tera

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Priste estava em sua central de comando, a qual estava instalada em uma barraca montada em uma reentrância de uma montanha. O alarme tocou indicando que havia uma mensagem chegando. O terminal portátil indicava que vinha de uma nave Stall em órbita. A expectativa foi grande durante os 40 segundos que o computador demorou para desencriptar a mensagem. Então o texto apareceu na tela.

A mensagem dizia que a invasão havia começado. Que as batalhas em órbita deveriam começar em breve. Que as primeiras naves a chegar seriam as "sombras", elas iriam proteger as demais. Infelizmente ainda não havia se conseguido sincronizar os saltos de várias naves, os geradores de hiperespaço delas eram acionados ao mesmo tempo, mas as condições de salto ficavam favoráveis em momentos diferentes para cada uma. A localização exata de onde elas apareceriam também era ignorada, se sabia apenas a localização aproximada, saltos de precisão ainda eram uma sonho distante. Eram escolhidas coordenadas um pouco afastadas dos planetas, para não se correr o risco de acabar caindo na atmosfera, isso às vezes faziam com que se saísse do salto muito longe do planeta.

Uma frota saía do salto aos poucos, e toda espalhada, levava-se um bom tempo para se organizar. Essa era a fase mais perigosa, as primeiras naves ficavam sozinhas e tentavam evitar o combate com as naves que defendiam o planeta até o resto da frota chegar.

Priste sabia que a esperança da frota Stall conseguir destruir as gigantescas naves de transporte dos humanos eram bem pequenas, seria muita sorte se uma nave saísse do salto próxima a elas e tivesse oportunidade de atirar. Os humanos conseguiram uma vantagem nas batalhas espaciais, suas grandes naves de transportes, em caso de emergência, em apenas alguns minutos, podiam dar "o salto no escuro". Era um salto no hiperespaço para um localização desconhecida. Ao invés de aguardar as condições para um local definido, o sistema deles achava o primeiro salto possível, não importando para onde fosse. Claro que havia o risco de sair muito perto de uma estrela ou planeta ou na rota de colisão com um asteróide, porém se estava sob ataque valia o risco. Os Stall estavam pesquisando essa tecnologia, algum dia também a teriam.

A mensagem também dizia que eles deviam sair daquela baìa imediatamente e se espalhar. O inimigo conhecia a posição deles e provavelmente os bombardearia com uma ogiva nuclear, na verdade, a inteligência artificial Toro, não sabia porque ainda o ataque não havia ocorrido, mas que ele era inevitável.

Priste deu a ordem para a evacuação, já havia um plano para isso. As embarcações saíram para o mar, em direções diferentes. Os veículos de combate saíram pela abertura entre as montanhas e se espalharam.

Priste embarcou em uma das naves de desembarque tático, ele não deixava de pensar na parte da mensagem que falava da inteligência artificial. Ele achava muito perigoso usar aquelas coisas, ele não via necessidade daquilo. Mas enfim, ele entendia que a decisão não cabia a ele.

---x---

No grande desfiladeiro a movimentação era frenética. Todos os veículos humanos e Rivas estavam sendo camuflados com lona e terra. Os havas foram levados para algumas cavernas e barracas camufladas. Um nave de desembarque iria pousar em minutos, assim que ela chegasse seria também escondida.

Outra nave de desembarque havia saído da Boreal Nove dois minutos antes do alerta tocar, ela havia voltado para a nave mãe. As duas naves de transporte deveriam dar o "salto no escuro" em minutos. As NCOs iriam ficar.

Estela e Augusto estavam acompanhando tudo pelas grandes telas da central de comando. Estela disse, sabendo que Dora podia ouvir, uma vez que ela estava operando conjuntamente com os humanos os computadores táticos:

# Dora, está na hora de contar a verdade para os Rivas, se os pedaços de carne se virarem contra nós, o pessoal das NCOs acabam com os POCs e nós acabamos com os batalhoídes.

rascunhoWhere stories live. Discover now