Soul Rebel-segunda temporada

By soulrebelfanfictt

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Eles tem uma alma rebelde! More

Capítulo 1 - My Final, Not So Happy
Capítulo 2 - I Just Wanted It All Back
Capítulo 3 - Nem Sempre Se Compare a Mim!
Capítulo 4 - Dont Make Me Sad, Dont Make Me Cry
Capítulo 5 - Set It On Fire
Capítulo 6 - Guerra Declarada
Capítulo 7 - We Run The Night
Capítulo 9 - Dama do Tráfico
Capítulo 10 - Hide My Head I Want To Drown My Sorrow
Capítulo 11 - Wanting To Die
Capítulo 12 - No Lies, No Wrong
Capítulo 13 - Pedido De Mãe
Capítulo 14 - A Missão É Ser Patroa
Capítulo 15 - Não Quero Parecer Tão Fraca
Capítulo 16 - Perdendo a Cabeça
Capítulo 17 - You Never Really Can Fix My Heart
Capítulo 18 - Torna-te Aquilo Que És.
Capítulo 19 - You Belong With Me
Capítulo 20 - The Moment I Could See It
Capítulo 21- Turn To U (parte 1)
Capítulo 22 - Turn To U (parte 2)
Capítulo 23 - One Step At A Time
Capítulo 24 - I Like The Way It Hurts
Capítulo 25 - Change
Capítulo 26 - You Are The Only One
Capítulo 27 - People Help The People
Capítulo 28 - Hot Mess
Capítulo 29 - Tonight I'm Gonna Dance For You
Capítulo 30 - Tonight I'm Gonna Dance For You (Parte 2)
Capítulo 31 - Reason
Capítulo 32 - But I Will Take My Chances
Capítulo 34 - New Life
Capítulo 35 - Well Run Away If We Must
Capítulo 36 - Well Run Away If We Must (Parte 2)
Capítulo 37 - Forgiveness
Capítulo 38 - That God Blessed The Broken Road
Capítulo 39 - Danger
Capítulo 40 - Never Looking Down
Capítulo 41 - Angel
Capítulo 42 - I Wont Give Up
Capítulo 43 - Never Let U Go
Capítulo 44 - Mine
Capítulo 45 - Always By Your Side
Capítulo 46 - Poker
Capítulo 47 - Vows Of Love

Capítulo 33 - Soul Rebel

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By soulrebelfanfictt

A sensação de inutilidade tomava conta. Não sabia fazer outra coisa a não ser chorar, chorar e chorar. Ele não podia ter feito isso. Justin não podia ter me abandonado, aquilo era inacreditável. O meu Justin, o meu grande amor não poderia ter me deixado daquela forma.

A mesma dor que senti quando minha mãe partiu, quando Julie foi tirada de mim, sentia mil vezes multiplicadas, era como se tivessem facas de aço perfurando meu coração, como se estivesse em queda livre e nada pudesse me salvar. A dor era insuportável, a vontade de ir junto era inevitável.

– Mamãe. – Julie se embolou em meus braços. – No chora. – ela passou aquela mãozinha minúscula em meu rosto na tentativa de secar minhas lágrimas.

A apertei em meus braços, ela e Jason eram a única parte dele que restou e eu poderia tocar, os dois tinham partes do Justin e esse era o único presente que me restaria, o mais importante: meus filhos.

– Toma Caissy. – Chaz me entregou um copo com água, que acho que continha açúcar, mas eu rejeitei. Meu corpo não precisava se acalmar, precisava dele somente dele.

– Ryan... Você, você vai cuidar das questões do enterro?

– Eu posso cuidar disso Caissy, mas eu acho que não sobrou nada dele. - engoli o choro doloroso em minha garganta.

– Eu quero que ele tenha um velório digno. – limpeis as lagrimas e funguei o nariz.

– Ae irmão, se não tiver em condições de fazer isso eu posso cuidar...

– Não Chaz, tudo bem! Eu posso fazer isso, talvez essa seja nossa última aventura. - Ryan sorriu choroso e pela primeira vez Chaz desabou, ele começou a chorar na mesma intensidade que Ryan.

– É tão difícil de acreditar que ele... – respirei fundo liberando um soluço de choro. - Que ele se foi.

– A gente sempre vai estar com você Caissy. – Ryan se aproximou me abraçando.

– Também pode contar comigo pro o que quiser. – Chaz me abraçou do outro lado.

– Me sentia até pai daquele cuzão! Justin sempre queria tirar onda com tudo. – Ryan sorria de uma forma diferente como se... Se lembrasse de coisas que fazia com Justin. – O moleque malandro, mas eu sempre estive lá, sempre estive lá pra ajudar, só que dessa vez... Dessa vez eu falhei e meu melhor amigo morreu. – aquilo me fez chora mais.

– Não é sua culpa Ry. – Caams o confortou.

– É sim! Se eu tomasse cuidado Alexia não iria atrás dele e nada disso aconteceria...

– O que Alexia tem haver com isso, Ryan? – o interrompi.

– Ainda não sei até onde ela está envolvida, mas ela foi atrás dele.

– Não estou entendendo. – disse séria.

– Era uma emboscada. Marconny estava tramando pegar Justin a qualquer custo, mas, Brian e eu sabíamos que Justin corria perigo e que vocês também estavam incluídas nessa vingança idiota. Começamos a tramar, mas Justin não sabia de nada, talvez se ele soubesse as coisas não dariam certo. O acordo era Brian conquistar a confiança de Marconny e nós pouparíamos a vida de Alexia enquanto ele nos ajudava a salvar a vida de vocês.

– Então Justin não sabia de nada? Ele morreu vítima de uma emboscada?

