Ensina-me, professor

By jk_writer

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Marina é uma jovem inteligente que, junto com suas três melhores amigas e sua mãe, consegue lidar com a dor q... More

É AMANHÃ
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
VOLTEI

Capítulo 13

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By jk_writer

Marina

Chego ao meu prédio e quando estava no elevador ao invés de apertar no meu andar, escolho o vigésimo. Eu não iria deixar essa história terminar dessa maneira. Eu iria resolver isso nesse exato momento. O Arthur não podia simplesmente abrir mão da gente por tão pouca coisa. É claro que eu não gostava nenhum pouco da ideia de esconder o que sinto por ele de todos, mas eu prefiro mentir do que perdê-lo. Chego a sua porta e escuto o som de uma música vir de dentro do seu apartamento, eu conhecia essa música. Ela era linda, mas triste.

My life is brilliant
Minha vida é brilhante
My love is pure
Meu amor é puro
I saw an angel
Eu vi um anjo
Ofthat I'm sure
Disso tenho certeza

"Será que ele estava pensando em mim? Estava sofrendo também? Mas porque ele desistiu de nós? Se ele realmente sentisse algo por mim lutaria. Eu devo ser uma idiota". Perguntas, perguntas, perguntas.. Dou meia volta e quando estava me afastando ouço a próxima estrofe da música. Paraliso.

You're beautiful. You're beautiful
Você é linda. Você é linda
You're beautiful, it's true
Você é linda. É verdade
I saw your face in a crowded place
Eu vi seu rosto num lugar lotado
And I don't know what to do
E não sei o que fazer
'Cause I'll never be with you
Porque nunca estarei com você

Nunca estará comigo? Como assim? Ele queria que eu enlouquecesse ou coisa do tipo? Acho que estava quase conseguindo. Eu queria entrar e dizer que estava errado. Mas não conseguia me mexer. Ouço as próximas palavras da melodia e entro em transe, como se todos os nossos momentos passassem como um filme pela minha cabeça.

Yes, she caught my eye
Sim, ela chamou minha atenção
As we walked on by
Enquanto nós passamos um pelo outro
She could see from my face that I was
Ela poderia ver no meu rosto que eu estava
Flying high
Voando alto
And I don't think that I'll see her again
E eu não acho que a verei novamente
But we shared a moment that Will last 'till the end
Mas nós compartilhamos um momento que durará até o fim
You're beautiful. You're beautiful
Você é linda. Você é linda
You're beautiful, it's true
Você é linda. É verdade
There must be an angel with a smile on herface
Deve ser um anjo com um sorriso no rosto
When she thought up that I should be withyou
Quando ela pensou que eu deveria estar com você
But it's time to face the truth
Mas é hora de encarar a verdade
I Will never be withyou
Eu nunca ficarei com você 

Eu me via chorando enquanto batia em sua porta, não me lembro sequer da campainha. Eu apenas queria abraçá-lo e tê-lo novamente. Ele abre a porta e seu rosto estava tão triste. Não penso duas vezes e me atiro em seus braços, suspirando quando sinto braços fortes me cercarem. Ele me abraça e me aperta fortemente. Ele não me afasta e, ainda em seus braços, ouço a porta atrás de mim se fechar. Colo nossas bocas e coloco todo o sentimento que carrego nele.

Era tão bom sentir o seu gosto outra vez. Parecia um doce que eu nunca havia provado antes, mas que estava viciada. Nossas línguas pareciam estar em uma dança harmoniosa, onde explorava cada pedaço, aproveitava cada minuto. Nossas mãos passeavam por nossos corpos para ter a certeza que esse momento estava mesmo sendo realmente vivido. É real. Eu nunca, nunca, nunca havia me sentido assim. 

É claro que eu já havia beijado garotos, estado nervosa perto deles, mas nada se comparava a isso. E sensação de perda me deu calafrios e se demorasse mais um pouco longe dele, com certeza ficaria doente. Eu o amava demais e sentia que ele precisava saber disso. 

- Não faz mais isso... - Peço - não desiste assim tão fácil de nós.

