Meu Limite - QUEBRADOS 1

By KellyBFiguered0

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Antes de começarmos, você precisa entender três coisas básicas e essenciais: Amar é fácil, perdoar é necess... More

BOOK TRAILER
PREFÁCIO
PRÓLOGO
Capítulo 1 - Sucesso profissional
Capítulo 2 - Homens
Capítulo 3 - Doces maçãs
Capítulo 4 - Maçãs podres
Capítulo 5 - Luana
Capítulo 6 - Próxima vítima
Capítulo 7 - Visitante.
Capítulo 8 - Inquilino
capítulo 9 - Seguir
Capítulo 10 - Indesejada
Capítulo 11 - Equilíbrio
Capítulo 12 - Por do sol (Thor Telles)
Capítulo 13 - Espada♠
Capítulo 14 - Bem vinda ao México
Capítulo 15 - Mentiras
Capítulo 16 - De volta a realidade
Capítulo 17 - Boate
Capítulo 18 - Feliz Aniversário DOCE
Capítulo 19 - O anjo (Rafael Austin)
Capítulo 20 - Entre deuses e anjos
Capítulo 22 - Vá embora da minha casa
Capítulo 23 - Lobo de Longuine
Capítulo 24 - Rainha de Copas ♥
Capítulo 25 - Espetáculo
Capítulo 26 - Sem máscaras
Capítulo 27 - Destruídos ♣♥
Capítulo 28 - Cristal quebrado
Capítulo 29 - Copo de açucar
Capítulo 30 - Devastada
Capítulo 31 - Sob sua proteção
Capítulo 32 - Presságio
Capítulo 33 - O mal está a caminho
Capítulo 34 - Escuro como meu nome
Capítulo 35 - Delegacia
Capítulo 36 - Apenas a verdade
Capítulo 37 - Surpresa
Capítulo 38 - Sequestrada
Capítulo 39 - Aliado
Capítulo 40 - Atrito
Capítulo 41 - Cartas na mesa
Capítulo 42 - Refém do seu amor
FIM ♥ INICIO ♠ CONTINUA♣
aviso ♥

Capítulo 21 - Promessas

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By KellyBFiguered0

♥♠

O mundo é um aglomerado, poucos podem entender o que você sente. Parar, pensar, não utilizei a calmaria, desejo, somente esse teve poder pelos meus atos, de qualquer forma, nada justifica os fatos. Fui levada pela paixão avassaladora. Sou réu confessa, entregue se preciso for, o habeas corpus negado pelo ser humano ao meu lado.

Arrependimento? Qualquer brecha para isso foi exclusa com o cheiro de Thor Telles impregnado nos lençóis brancos que mal cobrem minha nudez, o homem dorme de bruços, seu rosto enterrado no travesseiro. A vontade de tocar suas costas bem desenhada é tentadora. Inspiro seu cheiro junto ao meu.

Acordar ao lado de Thor depois dessa noite quente, não deveria ser tão embaraçoso. Mas é.

A caminhada da vergonha para o closet é rápida, já que o trator está dormindo. Corro nas pontas do pé fazendo o mínimo de barulho que consigo, tranco a porta atrás de mim, encosto na porta do banheiro, suspiro aliviada. Encaro meu reflexo no espelho "enfim sós" consigo mesmo né.

Bonito pra sua cara?

O que faço agora? É tudo novo de novo pra mim.

Os sentimentos estão todos se revirando no estômago, causando uma ânsia maldita.

Onde fui me meter!

Luiza vai me esganar.

Como vou olhar pra ele chamar de amigo? Será que isso nos define?

– Layla – sua voz sonolenta grossa e preguiçosa, fazem as pernas estremecem, seguro firme na bancada da pia, o sangue para de circular normalmente. – Caiu da cama? – Fico em silêncio, como olhar pra cara dele? Ah esse famoso constrangimento pós foda, pois foi apenas isso que fizemos, não foi? – Eu preciso mijar... Está tudo bem? – Claro que não! Mas, como falaria isso pra você? Silêncio longo – abra a porta – desconheço se foi pergunta ou interrogação seu pedido sutil.

– Estou nua!

– Sério isso?

– Thor, pegue minhas roupas, por favor? Liberarei o banheiro logo em seguida.

