Theodoro
August com seus lindos três anos de idade era a alegria da casa, seu riso ecoavam pelo jardim correndo para que eu o pegasse no colo e o levantasse como um pássaro no alto.
Victória aproveitava o verão de Sardenha para desfilar em seu lindo biquíni da DIOR vermelho, minúsculo em que apenas eu poderia deslumbrar, por mim ela ficaria nua.
August finalmente se sentou para descansar e brincar com seus carrinhos, aproveitei para dar um mergulho na piscina, saindo do outro lado dando um susto e respingando água no corpo de minha mulher.
- Ligue para Meleky, quero um dry Martini com três azeitonas com pimenta. - Saí da piscina me inclinando sobre ela para dar um beijo.
- Eu vou buscar! - Ela riu alvo. - Vou aproveitar pra trazer um lanchinho pro August!
- Pode parar... - Me deitei sobre ela todo molhado. - Eu pago caro pra termos alguém que traga o que quiser... e estou mandando você ligar. - Meneei com a cabeça e girei para ficar ao seu lado na espreguiçadeira. - AUGUST... VEM COM O PAPAI!
-Tudo bem, Sr. Austin! - Victória riu e interfonou para a cozinha. - Olá Melleky... - Observei-a enquanto ela falava. - Pode nos trazer dois Dry Martinis com três azeitonas cada e pimenta. Ah! E um lanche para o August.
Puxei o ar com força, satisfeito, August pulou sobre nós com seu dinossauro na mão.
- Urrauuuu... Uarrauuuuu... - Ele encostou na barriga da mãe como se o bicho estivesse mordendo-a.
- O que acha de irmos ao teatro a noite?
- Maravilhoso! - Victória apanhou o nosso pequeno e fingiu ela mesma ser um dinossauro mordendo levemente seu pescoço, ele gargalhava alto.
- Temos que tirar mais dias assim... - Me levantei indo para me sentar aos pés de Vick enquanto ela mordia August e ele ria.
Apanhei um dos pés de Vick, passei óleo nas mãos e passei a massageá-los. - Quando for para o quarto, achará um presente, quero que use ele esta noite.
Não precisava disser que meus olhos estavam cheios de promessa e que a noite não iria terminar num simples teatro e um jantar.
Victoria sorriu maliciosa , mordiscando o lábio e logo Melleky chegou com os nossos drinques.
- Obrigada, querida! - Vicky sorriu amável.
August ficou em pé na espreguiçadeira para apanhar seu copo de suco.
Nosso filho estava tão lindo, seus cabelos estavam grandes e muito cacheados num tom castanho claro, seus olhos eram tão expressivos quanto de sua mãe. Entregou o Dinossauro que tinha em mãos a mãe e se sentou ao seu lado tomando o suco.
- Acho que alguém devia estar com muita sede, não é garotão? -puxei o ar. - Não acredito que me deu um filho tão lindo, Vick!
- Posso te dar outros quando quiser.
- Estou velho demais para filhos... August já esquenta meu coração. - Sorri levando seu pé a minha boca.
Beijei demoradamente, deslizando os dedos pela sua panturrilha.
- Não comece o que não podemos acabar agora, Theo.
- Eu só estou deixando a expectativa do que está por vir. - Pisquei para ela descansando seu pé no meu colo.
Um som baixo de um helicóptero chamou a nossa atenção, August chegou a ficar de pé apontando achando que iria andar nele.
- Espero que não seja uma visita inconveniente. - Disse mais para mim do que para Vick.
Torcia para que fosse para alguém do condomínio.
- Estranho! Está esperando alguém, Amor?
- Não... - O helicóptero diminuiu a velocidade indo para trás da nossa casa, pousar em nosso heliporto particular. encarei Victória e me levantei.
- Vá vestir uma roupa descente e me encontre na sala. - Saí puxando a camiseta, Melleky apareceu na porta que dá para a piscina. - Estou indo.
Segui para dentro de casa, Melleky me estendeu uma calça, a vesti e saí do outro lado, dando de cara com Gabrielly num elegante vestido de couro preto, sapato alto da Louboutin preto com sola vermelha.
Puxei o ar com força, passando a mão na boca e queixo, era o tipo de mulher provocativa, sexy e eu amaria dar umas chicotadas ainda vestida.
- Theodoro! Espero não estar tirando sua paz. - Ela sorriu apoiando a mão no meu ombro e me deu um beijo no rosto.
- Não! de maneira nenhuma. Mas... - A olhei de lado. - Aconteceu algo para vir aqui?
