Soul Rebel-segunda temporada

By soulrebelfanfictt

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Eles tem uma alma rebelde! More

Capítulo 1 - My Final, Not So Happy
Capítulo 2 - I Just Wanted It All Back
Capítulo 3 - Nem Sempre Se Compare a Mim!
Capítulo 4 - Dont Make Me Sad, Dont Make Me Cry
Capítulo 5 - Set It On Fire
Capítulo 6 - Guerra Declarada
Capítulo 7 - We Run The Night
Capítulo 9 - Dama do Tráfico
Capítulo 10 - Hide My Head I Want To Drown My Sorrow
Capítulo 11 - Wanting To Die
Capítulo 12 - No Lies, No Wrong
Capítulo 13 - Pedido De Mãe
Capítulo 14 - A Missão É Ser Patroa
Capítulo 15 - Não Quero Parecer Tão Fraca
Capítulo 16 - Perdendo a Cabeça
Capítulo 17 - You Never Really Can Fix My Heart
Capítulo 18 - Torna-te Aquilo Que És.
Capítulo 19 - You Belong With Me
Capítulo 20 - The Moment I Could See It
Capítulo 21- Turn To U (parte 1)
Capítulo 22 - Turn To U (parte 2)
Capítulo 23 - One Step At A Time
Capítulo 24 - I Like The Way It Hurts
Capítulo 25 - Change
Capítulo 26 - You Are The Only One
Capítulo 27 - People Help The People
Capítulo 28 - Hot Mess
Capítulo 29 - Tonight I'm Gonna Dance For You
Capítulo 30 - Tonight I'm Gonna Dance For You (Parte 2)
Capítulo 31 - Reason
Capítulo 32 - But I Will Take My Chances
Capítulo 33 - Soul Rebel
Capítulo 34 - New Life
Capítulo 36 - Well Run Away If We Must (Parte 2)
Capítulo 37 - Forgiveness
Capítulo 38 - That God Blessed The Broken Road
Capítulo 39 - Danger
Capítulo 40 - Never Looking Down
Capítulo 41 - Angel
Capítulo 42 - I Wont Give Up
Capítulo 43 - Never Let U Go
Capítulo 44 - Mine
Capítulo 45 - Always By Your Side
Capítulo 46 - Poker
Capítulo 47 - Vows Of Love

Capítulo 35 - Well Run Away If We Must

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By soulrebelfanfictt

Por mais que eu quisesse, por mais que eu tentasse Justin nunca largaria aquela vida, eu o conheci naquilo e fazia quase três anos que estávamos juntos e ele nunca largaria aquela vida. Discuti feio com ele, pois eu não aceitava viver aquela vida outra vez, eu não conseguia mais ver nossas vidas correndo perigo como estava antes, a experiência que passei já tinha sido o suficiente para saber que eu não conseguiria viver sem ele e que eu não me aguentaria se aquilo acontecesse de verdade.

Subi para o quarto e passei a tarde toda enfurnada naquele cômodo pensando na vida. Podia escutar Justin e Julie brincando na praia, mas estava irritada de mais para me juntar a eles. A casa estava sem empregados, à única que tinha ali era Paola e ela era tão inexperiente quanto eu, não sabia fazer nada na cozinha e quando tentei quase coloquei fogo na casa, se não fosse por Guadalupe, acho que morreria em um incêndio! Isso era um inferno e pra acabar de completar eu não saberia me virar sozinha e isso era vergonhoso.

Escutei uma movimentação diferente no andar de baixo, mas não era os gritos de Julie e nem as risadas de Justin que invadiam o ambiente, era alguém diferente. Podia jurar que conhecia aquela voz... E conhecia. Aquele sotaque era reconhecível a quilômetros de distância. Lupe. Senti um alivio ao confirmar que era realmente ela, quando ela disparou a falar uma penca de palavrões em espanhol, aquilo me fez rir por que ela mal havia chego e já estava completamente nervosa. Desci as escadas correndo e quando a vi a abracei.

– Guadalupe, acho que Deus escuta meus pensamentos. – disse rindo. - Estava agora mesmo pensando em como cuidaria disso tudo, como cuidar sozinha dessa casa enorme, estava perdida... Que bom que está aqui. - Guadalupe estava acompanhada de uns seguranças que eu costumava ver lá em casa.

– Onde está minha pequenina?

– Na praia com Justin e Paola...

– Já vi que mal cheguei e já tenho afazeres. – ela disse esbravejando.

– Que isso Lupe! Descanse um pouco antes de tomar as rédeas disso tudo. Você tem que ver... Este lugar é maravilhoso.

– Descanso é só para os meus patrões menina Cassidy... Vou me ajeitando e observando a paisagem que, aliás, do avião já pude ver o quanto esse lugar é mágico. – ela sorriu.

– Calma mãe eu estava na praia, mas já estou indo levar o telefone pra ela. – Justin gritou nervoso ao falar com Pattie, era o que parecia. – Ela quer falar com você. – ele me entregou o telefone um tanto quanto bruto.

Respirei fundo e peguei o telefone e me afastei, Pattie estava mais alterada que Justin e eu tive que manter a calma para tentar acalma-la.

