Meu Limite - QUEBRADOS 1

By KellyBFiguered0

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Antes de começarmos, você precisa entender três coisas básicas e essenciais: Amar é fácil, perdoar é necess... More

BOOK TRAILER
PREFÁCIO
PRÓLOGO
Capítulo 1 - Sucesso profissional
Capítulo 2 - Homens
Capítulo 3 - Doces maçãs
Capítulo 4 - Maçãs podres
Capítulo 5 - Luana
Capítulo 6 - Próxima vítima
Capítulo 7 - Visitante.
Capítulo 8 - Inquilino
capítulo 9 - Seguir
Capítulo 10 - Indesejada
Capítulo 11 - Equilíbrio
Capítulo 12 - Por do sol (Thor Telles)
Capítulo 13 - Espada♠
Capítulo 15 - Mentiras
Capítulo 16 - De volta a realidade
Capítulo 17 - Boate
Capítulo 18 - Feliz Aniversário DOCE
Capítulo 19 - O anjo (Rafael Austin)
Capítulo 20 - Entre deuses e anjos
Capítulo 21 - Promessas
Capítulo 22 - Vá embora da minha casa
Capítulo 23 - Lobo de Longuine
Capítulo 24 - Rainha de Copas ♥
Capítulo 25 - Espetáculo
Capítulo 26 - Sem máscaras
Capítulo 27 - Destruídos ♣♥
Capítulo 28 - Cristal quebrado
Capítulo 29 - Copo de açucar
Capítulo 30 - Devastada
Capítulo 31 - Sob sua proteção
Capítulo 32 - Presságio
Capítulo 33 - O mal está a caminho
Capítulo 34 - Escuro como meu nome
Capítulo 35 - Delegacia
Capítulo 36 - Apenas a verdade
Capítulo 37 - Surpresa
Capítulo 38 - Sequestrada
Capítulo 39 - Aliado
Capítulo 40 - Atrito
Capítulo 41 - Cartas na mesa
Capítulo 42 - Refém do seu amor
FIM ♥ INICIO ♠ CONTINUA♣
aviso ♥

Capítulo 14 - Bem vinda ao México

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By KellyBFiguered0

Olá pessoal antes de começarmos ja gostaria de pedir seu voto, lembrando o quanto é importante pra mim, comentem bastante também. Um grande beijo da autora que é fã de vocês!

"Eu nasci em uma tormenta, eu cresci do dia para a noite, jogava sozinha, eu sobrevivi, queria tudo que nunca tive, como o amor que vem junto com a luz, eu senti inveja e odiei isso, mas eu sobrevivi..."

♥♠

Ana notou sinais de depressão, sempre havia notado. Com o passar dos anos descobri que vivia apenas momentos e guardava a vida pra depois. Sem demora ela agiu, do jeito que sabia, jogando-me para que alguém caridoso capaz de resolver o contratempo.

É egoísmo contar que Luiza é única culpada, quantas vezes eu poderia ter cessado o jogo. Estive apaixonada grande parte da minha vida por Austin nem ao menos sabia disso, sua presença deixava tudo natural, os momentos felizes, os beijos, o cuidado em excesso a dependência...

Dependência te torna vítima, se iguala à cocaína, inofensiva no começo, chega a ser bonito, algumas garotas diziam "fofos", e então, a rotina sem ela se torna inaceitável. Cedo ou tarde, faltará e quando acontecer estar pronta será impossível, porque você depende de um auxílio proteção, sustento espiritual, tão acessível, o descomplicado é prazeroso, quantidade em excesso causa asfixia, voltar a respirar sem sua droga preferida conduz a abstinência mais grave que se pode ter de corpo e alma.

E é assim que sigo, tentando, um dia após o outro achar o clarão que me faça respirar sem aparelhos, sem depender.

Por uma coincidência estranha todos os quartos estão trancados, nos restando apenas um para dividirmos. Não fiz nenhuma constatação porque o dono do iate se prontificou a dormir no sofá, depois de soltar algumas piadinhas insanas, claro, se não fossem as piadas, não seria ele, Thor Telles.

Falando nesse homem prejudicial à saúde, tem se mostrado um completo bagunceiro, deixou a toalha por cima da cama, o banheiro está todo molhado, bagunçou até a minha mala.

– Vou ter que ensinar a serventia do box pra ele. – Digo encarando o espelho, quem será a mulher que tem seu olhar em mim? Toco meus cabelos, ela repete, a ponta do nariz e a cintura fina e ela faz o mesmo. O sorriso ainda dói, mas dor não é tudo que se vê.

Será ela dona de si? Advogada estudiosa? Garota brincalhona e alegre? Mulher desejada? Ícone da moda nas redes sociais? Ou será a criança com fobia da mãe, de magoar, ferir Luiza além do que a vida já havia feito parecia cruel. Sou apenas a sua carta na manga, a mulher que fez da minha vida inteira um jogo?

Alguém pode me ver através do espelho? Através da dor? Relembrar quem fui não faz me sentir segura, a segurança vem degradante, ainda que morna, me faz sentir suas partes dívidas;

Duas extremidades diferentes.

