rascunho

By DarisAlvarenga

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só rascunho mesmo More

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Capítulo sem título 36
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Capítulo sem título 38
Capítulo sem título 39
Capítulo sem título 40
ulo sem título 41
Capítulo sem título 42
Capítulo sem título 43
Capítulo sem título 44
Capítulo sem título 45
Capítulo sem título 46
Capítulo sem título 53
Capítulo sem título 54
Capítulo 55 - GEL
Capítulo sem título
Capítulo sem título 56
Untitled Part 59
Capítulo sem título 62
Capítulo sem título 63
Capítulo sem título 64
Capítulo sem título 65
Capítulo sem título 66
capítulo 59 - cabines de intimidade
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Capítulo 29

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By DarisAlvarenga

Dia 52 do calendário do Planeta UH 9536, 12:00 hs

Júlia e o alienígena estavam a poucas horas de chegar ao desfiladeiro. Ela andava muito devagar em razão de seus ferimentos. O "quatro braços" não demonstrava nenhuma expressão facial, como sempre.

Ele olhava por pelos binóculos dele e apontou para uma montanha próxima. Ela pegou os próprios binóculos e olhou para o onde ele apontava. Ela não gostou nada do que viu, cerca de uma dúzia de inimigos cinza claros desciam correndo a lateral de uma montanha, eles estavam a uns 3000 metros de distância. Em poucos minutos eles estariam trocando tiros.

Os inimigos já os tinham visto e o "quatro braços" apontou para uma valeta, aparentemente produzida pela erosão. Ela entendeu que aquele seria o local onde deveriam ficar para enfrentar as criaturas cinza claro, lá teriam alguma proteção.

Foram para a valeta e o "quatro braços" pegou um pequena pá em uma de suas mochilas. Com terra e pedras ele começou a montar uma pequena barricada, com cerca de 35 centímetros de altura. Júlia percebeu o plano dele e tentou ajudar, porém não estava em condições de fazer muita coisa.

Júlia havia deixado o rifle de quatro canos no chão para colocar pedras na barricada. O "quatro braços" pegou a arma dela. Ele apertou um pequeno botão, o qual ficava quase escondido e um compartimento lateral da arma se abriu. Ele pegou diversos pequenos cilindros em uma mochila, cerca de 40, os quais ela imaginou serem munições, e os colocou em uma abertura no compartimento do rifle. Fechou a arma e a entregou para Júlia.

Ela constatou que o "quatro braços" havia feito um teste com ela, se ela tivesse tentado atirar nele com aquela arma, a qual estava sem munição, ele provavelmente iria fazê-la em pedaços.

Os inimigos estariam ao alcance das armas em pouco tempo, Júlia e o quatro braços se deitaram atrás da barricada. O momento chegou e o quatro braços deu o primeiro tiro. Um inimigo caiu e os outros continuaram vindo e passaram a atirar.

Júlia mirou o rifle e apertou a tecla do gatilho. A arma era estranha, mas ela conseguiu usar a mesma de modo eficiente. Ela notou que se a tecla do gatilho fosse apertada com mais força a arma realizava uma sequência rápida de quatro disparos, um de cada cano, porém ela preferiu apertar a tecla com menos força para fazer disparos individuais de maior precisão.

Ela atingiu dois inimigos e o quatro braços mais um. Ele atirava muito bem, sempre acertava o alvo na cabeça, porém demorava demais para fazer cada tiro. E os inimigos estavam se aproximando. Júlia viu que um dos inimigos que ela havia atingido no peito e havia caído, se levantou novamente e voltou ao ataque. Ela ficou apavorada, desse jeito não iriam conseguir, ela não se arriscava a atirar na cabeça dos inimigos como o quatro braços, não tinha tanta precisão com aquela arma bizarra.

Os disparos do inimigo atingiam a barricada, porém um deles conseguiu passar por uma abertura entre as pedras e atingiu um dos braços superiores do quatro braços. O sangue dele era vermelho, porém menos viscoso do que o dos humanos. Ele não conseguia mais atirar com precisão, então pegou a arma mais curta de muitos canos, e com os braços inferiores e disparou uma rajada de tiros contra o inimigo.

A munição de Júlia acabou. Ela foi com a mão em sua bota esquerda e pegou a pistola semiautomática. Os inimigos já estavam perto o bastante para usar a arma de mão. Ela atirou contra os inimigos, eram necessários vários disparos para derrubar cada adversário, e mesmo assim alguns deles estavam levantando. O quatro braços conseguiu liquidar um dos inimigos atingindo ele com toda uma rajada de balas.

Júlia já havia trocado de pente duas vezes, e aquele era o último. Ela já pensava que só ia sobrar a faca que ficava em um compartimento lateral de sua jaqueta. Ela achou que dessa vez não iriam conseguir. Porém ela viu o peito de um dos inimigos explodir ao ser atingido por um disparo de plasma. Depois outro e outro tiveram o mesmo destino.

Os inimigos ficaram sem ação por um segundo e depois olharam ao redor procurando os atiradores. Ela aproveitou que um dos inimigos havia ficado parado e atingiu a lateral da cabeça dele com um tiro certeiro de sua pistola. Os inimigos iam sendo eliminados um a um, e ela conseguiu ver que os disparos vinham de uma montanha próxima do desfiladeiro. O solo estava tingido pelo sangue das criaturas e, em certos trechos, havia uma bagunça de cabeças, pernas, braços e outras partes de corpos espalhados. Ela sabia que aquele tipo de tiro só podia ser de um fuzil I-26. Ela se lembrou do time snipers que também haviam vindo reforçar o acampamento da patrulha, com certeza eram eles, na verdade, ela achava os caras um saco, porém agora ela poderia transar com todos eles como agradecimento por salvar a vida dela.

Depois que o último inimigo foi eliminado ela se levantou, e foi seguida pelo quatro braços. Por um instante seu coração gelou,ela pensou que os snipers podiam atirar no alienígena. Ela então acenou para a direção de onde tinham vindo os disparos que os salvaram e pensou, "espero que eles entendam que eu e ele estamos juntos". Depois que se passou mais de um minuto ela achou que não havia mais perigo, se eles quisessem atirar nele eles já teriam atirado.

Ela notou que o quatro braços olhava para ela, mais precisamente para a pistola que ainda estava em sua mão. Ela guardou a arma na bota e sorriu para ele, esperando que ele entendesse que aquela expressão facial significasse "eu não atirei em você, somos amigos".

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