– Oi Pattie... – disse sem graça, me interrompendo no segundo em que a escutei bufar.

– Eu deveria mandar degolar você e meu filho!

– Deus é Pai! – disse assustada.

– Cassidy como vocês vão embora dessa forma, levando meus netos e sem me comunicar nada? Perderam a noção, foi?

– Pattie aconteceu tudo muito rápido, conseguimos descansar só agora que chegamos no Brasil. Eu tive a pior noite da minha vida, pensei que Justin havia morrido, passei as piores sensações e me desculpe, me desculpe mesmo, mas precisávamos ir para nos manter protegidos.

– Sei de tudo o que aconteceu e acho Justin um irresponsável! E você também mocinha. Como deixaram Alexia, aquela cobra venenosa chegar perto da minha boneca? – foi a primeira vez que parei pra pensar naquilo, Julie parecia não ter visto Alexia, ela não falava e nem chorava por aquela vadia, aquilo foi estranho.

– É que... É que...

– Eu sei tudo o que aconteceu Cassidy! Ryan é um ótimo repórter e fantasia muito bem. – sorri imaginando o drama que Ryan fez ao contar aquilo a ela. – Sei meu anjo que Justin está fazendo de tudo para proteger vocês, também sei que vocês só querem ser feliz e a vida dele não ajuda muito, mas, por favor, vê se agora tomem jeito. Cassidy eu ainda quero ver meus netos crescerem. – e em uma fração de segundos já estava chorando, ficar longe da minha "mãe-sogra" ia ser difícil, mesmo com todo o jeito chato dela de nos sufocar, eu sentiria falta.

– Você não vai ficar sem vê-los. Por favor, diga que vai vir pra cá assim que puder. – disse manhosa.

– Muito bonita você! – ela riu. – Cassidy também tenho uma vida aqui, não posso ficar correndo atrás de Justin e de você, acho que vocês estão bem grandinhos para serem monitorados pela dona Pattie. Estou depositando um voto de confiança em vocês, quero que sejam felizes e me deem mais netos.

– Deus me livre. – disse dando um pulo. – Jason e Julie já bastam. – ela riu.

– Você vai mudar de ideia...

– Ótimo, minha sogra acha que sou parideira. – desta vez até Justin riu.

– Se visse o batalhão que está chegando aqui em casa se desesperaria, minha casa está sendo invadida.

– Ah que saudade, diz que mandei um beijo para todo mundo e que eu já estou morrendo de saudade desses vagabundos. – pude escutar os gritinhos histéricos de Claire ao brigar com Chaz e depois escutei Caams mandando Ryan se fuder, que saudade daquela família.

– Oh seus fanfarrões. – Pattie gritou. – Cassidy está mandando um beijo! – pude escutar murmúrios e um "manda outro pra ela" "diz que logo menos chego ao Brasil eles não vão se livrar de mim" "já estou com saudade amiga". Aquilo me fez chorar mais. – Escutou?

– Sim. – disse enxugando o rosto. – Diz que já estou com saudades e vou esperar todos vocês aqui um dia.

– Ah com certeza vamos sim! Agora eu vou indo alimentar esse bando de esfomeados antes que acabem com minha cozinha.

– Ok.

– Se cuide e dê um beijo na minha princesa. Depois de um jeito de ligar o Skype para eu vê-la.

– Ah pode deixar. – sorri. – Mas você tem que ver a empolgação dela com a praia.

– Ah minha princesinha, já estou morrendo... Mande um beijo pra todos. Tchau Cassidy.

– Tchau Pattie se cuide!

– Você também meu anjo. Beijos, beijos, muitos beijos.

– Beijos. – sorri e finalizei a ligação.

Justin estava estirado no sofá completamente retardado fitando o teto. Ele estava só de bermuda e com parte da cueca de fora. Uma tentação.

– E Julie? – perguntei chamando a atenção ele me encarou por um tempo depois respondeu seco.

– Lá fora.

– Porque não colocou ela pra dentro? Ela já ficou tempo de mais nesse sol quente. – ele me olhou completamente debochado depois riu e voltou a fitar o teto.

Joguei o celular em cima dele e fez barulho quando se chocou com o peito dele e se ele não estivesse com raiva reclamaria do que eu fiz.

– Será que dá pra ir comigo? – perguntei nervosa.

– Não tem pernas?

– Tenho!

– Então?

– Levanta a bunda desse sofá agora e me leve até a praia Justin Drew Bieber! – ele me olhou espantado. – Agora! – gritei histérica.

Ele levantou do sofá bufando, vestiu os chinelos e depois saiu andando na frente, idiota! Comecei a andar distraidamente e acabei tropeçando em uma espreguiçadeira e acabando com o meu dedinho, senti a pontada ir à cabeça.

– Ai merda! – gritei fazendo Justin olhar curioso pra trás e quando ele me viu sentar no chão correu para perto de mim.

– Que foi? Bateu onde? – ele disse todo preocupado. – Consegue andar?

– Sim. – disse com a voz um pouco manhosa. – Estou me recuperando. – disse me apoiando nele enquanto ele me levantava. – Ai isso dói pra porra. – ele riu da minha careta ao olhar meu dedinho vermelho.

