Capítulo 41 - Angel

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As dores não eram intensas, era coisa boba, mas eu estava assustada, estava sozinha. A tempestade tinha começado e acho que isso dificultava um pouco eles me ouvirem pedindo por ajuda. Sentei-me em um dos degraus da escada, controlando a respiração e não parei um minuto de clamar por ajuda. Alguém tinha escutado as minhas preces e senti um alivio em meu corpo quando escutei abrirem as trancas.

– Graças a deus. – disse me levantando com dificuldade.

– Que é piveta? Olha as coisas não estão muito boas pro seu lado aquieta o seu faixo, pelo menos até fazerem à cesariana.

– Que cesariana? Vocês estão ficando loucos? Minha bolsa rompeu o Jason vai nascer. – disse nervosa sentindo as contrações me obrigarem a forçar o cenho.

– Que? – ela disse um pouco incrédula.

– A bolsa. – disse com calma olhando o chão molhado. – A bolsa estourou.

– Vai nascer? – ela perguntou assustada.

– Sim. Alexia pelo amor de Deus eu preciso ir ao médico eu preciso da minha médica...

– Paul. – ela berrou sem me deixar terminar de falar. – Paul. – ela berrava desesperada.

– Que é? – segundos depois ele chegou afobado, no mínimo veio correndo.

– Temos problemas.

– Ela tentou fugir de novo? Eu vou matar essa vagabunda. – ele disse nervoso vindo pra cima de mim, mas Alexia o segurou.

– Não... ela não tentou fugir. – disse séria

– Então o que foi, porra?

– A bolsa. – ela disse nervosa procurando as palavras certas. – A bolsa rompeu... Vai nascer.

– Como?

– Vai nascer cacete a bolsa dela estourou. – ele estalou os olhos.

– Isso não pode acontecer... O Marconny saiu.

– E você acha que não sei?

– Não tem sinal para a cidade, os telefones não pegam! Isso só pode ser brincadeira...

– Claro que não idiota, olha. – ela apontou o chão.

– Merda. Garota se isso for mais uma das suas farsas eu vou me esquecer do seu estado. – ele rosnou e eu me recuei para trás com a mão repousada na barriga.

Apenas queria me certificar de que nada de errado aconteceria com o meu filho.

– Você tem que dar um jeito de tirar ela daqui...

– Não tem como sair! As estradas estão fechadas a ponte desabou, estamos ilhados e sem sinal.

– Seu idiota... Eu disse que isso iria acontecer! Vocês são burros. – Alexia saiu do quarto soltando fogo.

– O que você está sentindo? – ele perguntou meio confuso.

– Eu preciso de um médico e não de suas perguntas idiotas. – falei entredentes começando sentir que a dor aguda se acentuava em meu centro e me curvei com a mão ainda na barriga.

Alexia havia voltado para o quarto e estava andando de um lado para o outro tentando falar com alguém no celular. Foi só o tempo de me sentar na cama para sentir aquela dor forte, parecia que eu estava sendo arrebentada por dentro, soltei um urro de dor e deitei meu corpo no colchão me contorcendo. A duração foi pouca mais a intensidade foi forte, as contrações haviam começado, meus olhos estavam marejados e eu já estava com vontade de chorar, por mais que eu estivesse me segurando eu estava com medo.

Soul Rebel-segunda temporadaWhere stories live. Discover now