Side Effect (Dramione)

Autorstwa CarolUmbelino

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[...]Eu ainda conseguia ver e sentir a dor no rosto de Draco. A imagem da lágrima solitária escorrendo pela p... Więcej

Prólogo
Cutucando as feridas
A homenagem
Monitores
Primeira ronda
As corujas negras
Hermione
Julgamento
Detenção
Não vou me desculpar por isso
A Torre de Astronomia
Deixe-os ir
Crucio
Amizade ameaçada?
Bônus: Visão de Draco Malfoy
A entrevista
Borboletas
Não posso deixar que faça isso
Um desespero bom
Instituto Lilian Potter
Draco
Lily?
Lide com isso, Potter
Não vou a lugar nenhum
Aconteceu ou não aconteceu?
Você demorou...
Mas. Que. Merda. É. Essa?
Só queria um ano comum
Foi o Malfoy!
Essa é a graça da magia
Do the Hippogriff
Magic Works
Céu Noturno
Ele não teve escolha!
O que vamos fazer?
Não tem nada de óbvio no amor
Vermelho Escuro
Só ele?
Desiluminador
Everte Statum!
Só, confie em mim
Luna
Manipulável
Um soco no estômago
Avada Kedavra!
O patrono
Você faz parte dessa "escória". Nasceu dela.
Eu te amo, Draco Malfoy
Você estava certa, sangue-ruim
Não foi suficiente
Será que valeu a pena?
A culpa é toda sua
Casa comigo?
É melhor você ir
Vida normal... ou, quase isso
Culpa e saudade
Sotaque francês
Comissão ogranizadora
Algumas pessoas ainda preferem os quartos
Achei que você era do tipo que prefere os quartos
Queria que você é quem tivesse morrido
Você é patética, Parkinson
Silêncio perigoso
Ronald? Quem é Ronald?
Um lado ameaçador
Vá até lá
Ginevra Weasley
Visão de Draco Malfoy: Aquilo não foi só um aviso
Ingênua
Visão de Draco Malfoy: Estraguei tudo... Mais uma vez
Ele não se importa
Visão de Draco Malfoy: Não podíamos esperar mais
Visão de Draco Malfoy: Você não pode controlar tudo
Visão de Draco Malfoy: Por que ele não fugiu?
Visão de Draco Malfoy: Tentando convencer a mim mesmo
Aurora

Detenção até o fim da vida não é má ideia

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Autorstwa CarolUmbelino

Quando a porta se fechou atrás de Gina, Draco e eu tivemos de escutar um sermão sobre a irresponsabilidade do que fizemos. Acho que isso respondia a minha pergunta sobre ela saber, antes mesmo de nós dois, o que ia acontecer. Que iríamos nos apaixonar um pelo outro. Ela nem titubeou, não duvidou nem por um segundo das minhas palavras. O sonserino interrompeu McGonagall em vários momentos, insistindo que nada aconteceu. Que a única coisa que fizemos quando estávamos juntos na sala foi conversar e dormir. Ele inclusive tentou mudar de assunto insistindo que McGonagall testasse sua varinha ou mesmo lhe desse uma dose de Veritasserum, para provar que não tinha nada a ver com o incidente de Patil. E é claro que a diretora recusou a oferta. E ficou ainda mais irritada. Eu já estava escarlate, a pele das minhas bochechas ameaçava começar a derreter a qualquer momento. Quando Minerva terminou seu discurso, ela também estava vermelha. A decepção estampada em seu rosto foi como um tapa e eu não consegui mais olhar para ela. Por isso, não disse mais nada, apenas fitei minhas mãos e lutei para não me afogar na vergonha.

- Mas que diabos você estava pensando, Hermione? Por que disse aquilo para velha na frente de todo mundo? Sabe o que o castelo inteiro deve estar comentando agora?

Levantei os olhos para ele sem acreditar na bronca que estava levando. Eu tinha salvo a pele do loiro pela segunda vez. Um "obrigado" não seria tão mal.

- É claro que eu sei. Eu também ouvi o discurso da McGonagall, tá ok? O que aconteceu com todo aquele papinho de assumir, parar de se esconder? A Patil queria a sua cabeça em uma bandeja, caramba!

- Que ela tivesse.

- Sabe o quanto eu me arrisquei fazendo o que fiz com o Ronald? Sabe o que está em jogo aqui, Draco Malfoy? Minha vida, meus amigos, minha reputação, meu futuro no mundo mágico.

- É isso o que eu estou tentando dizer, Hermione. Nunca acreditei que um dia diria uma coisa dessas, mas eu não valho o sacrifício.