– Isso é ruindade. Quem mandou ser tão chata?

– Ai porque você não morre? – disse sem pensar.

– Porque se não, você não viveria sem mim!

– Quem disse?

– Já se esqueceu da noite passada? – ele disse irônico.

– Ok Justin. OK. Você venceu! Que merda, moleque chato... Julie. – gritei me afastando dele.

Paola e Julie estavam bem afastadas de onde eu tinha as deixado. Elas jogavam bola, Julie estava com um chapéu na cabeça e com a bunda cheia de areia, aquilo me fez rir.

– Mamãe. – Julie correu até mim abraçando minhas pernas fazendo com que a areia que tinha em suas mãozinhas me pinicassem.

– Ai meu amor. – disse segurando as mãozinhas dela. – Já foi na água? – perguntei vendo os cabelos dela molhados.

– Já se afogou você quis dizer né. – Paola disse rindo. – Justin entrou na água com ela e Julie quase morreu.

– E você deixou esse louco entra na água com ela? Paola, o Justin não bate bem das ideias não.

– Quando ele a soltou em uma onda eu achei melhor intervir. – completamente retardado.

– Eu nadei, agora não tenho mais medo. – Julie disse pulando serelepe.

– Depois de quase morrer se você tivesse medo ainda... – Paola começou a rir.

– Xixi. – Julie deu um grito levando a mão na intimidade. – Eu quero fazer xixi. – ela começou se contorcer.

– Leva ela Paola. – ela pegou na mãozinha de Julie apressadamente. – Alias tem uma surpresa para vocês lá dentro. – as duas se entre olharam e depois saíram correndo. Estava me referindo a Guadalupe.

Paola e Julie desapareceram correndo em direção a casa, fiquei olhando as ondas se quebrarem e sentindo a brisa que vinha direto do mar e batia em meus cabelos os bagunçando enquanto o sol raiava em minha pele. Justin havia desaparecido, no mínimo devia ter voltado pra dentro de casa depois daquilo perto da piscina, nem ligo se ele quisesse continuar com aquela birrinha besta. Problema dele, eu iria aproveitar aquele paraíso.

Estava criando coragem pra entrar na água quando senti a presença de alguém atrás de mim. Virei-me vendo Justin segurando um colete salva vidas.

– Que isso?

– Dá uma volta de jet-ski comigo? – ele perguntou sem jeito.

Olhei para o colete e depois pra ele com cara de desdém. Tudo bem, uma volta de jet-ski não mataria ninguém. Peguei o colete da mão dele e eu nem esperava por aquilo, mas ele enlaçou os dedos nos meus e saiu me guiando.

[...]

Eu sentia um frio imenso na barriga, principalmente quando parecia que aquele negocio viraria. Justin parecia um louco dirigindo aquele treco, eu estava com as mãos agarradas na cintura dele, sentindo aquele perfume bom que sua pele exalava. Estávamos com uma distancia considerável da praia quando ele foi parando aquele treco.

– Porque parou? – disse confusa.

– Acabou o combustível. – ele disse sério.

– Tá de brincadeira com minha cara? Não, você só pode estar de brincadeira! – disse nervosa.

– Claro que tô idiota. – Justin puxou meu corpo me colocando na frente do seu sentada de perna abertas de frente pra ele. – Me perdoa? – ele disse segurando meu rosto entre as mãos. – Não fica mais bravinha comigo, mesmo eu merecendo. – ele sorriu.

– Mas você merece, e muito. – disse passando o polegar pela barriga dele o vendo se arrepiar.

– Ah eu sei, mas é que...

– Não tente se explicar, porque só piora. – disse brava cruzando os braços.

– Tá então eu devo fazer o que?

– Me beijar. – grudei os lábios nos dele e ele soltou uma risadinha safada.

Justin colocou a mão em minha bunda me puxando para mais próximo fazendo nossas intimidades se chocarem, soltei um gemido fraco e ele intensificou o beijo, apertando meu corpo com força, separei nossos corpos com a respiração um pouco ofegante.

– Acho que isso quer dizer que estou perdoado.

– Isso quer dizer que você deveria me levar pra casa e ficar trancado no quarto comigo, para se redimir. – ele gargalhou.

Apoiei-me nos braços dele e voltei a sentar onde estava. Justin ligou o Jet Sky de novo e saiu fazendo gracinhas.

[...]

Passei pela área da piscina e notei que tinham carros na entrada de casa e eles não estavam lá quando saímos. Olhei confusa pro Justin e ele sorriu e depois murmurou "coloca o shorts amor às visitas chegaram". Revirei os olhos e coloquei os shorts que estavam em minhas mãos. Meu biquíni molhou um pouco a bunda do shorts, ajeitei meus cabelos com a ponta dos dedos e não estava tão mal, vi meu reflexo no espelho próximo a piscina.

– Eae meu chapa. – Justin gritou batendo na mão de um cara que eu nunca tinha visto em toda minha vida.

