Bon Voyage • BTS

Por BTS_colabs

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[ vencedora do Wattys 2018 ] Senhores passageiros, por favor, verifiquem os cintos de segurança e tentem não... Mais

❱ O Projeto ❰
Bon Voyage • Pacotes de Viagem
Bon Voyage • SUMÁRIO
First Stop: England
Bon Voyage, KIM NAMJOON • 1
Bon Voyage, KIM NAMJOON • 2
Bon Voyage, KIM NAMJOON • 3
Bon Voyage, KIM NAMJOON • 4
Bon Voyage, KIM NAMJOON • 5
Bon Voyage, KIM NAMJOON • 6
Bon Voyage, KIM NAMJOON • 7
Bon Voyage, KIM NAMJOON • 8
Bon Voyage, KIM NAMJOON • 9
Second Stop: Japan
Bon Voyage, KIM SEOKJIN • 1
Bon Voyage, KIM SEOKJIN • 2
Bon Voyage, KIM SEOKJIN • 3
Bon Voyage, KIM SEOKJIN • 4
Bon Voyage, KIM SEOKJIN • 5
Bon Voyage, KIM SEOKJIN • 6
Bon Voyage, KIM SEOKJIN • 7
Bon Voyage, KIM SEOKJIN • 8
Bon Voyage, KIM SEOKJIN • Extra
Third Stop: Australia
Bon Voyage, MIN YOONGI • 1
Bon Voyage, MIN YOONGI • 2
Bon Voyage, MIN YOONGI • 3
Bon Voyage, MIN YOONGI • 4
Bon Voyage, MIN YOONGI • 5
Fourth Stop: Holanda
Bon Voyage, JUNG HOSEOK • 1
Bon Voyage, JUNG HOSEOK • 2
Bon Voyage, JUNG HOSEOK • 3
Bon Voyage, JUNG HOSEOK • 4
Bon Voyage, JUNG HOSEOK • 5
Sixth Stop: Itália
Bon Voyage, KIM TAEHYUNG • 1
Bon Voyage, KIM TAEHYUNG • 2
Bon Voyage, KIM TAEHYUNG • 3
Bon Voyage, KIM TAEHYUNG • 4
Bon Voyage, KIM TAEHYUNG • 5
Bon Voyage, KIM TAEHYUNG • 6
Bon Voyage, KIM TAEHYUNG • 7
Bon Voyage, KIM TAEHYUNG • 8
Bon Voyage, KIM TAEHYUNG • 9
Fifth Stop: América Latina
Bon Voyage, PARK JIMIN • Prólogo
Bon Voyage, PARK JIMIN • 1
Bon Voyage, PARK JIMIN • 2
Bon Voyage, PARK JIMIN • 3
Bon Voyage, PARK JIMIN • 4
Bon Voyage, PARK JIMIN • 5
Bon Voyage, PARK JIMIN • 6
Bon Voyage, PARK JIMIN • 7
Bon Voyage, PARK JIMIN • 8
Bon Voyage, PARK JIMIN • 9

Bon Voyage, JUNG HOSEOK • 6

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Por BTS_colabs


À Um Passo De Você

por: npockyx

Capítulo 6

Coisas boas não duram pra sempre, isso foi algo que aprendi desde criança. Um cachorrinho adotado pode fugir, um passarinho pode morrer se você o trancafiar. Coisas vem e vão, pessoas vem e vão. No caso, eu estava indo, e era difícil fazer as malas enquanto eu guardava algumas coisas que tinha comprado na companhia de Anelise, do seu pai ter me convidado para um jantar quando nos pegou aos beijos perto da máquina de refrigerante. Eu estava guardando todas as lembranças possíveis, sentindo um pouco de dor e vontade de chorar.

Não, ele não era rancoroso como diziam, apenas medo. Lise é diferente, isso eu notei, não só sua pele ou cabelo, mas seu jeito animado, e existem pessoas que não gostam disso. Mas eu gostava, Anelise é como o meu outro eu, ela é espontânea, fofa e simpática. E foi nisso que eu me apaixonei por ela.

