Ensina-me, professor

By jk_writer

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Marina é uma jovem inteligente que, junto com suas três melhores amigas e sua mãe, consegue lidar com a dor q... More

É AMANHÃ
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
VOLTEI

Capítulo 20

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By jk_writer

Marina

Acordo custando a acreditar que tudo realmente havia acontecido. Olho por baixo do lençol e nenhuma roupa me cobre, mexo a cabeça e vejo Arthur dormir tranquilamente ao meu lado. Levanto uma parte do cobertor em cima dele e confiro. "Oh meu Deus!" Ele está nu! Não foi sonho. Eu realmente havia perdido minha virgindade com o meu professor!! Rio alto e paro olhando para seu semblante tranquilo. Fico um tempo parada, vendo se ele não havia despertado com meu quase ataque e admirando cada detalhe de seu rosto. 

Que loucura! Como ele sabia que era meu aniversário? E quando ele pediu demissão? Eu teria que perguntar tudo quando ele acordasse. Ele foi tão carinhoso, atencioso... Não foi sonho, foi real. Pude ver nos seus olhos que era verdade. Eu não podia estar mais feliz. Me levanto com cuidado para não desperta-lo e fui em direção ao banheiro para tomer uma ducha rápida. Visto as roupas íntimas que havia trazido e quando volto para o quarto pego uma camisa de Arthur. De algum lugar meu celular vibra. Procuro-o e quando o acho, vejo o nome da minha mãe na tela e três ligações. Retorno imediatamente, saindo do quarto. 

- Oi mãe, bom dia - falo quando ela atende.

- Oi filha, te liguei mais cedo, mas você não atendeu.. Aconteceu alguma coisa? - pergunta.

- Desculpa. Acho que dormi demais e deixei o celular no silencioso. Não vi quando me ligou. - não iria dizer que estava dormindo até agora porque havia transando com o meu professor, certo?

- Você acordando tarde? Por acaso a mocinha saiu? - pergunta investigativa. 

- Na..Não. Só assisti até muito tarde - respondo e ela ri. 

- Filha é seu aniversário, aquele rapaz te chamou pra sair, por que não vai? - ela estava falando do Bruno. 

- Não sei mãe. Talvez eu saia só com as meninas mais tarde - falo sabendo que pouco provavelmente isso irá acontecer.

- Tudo bem, meu amor. Não tive como te ligar ontem, desculpa. E agora tenho que desligar. Vamos tomar um café da manhã com uns sócios do Ricardo e preciso estar lá. Qualquer coisa me liga. Mas eu tinha que falar com você e te desejar feliz aniversário. Eu te desejo somente coisas boas. Que você tenha muitos anos de vida abençoados. E saiba que me enche de orgulho. Comprei um presente, te dou quando chegar.- fala rindo e eu também rio. 

- Obrigada mãe - agradeço.

- Não vai reclamar comigo? Dizer que não precisava? O que fizeram com a minha filha? - ri. "Droga, minha mãe me conhecia muito bem". Escuto uma voz ao fundo e ela responde alguma coisa - Preciso saber o que aconteceu que te fez mudar assim do nada. Mas agora preciso mesmo ir. Se cuida filhota, beijo - "Fui Salva!". Nos despedimos e desligo.

Me vi rindo sozinha. Uma parte era por nervosismo.Eu sabia o que, ou melhor quem havia operado essa mudança em mim. Foi ele. Ele me fez perceber algo que por anos me enganei. Ele me deu motivos pra comemorar. De um jeito discreto que não percebi acontecer, Arthur conseguiu fazer com que eu aceitasse e gostasse de tudo que antes não via graça alguma. Primeiro a surpresa. Nunca gostei disso, e o que ele faz? Me traz pra um lugar desconhecido, me dá presentes e me proporciona a melhor noite da minha vida. O fato do meu pai não estar comigo, não quer dizer que eu não tenha motivos para comemorar. Nós perdemos pessoas, essa é a verdade. Mas não podemos nos perder. E o Arthur me mostrou isso. Ele mostrou que o fato de estarmos bem, vivos, já é o suficiente. Volto para o quarto e Arthur está acordado e parece procurar alguma coisa, mesmo estando deitado. Deito na cama e ele me olha. 

- Onde você estava? - pergunta me puxando para seus braços, fechando os olhos em seguida. 

- Acordei há algum tempo, minha mãe ligou agora a pouco pra desejar Feliz Aniversário - respondo - Por falar disso, como você sabia? - senti que ele sorriu. 