– Hoje é domingo Layla, nossas agendas estão vazias, bom pelo menos a minha. Podemos fazer qualquer coisa sei lá. – A confusão presente está em ambos os amantes.

Devolvo o silêncio.

– Se você quiser é claro. – Ele insiste. – Bom vou a outro banheiro, depois estarei na cozinha, pode usar uma camisa minha se achar melhor, suas roupas estão em algum lugar do quarto caso queira usá-las, tanto faz. – O dissabor se faz presente em sua voz.

– Tá. – Thor merece muito mais que um simples "tá" ainda assim é tudo que posso oferecer.

Diante do grande espelho sobre a pia, encontra-se alguém ruborizada, está longe de ser a devassa debaixo daquele corpo grande, as memórias eloquentes fazem a merda de o calor reaparecer, abro a torneira deixando á água corrente, lavo o rosto, esperando com sinceridade que á água leve as lembranças e o fogo consigo. A mulher a minha frente está diferente! Os olhos inchados devido ao choro da noite passada, uma nova cicatriz recém-fechada está gravada em meu seu ego.

Levo a mão até o peito e o toco, cheio de manchinhas roxas, denominados chupões estão bem visíveis, o pescoço está marcado de roxo crescente.

– Ooow não! Essa não.

Que noite? Palavras são insuficientes para descrevê-la.

Novamente quebrei mais uma regra, estou ficando boa nisso.

"REGRA 5: NÃO DURMA COM OUTRO, JAMAIS"

O cheiro de bacon invade meu nariz, quantos metros quadrados, me separam da comida? Saio do banheiro a procura de uma peça confortável pra usar no closet imenso do rapaz, a uma variedade, atrevida que sou, mexo com vigor nas suas coisas.

Uma camiseta preta cai na metade da coxa acompanhada de uma cueca da mesma cor bem confortável e flexível, posso até trocar por algumas calcinhas minha, caso deseje.

Ele é de se admirar, eu não posso evitar.

Solidão andou junto por tanto tempo, o clarão em forma de homem, retira essa sensação sem grande esforço. "Estarei sempre aqui" vi verdade no azul topázio desde o início, confiei no amigo, me entreguei ao amante. Fui tratada pelo doutor. Estou babando no cozinheiro? Quantos mil homens podem ser em um só?

Thor veste apenas um short preto de tactel exibindo a bunda bem desenhada, nas costas corpulenta os vergões rosa estavam por toda parte, coro, minhas bochechas lembrando que sou a agressora. Despeja na travessa branca de porcelana a omelete aparentemente deliciosa, bacon, suco de laranja, variedades de iogurtes e cereais, café, leite...

– Não sabia que cozinhava. – Sento na cadeira sob a mesa de vidro bonita centralizada na cozinha, totalmente cobiçosa, frutas diversas chamam atenção, o estômago impudico ronca.

Percebe que tem companhia com surpresa brilhando nos olhos azuis, oferece um pequeno sorriso.

– A algumas coisas a descobrir, sou uma caixinha de surpresa.

– Uma caixona. – Deveria manter a boca fechada, isso facilitaria muito a vida.

Thor tem sua boca bonita vermelha e inchada como se tivesse sido beijada a noite toda, retorcida em um sorriso lateral totalmente sacana, senta-se ao meu lado na mesa, depositando um beijo doce em minha testa, sim isso foi o seu jeito de desejar bom dia.

– Caixona? Grande? Gosta de coisas grandes?

– Thor não seja devasso essa hora da manhã. – Julia aparece segurando Roberto sonolento pela mão. – Bom dia cunhadinha! – O casal senta se a nossa frente e começam a servir o café da manhã. – Então, como foi à noite dormiram bem?

Roberto cai em uma gargalhada profunda.

Engasgo com o suco.

– Eles não dormiram, e não me deixaram dormir, foi uma droga.

– Da pra pararem de falar?

– Vamos à praia hoje! Vai ser tão emocionante.

– Não entendo como você acorda tão animada assim? – Roberto questiona.

– Layla devia aderir ao bom humor matinal. – Meu companheiro dá de ombros.

– Você ronca feito um trator. É impossível. – Empurro o braço dele com humor.

– Ronca mesmo, desde pequeno Tito é assim, defeito de fábrica, eu fui único que os Telles fizeram bem-feito. – Rimos.