- Na verdade... - Ela olhou sobre meu ombro, olhei e Victória vinha ao nosso encontro num vestido praiano com uma generosa fenda na lateral. - Sua esposa me convidou para um jantar, não pude recusar.
Olhei para Victória e creio que meus olhos a fuzilaram com uma rajada de metralhadora, sorri e segurei a cintura de minha esposa.
- Estou um pouco confusa, Gabrielle! Não me lembro de termos marcado nada, achei que íamos agendar uma noite
Ela a olhou como se realmente tivesse sido convidada.
- Não importa... Não vamos deixar a nossa convidada parada no hall do Heliporto, por favor, entre. A casa é sua.
August entrou correndo, me abaixei para pegá-lo no colo.
- Mas que menino mais lindo! - Gabrielly acariciou seus cabelos cacheados. - ele é a sua cara, Theodoro.
- Obrigado! - Sorri orgulhoso.
- Que bela casa! - Gabrielly parou para olhar melhor.
- Como sabe, Victória é arquiteta e projetou toda a casa, altamente sustentável e ecologicamente correta. - Descemos para a sala de estar. - Sente-se...
Olhei para Melleky, ela já sabia o que eu gostava de servir as visitas. nos sentamos.
-Já que está aqui, sinta-se em casa Srta. Petrusqui!
- Já me sinto, obrigada.
Gabrielly se sentou confortavelmente, Melleky trouxe água e champanhe, colocou sobre a mesinha de centro.
- Leve August para o quarto dele, diga a babá para dar um banho e depois o jantar dele.
- Sim, senhor! Com licença. - Meleky estendeu a mão para August que estava sentado no meu colo.
Dei um beijo nos cabelos do meu filho e deixei ele ir.
- Se não quiser champanhe, podemos tomar um conhaque, um vinho...o que desejar!
- Adoro champanhe e Theodoro tem um excelente bom gosto para champanhe. - Ela se esticou para pegar a taça, seus peitos volumosos quase saltaram do vestido.
- Não é para tanto... está calor e um bom champanhe gelado ajuda a refrescar. - Dei a taça de Victória e tomei a minha na mão. - A nós! - Ergui a taça.
- A nós! - Gabrielly disse também erguendo.
- A nós! - Victória cedeu ao brinde, mas estava contrariada.
Levei a bebida a boca analisando aquelas duas mulheres a minha frente. Gabrielly exalava sexo e Victória a veneno de Escorpião, louca para furar os olhos daquela intrusa ao nosso lar.
Tentava descobrir se realmente Gabrielly tinha vindo por espontânea vontade ou se realmente Victória havia esquecido de desmarcar aquele convite.
- Victória, leve Gabrielly para conhecer a casa. - me levantei. - Vou subir e tomar um banho rápido, encontro com vocês dentro de 10 minutos.
Quando eu dizia o tempo, eu cumpria e Victória sabia disso.
- Vamos lá, Gabrielly! Venha conhecer o nosso humilde lar.
- Imagina... ela é belíssima, a sala é um encanto, ampla... - Gabrielly se levantou e seguiu Victória, eu corri para cima, entrei no quarto jogando a roupa com raiva na cama, meus planos tinham ido por água a baixo, estava irado.
Tomei banho em 5 minutos, me vesti com o meu tradicional terno azul marinho, camisa branca, cabelos bem penteados. Passei no quarto de August.
- Temos visitas, mantenha August na parte de cima da casa, pode levá-lo ao jardim se assim ele quiser.
- Sim, senhor! - disse a babá se levantando do chão, pois estava brincando com o pequeno.
Me abaixei dando um beijo nele, afaguei seus cabelos e saí.
Assim que desci, Victória e Gabrielly estavam na segunda taça de champanhe, apenas olhei para Vick e ela já entendeu o que era pra eu fazer, se levantou pedindo licença e subiu para tomar um banho e se arrumar.
Me sentei na poltrona de frente para Gabrielly, nos olhamos. Ela estava com o olhar desafiador para mim, e eu detestava quem gostava de medir forças comigo, ainda mais na minha casa e querendo descobrir os meus métodos peculiares e gostos nada comuns.
- O que veio fazer aqui? - Perguntei seco.
- Hora essa, Theodoro! Sua esposa me convidou e eu vim.
- Porque tenho a sensação de que veio por conta própria. - Me mantive calmo na minha poltrona. Meus braços descansavam no apoio, meu terno ainda se mantinha alinhado.