- Tenho minhas fontes... - se gaba.

- E eu poderia saber quais são elas? 

- Não. - ri - Adoro o seu cheiro - fala inalando o perfume na minha nuca. Me arrepio imediatamente. 

- Está na hora de acordar, professor - falo sorrindo, enquanto ele permanece aconchegado em meus braços. 

- Não está e não sou mais seu professor - me lembra.

- Como vão ficar as coisas agora? - pergunto receosa. - Digo, você não vai se prejudicar com isso? - Eu precisava saber, não é mesmo? 

- Olhe pra mim - me encara - você acha mesmo que devemos falar disso agora? - faço que não com a cabeça.

- Apesar de não podermos contar à todo mundo ainda. Estamos quase na metade do ano, logo logo suas aulas acabam e não teremos mais o porquê de esconder isso. Você já é maior de idade e não trabalho mais no seu colégio. Graças a Deus, inclusive - pisca o olho e sorri. Tudo parecia um sonho e o meu único medo era o de acordar. 

- Então você já tinha tudo planejado? - finjo estar brava. - Você está se mostrando um grande safado, Sr. Ferraz.

- Acho que estou - dá uma risada gostosa de se ouvir.

- Gostou do seu presente? - perguntou com o olhar divertido e eu corei. Ele sorri. 

- Qual deles? Acho que você me deu bastante em um dia só - rimos. - Mas amei, TUDO - falo e nos olhamos. Havia intensidade, paixão... Tudo em um único olhar. 

- Fico feliz, acho que não durmo tão bem há bastante tempo - fala pensativo. - E agora - fala se levantando - Nós vamos tomar um banho - completa.  

- Mas eu já.. - não tenho tempo de responder, pois Arthur me pega nos braços e me leva até o banheiro. Eu nem reajo, porque na verdade eu quero ir. E vou com o coração transbordando de felicidade. 

Sabe como alguns homens preferem os seios e outros as bundas? Pois é, preciso reconhecer que funciona do mesmo jeito para nós, mulheres.

Eu, por exemplo, prefiro antebraços. Tem algo nos antebraços masculinos que são tão... Masculinos, de um jeito bem viril. E o Arthur tem os melhores que já vi, são fortes e torneados, não são nem muito volumosos, nem muito finos, mas que dão aquela impressão de "nossa, esse deve ter pegada!". Pois é, e porcaria como ele tem! Eu havia saído antes dele do banho, pois teria que escolher algo pra vestir. É claro que eu não trouxe só uma muda de roupa como ele pediu. Trouxe umas três e havia optado por uma saia jeans e uma blusinha leve de alças. Assim que termino de atacar a sandália Arthur sai do banheiro e tira a toalha de seu quadril, esfregando nos ombros. Tenho quase certeza de que comecei a babar. Talvez eu esteja reconsiderando tudo o que pensei sobre antebraços e músculos superiores e esteja tentada a demonstrar minha preferência ao músculos inferiores, principalmente se eles formarem uma bunda como a que acabei de ver. 

- É falta de educação ficar encarando, sabia? Meus olhos se arrastam até os dele. Ele está sorrindo. Dou um passo em sua direção, como um puma se aproximando de sua presa. 

- Agora é? - Arthur lambe os lábios enquanto me aproximo sorrateiramente.

- Com certeza. - Uma gota d'água desliza até o meio de seu tórax. Tem mais alguém com sede? 

- Bom, não quis ser mal educada. - Claro que não. No momento em que estou prestes a partir pra cima dele, meu estômago ronca. ALTO.

Grrrrrrrrr

Arthur dá uma gargalhada.

- Acho que tenho que te alimentar antes. Você vai precisar de energia para o que preparei. - Mordo meu lábio, ansiosa. 

- Você planejou algo? - pergunto curiosa.

- Para você? Sempre. - fala e vem em minha direção. - Temos muita coisa para fazer até o fim do dia. 

- Oh droga! - exclamo e ele fica confuso. Eu havia esquecido totalmente. 

- Eu preciso estar em casa antes do fim do dia. - digo e ele ainda parece confuso. - As meninas me convenceram a ir numa balada hoje à noite e dormir na casa da Júlia depois. - ele fica tenso. 

- Onde? - pergunta.

- Não sei ainda. É de um amigo do pai da Carol - dou de ombros. 

- Você tem mesmo que ir? - pergunta e eu concordo. Arthur me aperta em seu abraço e cola nossas testas, com os olhos fixos nos meus. 

