Ensina-me, professor

By jk_writer

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Marina é uma jovem inteligente que, junto com suas três melhores amigas e sua mãe, consegue lidar com a dor q... More

É AMANHÃ
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
VOLTEI

Capítulo 14

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By jk_writer

Marina

Acordo às sete horas. Era sábado e eu havia tido apenas umas quatro horas de sono, mas por incrível que pareça eu gostava de acordar cedo, nem que fosse para assistir algo na TV. Mas tinha motivos, pelo menos hoje. Minha mãe era acostumada com essa minha mania e estava terminando de tomar café na cozinha quando a encontro lá. Ela me olha e pela minha cara percebe o quão tarde eu havia chegado ontem à noite. 

Ela não estava chateada e era muito bom saber que a minha mãe confiava em mim, mas ao mesmo tempo eu me sentia muito mal por esconder tudo o que estava acontecendo. Será que ela entenderia? Eu não podia contar porque não era algo somente sobre mim, além de colocar em risco algo que nem começamos direito ainda. Valeria a pena? 

- Bom dia filha - ela sorri e eu me sento em frente a ela, colocando café na minha xícara em seguida. 

- Bom dia mãe. Já vai sair? - pergunto enquanto fecho a garrafa e a coloco no lugar.

- Daqui a cinco minutos. Talvez eu chegue mais tarde hoje, por isso não se preocupe. - balanço a cabeça concordando - Vai sair hoje? - pergunta. 

- Não... Não sei. Talvez saia com as meninas, mas te mando uma mensagem avisando - sorrio tentando ser convincente ao máximo. 

- Tudo bem. Já vou indo - fala se levantando - Qualquer coisa você me liga, tá certo? - deposita um beijo na minha cabeça e observo ela ir embora. Assim que fecha a porta, vou correndo arrumar as coisas na cozinha e logo depois me arrumar. Eu não iria de pijama para a casa do meu professor, não é mesmo?! Sorrio com esse pensamento enquanto entro no meu quarto e escolho alguma coisa para vestir. 

Depois de vasculhar o meu guarda roupa inteiro, fico com a minha primeira opção. Visto um short rasgadinho e uma t-shirt dos beatles branca com uns detalhes pretos. Coloco uma rasteirinha e perfume. Despejo toda a bagunça de volta no guarda-roupa. Eu arrumaria depois. Eu estava em um nervosismo que não havia como definir. Tentei relaxar, afinal, não era como se eu fosse tomar café da manhã com o meu professor, o qual estou tendo um romance e a quem ontem confessei amar, não é mesmo? Eu conseguiria encarar ele, porque eu eu sou uma garota forte. Ou estava tentando ao máximo ser. Tranco meu apartamento e vou em direção ao seu. 

A porta estava meio aberta e um som agradável saia de dentro, Jason Mraz cantava "I'm yours". Entro, fechando a porta atrás de mim. Por incrível que pareça, eu só vim parar e analisar o seu apartamento direitinho hoje. Noto alguns porta-retratos pela sala. Um deles me chama atenção. Era o Ricardo (ele estava um pouco mais novo), um garoto com um boné (que supus ser o Arthur), e o meu pai? Era o meu pai naquela foto? Eles pareciam felizes, relaxados. O cenário lembrava um estádio de futebol. 

Coloco a foto de volta no lugar. Eu iria perguntar mais sobre o papai ao Arthur depois. Havia outras fotografias, uma com a Lívia e o Arthur abraçados (mais recente), outra da família inteira reunida, etc... Ando mais um pouco deixando a TV grande que estava na parede com um sofá de três lugares à sua frente para trás. Em um outro cômodo vislumbrei uma mesa cheia de comida. Tinha panquecas, café, suco, algumas frutas cortadas, pães.. "Uau!" minha mente deu um assobio pra tudo aquilo à minha frente.

- Você chegou! - Arthur aparece com uma bermuda verde escuro e cabelos molhados. Me viro em direção à sua voz e posso visualizar seu abdome por alguns segundos até ele vestir a camisa branca que estava em suas mãos e vir me beijar. Minhas pernas ficaram trêmulas. Era inevitável. 

- Bom dia! - Eu digo inalando e apreciando o seu cheiro que de repente tomou conta de todo o meu espaço. Ele parece fazer o mesmo, pois seu nariz estava encostado à minha nuca por alguns segundos. Ele se afastou e acariciou minha bochecha. 

- Eu não sei o que você gosta de comer de manhã, por isso coloquei um pouco de cada coisa na mesa. - Sorri apreensivo. 

- Você fez as panquecas? - pergunto e o acompanho até a cozinha.

- Eu disse que tinha aprendido algumas coisas na cozinha - pisca o olho. 

- É, tô vendo que é verdade mesmo - Eu disse enquanto passava a mão pela minha barriga. Rimos. 

- Vamos assistir a um filme? - Ele pergunta quando nos sentamos no sofá, logo após arrumar a cozinha. 

- Não... Vamos conversar um pouco. 

- Tá, tudo bem. Sobre o quê você quer conversar? - ele se ajeita no sofá. Estava cauteloso. Seus olhos buscavam por alguma coisa em meu rosto. 

- Eu sei tão pouco sobre você.. - começo. Em seguida ele assume a postura natural de quem estava sempre no comando, parecia com a que ele usava no colégio. Mas menos rude e com mais precaução.

- O que você quer saber? Pode perguntar qualquer coisa... - ele fala, parecendo sincero.