– Eu sabia que Marconny iria agir, só não sabia quando, mas nós tentamos manipular aquilo tudo. Tentamos manipular os planos do Marconny e Brian estava fazendo isso, estava dando tudo certo, ele conquistou a confiança, conseguiu manipular o ataque, mas o único empecilho era Alexia. Ela só tinha um objetivo: pegar Julie de volta. Ela faria qualquer coisa pra ter a menina de volta, esse era nosso único empecilho, mas depois do roubo, Brian iria sumir com ela e ai acabava as dividas, nós não deveríamos favor nenhum a eles e nem eles a nós. Fizemos o roubo, mas uma fatalidade aconteceu: quando estávamos dando fuga nos capangas do Marconny o carro do Chris capotou. Tudo estava sob controle, tudo estava dando certo, mas tudo se desestruturou quando Chris capotou. Justin ficou desesperado querendo ajudar, mas ele tinha que ir embora, tinha que sair daquele lugar! Eu daria conta de tudo, mas ele tinha que ir embora. Depois de muita insistência, ele saiu pelo km 80. Pensei que estava tudo voltando nos eixos, mas me enganei quando a moto preta seguiu Justin. Era Alexia e eu não sabia, também não sei o que aconteceu naquela estrada de barro, só sei que quando cheguei, o carro dele tinha despencado do penhasco e depois de um tempo explodiu. Não dava pra descer, o tanque estava estourado jorrando gasolina. Eu pensei que estava ajudando, pensei que salvaria Justin, mas eu acabei com tudo e talvez...

– Foi ela! - disse nervosa. - Ela com certeza tem algo a ver com a morte do Justin.

– Calma Caissy, não se desespere que nós vamos descobrir o que aconteceu naquele lugar. – Chaz tentou me acalmar.

– Cassidy, Pattie está no telefone, ela disse que está tentando falar com Justin, mas o celular só da caixa da postal. Ela está preocupada, pois Chris sofreu um acidente e ela quer saber com Justin está.

Morto! Essa era a pior parte: contar pra Pattie que seu único filho estava morto. Eu sabia como ela iria se sentir, afinal, já me senti daquela forma uma vez! A dor de perder um filho é incurável, é uma ferida que nunca seca.

– Não diga nada, apenas peça pra que ela venha pra cá o mais rápido possível. – Guadalupe assentiu e foi andando para atender ao telefone em outro lugar.

Justin's P.O.V

Acordei e não sabia onde estava, pensei que era sonho, mas o pesadelo apenas começava. Minha cabeça rodava, mas pude reconhecer o lugar: hospital. Aquela sala rodava estilo brisa de droga. Loucura. Cheiro de éter no ar nunca é bom sinal, vi umas moças de branco entrar na sala parecia com o céu, mas o céu é lugar de santo e de santo eu não tenho nada, então não poderia estar no céu. Fechei meus olhos outra vez fingindo estar dormindo.

– Ele ainda não acordou? – senti uma mão gelada tocar meu corpo.

– Sei lá o que esse moleque tomou, mas que derrubou ele... Derrubou. – escutava as vozes ao meu redor.

– A policia está investigando pra ver se ele tem envolvimento com o assalto de hoje no banco central.

– Ele tem carinha de anjo. Até parece que esse anjinho faria mal a alguém. – decidi continuar fingindo até pensar em meio de sair de lá, pois não iria saber me explicar pra policia de que elas falavam.

– Será que ele tem família?

– Não sei, ele não tinha nenhum tipo de documento quando chegou aqui.

– E então?

– Não tem muito que acrescentar no relatório, ele ainda continua desacordado. – só queria saber como fui parar ali.

– Ótimo! Esse foi o último, meu plantão termina agora.

– Boa sorte porque ainda tenho o resto da noite.

– Vamos tomar um café? Preciso te contar umas coisas e quem sabe talvez quando você voltar ele não esteja acordado?!

– Tudo bem... Estou precisando mesmo. – não escutei a porta sendo fechada, mas não sentia mais o ambiente pesado eu estava sozinho.

Abri só o olho esquerdo lentamente checando o local. Demorei um pouco para me acostumar com a claridade. Sentei-me na cama e ainda estava vestido com minhas próprias roupas, a única coisa que não estava comigo eram os meus tênis que estavam do outro lado da sala. Eu estava tão fraco que tinha que fazer força pra levantar da cama.

Não me lembrava de nada, pra falar a verdade lembrava, mas só de a última coisa: em que vi foi o rosto da vadia da Alexia em minha frente. Pensei que ela tinha me matado quando senti aquele liquido gelado se espalhar por minha corrente sanguínea, ela deve ter me drogado e eu devo ter dormindo por muito tempo. Filha da puta!

Com dificuldade, terminei de colocar meus tênis e me assustei quando Alexia entrou rasgando no quarto.

– Ainda bem que acordou, não aguentava mais esperar.

– Vadia. – tateei a cintura a procura de uma arma, mas estava liso.

– Precisamos sair daqui. – ela disse meio nervosa caminhando até a janela e a abrindo.

– Não vou a lugar nenhum! Eu vou matar você. – peguei uma seringa com agulha e a prendi entre meus dedos, mas Alexia nem percebeu.

– Olha aqui já estão desconfiando de você. Cala a boca e me segue!

– Cadê minha arma e o que eu estou fazendo aqui?

– Olha aqui... Porque não deixa as perguntas pra depois?

– Porque quero respostas agora.

– Ótimo! Então fique ai esperando pelos capangas do Marconny e um pessoalzinho que estão dando reforços. E sem contar que você é suspeito da policia. – ela já estava pronta pra sair pela janela. – Vai ficar ai? – ela disse entediada.

– Tá ficando louca? Não consigo nem ficar em pé direito, quer que ande no meio fio a quinze metros do chão? – onde estava minha arma? Eu definitivamente ia matar aquela vagabunda.

