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Batrio havia levado seus batalhoídes até uma praia de águas tranquilas. O local ficava  a vários quilômetros da baía onde o inimigo se reunia.
As aeronaves Rivas faziam voos a grande altitude, e se inimigos se aproximassem eles avisariam.
Os batalhoídes iniciaram o processo de inflar os flutuadores laterais. Elas eram grandes boais de formato cilíndrico que ficavam entre as rodas e as torretas.
Na parte traseira dos batalhoídes compartimentos se abriram, e uma hélice é um leme se projetaram para fora.
Em poucos minutos eles entrariam na água. Estava tudo indo como o planejado, porém transmissões de rádio começaram. O comandante dos havas estava pedindo ajuda, eles haviam sido atacados quando subiam a montanha.
Batrio estava profundamente decepcionado, o elemento surpresa do ataque havia ido pelo ralo. Ele não entendia como o inimigo tinha descoberto o ataque. As aeronaves, há muito tempo, faziam voos de reconhecimento a grande altitude.
A explicação veio alguns minutos depois. O comandante hava disse que os soldados inimigos estavam usando capas, as quais possuíam o mesmo padrão de cor das rochas em volta, e se camuflavam se misturando com o ambiente.
Batrio imaginou os soldados inimigos se movendo,  e quando a aeronave Riva passava eles paravam e ficavam imóveis.
Batrio foi obrigado a reconhecer  que o inimigo os havia surpreendido novamente. Ele até temeu que pudesse haver tropas camufladas onde eles estavam, e ordenou que os batalhoídes ficassem em alerta máximo para qualquer movimento ao redor.
Agora teriam que ter medo até das pedras. Aquela missão estava se tornando um pesadelo.
Batrio estava recebendo uma transmissão de Gatrio, a qual dizia que as aeronaves iriam antecipar a sua decolagem, para dar apoio aos havas. Porém a transmissão foi subitamente encerrada.
O rádio ficou em silêncio por vários minutos. Batrio tinha medo de fazer qualquer transmissão, e acabar revelando sua posição.
Batrio estava ficando paranoico. Ele passou a imaginar se o inimigo não teria embarcações submarinas que o atacariam a qualquer momento.
Ele não parava de imaginar formas horríveis de morrer. Aqueles flutuadores laterais eram uma porcaria, poderiam furar por qualquer coisa e ele iria afundar como uma pedra.
Um batalhoide se aproximou e estabeleceu a comunicação por infravermelho, o qual era usada em situações de silêncio por rádio, e funcionava bem a curtas distâncias. O batalhoide disse:
- Chefe, meu flutuador direito não inflou, essa porcaria deve estar furada.
Batrio olhou para o flutuador em questão, ele realmente estava com defeito, ele pensou “ Que merda, menos um batalhoide, e a gente nem entrou na água”. Então ele disse:
- Certo, nos de cobertura enquanto entramos na água, depois volte para a base, e tenha cuidado no caminho, o inimigo camufla bem seus soldados de infantaria.
O batalhoide confirmou haver entendido as instruções, e foi para um posição mais elevada, para vigiar as imediações.
Batrio começou a organizar a entrada no mar quando uma transmissão de rádio chegou, era o Tron, e ele disse.
- Retornem para a base imediatamente, estamos sobe ataque. Gatrio está offline. Os POCs de monitoramento avistaram uma grande força de veículos se dirigindo para a região inicial.
Tron estava assustado e falava extremamente rápido, então Batrio disse, ele próprio tentando não entrar em pânico.
- O que está ocorrendo? Estamos no escuro aqui.
- vocês não viram a explosão na estratosfera sob a região inicial? – disse Tron.
- Não, estamos no pé de uma montanha, não temos visão para aquele lado. – respondeu Batrio.
- Captamos um míssil vindo do espaço, vários POCs estavam em curso de interceptação. Iriam até entrar na atmosfera se fosse necessário. Porém ele detonou na estratosfera, gerando um pulso de energia. Os noventa POCs próximos simplesmente pararam de funcionar totalmente, e deixaram de responder. Alguns que estavam atrás do míssil se queimaram na reentrada, outros estão órbita aparentemente mortos. Tememos que todas as outras unidades na nossa base tenham tido o mesmo destino. Os POCs de monitoramento verificaram que as aeronaves que voavam na região caíram. Em terra eles só viram os havas se mexendo. – disse Tron.
- Estamos todos mortos, você sabe, agora é só questão de tempo para os inimigos virem nos caçar. – disse Batrio.
- Não podemos desistir, ainda tem crows lá na base. Infelizmente o inimigo chegará lá primeiro. Vocês vão precisar reconquistar a base e botar, de alguma forma, os teletransportadores para funcionar, isso tudo antes dos Kleo mandarem as bombas antimatéria. – falou Tron, tentando disfarçar sua falta de convicção na missão que ele descrevia.
- Certo, vamos voltar.




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