- Primeiro, eu gostaria de conhecer seu quarto.. - Ele me olha com uma sobrancelha levantada e eu sorrio - Heeey! Não vou te atacar, eu prometo. Mas podemos saber muito de uma pessoa pelo seu quarto... - Seus olhos brilham em divertimento e ele se aproxima mais de mim. 

- Eu sei que você não vai me atacar.. Mas não posso garantir tanto autocontrole da minha parte. Você não sabe o quanto é difícil.. - encara minha boca e imediatamente sinto minha garganta ficar seca. "Puta que pariu, ele queria me enlouquecer!". Pra que ele fala essas coisas se na hora "h" ele "foge"? - Seu cheiro é tão bom, Marina - sem pedir permissão se aproximou mais e cheirou meu pescoço. Imediatamente minha pele correspondeu. - Qual é o nome seu perfume? - seus lábios roçaram da minha orelha ao meu queixo, onde depositou um beijo meigo. 

- É apenas um hidratante corporal - quase não consegui falar. 

- Eu gosto. Muito. - inala mais profundamente próximo ao meu queixo - Combina perfeitamente bem com você. Doce, suave, gostoso... - seus lábios se arrastaram até os meus. O toque foi leve e carinhoso. Tento encontrar meus pensamentos e não consigo pensar em nada que não fosse ele. Seus beijos, seus toques... 

- Arthur... - sussurro.

- Sim? 

Seus lábios ainda estão nos meus, brincando com movimentos suaves e sedutores. Sua língua apenas brinca com meus lábios e me fazem desejar muito mais do que uma simples brincadeira. Deus! Como eu queria mais. Não apenas nossos corpos unidos em um só, mas eu também queria conhecê-lo completamente. Queria poder tocá-lo e sentir seus músculos bem definidos, saber cada ponto que o levava ao limite, testava seu autocontrole. Queria descobrir se eu o enlouquecia assim como ele conseguia me enlouquecer. 

- Seu quarto.. Quero conhecê-lo - só pensar em tocá-lo e senti-lo de maneira tão íntima já tinha me deixado mais do que excitada. 

- Tudo bem, linda - ele sorri largamente. Quase desisto e o agarro ali mesmo. Ele levanta do sofá me estendendo a mão. Olho em seus olhos incrivelmente azuis. Ele é tão lindo! E eu o queria inteiramente para mim. De todas as formas possíveis. 

Andamos por um corredor onde haviam três portas, fico curiosa para saber o que havia nas outras duas, já que uma delas ele abriu me mostrando um quarto lindo. Era branco, detalhado com uma cor meio creme. Sua cama era enorme. Até deu vontade de pular ("Se você tivesse visto, pensaria a mesma coisa"). Havia uma TV igualmente enorme na parede. Rodei os olhos e vi uma estante com alguns objetos e livros decorando.

Haviam diversas fotografias como as que encontrei quando cheguei aqui em seu apartamento pela primeira vez. Algumas deles ele estava mergulhando, por isso as fotos haviam sido tiradas dentro d'água. Se eu achava que ele não podia ficar mais sexy do que naturalmente era, foi porque não tinha visto ele vestido com roupas de mergulho ainda.

No criado mudo estava um abajur junto com um despertador e em uma das paredes, onde estava a cabeceira da cama, havia um espelho logo acima que tornava o quarto ainda mais luxuoso e bonito. Percebi que ele não tinha um guarda-roupa, mas sim um closet. Era tudo meticulosamente arrumado e decorado. 

- Já descobriu muito sobre mim? - pergunta. Seu olhar é de diversão, enquanto o meu, de surpresa. 

- Parece exatamente com você. - ele me encara profundamente, como se perguntasse  o que eu queria dizer - Extremamente lindo - toco seu rosto - acolhedor - envolvo meus braços ao seu redor - e que dá vontade de nunca mais sair - eu finalizo depositando um beijo em seus lábios. Ele parece surpreso com as minhas palavras. Eu me afasto dele que me puxa novamente para os seus braços. Nos beijamos apaixonadamente. 

- Acho que não vou ter autocontrole por muito tempo.. - ele admite entre beijos. 

- Eu não lembro de ter pedido para que você se controlasse.. Por que não? - Nos encaramos, um pouco ofegantes. 

- Porque não pode ser assim... Você merece algo especial... - "A menina era eu e esse papo de especial tava vindo dele? Serio?". 

- Vai ser especial se for com você. - afirmo. 

- Tudo bem - Concorda. Arregalo os olhos e abro o maior sorriso da minha vida - Mas não vai ser hoje - Fiz a maior cara feia da minha vida. "Poxa Arthur".- Deixe-me preparar isso pra você, eu prometo que vou fazer isso da maneira correta. 

- Quando? - pergunto com expectativa.

- Você vai ver.. - Ele diz confiante e suas palavras agitam ainda mais as borboletas no meu estômago. Como eu poderia amá-lo ainda mais? Como eu podia continuar amando-o sem nem saber se ele sente o mesmo? Eu juro que não sei, mas amo. Amo com todas as forças e com tudo que há dentro de mim. 

- Então... Acho que agora podemos assistir a um filme, não é? - sorri.

- Só se for aqui. - negocio.

- Por quê? - perguntou com o olhar divertido. 

- A televisão é maior - pisco um olho e ele ri. Sua risada era o som mais lindo que eu já havia ouvido. Ela me encantava, me inebriava.. Assim como o Arthur.

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