Contornamos o prédio e entramos em um quarto diferente. Não esta entendendo aquela doidera! Primeiro ela me droga e me faz pensar que me envenenou, depois acordo em um hospital, agora estamos fugindo de sei lá quem. Aquela porra estava me deixando louco.

– De frente com esse quarto tem uma escada de emergência, vamos correr até ela e só parar quando chegarmos ao subsolo e pegar minha moto. – ela ordenou entrando em um quarto e aquilo estava me irritando.

– Onde está minha arma?

– Não sou louca de ficar perto de você armado.

– Não tenho a arma, mas tenho as mãos. – fui pra cima dela agarrando o pescoço pronto pra fincar a agulha no pescoço dela.

– Se, se me... – ela tentou respirar. - Se me matar, Marconny vai atrás de Julie e Caissy.

– Deixem minha mulher e minha filha em paz! Vagabunda. – a empurrei na parede.

– Você só está perdendo tempo comigo. Sinto lhe informar.

– O que você quer? O que você quer pra me deixar em paz? – disse louco passando as mãos no cabelo.

– Tenho um acordo. – a olhei como se pudesse a destruir com o olhar.

– Não vou fazer acordo nenhum com você!

– Ótimo! Isso mostra o quão burro você é, porque basta uma ligação minha e aqueles homens que estavam te seguindo na estrada vão invadir sua casa e...

– Por que está fazendo isso? Porque ainda não me matou?

– Porque não ganho nada com você morto. Isso pode ficar para uma próxima ocasião, quem sabe?

– Você disse basta uma ligação e invadem minha casa, o que é que está acontecendo Alexia?

– Todos pensam que você está morto. Forjei sua morte e todos pensam que seu carro capotou e explodiu com você dentro. Para todos Justin Bieber agora não passa de uma lenda. – ela sorriu vitoriosa.

– Filha da puta! A Caissy está grávida! Tem noção que uma noticia dessas pode a fazer perder meu filho?

– Esse era o único jeito de conquistar meus objetivos.

– Que objetivos sua piranha maldita? Minha família pensa que estou morto.

– Marconny ia acabar com você de um jeito o de outro, as coisas ficaram sérias. Seus inimigos estão se unindo e o único intuito é eliminar você! Então eu fui mais esperta antes de você rodar de vez.

– Acha mesmo que eu acredite que você não faz parte desse grupo? – disse desafiador.

– Eu realmente poderia me aliar a eles, mas você está com o meu bem mais precioso. Você está com minha Julie e Marconny não vai a poupar de nada. Ele odeia tudo o que vem de você e infelizmente você tem participação por ela está viva.

– Ele nunca vai chegar perto dela.

– Estou fazendo de tudo para proteger minha filhar!

– Minha filha. Minha e da Cassidy!

– Pode dizer o que quiser! Nada vai mudar o que sinto por ela e nem o que ela sente por mim.

– Pare de paranóia deixa de ser louca. Julie encontrou a verdadeira mãe dela, você nunca foi e nunca será a mãe dela. – ela me olhava com ódio. – Cassidy é tudo o que ela precisa e se você não tivesse a roubado, nunca chegaria perto de minha filha.

– Não deveria ter quebrado o plano... Eu deveria ter matado você naquele penhasco, mesmo arriscando eu ainda poderia ter a chance de tê-la de volta.

– Você nunca vai ter minha filha outra vez, eu nunca mais vou deixar você chegar perto dela!

– Se ainda estiver vivo pra isso, quem sabe você realmente não possa me impedir disso?! – ela estava com o celular na mão digitando algo.

– Alexia pare!

– Achei que poderíamos ter um acordo, mas você não está disposto a proteger nossa filha. – mulher louca, isso que ela era louca.

– Eu aceito. Aceito o acordo, mas só um aviso: Julie não sai de casa. – ela sorriu guardando o celular no bolso. - O que quer? Que acordo é esse?

– Sua família viva em troca de um abraço de Julie.

– Que? Está querendo se aproximar da minha garotinha.

– Quero me despedir. – estava confuso. - Sou uma alma condenada Justin, mas ainda tenho direito de dar um abraço na pessoa que mais amo.

– Cassidy nunca vai concordar com isso.

– Caralho vocês querem morrer? Porra, não estou brincando quando digo que vocês estão com um pé na cova e outro na terra, não estou brincando quando digo que Marconny e o governador estão vindo com tudo pra cima de vocês.

– O governador?

– Eles são aliados agora. Unidos pra derrubar você.

– Merda! - joguei tudo o que vi no chão. - Não sei como sair dessa. Estou encurralado.

– Não. Você sempre sabe o que fazer. - ela me encarava esperando por respostas.

Na minha mente tinha um anjinho e um diabinho. O anjinho bom me mandava escutar Alexia e fazer o que ela estava mandando, mas o diabinho? O diabinho estava me mandando acabar com aquela palhaçada, ele queria ver sangue, queria que eu matasse Alexia como sempre quis e mostrar que ninguém pode me derrotar.

Pela primeira vez eu vou fazer o que o anjo bom manda.

– Eu aceito! Você verá Julie, mas eu quero a proteção delas! As tirarei do país hoje e você vai me ajudar para que nada aconteça com as duas.

– Mas e você?

– Me preparando pra guerra. – abri a porta da sala olhando para os dois lados me certificando que não havia ninguém ali.

– Deveria me agradecer. – estava andando em passos rápidos e ela me acompanhava.

– Agradecer por quê?

– Salvei sua vida.

– Vai receber por isso, então, não é um ato heróico. – ela me encarou cinicamente. - Onde está a moto?

– Ali. – ela apontou a moto parada no meio do estacionamento.

– Chaves?

