas leituras, votos e comentários! Até o próximo, beijinhos! 💕