- Eu acho que posso fazer você desistir - fala com a boca à milimetros da minha. "Ah meu Deus! Como resistir?" 

- Sim, você pode. - concordo já formulando mentalmente a desculpa que poderia dar. "Por que falar com o Arthur de maneira coerente quando ele está tão próximo a mim é tão dificil?!" - Mas não vai... - resisto.

- Eu sei. Por mais que eu queira que você fique não posso te impedir de ir se divertir, afinal a aniversariante é quem manda! - fala sem sinal de raiva, mas existe algo diferente no seu olhar - Acho que podemos aproveitar a praia um pouco e irmos embora depois do almoço. 

- Eu não queria ter atrapalhado tudo que você deve ter planejado... - digo me sentindo mal por isso.

- Tudo bem, linda. Hoje é seu dia, nada de se desculpar! - disse me tomando nos braços. Nos soltamos e desço para a cozinha. 

Tentei achar o necessário para preparar o café, mas nada. Não encontro nada. Fico procurando algum tempo até Arthur descer. 

- Onde estão as coisas aqui? - Pergunto e ele começa a pegar algumas panelas e coisas num armário que eu não havia sequer visto ali, já que ficava meio escondido de onde estava pela parede. Arthur parece conhecer tudo muito bem aqui. Não comento nada por enquanto, apenas pego o que preciso e preparo o café, enquanto ele faz panquecas. 

Não demora muito até estarmos comendo. A comida está realmente muito, muito boa. Será que tem alguma coisa que ele não saiba fazer que fique maravilhosamente bom? Percebi que eu estava encarando-o. 

- O quê? - me olhs. 

- Você parece conhecer as coisas por aqui muito bem.. - ele sorri. 

- Já vim aqui outras vezes.. - falou.

- Você já trouxe mais alguém aqui? - pergunto temendo a resposta. Ele deu uma risada. 

- Essa casa é de um amigo meu, mas ele raramente vem aqui. Então me deu as chaves para que quando eu precisasse me distrair ou algo do tipo viesse. Na maioria das vezes venho quando tenho algum problema, ou coisa assim. É claro que aviso a ele antes, mas como te disse, ele
nunca vem. E não, nunca trouxe ninguém exceto você aqui. 

- Então eu sou um problema? - pergunto fingindo estar séria, porém aliviada com sua resposta. 

- Você entendeu o que eu quis dizer - ele diz ainda sorrindo. Dou de ombros.

- Eu sei, eu sei. Eu também tenho um lugar assim. É claro que não é uma casa na praia nem algo do tipo. - reviro os olhos - Mas costumo ir à uma praça que fica perto da casa da minha avó, no interior. Foi ali que meus país se conheceram. Minha mãe me contou a história, quando ainda morávamos lá. Meu pai costumava me levar para a pracinha toda vez que íamos ver meus avós. Minha mãe dizia que todas as vezes ele me contava a história de como se conheceram. Eu vou pra lá pra pensar, observar as crianças com seus pais, brincando, rindo... Antes eu ficava me imaginando ali com ele, no lugar delas e ainda hoje penso em como seria se ele estivesse comigo. Não gosto nenhum pouco de cemitério, por isso prefiro ficar na pracinha, sentada em um banco vendo pessoas felizes, aproveitando momentos felizes. Nada de pessoas tristes lamentado a perda de alguém. Eu já lamentei por muito tempo a minha e não quero mais isso. - Arthur me olha  em silêncio. Seu rosto não expressa nada, apenas me observa. 

- Eu nunca conheci seus avós. Ou melhor, já os vi quando tinha dois anos, acho que não lembro dos seus rostos,  mas meus pais sempre diziam que eles era ótimos. Acho que preciso reencontrá-los. - fala e eu sorrio. Eu admirava isso em Arthur. Ele nunca queria me ver triste. Pelo contrário. Toda vez que via que eu estava prestes a cair, oferecia sua mão pra me segurar e me afastar do abismo. 

- Eu acho provável eles lembrarem de você. A memória daqueles dois é ótima! Você vai ver quando formos lá. - falo rindo enquanto termino de comer. 

- Preciso ficar nervoso quando for conhecê-los? - pergunta.

- Não. Meu avô é muito engraçado, capaz de virarem melhores amigos assim que se virem. Mas minha vó.. Ela é mais durona, vai fazer um interrogatório, mas depois te coloca no colo, se deixar. - ele ri. 

- Acho que vai ser... interessante! - fala e eu concordo. 

- Você não imagina o quanto!

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