– Nem ferrando... Eu dirijo.

– Cala a boca e me da às chaves. – enfiei a mão no sutiã dela e puxei a chave da moto.

– Que habilidade! Pode falar que fez isso só pra meter a mão no meu peito.

– Vai se fuder Alexia! – subi na moto.

– Saiba que não gosto disso de andar na garupa da minha moto.

– Você não tem que gostar de nada. – ela montou na moto rodeando as mãos na minha cintura, não precisava ser tão apertado, mas já que ela estava segurando forte decide correr.

Caissy's P.O.V

Estava colocando Julie para dormir. Ryan e Caams estavam lá em baixo, Chaz tinha ido buscar Claire e Pattie para ficarem comigo.

– Eu no quero dormi, quero dormi só quando papai chega.

– Ju, ele vai demora meu anjo, você tem que dormir.

– Mas eu quero esperar ele Caissy! Quero beijinho de bo noite.

– Bebê, dormi. Eu fico aqui com você. – foi impossível segurar o choro eu estava mentindo pra ela, pois ele nunca mais iria voltar.

– Por que você ta tite? – não conseguia falar. - É o Jason? Ele ta machucando você mamãe?

– Não bebê, o Jason ta quietinho.

– Continua quietinho pra ela não chora ta? – ela deu um beijo em minha barriga falando com Jason.

Deitei-me ao lado de Julie e de seus braços fiz morada, me aconcheguei e chorei. Chorei com a última esperança, última lembrança que eu tinha dele.

– Pra mim sempre vai ser eterno meu amor. – sussurrei para mim como se ele pudesse me ouvir de onde quer que ele esteja.

Depois de muito custo e ficar se mexendo pra lá e pra cá na cama, Julie acabou pegando no sono. Pra falar a verdade, ela só se acalmou quando eu me acalmei; ai sim depois disso ela dormiu tranquila. Fiquei um bom tempo deitada com ela, um bom tempo viajando com meus pensamentos fixos nele. Jason estava dando sinal de vida e tive que trocar de posição. Só não sei como aguentaria ficar longe dele, nem fazia tanto e eu já estava morta de saudades...

Bateram na porta e eu me assustei, segundos depois Caams entrou no quarto com todo o cuidado.

– Está tudo bem por aqui?

– Sim. – tentei sorrir, mas aquilo foi um fracasso. - Ela demorou pra pegar no sono, mas depois não conseguiu lutar contra o cansaço.

– Parece um anjinho dormindo.

– É. – acariciei os cabelinhos dela. - Meu anjinho.

– Cassidy desce aqui... – Ryan gritou, fazendo escândalo do andar de baixo.

– Será que aconteceu alguma coisa? – Caams perguntou assustada.

– Acho que ligaram para dar noticias sobre o estado do Chris.

– Cassidy...

– To indo. – fechei a porta do quarto de Julie e fui acompanhada de Caams ver o que aquele louco queria. - Ryan demorou uma eternidade pra colocar Julie pra dormir e você fica gritando assim feito louco? – esbravejei descendo as escadas.

Levantei o olhar e quando encontrei aquele par de olhos castanhos cativamente brilhantes, quase cai pra trás. Mas o que era aquilo? Estava sendo testada? Não, porque se estivesse, meu coração não aguentaria. Só poderia ser sonho, pra aquilo ser verdade só em sonho.

– Jus-Justin? – por mais que eu tentasse as palavras não saiam. Nada decifrava aquele momento.

– Eu to aqui Caissy, eu não te abandonei. – eu só precisava fazer aquilo o mais rápido possível eu precisava tocá-lo para saber se aquilo não era realmente um sonho e que segundos depois eu poderia acordar e aquilo não passar de uma inútil ilusão.

Choquei meu corpo ao dele o abraçando o mais forte possível. Era real ele estava ali, meu Justin estava ali.

– Obrigada Deus, obrigada por me trazer ele de volta. – Justin pressionou os lábios nos meus com precisão.

Sentia as lágrimas quentes contornarem meu rosto, não eram lágrimas de sofrimento como antes, mas sim lágrimas de alegria uma tremenda alegria tomava conta do meu corpo.

– Cadê minha princesa, cadê a Julie?

– Lá em cima. – sequei as lágrimas. - Dormindo.

– Vem cá, preciso conversar com você. – ele pegou em minha mão e seguiu me guiando para as escadas, pensei que ele iria para o quarto da Ju, mas me enganei, ele foi direto pro nosso quarto.

Justin fechou a porta e ele estava tão perdido! A confusão era visível em seus olhos, então, o que ele iria dizer era importante. Conhecia Justin e sabia todas as formas de ele agir principalmente quando o problema era sério.

– Fala... Seja o que for nada é mais importante do que te ver vivo e bem. – disse um pouco afobada atropelando as palavras ele sorriu de lado sentando-se a cama.

– Senta aqui. – ele bateu a mão ao seu lado para que eu me sentasse.

Aproximei-me com cautela e sentei onde ele havia indicado.

– Ainda não consigo acreditar... Doeu tanto pensar que você tinha morrido.

– Ta vendo? Quando falo que você não vive sem mim? Não estou mentindo.

– Besta. – dei um tapinha de leve nele.

– Eu te amo. – ele acariciou minha bochecha com o polegar.

– Eu também te amo Justin Drew Bieber. – ele riu. - Onde você estava? O que... O que aconteceu com você? – disse com a voz tremula.

– Eu-eu. – ele mordeu os lábios. – Alexia me ajudou. – fiquei um bom tempo em silêncio, mas não porque estava com raiva ou algo do tipo, fiquei em silêncio porque estava difícil de acreditar naquilo.

– Não Justin... Aquela mulher só estava ali pra te matar, ela nunca salvaria ninguém.