– HAHA parceiro, quanto tempo. – ele abraçou Justin dando uns apinhas nas costas. – Ryan cuzão falou que você estava vindo pra cá e não acreditei. Tinha que vir conferir pessoalmente.

– Pois é. – Justin sorriu. – Eu tinha que conferir isso aqui outra vez né.

– Agora me apresenta essa gostosa ai atrás de você que tô ficando de pau duro só de olha ela de...

– Ih qual é Alfredo, vai azarar minha mulher filho da puta? – ele riu.

– Claro que não, mas meu irmão tu mando bem na escolha da picanha. – Alfredo disse sorrindo simpático.

– Caissy esse é o Alfredo. Alfredo essa é a minha primeira dama. – sorri sem graça quando ele se aproximou pegando minha mão e depositando um beijo.

– Prazer. – ele deu uma piscadinha e um sorriso maroto me fazendo rir, ele era uma piada.

– O prazer é todo meu. – sorri simpática.

– Eae Mai! – Justin gritou e só então eu notei a mulher de cabelos vermelhos parada no canto da sala brincando com Julie. – Caralho piveta você cresceu pra porra desde a última vez que te vi. – Justin disse erguendo a garota.

– Justin você me viu eu tinha doze anos já estou com 17, mas não cresci tanto assim.

– Cresceu sim! Aposto que tá dando trabalho pro seu pai.

– Mato ela na porrada. – Alfredo disse me fazendo rir.

– E ai como anda as coisas aqui?

– Em perfeita sintonia. – Alfredo disse se jogando no sofá. – Quando contei pros cara que você estava aqui, eles piraram ao saber que tinha um gringo do trafico aqui no brasil.

– A é? E tu tá em que região?

– Nenhuma! Tô na minha... Só sendo fornecedor pros mão branca.

– Eita porra dinheiro fácil. – Justin disse empolgado.

– Fácil até de mais!

Eles começaram um assunto no qual eu não entendia muito, dinheiro, rainha branca e contrabando. Nada que me interessasse. Decidi levar as meninas lá pra cima e dar banho na Julie. Mai era um amor de pessoa, simpática como o pai e conversamos bastante sobre as coisas brasileiras e ela até me ensinava algumas palavras em português. Dei uma folguinha pra Paola e deixei Julie brincando com Mai enquanto tomava um banho rápido. Prendi a franja pra trás e deixei meus cabelos molhados. Entrei no quarto e Julie estava dormindo.

– Que milagre você fez? – disse olhando Julie dormir feito anjo enquanto Mai cantava, a ninando.

– Ah ela disse que estava cansada... Perguntei se ela queria que eu a fizesse dormir e ela deitou e pediu pra eu cantar. – sorri olhando minha pequena relaxa na cama.

– Ninguém nunca conseguiu fazer a Julie dormir a tarde e principalmente se o pai dela está em casa. – disse espantada.

– Ah... Ela é tão fofa e realmente estava cansada.

– Ela ficou a manhã inteira na praia, parecia peixe.

– Deve ser por isso, água cansa. – Mai riu.

– Vamos lá embaixo? Vou pedir pra melhor empregada do mundo preparar algo pra nós. O que acha?

– Perfeito. – ela sorriu.

Descemos e Alfredo e Justin ainda continuavam com aquele papo empolgante, nem nos notaram ir pra cozinha. Pedi a Guadalupe que fizesse algo para nós e ela preparou uma lasanha de molho branco divina. Alfredo comeu com a gente enquanto Justin tomava banho, eles iriam sair, mas eu não estava com vontade de ir e iria ficar em casa com Mai e Julie. Depois que comemos fomos para a sala de jogos. Ainda não tinha conhecido toda a casa, mas a cada cômodo que ia me surpreendia.

– Caissy vamos, por favor. – Justin implorou pela segunda vez.

– Estou cansada!

– Você é minha mulher; tem conviver ao meu lado.

– Eu sei amor, mas...

– Mas nada você vai!

– E Julie?

– Eu não me importo de ficar aqui. – Mai disse sorrindo. – Posso né pai?

– Claro. – Alfredo disse.

– Está vendo? Ela e Paola vão ficar com Julie.

– Tá, tá eu vou. – disse por fim vencida. – Mas, por favor, não vamos demorar.

– Não vamos. – ele beijou minha testa.

Subi e troquei o short por um vestido e coloquei uma rasteirinha, não estava a fim de vestir salto e nem sabia onde iriamos.

– Mai está bom está roupa? – perguntei confusa.

– Está ótima!

– Eu nem tenho ideia aonde vamos e nem como as pessoas se vestem, mas não estou no pique para vestir nada extravagante.

– Vai por mim é um dos lugares mais bizarros do Rio e não é nada legal, pelo menos eu odeio o morro.

– Morro? – perguntei confusa.

– Favela... Comunidade carente. É um lugar onde os compradores do meu pai mora.

– Traficantes? – sugeri.

– É bem por ai. – ela sorriu.

– E o que eles vão fazer lá? – perguntei confusa.

– Pelo que ouvi, vão ver o Nandinho. – franzi a testa não conhecia aquele cara. – O cara que chefia o Cantagalo...

– Ah entendi. – sorri e ela prosseguiu.