Ela me comia com os olhos, mordia o canto da boca com desejo.
- Você é tentador... - Ela fez menção de se levantar.
- Fique aonde está, não gosto que me toquem sem a minha permissão.
Ela riu desdenhando, estreitei os olhos para ela, fechei o punho esquerdo, já querendo que um chicote longo surgisse na minha mão.
- Eu não mandei você rir. - Falei sério.
- Me desculpe... - ela tentou segurar o sorriso.
- Aqui existem regras, eu dou as ordens e vocês obedecem. Se é isso que veio buscar, é isso que terá de mim.
- Theodoro... Eu não sou sua empregada para me dar ordens.
- Se está aqui... é porque ficou interessada no que minha esposa disse. - Me mantive impecavelmente frio na conversa.
- Sim! tem razão. - Ela me encarou séria. - Eu fiquei curiosa e excitada o suficiente para estar aqui.
Victória retornou a sala, usando um lindo vestido longo de cetim champanhe com o corpete de renda fina que comprei para ela, eu sei porque vi a renda aparecer em suas costas, seus saltos altos me davam a certeza que ela estava pronta para jogar. Cabelos preso em um rabo de cavalo muito bem esticado. Ela tinha achado meu bilhete dentro da caixa de como eu a queria vestida.
- Vocês parecem tensos! - ela sorriu suave.
Estendi a mão para ela que se sentou no braço da poltrona, elegante com as mãos apoiadas nos joelhos.
- Então se está aqui é para jogar um jogo que não está acostumada. e como disse... Existem regras. - deslizei a mão pelas costas de Victória. - Irá assinar um contrato de confidencialidade. se falar para alguém eu processarei a senhorita.
- Hum! - ela fez um bico. - Já imaginava.. - ela deu de ombros.
- Segundo... Eu não transo com minhas submissas...
- Não? - ela nos olhou surpresa. - mas... ela é sua submissa.
- Ela é minha esposa depois ela se torna submissa e volta a ser a minha esposa.
- Mas... Eu pensei que fosse como no filme...
- Há!!! - Passei a mão no rosto. - O filme romantizou um dominador e sua submissa... eu não romantizo nada... eu provoco dor, êxtase, dor... é o que me da prazer... e não é aqui... - Apontei para o meu pau dentro da calça. - é aqui... - Apontei para a minha cabeça. - A única que me excita de verdade é apenas a minha esposa, que a uso para submissão e prazer.
- Deseja prosseguir, Gabrielly? Iremos compreender se quiser desistir, é um direito seu, ainda não assinou nada!
- Eu ainda não jantei... E podem me falar mais sobre o assunto... No final do jantar posso optar por quer ir embora ou ficar e ver até onde vai esse jogo. - Ela sorriu desafiadora.
Tinha que admitir, ela era uma mulher curiosa, e não sei se tinha medo do novo.
- Bem! Talvez o jantar saia mais tarde... eu até prefiro assim... - Olhei para Victória, meus dedos deslizavam por suas costas nua.
- A fome me excita... - Vick me olhou séria. - MELLEKY...
- Sim, senhor! - Escutei seus passos atrás de mim.
- Prepare a casa... Deixe tudo arrumado e me avise quando tudo estiver pronto. - disse encarando Gabrielly.
- Ei!? Mas você nem me contou mais sobre o assunto! - Ela parecia surpresa e temerosa.
Meu sorriso foi de lado, adorando aquele medo repentino, torcia para que ela reconsiderasse e fosse embora ou dissesse que que não queria, esperei alguns segundos, a resposta não veio.
- Faça o que mandei... - Olhei sobre meu ombro para melleky e ela saiu calmamente.
- Meu Deus! Todos fazem tudo que você manda? - Ela olhava de Vick para mim, completamente surpresa.
- E por que não fariam? - Dei de ombros.
Dei dois tapinhas no bumbum de Victória e ela se levantou, me levantei, arrumei meus punhos da camisa sem tirar os olhos de Gabrielly.
- Volto em dois minutos com o contrato, quanto a vocês duas, quero que fiquem em silêncio.
- Sim, senhor! - Respondeu Vick.
Dei as costas levando minha taça de champanhe, ao entrar no escritório tive uma vontade enorme de virar aquele escritório de cabeça para baixo. Me olhei no espelho, arrumei a gravata com raiva. respirei fundo.
" Assim que ela der as costas. Eu mudarei toda a mobilha daquele quarto. ou eu não me chamo Theodoro Austin"