– Eu sei. Sei que Alexia nunca faria nada a ninguém se não estivesse interessada em algo, mas o fato é que quem me quer morto acha que estou morto e eu estou tendo tempo pra tira você e Julie do país.

– O que ela quer? O que essa mulher quer Justin? Você já deveria ter acabado com ela há muito tempo... Ela vai voltar a infernizar nossas vidas ela, ela... Vai tentar pegar a Julie. – disse desesperada me alterando.

– Hey, calma, calma. – ele disse segurando meu rosto entre as mãos me fazendo o encarar. - Confia em mim? – uma lágrima me escapou.

– Confio.

– Eu prometo que depois de hoje nós vamos ter sossego, prometo que nunca mais você vai passar por isso. Prometo que nós vamos ser felizes, mas você tem que cooperar comigo e confiar em mim.

– Não, não to te entendendo Justin. – ele molhou os lábios procurando as palavras certas.

– Ela salvou minha vida e pra você e Julie ficar viva tem uma condição. – senti meu coração gelar. - Pra ele deixar vocês vivas ela quer ver Julie.

– O que?

– Caissy eu vou estar junto, não vai acontecer nada de mais é só para...

– Nunca! Essa mulher nunca mais chegara perto da minha filha!

– Caissy, por favor, não temos muito tempo...

– Justin você está ficando louco? Minha filha nunca mais vai ver a cara daquela mulher. – ele estava perdendo a paciência, suas bochechas estavam vermelhas e sua veia do pescoço saltada pra fora.

– Cassidy a vida dela ta em risco! Se não cumprimos o acordo Alexia vai tentar pegar Julie de outro jeito, só que se deixarmos esse outro jeito acontecer, Julie pode morrer. Marconny não está nessa pra perder. É pegar... Ou largar.

– De novo não. – tapei os ouvidos me desesperando comprimindo os olhos com força. - Eu não vou aguentar, não vou aguentar perder minha pequena outra vez. – disse com desespero.

Senti quando as mãos frias dele tocaram as minhas, as tirando de meus ouvidos.

– Olha pra min Cassidy. – ele pediu serenamente, abri os olhos lentamente liberando as lágrimas que estavam presas. - Você nunca mais vai perder a Julie. Por favor, confie em mim. – nossos olhos se encaravam procurando por respostas.

– Eu tenho medo. Julie demorou tanto tempo pra me aceitar e... Tenho medo de ela ter uma recaída e voltar a acreditar que Alexia é realmente mãe dela.

– Caissy por mais que a cabecinha dela não entenda, Julie sempre saberá quem é a mãe verdadeira. Vocês tem um elo, ela nasceu de você e isso é um fato que Alexia nunca poderá mudar.

– Não a deixe iludir minha menina. – disse por fim liberando um suspiro de choro.

– Nossa menina é bem esperta e sei que ela não vai se deixar enganar. – ele levantou pegando o telefone que era ligado à sala.

– Chama o Ryan. – não faço nem ideia de quem atendeu. - Ryan? Pode subir. – ele finalizou a ligação tirou a camiseta e entrou no banheiro.

Fiquei sentada na cama vagando com os pensamentos longes. Depois de um tempo Ryan entrou no quarto com um colete preto. O encarei confusa e ele abaixou o olhar. Justin saiu do banheiro com os cabelos e o rosto molhado.

– Aqui só tem de quatro milímetros.

– Tudo bem esse ai serve. – Justin pegou o colete.

– Pra que isso?

– Colete a prova de balas.

– Perguntei pra que é não o que é.

– Vou precisar dele. – Justin disse fugindo do assunto, bufei irritada.

Paola entrou no quarto segurando Julie completamente trocada e acordada.

– Ué ela não estava dormindo? – perguntei confusa vendo os olhinhos pesados de Julie.

– Justin pediu para que eu a acordasse e a trocasse.

– Arrume tudo o que vocês vão precisar. Não precisa ser muita coisa, mas arrume uma pequena mala pra você e uma pra Julie. – Justin estava vestido com aquele colete.

– Pra onde vamos?

– Pra longe daqui.

– E você? – ele me olhou sem dizer nada por um tempo. – Não sairei dessa cidade sem você.

– Se até o nascer do sol eu não tiver chego, vocês vão ter que embarcar.

– Justin isso é loucura, você tem que vir conosco! Por Deus, esqueça esses negócios. Você está arriscando sua vida. – já estava chorando outra vez.

– Eu arriscaria mil vezes a minha vida do que ter que ver Julie e você em perigo, nada é mais importante que vocês.

– Você é importante.

– Caissy, por favor. – ele me olhou piedoso e eu me calei.

Não, eu não concordava com nada daquilo. Eu não queria que nada daquilo estivesse acontecendo, mas eu tinha que aceitar, tinha que aceitar. Ter que escolher proteger entre Julie e Justin era torturante, se eu negasse ir à vida da Julie correria perigo. Se eu fosse deixaria Justin e sua vida estaria correndo perigo. Estava completamente perdida.

– Vem cá. – ele me puxou pela cintura me levando até ele. – Eu juro que no final tudo vai dar certo. Você só precisa confiar. Eu também estou com medo de perder vocês, mas eu confio em nós, eu acredito que tudo vai dar certo. – abracei com força como se pedisse por proteção como ele fazia nas noites em que tinha crises pensando na "morte" de Julie e ele me acolheu.

– Quero que esse pesadelo termine logo. – disse com a voz chorosa molhando a camiseta dele com as lágrimas.

– Vai acabar. – ele levantou meu queixo. – Vai acabar mais rápido do que você imagina. – ele beijou a pontinha do meu nariz e depois depositou um beijo calmo e rápido em meus lábios. – Vem bebê. – Justin se afastou de mim pegando Julie dos braços de Paola.

