Estamos na fase final da fic. Aguardem bombas e não me odeiem ❤️
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Eu andava em passos lentos sob a água fétida e raza daquele túnel. Era comprido e baixo, um pouco maior que eu.
Acima de minha cabeça passavam canos, assim como ao meu lado e sob meus pés, atravessando grades que se dividiam em ramificações escuras e cheias de limo.
Eu ouvia chiados de ratos, enquanto os mesmos corriam ao meu lado, grandes e sujos, também baratas enormes e diversos besouros nojentos.
E o coachar de sapos, que a cada pouco eu via pularem na água, enormes.
O túnel era feito direto em pedra, a qual estava cheia de lesmas e água suja, eu sentia meus pés prenderem em plantas e sujeira boiando no chão.
Era nojento.
Andei por longos minutos, sentindo a tensão em meu corpo aumentar muito. Era como se tivesse uma mão apertando meu pescoço cada vez mais forte, era uma agonia que só crescia.
Eu segurava minha mão machucada contra meu peito cada vez que as pontadas de dor enevoavam minha visão. E eu via que a ferrugem se espalhava por dentro de minhas veias, como uma infecção.
Parecia que a qualquer momento eu sentiria alguém atrás de mim, uma respiração em meu pescoço. Uma risada má e o frio das sombras. Eu sentia uma sensação horrível, eu sabia que havia alguém ali comigo, bem em minhas costas, tentando se aproximar cada vez mais.
Respirei fundo e parei, vendo que a minha frente estava uma parte consideravelmente mais funda daquela água nojenta, o que fez meu estômago revirar.
Vi o primeiro degrau de uma escada e coloquei meu pé sobre ele até minha canela, desci mais um e a água já chegava aos meus joelhos, mais um e a água estava em minhas coxas, e por fim em minha cintura.
Eu sentia elevações no chão, plantas tocando meu corpo e sapos nadando entre minhas pernas.
Até que senti uma mão em meu cotovelo.
Pulei de susto e tapei minha boca quando chutei um corpo pesado e logo veio a superfície um rosto inchado, azul e meio devorado por vermes, com um cheiro horrível e fluidos sendo expelidos dele.
Quando percebi eu estava cercada por corpos, braços, pernas, cabeças decepadas e intestinos. Entrei em desespero e andei o mais rápido que pude para fora daquela água, enquanto sacudia minhas pernas para tirar toda aquela sujeira de mim.
No corredor a minha frente, dessa vez mais largo e alto, estavam dois caminhos.