Príncipe das Sombras

By nathbrandon

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- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld "Azriel sempre se considerou um bastardo, não merece... More

AZRIEL + CALLYEN
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPITULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPITULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPITULO 49
CAPÍTULO 50
CAPITULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
ADENDO DO LIVRO
NÃO É CAPÍTULO É AVISO
CAPITULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
ADENDO DO LIVRO
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 70 PARTE 2
EPÍLOGO
NOTAS + AGRADECIMENTOS FINAIS
CAPÍTULO EXTRA I
CAPÍTULO EXTRA II
P.S. EU TE AMO
EXTRA III
EXTRA IV
OLÁ VELARIANOS!
OIA ISSO!!!
OIÊ CAMBADA: TENHO LIVRO NOVO!
ALGUNS AVISOS IMPORTANTES

CAPÍTULO 4

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By nathbrandon

CALLYEN


Eu as ouvi novamente. Sussurrando meu nome num som melódico, distante, mas convidativo. Abri os olhos em algum momento, sabia. Mas o que vi me fez achar que era um sonho e dormir novamente. Os olhos cor de mel e avelã, quentes e derretidos, mesclados com a escuridão das sombras que movia através deles, num comando silêncioso. Foi isso que me fez dormir novamente, a sensação que eu sempre tivera quando o via... Era por isso que era um sonho. Não havia outro modo de não o ser, pois se ele estava aqui... Eu estava dormindo.

Não sei quantos dias eu dormi. Eu não sei onde estava, muito menos se eu estava em segurança.

Abro os olhos e encaro ao redor. O sol claro e pálido da manhã iluminava o lugar. Grandes janelas abertas de ambos os lados deixavam a luz e o vento entrar pelas cortinas negras esvoaçantes. Podia ver ao longe, os picos nevados da montanha ao redor, mas aqui era magicamente quente e acolhedor. A cama, confortável, com lençóis negros de seda era grande. Enorme na verdade.

Meu corpo ainda estava letergico, e eu me sentia amarrada pelas ataduras ao redor, em minhas costas, braços, abdômen e peito.  Olho devagar para minhas costas, vendo-as. Ataduras as cercavam e elas estavam limpas. A maior parte já curada, os rasgos foram remendados e o resto, se curando.

Arrasto-me com dificuldade para a beirada da cama, ignorando a dor que se alastrou pelo corpo em reclamação, olhando ao redor novamente. Eu estava sozinha. O quarto era estéril. Limpo. Duro. Não parecia que alguém dormia ali. Mas era definitivamente, bonito e arrumado. Forço meu corpo a sair da cama, não conseguindo evitar o grunhido de dor quando me coloquei de pé, vendo a túnica branca bater contra o chão. Eu estava limpa, e trocaram minha roupa em algum momento.

Onde eu estava?

— Em segurança. — uma voz clara e límpida soa. — Não deveria se esforçar tanto, você acabou de acordar. — uma jovem diz parada a porta. Ela era linda. Os cabelos castanhos dourados pendiam semi soltos até abaixo de seus ombros, os olhos grandes e azuis pálidos me observavam com carinho, mas também cautela como se esperasse algum perigo de mim, mesmo com minhas atuais condições.

A observo, desde o seu rosto esplêndido até o vestido azul pálido com pequenas pedrinhas brilhantes, ofuscando a luz do sol. Eu soube quem, de fato ela era e principalmente onde eu estava, pelas tatuagens negras em seus ambos braços. Feyre Archeron. Quebradora da Maldição. Salvadora de Prythian contra Hybern. Grã Senhora. Da Corte Noturna.

Segurei um xingamento enquanto a observava se aproximar de mim. Os olhos sagazes, varrendo minha expressão, enquanto eu me encolhia a cada passo.

— Como está se sentindo? — questionou colocando uma bandeja no criado ao lado da enorme cama.

Eu a observei ao mesmo tempo que sentia. O poder emanando. Vindo até a mim, como uma onda negra, chocando contra minha mente, batendo contra as paredes do escudo perfeitamente levantado. Mesmo com a inspeção em minha mente, o que sinceramente, foi rude, eu respondi:

— Bem, melhor. — a voz saiu arrastada, rouca e quebrada assim que a ouvi. Engoli em seco, e a Grã Senhora me ofereceu um copo, com o que parecia ser água. Bebi o líquido que desceu melhorando a dor em minha garganta.

— Porque... Porque estou aqui? — questionei. A Grã Senhora me olhou novamente, e decidiu não me contar no momento.

Para confirmar o que eu já sabia, mais pessoas passaram pela porta do quarto. Eu os reconheci, pelas histórias que me contaram da guerra, pelas histórias de antes disso, Sob a Montanha... O que havia se perdido, o que havia se encontrado, quebrado e consertado. Tudo devido ao sacrifícios dessas pessoas.