– Vão pra longe?

– Mais perto do que você imagina. – ele me deu outro beijo.

– Cuidado com ela. – apertei Julie e depois de um longo beijo estralado na bochecha dela.

Ele saiu a carregando e Ryan continuou no quarto parado me olhando quando fui sair ele tentou me impedir.

– Caissy, melhor você ficar aqui.

– Por que? – disse confusa.

– Suas malas. – ele sorriu nervoso.

– Vou fazer a da Julie primeiro.

– Depois faça a sua eu te ajudo. – ele virou meu corpo na direção contraria da porta.

Ryan estava me escondendo algo!

Justin's P.O.V

Alexia estava me esperando no escritório. Julie segurava tão forte em meu pescoço que parecia que ela o arrancaria fora, parecia que ela estava sentindo algo de diferente. Passei por Caams e alguns seguranças que estavam na sala e fui direto pra meu escritório, abrir a porta sem cautela. Julie enterrou o rosto em meu ombro se escondendo como se estivesse com medo.

Ela estava de costa encarando a paisagem o meu escritório, mas se movimentou assim que nos escutou. Se eu pudesse, sacava minha arma e estourava os miolos dela, rachava a testa dela no meio, mas não podia tinha que pensar no que estava em jogo. A vida da minha Julie.

– Meu amor. – ela disse quebrando o silêncio e parecia estar emocionada.

– Vai com calma. – disse a barrando com minha mão, Julie não se moveu, ela ficou estática.

– Julie... Não vai me dar um abraço? – ela apertou meu pescoço mais forte. – Está brava? Com medo? A mamãe tá aqui meu amor. – Alexia começou a chorar.

Deixei que Julie se virasse não a obriguei a fazer nada. Aos poucos ela foi se virando. Os olhos de Julie estavam tão perdidos que dava dó, a confusão era visível em seu semblante.

– Você foi bola... Você foi bola. – Julie disse com a voz embolada apertando meu braço.

– Eu não fui embora Julie. – ela limpou ás lágrimas. – Eu estava trabalhando. Lembra que seu papai ficava longe porque estava trabalhando, desta vez fui eu que...

– Eu quero a Caissy. – Julie disse com a voz embargada.

Alexia me olhou confusa. Aquilo foi um tapa na cara, nunca imaginei que Julie um dia rejeitaria Alexia.

– Nos dê um minuto?

– Não vou deixar ela sozinha com você.

– Você está quebrando as regras Justin.

– Não, não estou. Você pediu para ver Julie e ela está aqui, mas ficar sozinha com ela isso não Alexia. Não confio em você. – num lance ela puxou Julie de meu colo, iria reagir, mas não queria assustar Julie então fiquei parado.

– Me deixe conversar com ela!

Ela caminhou com Julie até o sofá. Eu observava as duas e podia notar o quanto Alexia mudava ao estar perto dela. Aquilo que ela tinha se transformado desaparecia, ela voltava a ser uma mulher meiga e frágil do mesmo jeito que a conheci, os sorrisos que ela conseguia tirar de Julie eram encantadores e por mais que eu quisesse matar aquela pistoleira, minha filha tinha um sentimento muito grande por ela.

– Putê você não fica aqui?

– Porque tenho que voltar pra casa.

– Mas aqui é minha casa eu não posso embola...

– Eu sei que não pode. – Julie estava sentada no colo de Alexia.

– Então fica?

– Não posso.

– Putê?

– Lembra que tenho que voltar pro meu trabalho? Lembra quando eu viajava bastante e você ficava com a babá? Agora estou fazendo isso sempre, então não posso fica.

– Meu papai tem monte dinheiro, eu peço pá ele e você fica. – Alexia riu.

– Tio Marconny me mataria se ficasse ao lado de seu pai. – Julie não entendeu aquilo, mas eu entendi muito bem.

– No gosto dele. – ela mostrou a língua com nojo me fazendo rir.

– Venha cá. Agora você tem o seu pai...

– A Caissy e o Jason. – Julie a interrompeu.

– Ok a Caissy e o Jason... Talvez eu fique longe por um tempo.

– Mas você vai volta não vai?

– Sim, mas nos seus sonhos, sempre quando você for dormir eu vou estar lá pra te dar boa noite. – Alexia chorava.

– Mesmo?

– Mesmo. – ela sorriu. – Dando até o dedinho mindinho.

Não sabia o porquê daquilo, mas Alexia estava estranha eu não estava entendendo aonde ela chegaria com aquilo.

– Justin? - ela gritou chamando minha atenção.

– Que? – disse sacudindo a cabeça.

– Acho melhor... Melhor progredirmos. – ela me mostrou seu celular e tinha gente ligando pra ela.

– É ele? – ela balançou a cabeça positivamente.

– Você precisa se apressar! O próximo plano agora é pegar elas.

– Eles já estão a caminho?

– Não sei, mas é bom não arriscar. –ela limpou as lágrimas. – Leve ela... Antes que.

– Vai bola? – Julie disse chorosa.

– Eu tenho que ir princesa.

– Mas... Mas...

– Sem chorar Julie. – a peguei do colo de Alexia.

– Lembra nossa promessa? – ela balançou a cabeça comprimindo os lábios pra não chorar, cumprindo minha ordem. – Então não chore porque eu sempre vou estar... – Alexia respirou fundo mantendo a calma. – Sempre vou estar nos seus sonhos.

– Tá bom mamãe. – ela disse segurando o choro.

– Eu te amo... Leva ela daqui Justin. Tira ela daqui. – Alexia disse de forma desesperada chorando.

Julie se agarrou em mim outra vez. Cassidy estava parada na porta do quarto com Ryan e assim que me viu correu até nós pegando Julie.

– Tudo pronto?