Thor me ensina lutar.

Rafael sempre lutou por mim.

Aprender a andar sozinha é torturante, as quedas tornam difícil e extinguem a coragem. Uma muleta emocional, era disso que precisava? Porque achava a mulher do espelho impotente demais pra reagir, sem alguma ajuda.

Mentira. Eu sou a minha própria fortaleza, e no fundo do convencional sei disso.

– Ei, a reserva é pra hoje em. – A voz grave de trás da porta alerta. – Já estamos ancorados, princesa.

– Estou indo.

O vestido longo verde oliva agarra minha cintura no estilo sereia como pede o mar, contém uma abertura dos pés até as coxas em cada perna, transformando numa peça leve e sexy, no rosto uso batom vermelho, apenas por me dar sensação de poder, da qual tanto abdiquei. O banho de sol tonalizou minha pele, posso dizer que gostei do tom dourado, na maioria das vezes a qual o sol me pegou, descasquei feito cobra, dessa vez ele me deu a melanina certa, o resultado diante do espelho parece bom.

Ao abrir a porta, meu queixo cai, no sentido figurado. Você já teve um homem vestido com uma bermuda de linho escura, tênis branco, camisa azul marinho dobrada até os cotovelos desenhando os sinais dos músculos delineados, três botões abertos da gola não fazem suspense do bíceps bem torneados por baixo dela? Sinto a boca salivar, repenso meus conceitos sobe ser uma ninfomaníaca, com seu olhar passeando lentamente por cada centímetro do meu corpo.

– Quantas mulheres quer matar hoje vestido assim? – Penso em alta voz.

– Talvez uma, se não der certo duas, ou três... – Brinca, e continua sua análise corporal.

– Homem você é mesmo insaciável, vai causar uma destruição em massa.

– E você vai causar uma ejaculação precoce, provavelmente em mim. – Encaro-o desacreditada, cada palavra que sai daquela boca esperta é responsável por um tipo de frisson diferente.

– Thor!

– Layla – desfruta meu nome em sua boca.

– A reserva é pra hoje?

– Você aprende fácil princesa, vamos?

– Vamos, estou morrendo aos poucos sem burrito na boca. – O sorriso dele dessa vez é singular, perdido numa piada interna.

– Calma, estou apreciando a vista.

– Vou te abandonar. – Caminho até a porta, sem escutar suas passadas, paro para encará-lo, sua visão está pousada na parte traseira do vestido verde oliva.

– Thor você está mesmo olhando minha bunda?

– Eu disse que estava apreciando a visão. – Levanta vestindo seu sorriso imoral o braço grande envolve meu pescoço pousando no ombro. E caminhamos sem pressa.

A noite está exclusivamente bonita hoje, estrelas marcavam presença, mais nada ofuscava o brilho da lua cheia. Assim como dentro de mim, Thor tomava espaço, ganhava morada, contudo, o inquilino mesmo sem querer, continuava a subsidiá-lo.

O restaurante enchia os olhos. Localizado em uma ilha particular, as luzes espalhadas lembravam balões no céu, uma pista de dança feita de pilares de madeira rodeado por orquídeas das mais varias cores por onde caminhamos lado a lado, desfrutando do perfume suave.

Os mais diversos tons, prestigiavam o lugar. Cantores vestido de branco com chapeis de palha composto por abas enormes, denominado mexicano e seus violões vieram nos cumprimentar logo que entramos no cercado florido cantando alegremente:

Que bela dama da noite, trazes querido, sorte tem em ser o noivo dela. – Tocando no violão ritmado uma canção feita pra mim com espontaneidade.

Das rosas mais lindas do México, tu donzela – segura minha mão, depositando um beijo, sorrio encantada, Thor apenas encara rígido – és a mais bela.

– Este senhor bem-apessoado, bem galante, mais prefiro dançar com dama do lado. Quem sabe assim ser seu namorado? – Continua em sotaque espanhol, outro cantor, me tira para uma dança engraçada, segura me pela ponta dos dedos, rodopiando o corpo.

Quase como um sonho que posso alcançar, cada movimento que faço, me encontro perdida apenas no contentamento, e sei que são esses momentos os quais vou guardar para sempre.

O período dançante acaba com seu pedido pouco amigável:

– Poderiam me devolver a dama?

Os cinco cantores saem sorrindo, cantando para o próximo casal, estou radiante, leve, sorridente.

– Esse lugar é inexplicável. – Entrelaça nossos dedos, o vento traz seu aroma amadeirado para o meu olfato, aspiro fundo.

– Você o torna assim. – Minha face se transforma da euforia para estática, encarar a luxúria presa naqueles olhos foi uma tarefa fatigante, deixa um rastro ardente por onde traça o polegar em minha bochecha sem pressa, posso sentir a umidade escapando de nossas palmas, o brilho azul topázio, lembra as nuvens pintadas no céu claro, nossas testas se encontram, seus lábios estão a um dedo de distância, o coração parece não bater no peito, posso sentir o gosto do seu lábio quando se junta ao meu, molhados, quentes... Mas então, estrago nosso momento, erguendo com gentileza a mão no seu peito, afastando apenas centímetros para que possa encarar seus olhos.