Conseguia enxergar de canto o seu corpo fino enquanto Jimin me ajudava a arrumar nossas coisas para acordarmos cedo e irmos embora. Eu queria passar a noite com ela, beijar todo o seu corpo como fiz na semana passada, não dava para irmos até a sua casa, ou irmos para o meu quarto, então eu paguei um quarto de hotel, era caro, mas era tudo que merecíamos antes de nos separar.

Ela era fofa até com o cabelo bagunçado, ou quando acordava de manhã estralando as partes do corpo, procurando comida no frigobar ou nas bandejas que sobrou do nosso jantar. Era engraçado o jeito que ela dançava uma música agitada, seus passos estranhos, braços de robô e pernas de lagartixa, como ela mesma diz sobre si. Lise era quem eu tinha procurado toda a minha vida, ela é perfeição e erro, é a garota por quem me apaixonei.

― Vou deixar essas coisas lá embaixo, okay? ― Jimin deu um aperto em meu braço, saindo do quarto e me deixando sozinho com Anelise.

― Vou sentir sua falta. ― Eu ouvi quando ela fungou, apesar de ter tentado abafar com a mão e com a manga da blusa molhada.

Não, eu não consegui segurar, meus olhos ficaram molhados quando eu larguei uma camisa que tentava dobrar a dez minutos. Fui em direção a ela e segurei seu rosto pequeno entre as minhas mãos, distribuindo beijos por todo o seu rosto até chegar a sua boca. Uma lágrima dela invadiu o nosso beijo, e eu senti o gosto salgado, o peso da saudade antes mesmo que eu fosse embora.

― Gosto tanto de você, Hope. ― Me abraçou apertado, deixando que seu rosto ficasse escondido contra meu peito.

A apresentação tinha sido incrível, a atuação de Lise, o jeito que ela dançava e o jeito que me olhou quando a toquei no meio do palco, fora o beijo final que ela me deu quando era para nos reverenciarmos diante de todos. Acho que isso foi o que deu mais aplausos, e como todas as pessoas gritaram, o meu corpo ficou um pouco trêmulo, e ela riu se revenciando comigo. Ganhamos buquês e chocolate, dividimos tudo enquanto sentávamos na escada do teatro, rimos de algumas histórias que eu contei, e rimos quando ela lambuzou em volta da boca apenas para que eu a beijasse, como se fosse a cena de um filme romântico.

E eu não queria dizer adeus, não para isso que temos, não depois do que eu mesmo admiti a mim e a ela. Eu estava perdidamente apaixonado, e não iria mais conviver longe de Lise, do cabelo branco bagunçado no travesseiro, do jeito que ela se mexe a noite, ou como ela ronca quando fica de barriga pra baixo. Pequenos detalhes apareciam na minha cabeça enquanto eu lembrava da minha mão escorrendo por suas costas, desenhando as pintinhas que ela escondia com o collant, a curva de sua cintura, o quadril fino, e outra pinta mais chamativa em sua coxa.

― Aliás, você tem uma pintinha linda na coxa. ― Ela soltou uma risada, apenas me deixando ver seus olhos completamente vermelhos e inchados. ― Lise, não chora, por favor. ― E a minha frase apenas fez com que ela chorasse mais.

― Não, isso é tão injusto, é a primeira vez que o meu pai gosta de alguém de verdade, que ele vê que eu amo alguém, e... E você... Você vai embora. ― Ela me deu um tapa no peito que me assustou, mas eu sabia que ela apenas sentia um pouco de raiva e saudade ao mesmo tempo. ― Você é um idiota, não deveria... Você... ― Apontou pro meu rosto, dando outro tapa no meu peito. ― Você fica sorrindo desse jeito, e... E... E você me olha assim, e eu me apaixonei por você, agora você vai embora. ― Cobriu o rosto com as mãos depois que me socou até que eu sentasse no beliche debaixo e conseguisse me ver livres das mãos dela.

― Lise.

