Planeta Atlas - Base das forças humanas - 95 anos luz do Planeta UH 9536
Ester, a jovem oficial das forças militares humanas, caminha para uma das plataformas de pouso da base. Ela carregava seu rifle e a mochila com o restante de seu equipamento. Naquela manhã ela havia se despedido de sua companheira, uma mulher 10 anos mais velha que ela.
Ester estava partindo com o coração partido, sua companheira de nome Maia, estava no sexto mês de gestação. Elas estavam juntas há cinco anos, quando começaram o relacionamento Ester tinha 18 anos de idade. Maia já tinha uma filha, de nome Drica, na época com com três anos de idade.
Ela embarcou na nave que a iria levar para a Aurora Seis, nela já estavam vários outros soldados que a saudaram animadamente. Mais alguns soldados chegaram e as luzes amarelas se acenderam, em quinze minutos iriam decolar.
Ester se sentou ao lado de Ismael, outro oficial três anos mais velho, eles já haviam participado de missões juntos, e eram amigos, apesar dela achar que ele era um pouco chato às vezes, ficava reclamando de tudo, desde a qualidade da comida até da cor das paredes dos alojamentos.
Ismael sorriu para ela e disse em seu tom de queixa normal:
Que porcaria de missão será essa afinal? Os putos do comando não falam nada. Segredo total. Acham que podem nos mandar ir para algum buraco qualquer, arriscar a nossa pele, sem nem mesmo saber o porquê.
Existem muitos boatos circulando, dizem que o comando começou a fazer preparativos com toda a urgência depois que uma sonda espacial chegou - respondeu Ester.
Essa nave na qual a gente vai, a Aurora Seis, é uma banheira velha, você sabe, não é? - continuou Ismael.
Sim, uma droga mesmo, uma amiga nossa chamada Sarah foi em uma missão nela há alguns meses - respondeu Ester, ela tentou parecer concentrada na conversa, porém Ismael percebeu que a mente dela estava preocupada com outras coisas.
Você estava pensando na Maia, não é? que droga, não deveriam ter te escalado para essa missão, o bebê vai chegar logo.
É muito chato saber que não vou estar com ela quando a hora do parto chegar. Mas ela não vai ficar sozinha. A Drica já está terminando a Fase I do Treinamento Básico, em três semanas ela volta e vai ficar com ela.
A nave decolou e passou a subir deixando a base para trás. O tráfego aéreo era intenso, com dezenas de naves de desembarque em rotas para pousar nas plataformas da base, ou subindo para entrar em órbita.
A Aurora Seis e a outra nave de transporte disponível, a Boreal Nove estavam sendo carregadas. Os melhores equipamentos e armamentos disponíveis estavam sendo enviados, infelizmente só havia essas duas naves de transporte no momento. Dezenas de sondas foram enviadas pedindo mais ajuda, porém as distâncias até outras bases maiores era muito grande, os reforços iriam demorar.
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Planeta UH 9536
Dia 56 do Calendário do Planeta UH 9536 - 15:45 hs.
Troi estava chocado com o resultado do ataque, só três aeronaves haviam retornado, das vinte que haviam sido designadas para a missão. Ele sabia que tinham que aprender com os seus erros, e fazer isso rápido.
Ele voava cercado por pelas suas aeronaves guarda-costas. Tron havia ficado tão furioso que até pensou em tirá-lo do comando das aeronaves, porém achou melhor esperar Gatrio chegar para que ele decidisse.
Troi sabia que não podia repetir o mesmo erro, ele sabia o que estava em jogo. Lá embaixo, no solo, estavam mais de mil cápsulas, todas com painéis de teletransporte, e peças de quatro kits de teletransportadores. Se o inimigo conseguisse assimilar a tecnologia do teletransporte, analisando os itens da tecnologia crow que foram enviado para aquele planeta, o império todo estaria vulnerável.
Apenas ele, o líder das aeronaves, Tron, o líder dos POCs, Batrio, líder dos batalhoídes, e Gatrio líder geral da invasão, apenas eles sabiam o que iria acontecer se eles não conseguissem completar a missão. Se eles não uma mandassem uma cápsula de volta dizendo que haviam dominado a área, os Kleo iriam usar o recurso final. Eles iriam mandar teletransportar as poderosas bombas de antimatéria, Toda aquela região iria sofrer uma destruição cataclísmica.
Ele refletia em tudo o que havia ocorrido. Agora ele entendia o que estava acontecendo. Antes de chegar naquele planeta ele se perguntava porque os Kleo não acabavam com tudo mandando as bombas logo. Ele entendeu que os Kleo queriam testar os veículos, testar as armas dos mesmos, e principalmente testar os Riva. Se eles não vencessem o inimigo, talvez não houvesse nenhum futuro para toda a espécie bio cibernética. E o teste não estava indo muito bem até agora.
Ele foi obrigado a deixar as reflexões para outra hora, era preciso cuidar dos preparativos, em menos de trinta minutos os batalhoídes iriam chegar. Ele deu o comando para todos descerem para mais próximo ao solo, precisavam deixar as altitudes mais altas para os teletransportes.