- Devia ter pensado nisso antes de fazer eu me apaixonar por você!

- Como?

Meneei a cabeça cansada. Meu joelho protestava a cada passo que eu dava; eu não havia dormido; tinha acabado de entregar nas mão da maior fofoqueira de Hogwarts o segredo sobre meu namoro com Draco e muitas outras informações desnecessárias, acabando com qualquer chance de usar isso para abafar a notícia da gravidez de Gina; e, graças ao interminável sermão de Minerva, não sabia como estavam as coisas com Ronald e não chegaria lá tão cedo para descobrir. Uma discussão com o sonserino no meio do corredor sobre "eu não dever me arriscar por ele", depois de eu já estar enterrada até o pescoço em confusão, era tudo o que eu não precisava. Resolvi não dizer mais nada e me virei em direção a escadaria. Senti o toque frio dos dedos de Draco se fechando ao redor do meu braço esquerdo e ele me puxou de volta, de encontro ao peito. Foi como bater contra a parede, exceto que a parede não cheirava a âmbar, sândalo e musgo de carvalho. Antes que eu pudesse começar a protestar ele uniu nossos lábios. Experimentei o frescor da boca do sonserino e uma dor intensa no lado esquerdo do meu peito deixou claro como eu senti falta daquilo. Quando foi preciso respirar, Draco se afastou apenas o suficiente e encostou a testa na minha. Era quase uma mania, e eu sabia o que vinha a seguir, o mantra, as palavras menos que sussurradas. Tentei ler seus lábios, mas só compreendi o final "non est in me". Parecia latim... Gravei as palavras no fundo da minha mente, junto a um lembrete para procurar na biblioteca por um dicionário de latim .

Não preciso nem dizer que antes do café terminar, toda Hogwarts estava sabendo sobre Draco Malfoy e eu. Gina podia subir na Torre de Astronomia e gritar que estava grávida e ninguém nem ligaria. Dei Graças a Merlin por não termos nenhuma aula juntos durante a manhã. Por que, quando entrei na sala, fui bombardeada por perguntas e exclamações de desagrado. Fiquei imaginando o que teria acontecido se tivesse cruzado aquele portal acompanhada do sonserino.

- Você só pode estar brincado!

- O Malfoy? Como assim, Hermione?

- Por favor, me diga que isso é apenas mais uma fofoca da Patil!

- Traidora!

Eu consegui ignorar a maioria das coisas que foram ditas para mim, ou na minha direção. Mas ignorar os meus amigos era muito mais difícil. Afinal, a opinião deles importava. Por isso, aproximei-me do círculo que eles formavam no fundo da sala, preparada para o pior. Eu só havia me esquecido que o talento natural de Ronald - que constatei, com alívio, tinha sido liberado da enfermaria antes do café - era me tirar do sério...

- Sabia que estava desesperada, mas não fazia ideia do quanto.

- Vejo que não preciso me preocupar. Você está mais que recuperado, não é?! Pena quem te atacou não ter feito você esquecer que era um idiota!

- Eu podia ter morrido, Hermione. Podia estar internado no St. Mungus, amarrado em uma camisa de força e babando. Enquanto isso, a minha namorada estava por ai, beijando o meu pior inimigo!

Neville emitiu um ruído engasgado! E todos olharam para Ronald espantados. Nunca pensei que veria Luna dirigir um olhar duro e cheio de censura a alguém, mas o ruivo conseguiu. Achei que Gina ia pular no pescoço dele quando deu um passo à frente na pequena roda. E talvez tivesse sido até melhor para ele. Contudo, ela respirou fundo e sibilou de forma ameaçadora.

- Ex-namorada! Ex! Porque você quis assim. Desde que você terminou com ela, ela tem liberdade para sair por aí beijando quem quiser. Nossos amigos e, principalmente, a Hermione são muito educados para te dizer isso, então, eu vou dizer. Ninguém se importa com o que você pensa! E todos agradeceriam muito se mantivesse a boca fechada. Agora sai da minha frente, essa sua cara amarrada tá me dando enjoo.

- Enjoo, claro! Esqueci que a minha irmã é uma vadia de 17 anos que ainda nem terminou a escola e já está grávida do namorado.

- Ronald. É melhor você sair daqui ou eu juro que nós dois vamos nos arrepender do que vai acontecer.