― Idiota. ― Sussurrou, me fazendo soltar uma risadinha. ― Para de rir, isso não é engraçado, é triste, Hoseok, muito triste, como eu vou viver sem a sua risadinha de porco? ― Soltei outra risada, a puxando pela cintura e a fazendo sentar de lado na minha perna.

― Então você me ama? ― Ela me olhou com os olhos arregalados.

― Não... Sim... Talvez. ― Escondeu o rosto no meu pescoço, balançando as pernas daquele jeitinho criança.

A primeira vez que ela fez isso foi quando fomos para o topo de um prédio, Lise levou uma câmera e tirou fotos nossas. Eu fiquei com o cartão memória, e prometi fazer cópias para enviar para ela. Tínhamos levado uma garrafa térmica com chá, um pote com alguns bolinhos e aqueles biscoitos que ela tinha me apresentado no dia que nos beijamos. Enquanto comíamos, ela se sentou no meu colo e ficou balançando as pernas enquanto observava a cidade abaixo de nós, como uma criança, ela me olhava toda hora, com um sorriso enorme, e claro, com os olhos cor de água completamente iluminados.

― Ei. ― Segurei em seu queixo, ela piscou devagar, deixando que algumas lágrimas caíssem. ― Eu também amo você, apesar de ser bem cedo e... ― Minha fala foi cortada por sua boca, igual a vez em que eu disse que gostava muito dela, e um sorriso se formou no meio do nosso beijo.

― Você não deveria dizer isso, você vai embora. ― Sussurrou de novo, brincando com a gola da minha camisa.

― Eu vou, mas eu posso fazer algumas visitas. ― Respondi, a aproximando e a abraçando para que ela não fugisse.

― Não é a mesma coisa, eu quero você pertinho de mim, acordar comigo, dividir o café, me contar piadas e rir das minhas piadas sem graça. Não vai ser a mesma coisa sem você, Hope. Isso é injusto, eu odeio viver. ― Se jogou pra trás, escorando as costas na escada da beliche, mas o que me fez rir foi quando ela bateu a cabeça e se encolheu começando a chorar de novo.

― Vem cá desastrada. ― Ela soltou mais um fungar manhoso, me abraçando pelo pescoço e ficando com a boca perto da minha. ― A gente vai dar um jeito, okay? ― Embrenhei meus dedos nos fios dela, fazendo um carinho em sua nuca. Os olhos se fecharam, como se ela quisesse dormir.

― Como?

― Você me visita, fica dois meses comigo, ou menos, eu venho de novo, a gente vai pra outra parte do mundo se você quiser. ― Dei de ombros, sorrindo quando vi aquela pontinha de sorriso nascer no rosto dela.

― Nunca fui pro Brasil. ― Sussurrou, empurrando meu cabelo pra trás, o que me fez sorrir largo quando ela pronunciou o lugar que eu mais gosto.

― Já estive lá, te levo nos lugares que mais gostei. O que acha? ― Lise me deu aquele sorriso que eu tanto gostava, tão largo que fez meu dia melhorar.

E era tão brilhante que nem mesmo parecia um dia ruim, e nem mesmo parecia que eu diria "até logo" no outro dia. Doeu muito, ver ela chorando e depois procurando abrigo nos braços do pai. Mas eu só chorei quando todos no avião dormiram, eu fui pro banheiro, fiquei sozinho, enfiei as mãos no rosto e abafei cada soluço.

[...]

― Acho que ela falou que ia descer no outro portão. ― Olhei feio na direção de Jimin.

― Não era nem pra você estar aqui, pirralho. ― Abanei a mão, vendo ele comer um pão com queijo e tomar café enquanto tentava me acompanhar pelo aeroporto.

Três meses, eu estava maluco com a saudade, em apenas ouvir a voz de Lise do outro lado da linha. O pai dela meio preocupado porque sua filha ficou de cama uma semana e não queria dançar, pensou em desistir do ballet, e quase me fez voltar pra Holanda só pra tirar ela da cama. Eu tentei manter a calma quando ela me deu um gelo, mas não consegui, e por isso fui xingado quando liguei para o pai dela, bem... Foi ela que me xingou, não ele.