– Thor... – A voz rouca carregada pelo desejo. – Eu, não posso.

– Por quê? – Desacredita.

– Eu amo Rafael...

– Ainda assim, está aqui comigo, você gosta de mim também.

– Eu gosto, é tudo que posso dizer.

– É tudo que preciso ouvir. – Fecho os olhos, não tem como estar prepara para esse tipo de coisa, ser enlaçada na cintura fortemente por Telles, nossos corpos se unem, testas voltam a se encontrar, respirações descontroladas, mesmo sem ver, sinto o peso dos seus olhos na minha boca entreaberta, lhe dando permissão desnecessária, já que pedir licença, não era do seu feitio, a mão áspera prende nossos rostos, enfim, levando o martírio consigo, meu lábio está suavemente preso ao seu, a briga começa quando nossas bocas se perdem uma na outra, aperta me com rigor contra seu corpo volumoso, e eu posso sentir tudo, todo meu efeito sobre ele.

Na ponta dos pés, prendo os braços no pescoço comprido tendo a intenção de amarrar a mim. Nos beijamos sem medida, sem pudor, sem medo. Sem cautela, novamente estou caindo no abismo escuro demais para ver se no fim tem amortecedor antiqueda, saltei sem nenhum paraquedas. A língua atrevida explorava cada pedaço da minha boca, com ânsia, desejo, paixão.

Não sei quanto tempo nos beijamos, seus lábios estão inchados borrados de batom não diz que os minutos foram poucos.

Como estariam os meus?

O fogo azul me queima. Com a mão recém-pousada em seu peito, posso escutar as batidas atribuladas, sente dificuldade pra voltar a se concentrar.

– Os recém-casados são sempre fogosos. – Cochichos abalam o meu equilibro contado. Virar gelatina diante desse homem obrigou suas mãos a agarrem novamente minha cintura, juntando nossas bocas em uma possessão sem fim.

Consciência, tinha total consciência do quanto estava errado fazer aquilo, ainda assim senti cada mínimo segundo da língua exploradora, convidativa, queimou minha boca na sua, calor presente fez os pelinhos do braço se levantarem, em resposta sua mão ágil caminhando pela base da minha cintura encontrando a nuca indefesa, agarrando-a com tanta vontade que o gemido alto, desadormecem meus sentidos.

Eu nunca fui beijada assim. Como se o tempo estivesse acabando, e o fim do mundo sob nossos pés.

– Thor...

– Tudo bem, eu sei, tá tudo bem... – Ele não sabia! Me calei, se soubesse do quanto estávamos errados em achar que isso não nos afetaria. Em todo caso, sem convite, sem amarras, sem resistência, sem medo, cada vez mais perto, estávamos caminhando juntos para autodestruição. – Burritos?

– Burritos, mas primeiro deixa que eu limpe esse batom.

– Por que não gostou da cor? – brinca sorridente.

– É linda.

– Não como a dona dele.

Navegar no topázio dos seus belos olhos por instantes, foi como dormir. Num sono profundo e perverso. Despertei rápido demais com a voz de outra mulher, nos devolvendo a realidade.

– Bem-vinda ao México senhorita! – Recebe-nos a graciosa recepcionista, tem um sorriso bobo no rosto, transformando minha feição em vermelho tomate. – Por gentileza podem me acompanhar, vou leva-los até uma mesa.

♥♠

– Você é um ótimo mentiroso.

– Eu jogo limpo! – Sorrimos.

– Ela acha que nós somos os reis da Inglaterra, isso é tão errado Thor.

– Que culpa tenho de ter um porte nobre.

Depois de um jantar maravilhoso, ganhamos uma garrafa de tequila a qual fui proibida de tomar uma gota se quer, presenteada pela gerente do restaurante, que nos confundiu com rei e rainha da Inglaterra, não sei por que chegou a essa conclusão, Thor apenas aceitou seu ultimato aceitando suas reverências.

Sentados à beira mar, as ondas quase tocam nossos pés.

Olhar o infinito nunca foi tão bonito.

– Layla, precisamos conversar... – O frio gélido percorre minha espinha, parando no estômago, causando um leve enjoo. – Está tudo bem? – Questiona com preocupação estampado no rosto bonito. Faço apenas sim com a cabeça, ele continua... – É sobre sua mãe...

Sabe qual é o problema das mentiras? É que um dia a verdade vem à tona, dolorosa, sem nenhuma preocupação com os danos colaterais. É uma tempestade furiosa, arranca tetos de vidro, destrói a natureza em si, leva qualquer muro de proteção, te deixa na chuva, e uma vez na chuva, se molhar é inevitável.

♥♠

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*** Após a conclusão das postagens, a história permaneceu completa até 18/11/2020 e então foi retirada, ficando apenas alguns capítulos de degustação...