– Então... Ele sempre faz esses bailes no meio da favela. E ele quer conhecer o Justin, sabe é tudo questão de status! Ele quer só dizer que é aliado de um traficante gringo.

– E os bailes, são movimentados... Digo, ah como são?

– Baile funk ué. – ela riu.

– Não sei como é um baile fank. – tentei pronunciar como ela.

– É um estilo de música típico do Brasil. A batida é diferente, a dança é diferente. – ela sorriu. – Você sabe, brasileiro é muito caloroso, então, a dança é um pouquinho vulgar.

– Acha que devo me arrumar ficar um pouquinho mais chamativa? – disse confusa.

– Claro que não! Está ótima desse jeito.

– Agora fiquei insegura. – ela riu.

– Relaxa, vai ser uma experiência diferente.

Pelo menos na maquiagem eu caprichei, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo um pouco torto o deixando caído em meu ombro. Julie ainda dormia, fiz uma lista de recomendações a Paola antes de sair. Justin estava impaciente. Quando desci ele e Alfredo estavam bebendo algo no qual eu desconhecia.

– Vamos?

– Pensei que só sairíamos amanhã. – Justin esbravejou.

– Estava me arrumando. – disse na defensiva.

– Vai casar de novo?

– Da pra parar de ser chato ou tá difícil? – sai andando na frente em direção à porta.

Deixei Julie em casa com o coração na mão, eu nem conhecia o lugar, nem sabia se ela realmente estava em segurança, por mais que os homens do Justin estivessem lá eu estava insegura em relação a deixa-la em um lugar onde nem conhecia. O caminho foi muito longo e quando chegamos; à tarde já estava quase caindo. Morro do Cantagalo. Aquilo me assustou um pouco, era bem diferente de minha realidade e nunca tinha visto nada comparado aquilo.

Subir aquele monte de escadas estava me matando, aquilo era torturante; mas, mais assustador era olhar o alto de cada casa e ver homens com armamentos pesados apontando em nossa direção... Aquilo me fazia gelar a espinha.

– Quem são eles? – sussurrei no ouvido de Justin me referindo aos homens nos altos das casas.

– Olheiros. – ele respondeu no mesmo tom que eu. – Vigiam o fluxo do morro e avisam quando os tiras chegam.

Alfredo tinha passe livre ali, mas mesmo assim as armas eram apontadas em nossa direção. Justin sempre parecia que queria me proteger. Eu me assustava sempre que olhava para o alto de uma casa e via algum cara com um armamento pesado apontando em nossa direção, aquilo era de dar medo.

Um cara surgiu do nada apontando um fúzil nossa direção, eu dei um pulo de susto e Justin me colocou pra trás dele. Alfredo falava algo que era impossível de compreender! Como é horrível não entender o que estão dizendo.

– Na minha mulher eles não colocam a mão! – Justin disse raivoso.

– Suave. – Alfredo disse. – Só ergue a camiseta Justin pra mostrar que você não esta armado. – Justin revirou os olhos bufando e depois fez o que Alfredo pediu e o cara nos liberou.

Eu nunca tinha ido a um lugar como aquele. Aquilo era realmente o que eu desconhecia. As pessoas viviam em condições precárias, mas pareciam ser felizes. Podia escutar o volume alto de uma música a metros de distancia, meus dedos estavam suados segurando a mão de Justin, enquanto Alfredo nos guiava. Um cara com o pescoço cheio de cordão de ouro e um sorriso estranho se aproximou de nós saudando Justin. Nunca imaginei que no meio daquele lugar pudesse ter uma casa tão grande como aquela. Justin disse que aquela mansão pertencia a Nandinho, o cara do pescoço cheio de correntes, ela era absolutamente linda e grande.

Fomos para a laje da casa onde parecia estar rolando algum tipo de festinha, acho que era aquele baile no qual Mai se referia. A cena de ver mulheres se esfregando e descendo até o chão de um jeito totalmente diferente me fez paralisar, e eu achando que já tinha visto de tudo. É, não se vê aquilo todo dia. O som estava alto e a batida da musica era boa, mas eu não entendia a letra.

As mulheres me olhavam com desprezo e aquilo estava me incomodando, ela me encaravam de cima em baixo e depois davam as costas. Não vou negar elas tinham um corpo invejável de deixar qualquer uma no chinelo.

Fiquei observando o ambiente enquanto algumas pessoas idolatravam Justin e tentavam se comunicar com ele tentando pronunciar algumas palavras em inglês. Justin dominava o espanhol e algumas palavras em português então a comunicação não estava tão difícil quanto pensava.

Encostei-me perto do muro da sacada, olhando a vista que era linda! Do topo do morro podia se enxergar a praia. Justin percebeu que eu não estava habituada com o ambiente e um pouco isolada e voltou a se aproximar de mim. Aquilo era muito diferente pra mim.

– Está gostando? – ele me deu um selinho rápido.

– É diferente. – sorri tirando um fio de cabelo do rosto.

– São culturas diferentes. – ele sorriu gingando o corpo conforme a batida da música me levando junto.

– Diferente até de mais. – beijei os lábios dele com calma.

