Capítulo 3 - Nem Sempre Se Compare a Mim!

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Justin dirigia em silencio e o rádio estava com um volume baixo, eu balançava minhas pernas com nervosismo para um lado e para o outro.

– Está nervosa? – Justin segurou o volante com as duas mãos, virando à esquerda.

– Deveria? – disse sendo fria.

– Não sei. – ele deu de ombros e repousou a mão em minha coxa, subindo e descendo. Respirei fundo não gostando do ato, mas ele não tirou a mão. Sua mão passeou mais um pouco por minha perna até parar e ficar sem movimentos, ele me perguntou: – Está armada? – desta vez ele perguntou me olhando.

– Não saio sem minha arma. – a arma estava presa em minha perna, na coxa, sendo segurada por um suporte que ficava na cinta liga, teria colocado na bolsa, mas me sentia mais segura com ela ali.

– Caissy, você está indo pra um noivado.

– E daí?

– Não precisa disso.

– Então me diz você... Está armado?

– Comigo é diferente.

– Uma porra que é diferente. Sinto vontade de matar do mesmo jeito que você. – disse nervosa, ele me olhou de canto de olho e com uma cara de que estava tendo uma ideia. Ele acelerou o carro e voltou de onde estávamos vindo.

– Então vamos ver se é isso mesmo, ou se é só mais um de seus caprichos. – ele acelerava o carro e meu corpo estava grudado ao banco. Quando ele parou perto de um beco fiquei assustada, pois foi com tanta brutalidade que meu corpo deu um impulso para frente.

– Aonde você vai? – disse entre dentes notando que ele sairia do carro.

– Vem comigo que vai saber. – ele pegou uma arma na porta luvas e depois saiu do carro. O lugar era horrível e se pudesse optar nunca iria ali e nem sairia do carro, mas era melhor segui-lo do que ficar sozinha.

O lugar era tão esquisito que o meu primeiro impulso foi acompanhar os passos do Justin e pegar a mão dele pra ver se me sentia mais protegida. Subimos o beco. A noite estava um pouco gelada, parecia que havia uma boate naquele lugar, havia uns homens bêbados parados perto da entrada que me encararam quando chegamos mais perto, mas recuaram assim que viram a arma brilhando na mão do Justin. – Libera a entrada. – Justin disse em um tom mandão e o segurança que estava na porta liberou. Minha mão estava entrelaçada na dele e digamos que depositava certa força em meus dedos, estava um pouco assustada com o ambiente. Entramos naquele local onde tinha muitas mulheres seminuas, homens transitando pra lá e pra cá, música sensual muito alta, de início pensei que era uma boate, mas me enganei. Era um puteiro, uma casa de orgia. O que eu estava fazendo naquele lugar? Boa pergunta. O que aquele louco estava fazendo? Outra boa pergunta. Passamos pelo clube todo e no final tinha um elevador velho, que pegamos.

– Onde estamos? – perguntei analisando cada detalhe que via.

– Não disse que sente vontade de matar? Então. – o elevador barulhento abriu as portas com a ajuda do Justin e estávamos acho que no subsolo daquele lugar.

– Eai patrão. – conhecia um daqueles homens ou pelo menos já tinha visto transitando lá em casa.

– Não esperávamos por você hoje aqui, não é hoje que o Chris está noivando? - outro homem disse, mas aquele eu não conhecia.

– É sim. – Justin disse ficando em minha frente. Os homens me olharam como se nunca tivessem visto mulher no mundo. – Mas vim mostrar um negocio pra minha mulher... Aquele cara ainda tá ai ou já deram cabo nele?

Soul Rebel-segunda temporadaWhere stories live. Discover now