– Sim. – Caissy disse.

– Ryan leve as malas pro seu carro... Elas vão com você pra não dar na cara.

– Ok. – Ryan pegou as malas de Caissy e Julie e saiu.

Cassidy estava evitando me olhar.

Caissy's P.O.V

A tristeza me dominava, peguei um cobertor de Julie e um travesseiro caso ela dormisse no avião. Eu não queria pensar que aquilo poderia dar errado, eu não conseguia olhar pra ele e pensar que poderia sentir tudo outra vez, estava perdida, completamente perdida. Julie estava chorando quando a peguei, mas consegui distrai-la.

– Caissy pode descer o carro já está pronto.

– Ryan vai indo na frente com Julie... Quero dar uma palavrinha com o Justin. – ele assentiu e pegou na mão de Julie saindo do quarto.

Justin estava controlado para me manter controlada, se ele se desesperasse eu iria me desesperar.

– Lembra como eu me senti da primeira vez em que vi você fazendo um assalto? – ele assentiu. – Eu sentia medo, eu tinha medo do que pudesse acontecer, achava que você não sabia se cuidar e que tudo aquilo tudo era loucura. Eu fiquei a noite toda rezando, chorando com medo de que você não voltasse. – ele sorriu fraco. – Mas você voltou... Voltou e disse a coisa mais linda que eu já tinha ouvido de você. Você disse pela primeira vez que me amava e me pediu uma coisa muito importante. Você me pediu para ter cuidar de você. Pediu para eu te fazer o melhor homem desse mundo...

– Caissy...

– Shii. – o silenciei com o dedo. – Eu ainda não conclui minha missão. Eu ainda não te fiz o melhor homem desse mundo, nós ainda temos muita coisa pra viver então você tem que voltar logo pra mim. Eu sei que nada vai acontecer com você, porque você sabe se cuidar, e você é o melhor e sempre se livra de tudo. Eu vou ficar com o meu coração na mão e o pensamento fixo em você, mas eu sei que depois você vai aparecer sorrindo pra acalmar meu coração.

– Eu vou voltar. – ele me beijou. – Não deixo você por nada nesse mundo. – ele sussurrou esbarrando os lábios nos meus.

– Te amo Justin Drew Bieber. – ele sorriu.

– Te amo mais Cassidy Anderson Bieber.

Eu estava aliviada, mas não estava tranquila. Eu sabia que ele voltaria, eu estava convicta que isso aconteceria. Ele era meu criminoso, meu desejo camuflado, minha alma rebelde. Com ele eu guardava meus maiores segredos, minha malícia, minha maldade. Nasci para ser dele e ele meu nada nesse mundo irá nos separar. E eu não quero saber como é viver sem ele porque eu nasci para fazê-lo feliz.

Justin's P.O.V

Ryan tinha levado Caissy e Julie assim como eu pedi. Voltei pra dentro de casa e Alexia estava me esperando na sala. Eu não sabia mais qual eram os planos dela, mas eu estava disposto a fazer de tudo para ver Julie e Caissy vivas.

– E agora?

– Agora vem à verdade.

– Que verdade? – perguntei confuso.

– Vou voltar pra casa do Marconny... E você vai dar as caras, vai dar um jeito de ele saber que você não morreu e depois disso... É com você! Minha parte está feita. Boa sorte Bieber. – ela estava indo até a porta.

– Espera. – gritei a fazendo voltar. – Porque disse tudo aquilo a Julie e porque está fazendo isso?

– Não pense que estou arrependida Bieber. Porque não estou... Conhece a palavra despedida? Quem sabe essa não é a minha?

– Está pensando em fugir?

– Dessa vez a partida vai ser diferente... Acho que o final pra mim está chegando. – ela disse fria.

– Obrigado por me ajudar salvar Julie e Cassidy. – ela gargalhou.

– Nunca pensei que você me agradeceria a algo, mas só pelas honras: de nada.

– Boa sorte!

– Pra você também Bieber! Cuide de Julie e... A gente se vê no inferno. – ela piscou marota e saiu risonha.

Escutei o barulho da moto sendo ligada do lado de fora da casa e depois de um tempo fui ouvindo o ronco do motor ficar distante.

Eu não iria desistir de tudo o que conquistei assim tão fácil. Eu não iria desistir do meu dinheiro do tráfico nem de nada! Eu só me afastaria por um tempo, mas eu nunca mais iria deixar Marconny tomar conta do território que agora era meu.

Dispensei todos os empregados e capangas que estavam na casa, Jaden me ajudou, ele estava instruído a cuidar de tudo na minha ausência. Já estava quase amanhecendo e já estava na hora de eu dar as caras. Peguei meu celular e disquei o número que Alexia deixou anotado ao lado do telefone. Parecia que nunca atenderiam, mas depois de longas tentativas atenderam. Respirei fundo mantendo a calma.

– Alexia? – a voz de Marconny suou, aquele telefone era fixo só pra falar com Alexia.

– Acho que te decepcionei. – ele percebeu a voz masculina.

– Quem está falando?

– Tem medo de fantasmas? – ele ficou em silêncio. – Posso ser um se você quiser.

– Bieber. – ele rosnou.

– HAHA grande tentativa para eliminar, não vou negar você se superou.

– Filho da puta, era pra você está morto.

– O que posso fazer se a sorte está do meu lado?

– Eu vou te pegar moleque...

– Com certeza esperança é a última que morre.

– Alexia ordinária. – ele gritou. – Aquela vagabunda estava tramando com você não estava?

– Olha isso não posso te falar. Estava mais preocupado em dar um olé em seus homens e salvar a vida da minha mulher e minha filha.

– Péssima tentativa! Meus homens estão indo atrás delas.