A questão é que eu estava no Rio de Janeiro, ela disse que pesquisou sobre o lugar e ficou animada em ver tantas fotos bonitas, mas mais animada ainda porque íamos nos ver de novo. Odiava essa sensação das minhas mãos estarem ensopada de suor, ou podia ser o calor de mais de trinta graus que fazia, e nem mesmo o ar-condicionado do local resolvia.

Ouvi a voz da mulher falar sobre desembarque, poucas palavras, peguei outras no ar e fui pedindo informações para pessoas que eu sabia que trabalhavam ali.

― Parece que você quer ir no banheiro, hyung, se acalma. ― Olhei de novo na direção do Jimin, querendo fazer ele se engasgar com aquele pedaço de pão.

― Juro que se não calar a boca vai se arrepender. ― Ele arregalou os olhos, pegando outro pedaço de pão enquanto me observava enlouquecer de novo.

― Só estou dizendo que se ela aparecer, vai pular no seu colo, e se pular, você vai escorregar no seu próprio suor com ela no seu colo. ― Ele amassou o papel com a logo da lanchonete, enquanto eu o olhava indignado e pensando porque tinha convidado essa peste pra viagem. ― Até que seria engraçado, e se você virasse meme? ― Rolei os olhos e soltei um bufar alto que fez ele ficar quieto.

― Eu já entendi, Jimin, mas e se ela não conseguiu vir? O pai dela ficou um pouco bravo comigo por ter feito sua garotinha ficar de cama. ― Mordi a ponta do meu dedão, voltando a me lembrar da voz grossa do outro lado da linha. Tremi meu corpo, tentando espantar a sensação de medo.

― E fez ela parar no hospital. ― Apontou o dedo na minha direção.

Respirei fundo, e eu tinha certeza que meus olhos arregalaram, meu irmão me olhava com aquele jeito como quem pedisse desculpas.

― Você vai é espirrar café pelo nariz se não calar a boca. ― Murmurei, cruzando os braços enquanto voltava a andar pelo aeroporto.

― Tentou o celular?

― Sim, mas um sinal de fumaça seria mais fácil. ― Sussurrei.

Perguntei no balcão de informações e respirei fundo enquanto voltava a balançar minha regata e caminhava pelo local. Meu coração parecia que ia saltar pela boca, cada passo era como se o chão tivesse virado gelatina.

― Hobiiiiiii!

Me virei, vendo Lise derrubar a bolsa no chão, largar a outra que carregava e vir correndo na minha direção. Jimin parecendo prever alguma desgraça tirou o celular do bolso, enquanto tomava café bem quietinho.

E assim que Lise pousou sobre meu corpo, suas pernas ficaram ao meu redor, nós dois caímos com tudo no chão, ela me enchendo de beijos e sorrindo contra a minha boca, não me deixando dizer "oi", ou sequer respirar. Ouvia a risada do meu irmão, e ele me filmando, algumas pessoas olhando, mas tudo que eu queria estava ali na minha frente.

Eu estava feliz, feliz... Demais.

― Senti sua falta. ― Sussurrei, com todo o fôlego que tinha me restado.

― Eu também senti, solzinho. ― Rimos juntos daquele apelido idiota que ela me deu, justamente por eu não suportar calor.

[N/A]:

Ah chegou ao final, mas é um finalzinho aberto, e como esperado, um final feliz. Obrigada por terem acompanhado até aqui e deixarem um pouquinho de amor pra história s2. Também quero agradecer as meninas do perfil (BTS_colabs) por terem me chamado, foi meio de surpresa, mas me deixou feliz. E principalmente a Kesey_ecc, que ouviu meus surtos e me ajudou com o enredo, thank u s2.

Agradeço por tudo, bjs s2

 Próxima parada:

Park Jimin na América Latina com a guia-turística mclarah!

Bon Voyage,  xuxus!

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