- Me desculpa.. Mas eu não posso te impedir de viver uma vida normal. Essa ideia me desespera. Eu me sinto mal por isso, linda. - ele confessa e meu coração afunda.

- Não se sinta. Eu gosto de estar com você e eu odeio o fato de esconder isso de todo mundo. O que a gente pode fazer? Nós não temos saída, mas isso não me importa. O que realmente importa é o fato de estarmos juntos e bem. O resto a gente resolve depois. Eu não suporto a ideia de perder você e saber que você pensa em me deixar me deixa apavorada. Não sei o que fazer. Eu não posso simplesmente te deixar ir, eu não sei mais viver sem o seu sorriso, seu jeito, seus carinhos. Não sei porque passo tempo demais te amando. - Falo e uma lágrima cai do meu olho. Não tenho tempo nem de pensar em enxugar, pois Arthur me puxa para os seus braços e me beija ferozmente.

Fomos aos tropeços até o sofá dele. Caímos deitados, ele fica por cima de mim. Não interrompemos o beijo por nada. Era urgente, quase sufocante, ele me tinha em seus braços, enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo sem pudor. Sinto uma mão em minha coxa. Meu sangue aquece, fervendo em minhas veias. 

Arthur corre seus dedos pela minha perna indo até o limite da minha coxa, acariciando suavemente. A outra mão aperta minha cintura mantendo-me presa a ele. Ele dominava meus sentidos, os submetia e enlouquecia. Não havia como fugir ou desistir, nenhuma possibilidade. Seus dedos longos me apalpando com vontade enquanto aprofundava nosso beijo. Suas duas mão estavam embaixo do meu vestido, mais precisamente em minha bunda, onde ele fez uma pressão maior, puxando-me para si, forçando-me a sentar em seu colo com as suas pernas entre as minhas. 

Quando consigo me acomodar, busco por atrito na região em mim que mais necessita dele. Arthur geme acariciando meu sexo espalhando a umidade. Atrevo-me a mexer o corpo um pouco forçando o contato e aumentando minha excitação. Eu estava incrivelmente sensível. Pronta para explodir. Pronta para recebê-lo. Não havia porque esperar. 

- Arthur - seu nome sai como um ruído sôfrego. Ele me aperta com força, "Ah, Deus!" Era tão bom! Sinto seus dentes em meu pescoço, arranhando e pressionando. Estávamos presos em uma bolha só nossa. Agarrados em nossa urgência. Céus! O que ele queria? Enlouquecer-me? Fazer-me implorar? 

- Arthur... Por favor! - ele brincava comigo tirando toda a minha força e equilíbrio. Nada mais importava ou fazia sentido. 

- Marina, você é tão... Tão linda! - Suas palavras entraram em meu corpo enquanto ele passeava as mãos por todo o meu corpo. Era pouco, e eu queria mais. Sabia que ele poderia ir ainda mais fundo. Minhas mãos estavam em seus cabelos, prendendo-o e segurando-me para poder me movimentar melhor. 

- Eu preciso de você... agora! - seus lábios subiram pelo meu pescoço sugando e lambendo. - Eu não quero mais esperar. - Ele me puxa para trás buscando meus olhos. Vejo a consciência bater em seus olhos e sinto suas mãos me abandonarem. "Oh, droga!" Eu nem conseguia me concentrar em nada. Estava a ponto de explodir de tão excitada, prontinha para ser preenchida por ele. Não havia mais nenhuma dúvida. 

- Marina, você quer mesmo fazer isso aqui? - ele perguntava sério, me encarando. 

- Quero. - confesso. - Agora! - ele solta o ar com força de seus pulmões e cola sua testa na minha. 

- Marina, minha linda - puxa o ar com força. - Não pode ser assim... É a sua primeira vez? - concordo. Então ele não queria? Fico irritada de repente e comecei a me levantar de seu colo. 

- Marina! Espera... - me puxa e caio sentada em seu colo. Arthur me abraçou pela cintura mantendo-me junto ao seu corpo. Não faz assim. Você sabe tanto quanto eu que o que mais desejo neste momento é estar dentro de você.  Mas não assim, não de qualquer jeito. Você merece mais.

