Ensina-me, professor

By jk_writer

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Marina é uma jovem inteligente que, junto com suas três melhores amigas e sua mãe, consegue lidar com a dor q... More

É AMANHÃ
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
VOLTEI

Capítulo 11

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By jk_writer

Arthur

Eu era o cara mais fodido do mundo, eu sabia disso, mas não conseguia dizer não à Marina. Vê-la todos os dias e não poder tocá-la do jeito que eu queria era angustiante. Eu tinha que tê-la independentemente das consequências e saber que ela sentia o mesmo, era algo que eu não encontrava palavras pra descrever. 

Trocamos inúmeras mensagens nos dias que sucederam nosso beijo no elevador. Não pude me controlar com ela ali, do meu lado, com medo, mas se mostrando forte, tentando resolver tudo como parecia sempre fazer. A única vontade que tive foi de beijá-la e nunca mais a soltar dos meus braços e fazê-la sentir toda a segurança que merecia. Mas tivemos que sair de lá e encarar o mundo fora dele e confesso que não estava tão preocupado, porque tê-la comigo já me era suficiente.

Meu almoço com a minha irmã rendeu bastante. Ela me conhecia melhor do que ninguém e não deixou de perceber o meu estado de bom humor constante, o que eu admito não ser o meu "normal". Eu entrei num restaurante próximo ao centro da cidade e encontrei-a lá, sentada avaliando o menu. Me sentei numa cadeira em frente a sua esperando pela avalanche de perguntas que eu sabia que viria.

- Boa tarde maninho - ela falou e sorriu docemente.

- Boa tarde, Liv - sorri cumprimentando-a gentilmente e seu cenho franziu, me deixado confuso pela sua reação.

- Cadê o pirralha, fedelha, irritante, dentre outro apelidos carinhosos? - pergunta e eu apenas dou de ombros. Não queria implicar com ela, não hoje.

- Você já pediu? - pergunto e ela negou com a cabeça. Pego o menu de suas mão e chamo o garçom. Pedimos nossos pratos e começamos a conversar.

- Quem é ela? - pergunta investigativa.

- Ela quem? - finjo não entender sua pergunta, mas sei exatamente o que ela quis dizer.

- A mulher que tá te deixando com um humor tão alegre assim. Você precisa me apresentar a ela - me encarou - isso se eu já não a conhecer, certo Arthur? - continuou a me encarar - Eu conheço ela. Sabia! Quem é? - Coloca os cotovelos na mesa e apoia o queixo nas mão, piscando os olhos repetidamente como uma criança mimada.

- Não é ninguém. - tento descartar sua curiosidade.

- Tudo bem - encosta-se na cadeira me olhando - Você sabe, eu vou descobrir. Eu sempre descubro.- Pisca o olho e sorri. Nossas comidas chegaram e agradeço aos céus a interrupção. - E a Marina, tem você vê ela todos os dias na escola? - sua pergunta me quase me faz cuspir a comida que havia colocado na boca, mas não demonstro estar afetado. Eu sabia bem como fingir e mascarar minhas reais emoções.

- Vejo, por quê? O que quer com ela? - Não consegui conter a curiosidade e tive medo dela ter desconfiado de algo. "Mas que merda, Arthur. Controle-se, homem!"

- Queria almoçar um dia desses com ela, fazer compras no shopping... Você sabe, coisas de garotas - explica. - Faz tempo que eu tinha visto a Marina. O Fernando era incrível com a gente, eu me lembro de bons momentos com ele.

- Ele era incrível mesmo - concordo - a Marina se parece bastante com o jeito dele - penso alto.

- É, eu lembro o quanto você era apegado a ele e a ela. Quando a Cristina resolveu ir morar em outra cidade após o acidente você chorou muito. Nunca tinha te visto daquele jeito. Você até fugiu de casa um dia pra procurá- Ia. - ela dá uma risada recordando. Eu realmente fiquei preocupado com ela. Poucos dias antes do acidente eu havia conversado com o pai da Marina e havia prometido cuidar dela tanto quanto cuidaria de Liv. Ela era apenas um bebê e eu uma criança resmungona. -  Agora são aluna e professor, que destino, não? - fico sério sério. Eu sabia que a minha irmã tinha um jeito único de fazer qualquer um cair feito um patinho nos seus jogos. "Mas não eu, irmãzinha."

- Pois é, mas o tempo passou. Fico feliz por ela e a mãe estarem bem e nossas famílias terem se reencontrado - ela me encara especulativa e continuamos a conversar assuntos diversos. Ela me contou sobre a viagem e eu deixei-a a par de tudo que acontecera enquanto ela esteve fora. Tempo depois acabo recebendo uma mensagem da Marina enquanto espero a minha irmã voltar do banheiro, olho o celular e tento controlar o sorriso, mas sei que é em vão.

"Preciso de umas aulas particulares, você teria alguma indicação?"

Ah Marina, você não sabe as aulas que eu gostaria de te dar... Mas não posso ir muito longe com ela. Eu tenho que me controlar. Eu já estou sendo egoísta o suficiente por estar com ela, pondo-a em risco. Seria errado demais permitir que ela se entregasse pra mim. Eu não a mereço, mas droga, eu a quero tanto. Respondo em seguida como um adolescente.

"Conheço um professor muito bom de Biologia, se for essa a matéria que esteja precisando.. "

Apertei em enviar e fiquei esperando por uma resposta como um bobo. Ela logo apareceu.

"Parece ótimo, quando posso encontrá-lo?"

Sorri, e logo comecei a digitar outra mensagem, o sorriso no meu rosto era evidente. Eu não podia resistir à Marina e isso era algo que estava mexendo comigo.