Diante da ameaça de Harry, que pra mim demorou bastante para acontecer, o ruivo virou as costas, saiu resmungando e foi se sentar do outro lado da sala. Droga, Hermione. Podia ter feito o serviço direito! Já que estava brincando com os miolos dele, porque não apagou a parte da personalidade em que consta IDIOTA. Sufoquei o pensamento, mas não sem antes me lembrar de que Gina sugeriu isso uma vez, só que por vias trouxas. Algo que envolvia partir a cabeça dele no meio. Talvez essa fosse mesmo a única solução.

- Maldita hora em que ele acordou!

- Gina. Meu Merlin! Não diga uma coisa dessas. Se algo tivesse acontecido... Não gosto nem de pensar.

As primeiras semanas depois da batalha final ainda apareciam diante dos meus olhos, como se estivessem gravadas com fogo na minha retina. A tristeza. O luto. O silêncio. Como a temperatura n'A Toca parecia estar sempre a menos de zero, mesmo com o sol brilhando lá fora. Foi doloroso obrigar a vida a seguir e quando as coisas melhoraram, ainda assim não eram as mesmas. Imaginar que eu podia ter sido responsável por deixar os Weasley, minha segunda família, na mesma situação de novo era insuportável.

- Esquece o meu irmão. E a Patil?!

- Qual delas?

- A Padma, é claro. Alguma novidade?

- Até quando deixei a sala da McGonagall nada tinha mudado. Vão mesmo colocar aurores para fazer a segurança do baile? Harry, você não está pensando em cancelar, está?

- Essa ideia passou pela minha cabeça, Hermione. Mas o Kingsley não concordou. Ele acha que o ataque ao Ronald não aconteceu aqui e não acredito que saiba sobre a Padma. De qualquer maneira estamos organizando um esquema de segurança, as pessoas terão de aparatar fora dos portões e serão trazidas de carruagem, haverá aurores patrulhando o perímetro e dentro do salão.

- Concordo com o Kingsley. E nem sabemos se ela foi atacada mesmo, ou tem algum tipo de doença. - Gina respondeu, como quem expõe um argumento pela milésima vez. Depois, sua expressão se transformou, ela havia acabado de se lembrar de alguma coisa. Então, se virou para mim transbordando de animação - Aconteceu tanta coisa que eu esqueci, totalmente, de te contar. Os vestidos vão chegar na sexta. Mas não se preocupe, o seu é simplesmente demais.

Harry revirou os olhos diante da declaração e algo se remexeu inquieto no meu estômago. Isso não podia significar boa coisa!

- O Harry parece que não concorda. - acusei. E ele lançou um olhar traído para mim. - Na sexta? E se precisar ser ajustado?

- Na verdade, o vestido é lindo, Mione. Infelizmente, você vai adorar.

- Como assim, Harry?

- Nada, Mione. Não liga pra ele. Garotos não entendem nada de roupas. Não vai precisar de ajustes, eu garanto.

Gina quase esmagou Harry com o olhar. O que só me deixou ainda mais curiosa para saber o que ela estava aprontando. Mas eu sabia que não adiantava insistir. Então, voltei-me para o professor, que acabava de entrar na sala, e me deixei ser engolida pela aula. Fiz anotações minuciosas - ok, ainda mais minuciosas - dos comentários do professor, foquei toda a minha atenção nas explicações. Nada me distraia melhor do que estudar, aprender. Graças a Merlin eu ainda tinha isso na minha vida. Quando vi, já era hora do almoço. Draco não apareceu e eu fiquei dividida entre me incomodar com isso, ou não. Primeiro, porque eu não estava certa se o tinha desculpado pelas coisas que disse no jardim. Segundo, porque os olhares e comentários seriam ainda piores quando estivéssemos no mesmo ambiente, mesmo que não estivéssemos juntos. Terceiro, porque eu não sabia o que isso significava. Ele insistiu várias vezes para pararmos de nos esconder, mas agora que todos sabiam, parecia que era exatamente o que ele estava fazendo.

Finalmente tive um vislumbre do loiro durante o jantar, ele parecia abatido e cansado. Sintomas de uma noite sem dormir. Ele mal mexeu na comida, mas não tirou os olhos do prato. Minha nuca queimava com a intensidade dos olhares que eu recebia dos outros alunos. E me perguntei se ele não se sentia pelo menos um tiquinho incomodado também. Já tinha me conformado em fazer a ronda sozinha e pensei seriamente em pedir a Capa da Invisibilidade de Harry emprestada, mas desisti. Mesmo vestida com meu casaco mais quente, eu sentia frio enquanto caminhava pelo corredor. Ninguém com a consciência perfeita deixaria o conforto e calor dos salões comunais para ficar naquele gelo. Ainda era fim de outubro, mas o tempo tinha virado sem aviso e eu quase podia sentir o cheiro da neve se aproximando. Abaixei a cabeça para tentar aquecer meu nariz no cachecol e bati de frente com alguém. Com meu joelho podre e inútil para qualquer coisa, especialmente sustentar meu peso, foi inevitável não despencar de bunda no chão.