– Justin Bieber? – uma mulher com corpo de esquelética nos interrompeu. – Ah meu Deus! Achei que nunca mais te veria em minha vida. É você mesmo ou estou tendo uma miragem?

– Lolita? Lola? - Justin perguntou confuso.

– Sim, sou eu mesmo. Caralho pensei que você já tinha morrido. - ela literalmente se jogou em cima dele e eu dei uma leve afastada para não desequilibrar. Justin estava sem graça e a tal Lolita quase deu um beijo na boca dele e se ele não virasse o rosto o beijou que ela deu nele ia certeiro na boca - Me conta por ande andou?

– Ah. - ele coçou a cabeça sem graça. - Essa daqui é minha mulher... Cassidy, Lola. Lola Cassidy.

– Oi. - disse forçando simpatia. Intimidade de mais com o Justin não me agrada.

– Uau! Sua mulher? Isso é oficial? – Justin assentiu. - Você casou mesmo? - ela olhou a aliança em meu dedo e depois olhou a de Justin. - Quem é você? O Justin que conheci nunca se casaria. - ela disse rindo.

– As coisas mudaram. – ele sorriu abraçando meu corpo de lado. - É que essa morena dominou minha vida e é impossível viver sem ela.

– Ah meu Deus garota você realmente transformou o homem. - ela deu um tapinha em meu braço e eu a olhei feio. - Vou buscar algo pra gente beber, temos que por o papo em dia... Querem alguma coisa?

– Não. - disse seca.

– Nem uma cerveja florzinha?

– Estou grávida não posso. - sorri forçado, mas não pude deixar de notar a cara de espanto dela ao ver minha barriga confirmando que eu estava grávida.

– Você realmente tem muita coisa pra me contar. - ela disse a Justin, piscou e depois saiu rebolando aquele traseiro seco.

– Vai me dizer que ela também é uma amiga? - disse irônica.

– É. - ele disse perdido

– Têm mais amiguinhas como essa pra eu conhecer? Ou ela já ganhou o prêmio de oferecida do dia?

– Está achando que Lola estava...

– Não estou achando. - o interferi. - Tenho certeza! Ela estava dando em cima de você na cara de pau.

– A conheci na primeira vez em que vim ao Brasil. - ele deu um gole na cerveja. - Só que ela costumava ser mais interessante...

– Ah é prostituto. - dei um tapa forte no braço dele.

– Ela está meio acabadinha...

– Justin. - dei outro tapa nele. - Então quer dizer se ela estivesse em ótimo estado você...

– Continuaria te desejando até de olho fechado. - ele pressionou o corpo no meu me arrancando um beijo.

– Vai demorar muito pra gente voltar pra casa? - disse manhosa.

– Por quê? Vai me dizer que quer voltar a dormir?

– Claro que não. - passei meus braços envolta do pescoço dele. - É que é horrível estar em um lugar onde você não entende a língua de ninguém e ninguém te entende.

– Você tem a mim! O Alfredo também pode te ajudar e olha. - ele aumentou o tom para me avisar que ela estava chegando. – Tem a Lola que também fala sua língua. - ela estava parada com um sorriso falso e dois drinks nas mãos.

– Falando de mim? - o jeito simpático e arreganhado do Justin estava me irritando. Toda hora ele ficava de sorrisinho e risadinhas com ela, e eu não estava gostando daquilo. - Mas então Jus vocês vão ficar bastante tempo por aqui?

– Deu uma complicada pra mim em Atlanta, e eu quero que a Caissy tenha uma gravidez decente.

– Sendo sua esposa? Impossível... Aliás, flor de quantos meses você está?

– Cinco. – disse entre os dentes eu não estava com saco pra aturar aquela Maria Oferecida dando em cima do meu homem.

– Lembra quando nos divertíamos? Meu Deus uma noite quase colocamos o Rio de Janeiro de ponta cabeça. - ela ria sem parar e ele acompanhava.

– Nem me fale. – Justin deu um na bebida. – E você tá fazendo o que aqui?

– Xerifa do Cantagalo. – ela sorriu piscando o olho direito.

– Caissy ó senta aqui. - Alfredo colocou uma cadeira próxima a mim. - Acho que não faz bem uma grávida ficar tanto tempo em pé. - ele sorriu simpático.

– Obrigada Fredo, mas estou bem assim.

– Senta ai amor.

– Não quero!

– Daqui a pouco seus pés vão ficar inchados. - ele disse me forçando a sentar. - Viu? Não doeu. – revirei os olhos, entediada.

Aquele papo idiota continuou e eu tentei ignorar o máximo possível. Fiquei conversando com o Alfredo e ele ia me explicando algumas coisas do Brasil e sobre como conheceu Justin, ele conhecia todo mundo, menos eu.

– Você não pensa em voltar? Sei lá. – dei de ombro. – É que lá é seu país de origem.

– Sim, mas não agora as coisas estão complicadas pra mim.

– O que você fez de tão grave que saiu fugido de lá?

– Porque Justin veio? - pensei um pouco.

– Porque o Marconny queri... Você também saiu de lá por isso? Mas por que raios vocês se metem tanto com esse cara?