"Daqui a meia hora ele chega em casa.. Se quiser ele pode passar no seu apartamento... "

Fico ansioso para uma resposta dela. Liv chega e pedimos a conta. Pago e logo saímos do restaurante. Enquanto caminhava percebi meu celular vibrar. Não podendo conter a curiosidade abri a mensagem."Meu Deus Arthur, você parece ter 18 anos novamente", minha mente gritou.

"Eu iria adorar! Pode mandar vir o mais rápido que puder. Já estou ansiosa... "

Ela estava ansiosa! Não sei definir o que sinto ao ler essas palavras sem parecer completamente abobalhado. Mas foi algo pelo qual eu nunca havia passado. Eu precisava dela em meus braços urgentemente.

"Sinto sua falta :("

Envio e fico com o celular na mão esperando mais uma mensagem dela. Estava começando a me arrepender de ter enviado essa mensagem totalmente fora do contexto da nossa conversa anterior. Será que eu havia assustado ela com essas palavras? Sua resposta chega pouco tempo depois.

"Também sinto a sua"

- E ainda não tem uma mulher na história? - Liv havia lido, mas não conseguiu ver o nome porque afastei o celular rapidamente. - Você tá tão meloso... Quando vai assumir?

- Não é ninguém, eu já disse. Agora você tem que ir pra casa e ai de você se abrir essa boca pra falar alguma coisa com a nossa mãe. - ameaço e ela ri da minha reação.

- Eu sabia! Cara, você tá apaixonado.. Eu achei que nunca iria ver isso. Mas aqui estamos nós. Agora, mais do que nunca, vou descobrir quem é ela. - dá uma risada e me abraça. Eu estava acostumado com seu jeito e sabia que ela ia descobrir uma hora ou outra, mas era a Marina, eu não podia expor ela dessa maneira. Nem pra Liv nem pra ninguém.

Eu a beijava enquanto acariciava sua nuca, levantando o seu cabelo. Nosso beijo era intenso e eu tinha que me limitar em apenas beijá-la. Não podia ultrapassá-lo. Eram apenas os nossos lábios e nossas mãos mãos. Eu queria mais. Muito mais. Mas não podia. Eu não podia. Nosso beijo cada vez mais ganhava força e logo estávamos em um beijo vivo, cheio de necessidades, desejo e completamente quente. Puxo Marina para mais perto de mim e quase perco os sentidos quando ouço um ruido baixinho sair da sua garganta.

Minhas mãos percorrem suas costas subindo pelos seus braços. Desço uma mão passando-a pela sua perna, parando em sua coxa e apertando-a. Puxo abruptamente por Marina, colocando-a em meu colo, com suas pernas acolhendo meu corpo entre elas. Santa mãe de Deus! Eu estava enlouquecendo. Minhas mãos não eram controladas pelo meu cérebro, eram apenas reflexos do meu desejo. Com uma de minhas mãos em seu pescoço, desço a outra até o primeiro botão da sua camisa abrindo-o. Observo ela ofegar com a expectativa.

Interrompo nosso beijo e arrasto meus lábios em sua pele, com minha a barba por fazer, seguindo em direção ao local onde antes o botão estava fechado. Ouço seu gemido e intensifico as carícias e minha mão, a que não estava em seu pescoço, acaricia sua bunda. Droga, eu estava excitado e podia imaginar sua calcinha completamente molhada. Eu não ia conseguir me controlar. Eu ia tê-la. 

Mas de repente ouço o interfone tocar e meus sentidos voltam a mim.

Afasto meus lábios da sua pele e olho para ela. Meu Deus, eu ia mesmo deixar aquilo acontecer? Eu ia ser mais irresponsável do que eu já estou sendo. Observo ela se recompor para em seguida levantar e ir atender o interfone.

- Oi Seu Zé - cumprimenta e pausa, fazendo uma careta logo em seguida - Tudo bem, obrigada seu Zé. - desligou - Você tem que ir embora, agora! - disse e não consegui esconder a minha preocupação.

- Por quê? - perguntei.

- As meninas estão subindo. Vieram para nos arrumarmos juntas aqui - disse.

- Você vai sair? Pra onde? - Eu não havia entendido.

- Eu te disse ontem que íamos a um show dos meninos do colégio - respondi.

- Então você vai mesmo? - cruzo os braços e a encaro. Não havia o menor problema dela sair com as amigas, mas isso envolve o Nicholas e eles pareciam ter construído uma amizade de forma bastante repentina.

- Ele é meu amigo, quantas vezes eu vou precisar te lembrar disso? Eu e ele já conversamos e estamos bem assim. Ele sabe que tem alguém comigo. - quase sorrio quando ela fala essas palavras. Eu queria gritar para os quatro cantos que estávamos juntos, mas não podíamos. Não por enquanto.

- Tudo bem. - me vejo concordando. "Como ela conseguia me desarmar tão fácil assim?"

- Eu vou estar lá, mas meu pensamento vai tá aqui, em você. - meu sorriso aumentou. Eu era tão idiota.

- Se ele tentar qualquer coisa com você... - começo a falar, mas vejo que um sorriso começa a brotar em seus lábios e me perco neles. Ouvimos as batidas na porta e nos afastamos rapidamente. Eram suas amigas.

- Marinaaa, abre a porta - alguém gritou.

- Entra na cozinha. Assim que elas entrarem aqui você sai  por lá e pega o elevador de serviço. - ela sussurra enquanto deposita um beijo rápido em meus lábios.

- Tudo bem - concordo e nos beijamos novamente. Entro na cozinha e logo vejo uma porta. Assim que a ouço abrindo a da entrada do apartamento saio dele pela porta que lida à área de serviço. Eu não podia deixá-la com aquele idiota, eu tinha que fazer alguma coisa. E foi pensando nisso que uma ideia me surgiu à cabeça.

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