– O defeito dele é no cérebro, mais isso é o de menos, pelo menos ele não ronca. – Thor revira os olhos.

– Só para te alertar, Tito não faz café da manhã pra gente, tipo nunca! Não se iluda.

– De que lado você está Julia?

– Do lado da verdade.

Cada pedacinho da omelete cai como uma luva perfeitamente feita para meu estômago, estava tão saborosa que roubei metade da de Thor ele apenas balançou a cabeça em negação.

– É meu irmão você está criando um monstro.

Comemos tranquilamente entre risadas, e brincadeiras. Num campo agradável de cheio de regalo.

Deve ser assim um domingo em família.

Julia e Roberto se retiram, logo após terminarem o café, com a desculpa de irem à praia. Ajudo Thor a despejar a louça na pia.

– Tenho um presente, que ainda não te dei.

– Você já fez tanto por mim.

– Vem. – Enlaça minha mão com a sua, já não sinto agonia, nem mesmo penso ser errado, apenas desfruto em silêncio o conforto que me traz.

Chegamos ao seu quarto, ele procura sua calça jeans encontra num canto do quarto, próxima à mesa com livros composta pelo grande computador negro. Ontem o local parecia bem arrumado, hoje possui peças de roupas espalhadas pelo chão como decoração principal, e provas vivas de que não estávamos num sonho bom. Observo minha calcinha vermelha na cadeira giratória, não me preocupo em salvá-la. O grandão retira algo barulhento de dentro do jeans. Está embrulhado em papel rosa laminado.

– Bom, quis te dar isso, por que acredito que tenha um significado interessante.

Entrega o embrulho. Recebo com prazer.

Ao abrir a pequena caixa vermelha formando um coração, encontro uma pulseira fina de ouro branco, pendurados alguns objetos fofos, uma pequena maçã, um coração, uma chave, e um livro. É a joia mais linda que já vi, delicada e significativa. Melancolia aparece em meus olhos, observo o rosto examinador.

– Gostou? – Agarro o pescoço grande em um abraço esmagador, novamente meus pés não tocam o chão, Thor me tem em seu colo.

– Obrigada – sussurro e selo nossos lábios.

Ficamos grudados assim por alguns minutos.

– A maçã foi sobre o dia que me enfeitiçou. Os livros, é só pra dizer que a sua história é você quem escreve – Explica e novamente selo nossos lábios e nossos corpos.

– O coração e a chave? – Pergunto, ansiando a sua resposta.

Sou depositada no chão novamente. No topázio encontro carinho e esmero.

– Bom essa parte, é simples. Seu coração está com você, estou te entregando à chave.

Realmente você o fez Telles, e fez com graciosidade. Dominada por uma comoção abrasadora, deito minha cabeça no seu peito, e aspiro forte o perfume amadeirado do seu peito nu. Tornei-me um mar de afeto ambulante, tempestuoso e sem calmaria, seus braços prendem meu corpo junto ao seu.

– Eu te quero, talvez você queira também... existe o medo de errar, e não dar certo, isso nos afastará, caso deixe. – Ergue meu rosto com a ponta dos dedos, abaixando o seu para que fiquemos mais próximos, fixa os olhos nos meus, a nossa diferença de tamanho é cômica, seu hálito quente rente ao meu rosto, faz os pelinhos do braço se levantarem. – Fechar os olhos para o que aconteceu meu bem já não adianta mais, eu vou estar sempre aqui, foi uma promessa, irei cumprir, o tempo que achar necessário.

– Talvez eu queira tentar.

– Isso é o bastante pra mim. Por enquanto.

Já não existiam palavras, apenas o toque falava por nós dois.

– Thor eu preciso de ajuda...

– Qualquer coisa!

– Tenho uma tia Luana e... – Contar toda história no colo de Thor Telles foi mais fácil do que esperava, ele secou todas as lágrimas, beijou minha testa inúmeras vezes, colocou o cabelo descompassado atrás da orelha, fez pegar no sono novamente, ninando me feito criança nos braços grandes, mas antes de apagar totalmente tranquilizou.

– Vamos tirar Luana de lá princesa, custe o que custar.

Fizemos amor toda aquela tarde, perdidos um no outro sem querer se achar. E por alguns instantes eu achei que poderia ser feliz. Mas estava errada. Totalmente.

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