– Ah esqueci-me de te contar essa novidade também... Cassidy e Julie estão partindo. – estava do outro lado da rua da minha casa e vi quando vários homens invadiram minha casa com vários carros. - Sinto lhe dizer, mas sua felicidade terminou agora eu não estou morto e você nunca vai colocar a mão nelas.

– Alexia tramou pra mim. – ele gritou.

– Alexia é uma boa aliada, ela realmente pensou que eu estava morto. Ver a pobrezinha se desesperando se dando conta que matou o amor da sua vida. É isso foi realmente triste.

– Eu vou te matar Bieber! Escuta o que estou falando: eu vou te matar. – ele disse nervoso.

– Você pode tentar, mas não sei se vai conseguir.

– Você não sabe do que sou capaz.

– Sei... E sei que não é capaz de me pegar. Já deu seu tempo Marconny, você nunca vai recuperar o que era seu, se conforme com meu sucesso.

– Isso era meu!

– Se preocupe em fugir da policia e dar bastante propina ao seu amigo governador. Porque quando eu pegar vocês dois... Bom, não sou de falar, sou de fazer. Belo fracasso Marconny, até a próxima! – desliguei o telefone o jogando longe, sabia que ele rastrearia.

Agora era matar ou morrer.

Eu ficaria longe por um tempo, me afastaria de tudo isso para manter a segurança de Julie e Cassidy, mas eu voltaria e nada daquilo voltaria para as mãos do Marconny. Porque eu faria de tudo pra manter o meu império.

Caissy's P.O.V

Eu estava enrolando, estava enrolando para entrar naquele avião. Ryan já estava perdendo a paciência, mas Justin disse para mim que se ele não voltasse até o nascer do sol era pra partir... Mas o sol ainda não tinha aparecido, ainda estava clareando.

– Eu queria me despedir de todo mundo antes de partir.

– Cassidy você disse pra por a Julie dentro do jatinho que depois você ia... – ele disse nervoso.

– Er Ryan, eu não disse isso. – me fiz de desentendida.

– Velho, quando o JB diz que você é teimosa ele tem muita razão. Porque diabos fui deixar a Caams em casa? Talvez se ela estivesse aqui ela te convenceria a entrar nessa joça.

– Ela que quis ficar em casa com aquele papo de que não gosta de despedidas. – disse durona.

– Vai Caissy, por favor, entra ai. O Justin vai arranca minha cabeça fora! Eu prometi cuidar de vocês.

– Ué se eu entrar você vai mandar o piloto decolar e ele não vai esperar e o Justin disse: "Se até o nascer do sol eu não estiver aqui você vai ter que ir". Desculpa Ryan, mas o sol ainda não nasceu.

– Mas o céu já está clareando.

– Mas o sol ainda não nasceu. – bati o pé irritada.

– Não discuto mais com você! Vou pedir para um segurança te colocar nessa joça.

– Porque você mesmo não faz isso?

– Tá louca? Eu vejo as unhada que você da no Drew quando vocês brigam.

– Bundão!

Enrolar o Ryan era melhor forma de tentar esperar o Justin. Eu estava tentando me manter calma, estava tentando não pensar em algo acontecendo com Justin, tinha que pensar positivo. Eu já estava quase desistindo, já estava quase entrando no avião quando avistei de longe ele andando na pista de voo vindo até nós.

– Tá vendo Ryan?! – gritei animada. – Se não tivéssemos esperado, talvez ele não estivesse aqui.

Sai correndo na direção do Justin. Assim que ele me viu ele sorriu. O sol estava lindo e brilhante atrás dele o sorriso dele foi como se tudo estivesse acabado tudo a partir de agora daria certo para nós assim como ele disse. Não precisei dizer nada quando me aproximei dele, só o abracei e beijei com toda a alegria que dominava meu corpo. Nós seriamos felizes, aquela tortura acabaria aquela loucura acabaria e só seríamos ele, nossos filhos e eu pra sempre.

– Não disse que voltaria? – ele disse ofegante quebrando o beijo.

– Eu sempre soube que você voltaria. – grudei meus lábios no dele outra vez.

– Ah pessoal, por favor, vocês tem que ir o piloto tá esperando há horas. – Ryan resmungou chorão.

– Tá preparada? – Justin juntou sua testa a minha.

– Com um friozinho na barriga, mas estou. – mordi os lábios sorrindo.

Ele entrelaçou os dedos nos meus, caminhando até o avião. Chorei ao me despedir de Ryan. Eu queria poder-me despedir de todo mundo, mas não tínhamos tempo.

– Cuida da minha mãe viu Ryan. – Justin disse dando um cascudo nele.

– Drew não adianta fazer esse showzinho achando que vai se livrar de mim, logo menos eu colo no Brasil pra curtir aquela maravilha com vocês.

– Ryan, ninguém te convidou!

– Eu me convidei. – ele disse na defensiva.

– Quero ver você e Caams casados. – disse o abraçando.

– Ah sim estamos em 2012... Talvez isso não aconteça.

– Pare de enrolar minha amiga seu mané. – ele sorriu me apertando.

– Se cuidem e cuidem dessas pestes. – ele alisou minha barriga e pediu para que eu desse um beijo em Julie.

Subi as escadas primeiro que Justin e quando me virei ele e Ryan fazia um toque diferente e depois se abraçaram. Irmãos. Revirei os olhos, sorrindo. Minutos depois Justin entrou no jatinho e fecharam a porta. Nós iriamos reconstruir uma nova vida um novo final, e ficar longe de todo aquilo.

Justin me agarrou por trás me apertando.

– Próxima parada... – ele virou meu corpo de frente pra ele. – Rio De Janeiro, Brasil! – ele beijou meus lábios de forma calma e eu sorri safada com as mãos dele brincando na barra do meu vestido.

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