– Ah essa treta vem desde que somo de menores. – ele sorriu. - Éramos jovens, querendo dinheiro fácil e Marconny tinha uma boa lábia.

– Tudo o que aprenderam foi com Marconny? – ele começou a aprofundar aquele assunto, pra falar a verdade eu não sabia o motivo concreto pelo qual Justin tinha tanto ódio de Marconny, mas Alfredo começou a esclarecer as coisas.

– Nem tudo... Os negócios fluíam bem, mas para quem queria luxúria àquilo era pouco. Éramos moleques não tínhamos noção de nada.

Controlávamos os rachas e assaltávamos os pequenos bancos do interior. Marconny ficava com toda a grana e cobrava um absurdo pela droga que usávamos, sem contar no terror que ele botava quando não conseguíamos nos livrar dos flagrantes ou dos inimigos. Pra mim aquilo estava bom de mais, pelo menos estava tendo dinheiro para bancar meus caprichos, mas para Justin e Ryan aquilo era pouco. Sem contar que Marconny tinha uma obsessão compulsiva em inferiorizar Justin, ele sabia que ele era o único que tinha capacidade para vencê-lo, era o único que poderia supera-lo. Foi quando Ryan e Justin decidiram fazer o próprio esquema, ninguém estava com eles àquilo era bobagem nunca dariam certo, os dois passaram meses juntando grana e investindo nos equipamentos, ninguém acreditava neles. Mas os moleques estavam confiantes! Eles sumiram durante um mês, até hoje não sei onde os dois se meteram, mas quando voltaram, voltaram cheio de marra com o plano de assaltar um banco em NY, pra garotos de Strantford que roubavam carros e faziam rachas eles estavam sonhando de mais, nem Marconny tinha capacidade para assaltar um banco de cidade grande e eles, grandes amadores, estavam com planos pra isso. Ninguém se envolveu, os dois foram sozinhos e arrebentaram, limparam um banco em uma das cidades mais movimentadas do mundo, eles executaram tudo com profissionalismo; ninguém conseguiu chegar até eles. Justin voltou pra Atlanta podre de grana ele comprou o passe do Chris e do Chaz, mas eu não deixei que comprasse o meu, achava que o negócio deles não ia durar muito e eles iam cair e voltar correndo pra ser capanga do Marconny, mas não foi isso o que aconteceu! Eles foram crescendo, cada vez mais criando experiências. Até que Justin começou a pisar no calo de Marconny; ele sabia todas as rotas de carga e sequestrava as cargas e capotava os caminhões, Justin sempre gostou de afrontar e se você quer deixar Marconny enfurecido, mexa com o poder ou o dinheiro dele. Foi isso que Justin começou a fazer, só que Ryan não participava das peraltices do Bieber, então, ele conheceu Brian que estava disposto a participar de tudo, os dois se tornaram grandes amigos e Marconny cada vez mais sentia ódio do Justin, até que um dia o roubo era na casa do magnata. Justin tramou tudo e deixou os cofres limpos, depois quando saiu, deixou a casa em chamas. Naquele dia Justin declarou guerra a Marconny, assinou definitivamente o atestado de culpa.

– E você saiu dessa como? – perguntei curiosa.

– Eu não sai, fugi. Fui o único que continuou com Marconny e me fodi. Um dia ele me colocou em uma missão suicida e me neguei a fazer, e fiquei com o dinheiro do roubo que tinha feito sozinho... Então ele foi atrás da mãe da Mai e...

– Ó meu Deus. – disse chocada percebendo que Marconny a havia matado.

– Desde aquela época estou aqui. Tenho certeza que assim voltar Marconny me matará.

– Ai eu odeio esse cara. – disse emputecida.

– Bem vinda ao time. – ele disse molhando os lábios.

Olhei pro lado vendo uma cena na qual eu não desejaria ver Lola e Justin preparavam pó pra cheirar, vadia.

– Justin. – levantei indo próximo a ele. – Não. – segurei sua mão.

– Caissy se toca! – ele se soltou da minha mão.

– Eu não acredito que vai...

– Caissy isso daqui não é cocaína nem aqui e nem na china, pura vitamina c e fermento. Pra ficar louco tenho que usar uns dez pacotinhos.

– Justin... – ele me ignorou se abaixou até a mesa e limpou o lado direito da carreirinha, ainda havia mais três.

– Alfredo como você os deixa chamarem isso de droga? Cara que merda é isso aqui? Se vender uma coisa como essa em Atlanta, os nóias mesmo se encarregam de providenciar minha morte, e tem otário que usa isso?

– Vai desmerecer filho da puta?

– Não tô desmerecendo, mas que essa porra é fraca é. – ele disse sorrindo.

Eu estava abismada com a cena ele não respeitou a minha presença. Aquele tal de Nandinho levou Justin para o meio da pista e ficaram conversando eu já estava de saco cheio de ficar naquele lugar com aquela música alta.

– Alfredo me leva no banheiro? – pedi sem graça.

– Claro Caissy. – ele deixou o copo dele em cima da mesa e me guiou até o banheiro.