O primeiro a entrar era o grande senhor da Noite, o Grão Senhor da casa Noturna. O reconheci imediatamente, cabelos e vestes negras, os olhos de um violeta profundo atentos e sagazes. A loira, eu sabia quem ela era, sabia do seu poder, que lutara ao lado de meus senhores e salvará a vida de minha rainha. Morringan, a do poder oculto. Atrás o monstro que deixará de ser monstro, mas ainda me causava um arrepio olhar seus olhos cinzas, lembrar que um corpo tão pequeno abrigou uma criatura desconhecida e poderosa. Mortal. Parecendo ler isso em meu rosto, ela sorriu para mim.

Atrás, mas não distante deles, um macho de cabelos castanhos escuros grandes, presos num rabo de cavalo desgrenhado, a pose reta, de braços cruzados de um lado do seu Grão Senhor, e do outro...

Minha respiração falhou uma batida ao mesmo tempo que o coração. Não era possível, ele estar aqui. Não era possível ele ser real. Mas ali estava, a visão das sombras. O macho de olhos avelã e mel derretido, emanando sombras que rodavam em espirais nas pontas de suas orelhas, ombros e das pontas dos dedos. O cabelo curto, castanho e as vestes pretas, o rosto de uma expressão fria e indecifrável enquanto me observava de volta. Encarava.

— Porque estou aqui? — pergunto novamente, a voz mais firme que antes. Vejo a grã féerica ir para lado de seu parceiro, enquanto o mesmo inclina a cabeça, absorto.

Sei que haviam mais pessoas que faziam parte da Corte Noturna, e sabia que elas não estavam ali. Aquele, era o círculo pessoal, e se apenas eles estavam aqui ou descobriram quem eu era ou me consideram uma ameaça. Ouço um bufo de escárnio vindo do lado posterior ao cabeludo, e sigo meu olhar para lá. A expressão dele era de puro desdém, como se tivesse lido meus pensamentos, novamente dessa forma, como me lendo, ele ergue uma sobrancelha.

— Esperamos que você possa nos explicar. — o macho a frente diz, a voz de comando, poderosa até a última nota como o senhor que ele realmente era e até meus ossos tremeram.

— Eu não... Me lembro. — digo num sussurro. Ouço o clique novamente, dentes trincando e o som de um rosnado abafado. Pelo visto, eu não fora a única que perceberá, uma vez que todos os outros olhavam para a mesma direção com a expressão espantada, Morringan principalmente. Dentre eles, somente o Grão Senhor continuou me sondando, um sorriso estranho erguendo o canto do lábio.

— E porque exatamente eu deveria confiar em vocês? — pergunto.

— Você está aqui não está? Enfaixada e curada na casa de estranhos que poderiam tê-la deixado morrer naquela colina... Então, não questione se deveria confiar em nós, quando nós, não sabemos se deveríamos confiar em você. — a voz dele soou mais fria e cortante que sua expressão.

— Desculpe. — engoli a palavra. Ele não falou nada depois disso, voltou ao seu canto e desviou piamente o olhar de mim depois disso.

— O que exatamente você se lembra? — o grão senhor questionou, inspecionando.

Engoli em seco, forçando a garganta a se mover e a minha mente a lembrar. Nada. Eu não conseguia lembrar de muita coisa.

— Não muito... Pode... Pode olhar se quiser, porque eu... Não me lembro.

Eu não sei o que o macho fez na verdade. Ele somente pareceu me encarar e o tempo foi diminuindo, o espaço ficando menor na minha cabeça. E eu senti o puxão, e deixei ele entrar. Mostrei a ele como eu eu fugi, e o porque. Mostrei a fuga, mostrei a corrida e o vôo, mostrei a ele a queda e as feridas e o que me trouxe até ali. As sombras que me guiaram até aquele precipício, até ao que parece ser a fronteira da cidade dele. E o que quer que ele viu, pela expressão no rosto de sua parceira ela viu o mesmo.

O choque transpareceu por um momento, depois a expressão serena voltou e o puxão se foi.

Não sei o que eles viram que decidiram que eu poderia ficar. Não sei o que eles viram que, sorriram para mim e depois saíram do quarto acompanhado dos outros. Ele ficou por último, me observando por um momento longo. Observei sua garganta se mover e espero que ele falasse algo, mas ele se virou e saiu também, me deixando sozinha novamente.

Apenas o cheiro ficou, de almíscar e sândalo, cheiro cítrico de chuva e terra, cheiro de vento.

N/A: Quem falou que ia ter versão da Cally acertou. E aí gostaram? Espero que sim, gostei muito desse capítulo e vocês?

Enfim, já sabem, vota com carinho, comenta bonitinho, e até o próximo caps da tia Nath. Beijos e até o próximo 😍

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