- Ah, meu Deus! - deito em seu peito descansando a cabeça em seu pescoço. Ele ri e beija o topo da minha cabeça. 

- Você nem imagina... - ele balança a cabeça e sorri divertido. Meu rosto está quente assim como todo o meu corpo.

- Estou em chamas, Arthur. - digo enquanto ele estava acaricia meus braços e beija meu pescoço.

- Então vamos conter um pouco deste fogo. - fala e me puxa para a cozinha. - Tá com fome? 

- Tô. - respondo mordendo o lábio inferior encarando-o sugestivamente. Ele entende o duplo sentido e ri abertamente. É uma risada gostosa de ouvir. 

- De comida, Marina - suspiro e dou de ombros, me rendendo. Ele mantem o sorriso e me deixa sentada no balcão da cozinha enquanto se movimenta na cozinha para preparar o que acredito, vendo os ingredientes, serem dois sanduíches. Era bom vê-lo assim. Acho que nunca imaginei estar em seu apartamento. "Eu to no apartamento dele!".  Passeio meus olhos pelo local, analisando-o. Parecia confortável. Nada muito elegante ou que remetesse à riqueza exagerada da sua família. Havia algumas plantas na janela da cozinha e algumas fotografias nas paredes de paisagens. Elas eram extremamente lindas.

- O que foi? - perguntou.

- Nada.. O apartamento se parece com você. tem seu jeito nele. - Disse e ele sorri me entregando o sanduíche. Mordi um pedaço e o gosto era bom.

- Onde você conseguiu essas fotografias? - pergunto curiosa.

- São de algumas cidades que eu já visitei. Quando fazia mais trabalhos de campo. - ele responde parecendo se recordar desses momento.

- Será que além de um ótimo professor você é um ótimo fotógrafo/cozinheiro? Tô começando a achar que sim. - ele ri. 

- Eu sei fazer o básico e arrisco alguns cliques - pisca o olho para mim - Aprendi a cozinhar quando dividi apartamento com um amigo meu durante o meu curso. Gostou? - aponta para o sanduíche na minha mão.

- Muito, igual o da minha mã...Droga, minha mãe! Ela deve tá super preocupada. Será que as meninas ligaram pra ela? Ah meu Deus! Eu tenho que ir. - pulo do balcão. - Obrigada pelo sanduíche - dou um selinho nele. Andamos até a porta e meu coração começa a apertar com a sensação de me afastar dele mais uma vez.

- Por que você não passa aqui amanhã? Eu posso cozinhar pra você - sugere.

- Pode ser. Minha mãe só chega depois do almoço, então posso vir tomar café e ficar até lá com você - sorri largamente fazendo meu coração acelerar. 

- Fechado. Às nove? - pergunta, confirmando.

- Às nove. - confirmo e nos beijamos. 

Quando chego em casa, tento ao máximo não fazer barulho e acho que consego. Estava tudo escuro. Nenhum sinal da minha mãe. Ando até seu quarto e a vejo dormindo. Desligo a sua TV que provavelmente pegou no sono assistindo e a cubro. Deposito um beijo em sua cabeça e vou em direção ao banheiro para tomar um banho. Antes verifico meu celular e vejo várias ligações  e mensagens. Respondo a maioria dizendo que explicaria tudo depois e que não precisavam se preocupar comigo. 

Os flashes de Arthur e eu teimavam em habitar minha mente, não havia como esquecer. Eu havia contado para ele como me sentia! Eu havia dito que o amava! Eu estava tão feliz. Mas ele não disse que me amava também. "Oh droga" será que ele não me amava como eu o amava? Eu não acho que iria suportar viver um amor não correspondido. "É claro que ele me ama, ele me beijou e quase transamos". Minha mente festejou. "Ele não confirmou nada.. ". E quando eu penso que não vai mais existir duvidas, eu vejo que estou totalmente enganada. 

O que eu posso fazer?

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