Já estava de noite e eu só queria voltar pra casa, parecia que a cada hora ia chegando mais gente e aquele lugar já estava me irritando. Aliviei-me e fiz uma horinha a mais no banheiro. Quando abri a porta Alfredo ainda estava lá me esperando, eu tinha gostado dele, me lembrava dos amigos de Justin. Estava decidida ia obrigar Justin a ir embora comigo, a cota de festinhas já tinha estourado.

Eu podia escutar uma gritaria ao me aproximar de onde estava antes, mas não sabia o porquê aquelas pessoas gritavam tanto, foi então quando avistei Justin e Lola dançando. Eu senti meu corpo pegar fogo senti-me com um vulcão em erupção. Justin estava deitado no chão enquanto Lola rebolava em cima dele na maior indecência, ninguém tinha me notado até a burra tentar sair e esbarrar derrubando o rádio no chão acabando com a festa chamando as atenções.

– Caissy? – Justin disse se levantando do chão apressadamente, mas eu o ignorei sai correndo em disparada de onde lembrava que era a saída.

Grande idiota! Eu disse que não queria ter vindo a esse lugar e ele insistiu. Pra que? Pra ver isso? Pra ver ele e as vagabundas dele na putaria?! Eu podia estar bem em casa, cuidando da minha filha. Descia aquela escadaria correndo e nem sabia onde iria parar, as pessoas me olhavam curiosa por ver meu desespero, mas eu não me importava! Só queria sair o mais rápido possível daquele lugar. Comecei a me enfiar em uns becos estreitos e a cada vez que passava a situação do lugar ficava mais precária. Encostei-me a parede de um barraco caindo aos pedaços para de descansar.

Nunca conseguiria sair daquele lugar sozinha e teria que dar o braço a torcer, iria ter que ligar para o Justin. Peguei meu celular no bolso do vestido e pra minha sorte estava sem sinal, não pegava, completamente sem rede. Não percebi a presença deles, só me assustei quando eles me renderam.

Eu não entendia o que eles diziam uns três pivetes de uns quinze anos gritavam comigo e gesticulavam querendo meu celular.

– Saiam de perto de mim! – gritei tentando os afastar, mas foi falho.

Eles continuavam vindo pra cima de mim, pelo o que eu entendi eles iriam me assaltar. Enfiei o celular dentro dos peitos olhando para os dois lados, depois empurrei o menor e voltei a correr sem olhar pra trás.

POV Justin.

Cassidy era completamente louca! Como ela saia correndo daquele jeito em um lugar que nem conhecia? Filha da puta! A noite já tinha caído e estava um breu da porra naquela favela, o pior: ela não sabia falar português, ninguém iria a ajudar e ela não conhecia aquele lugar.

– Caralho Alfredo ela não pode ficar sozinha nesse lugar. – gritei nervoso.

– Calma Justin, o Nandinho já colocou os capangas dele atrás dela, eles conhecem esse lugar melhor que eu! Eles vão a achar. – puxei o revolver da cintura dele.

– Eu não vou ficar aqui esperando enquanto ela está perdida ai nesse lugar!

– Você é pirado Justin. O território aqui não é seu meu irmão, você não pode simplesmente colocar uma arma na cintura e sair por ai pagando de pá.

– Eu posso. – disse sério. – Sabe por que eu posso? Porque é a minha mulher que está correndo perigo e eu não tenho nem ideia de onde ela possa está!

– Meu irmão você é louco! Mas eu não vou deixar você nessa sozinho. Vamos aê, vamos procurar a sua lady, só que... Dá-me a arma. Tá ligado que esses caras são meios esquisitos e podem grilar com você por estar com um cano na mão.

– Toma essa merda... Como se um revolver mudasse alguma coisa. – disse nervoso socando o revolver nas mãos dele.

Eu não estava fazendo nada de mais, estava apenas dançando e ela simplesmente teve uma crise ridícula de ciúmes, se ela se aproximasse ia ver que Lola estava me obrigando a dançar. A garota já estava alterada, eu não tive culpa!

POV Caissy

Eu já não aguentava mais correr, não escutava mais os passos dos garotos atrás de mim. Pra falar a verdade, eles já tinham parado de me seguir a muito tempo. Acho que estava na parte mais precária da favela, a iluminação era pouca e o cheiro terrível de lixo inundava meu nariz. Eu não tinha noção nenhuma de saber onde estava.

– Hey garota. – escutei uma voz me chamar no escuro e achei que era coisa da minha cabeça, por querer achar tanto alguém que falasse a mesma língua que eu.

– Está falando comigo? – perguntei confusa.

– Sim... De onde você é?

– Sou. – engasguei vendo o velho se aproximar, ele surgiu do escuro vindo em minha direção e o mais incrível, não era coisa da minha cabeça ele sabia falar minha língua. – Não sou daqui. – disse de forma rápida.

– Isso eu sei, mas de que parte do mundo você veio? – ele começou a caminhar na minha direção e sorriu para mim.

– Americana... Sou americana! – disse tremendo.

Notei que aquele cara tinha segundas intenções seus olhares não eram dos melhores e eu estava encurralada.

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