- Não olha por onde anda, idiota?

- O mesmo para você, Draco Malfoy!

- Hermione. Ah, droga! Eu sinto muito!

Draco me ergueu do chão com uma facilidade revoltante. E manteve um braço em volta da minha cintura quando eu titubeei em recolocar o pé esquerdo no piso de pedra.

- Não, você não sente. Qualquer outra pessoa ainda estaria estirada no chão enquanto você continuava seu caminho como se nada tivesse acontecido.

- Talvez. Mas nenhuma outra pessoa nesse castelo vale a pena o esforço.

O tom de voz sempre controlado dele, tinha um toque de amargura e ressentimento. Isso fez com que eu olhasse para Draco de verdade, pela primeira vez. O cansaço e abatimento pareciam ainda maiores de perto. Seus olhos estavam fundos, com grandes olheiras sob eles. A palidez ainda maior de sua pele já branca conferia ao loiro um ar quase fantasmagórico sob a luz dos archotes. Apesar do frio, ele usava apenas uma blusa de gola e um casaco e suas mãos estavam geladas.

- Pra onde estava indo? Já passa da hora de recolher.

- Te encontrar pra a ronda. Eu ainda sou monitor, se não se lembra.

Pisquei algumas vezes como que para fazer a informação penetrar no meu cérebro. E encarei os olhos cor de tempestade. Havia uma tristeza profunda escondida ali. Algo que nem de perto podia estar relacionado às nossas brigas. Então, eu lembrei e me xinguei mentalmente por ter esquecido. Lucius Malfoy seria executado com o Beijo do Dementador dali a dois dias.

- Esquece a ronda. Ninguém é idiota o suficiente para andar pelo castelo com esse frio. Como você está?

- Eu estou bem. Por que a pergunta?

- Não mente pra mim. Pode passar despercebido para os outros, mas eu sei que você, definitivamente, não está bem. Falou com a sua mãe de novo? Conseguiu fazer ela desistir?

Narcisa estava decidida a acompanhar Lucius até o fim, o que significava assistir a execução da terrível sentença. Depois de carregar o peso do mundo bruxo nas costas para evitar que alguma coisa acontecesse com a mãe, Draco não a deixaria, justamente, naquele momento. E, por pior que Lucius fosse, por mais que tivesse maltratado o filho e quase destruído seu futuro, ele ainda era o pai de Draco.

Ele não falou, apenas balançou a cabeça em negativa. E fixou os olhos azul-acinzentados em mim. Eu sempre me surpreendia com a força e a determinação que via ali. Mesmo em meio ao pedido de ajuda silencioso que as orbes tempestuosas me faziam. Então, eu o abracei o mais apertado que consegui, deixando-o saber o quanto seu sentia, que eu estava ao lado dele e que se dependesse de mim, ele superaria mais esse golpe.

- Você precisa dormir. Descansar. Tentar tirar isso da cabeça.

- Eu sei. Vamos dar uma volta, passar pelos pontos principais em que o pessoal se esconde. Depois eu penso nisso.

- Draco Malfoy, o responsável. Se alguém me contasse eu não ia acreditar.

- Influência de uma tal Hermione Granger. - ele brincou me estendendo a mão.

Peguei-a sem titubear e seguimos pelas escadas e corredores. Como eu previ, não havia ninguém fora da cama. Quando passávamos pelo corredor do terceiro andar soltei a mão de Draco e virei para trás.

- O que...

Ele interrompeu a pergunta no meio quando percebeu o surgimento da porta e sorriu triste.

- Sabe que se McGonagall descobrir teremos que cumprir detenção até o fim das nossas vidas, certo?

- Você não é o único que precisa de uma boa noite de sono. Eu não sei o que é dormir de verdade, desde...

- Desde que adormecemos juntos aqui. - ele completou minha frase, deixando claro que a mesma coisa aconteceu com ele.

O ambiente era praticamente o mesmo das últimas vezes, exceto por uma cama de dossel, que agora substituia o divã ao lado da lareira. O edredom vermelho e os grandes travesseiros de penas pareciam me chamar. Joguei-me na cama. Draco riu com gosto, se ajoelhou ao meu lado e retirou minhas botas. Depois, descalçou os sapatos e se deitou comigo sob as grossas e aconchegantes cobertas. Aninhei-me nele e adormeci quase instantaneamente. 

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