Soul Rebel-segunda temporada

By soulrebelfanfictt

431K 8.7K 26.4K

Eles tem uma alma rebelde! More

Capítulo 1 - My Final, Not So Happy
Capítulo 2 - I Just Wanted It All Back
Capítulo 3 - Nem Sempre Se Compare a Mim!
Capítulo 4 - Dont Make Me Sad, Dont Make Me Cry
Capítulo 5 - Set It On Fire
Capítulo 6 - Guerra Declarada
Capítulo 7 - We Run The Night
Capítulo 9 - Dama do Tráfico
Capítulo 10 - Hide My Head I Want To Drown My Sorrow
Capítulo 11 - Wanting To Die
Capítulo 12 - No Lies, No Wrong
Capítulo 13 - Pedido De Mãe
Capítulo 14 - A Missão É Ser Patroa
Capítulo 15 - Não Quero Parecer Tão Fraca
Capítulo 16 - Perdendo a Cabeça
Capítulo 17 - You Never Really Can Fix My Heart
Capítulo 18 - Torna-te Aquilo Que És.
Capítulo 19 - You Belong With Me
Capítulo 20 - The Moment I Could See It
Capítulo 21- Turn To U (parte 1)
Capítulo 22 - Turn To U (parte 2)
Capítulo 23 - One Step At A Time
Capítulo 24 - I Like The Way It Hurts
Capítulo 25 - Change
Capítulo 26 - You Are The Only One
Capítulo 27 - People Help The People
Capítulo 28 - Hot Mess
Capítulo 29 - Tonight I'm Gonna Dance For You
Capítulo 30 - Tonight I'm Gonna Dance For You (Parte 2)
Capítulo 31 - Reason
Capítulo 33 - Soul Rebel
Capítulo 34 - New Life
Capítulo 35 - Well Run Away If We Must
Capítulo 36 - Well Run Away If We Must (Parte 2)
Capítulo 37 - Forgiveness
Capítulo 38 - That God Blessed The Broken Road
Capítulo 39 - Danger
Capítulo 40 - Never Looking Down
Capítulo 41 - Angel
Capítulo 42 - I Wont Give Up
Capítulo 43 - Never Let U Go
Capítulo 44 - Mine
Capítulo 45 - Always By Your Side
Capítulo 46 - Poker
Capítulo 47 - Vows Of Love

Capítulo 32 - But I Will Take My Chances

10.2K 179 1K
By soulrebelfanfictt

Acabei pegando no sono e Julie me acompanhou, o tempo tinha fechado e ameaçava chover. Fechei as janelas do quarto e cobri Julie com o lençol. O tempo estava de acordo com o meu humor, triste e feio. O quarto estava gelado. Duas batidas na porta e depois eu ordenei para que entrasse.

– Com licença. Será que eu posso guardar essas roupas do patrão?

– Claro Guadalupe, entre...

Ela abriu e fechou a porta com cuidado pra não acordar Julie. Peguei meu celular e o controle da TV voltando a me deitar.

– Menina Cassidy, que mal eu lhe pergunte, mas está tudo bem? Com todo respeito, é que a senhora está meio abatida.

– Ah não é nada de mais só estou preocupada com o Justin. - ela se sentou no pé da cama.

– Desde que comecei a trabalhar pra dona Pattie esse garoto é sempre assim. - ela sorriu. - Sempre deixou as pessoas de cabelos brancos de tanta preocupação, dona Pattie passava a noite em claro esperando por ele, e nem satisfações o lazarento dava. Deixava a mãe quase morrer de tanta preocupação.

– Acho que já era pra eu ter me acostumado com isso.

– Bobagem! É normal ficarmos preocupadas com quem amamos; isso é tendência do ser humano.

– Eu tenho tanto medo de perder ele Guadalupe.

– Que isso menina? Patrãozinho é duro na queda, não se entrega tão fácil como tu pensas.

Olhei de súbito para o relógio em cima do criado mudo e com certeza eles já deveriam estar se preparando para a ação.

– Venha cá meu anjo. - ela bateu as mãos no colo para que eu repousasse minha cabeça. - Pode ficar tranquila que já acendi minha vela e tenho certeza que nada de mais vai acontecer com ele, pode ficar relaxada. - ela acariciou meus cabelos com os dedos tentando me confortar em seu colo.

Alexia's P.O.V

– Enfim chegou o grande dia! - Marconny tinha um sorriso de lado a lado na boca. - Vocês não estão devidamente treinados, mas o pouco que sabem já é o suficiente pra acabar com o Bieber.

– Eu poderia tomar conta de tudo sozinha!

– Deusa eu sei que você é ótima no que faz, mas desta vez só os seus serviços não bastarão. - Brian me olhou vitorioso.

Nesses ultimos tempos a única diverção que ele encontrava, era me afrontar de todas as formas. Ele me afrontava como se estivesse me desafiando ou até mesmo me testando. Brian não era daquela forma e eu ainda não havia descoberto o motivo pelo qual ele estava agindo daquele jeito, mas ele tinha deixado de ser quem era para se tornar um porco frio e cauculista.

– E então que comessem a ação porque eu estou louco pra ver o circo pegar fogo e a cabeça do Bieber en minha bandeja. - gargalhou. - Quero que o dia de hoje seja um espetáculo! Vamos comemorar como comemoramos o quatro de julho com muita, mas muita festa.

– Está querendo dar show? Cara você está sendo procurado pelo FBI acha mesmo que vai ser tão glorioso colocar as mãos no Justin? Ele só é suspeito dos crimes que comete; já você... - sorri debochada. - Você é o culpado!

– Alexia e seu otimismo invejável. - Brian rebateu.

– Até parece que não esta empolgada... Não está querendo recuperar sua garotinha, minha deusa?

– Não quero que brinque com a vida de Julie! Não quero que a envolva nos seus planos diabólicos. Pare de brincar com a vida dela, porque se não, eu não respondo pelos meus atos Marconny. - rosnei.

– Ah, cala a boca Alexia. - Brian disse impaciente. - Continua ai porque eu não aguento mais ela falando. - Marconny me fuzilou por um tempo, mas depois continuou.

– Tenho uma surpresa para vocês. - ele sorriu mudando completamente a expressão medonha que mantinha antes. Cara louco! - Bruninha meu bem, abra a porta para os rapazes.

– Que rapazes? - Brian estava tão confuso quanto eu.

– Os que irão acompanhar vocês.

– Pera ai cara! O esquema era Alexia e eu no máximo a vadia ali. Que papo é esse de "os caras"?

– Resolvi mudar os planos, não é uma mudança assim, drástica, mas vai fazer diferença e ajudará vocês. Pensei na injustiça que estavam sofrendo e então decidi mudar um pouco as coisas. Vocês terão ajudas, companias e muito bem vindas. - ele estava debochado como se quisesse intimidar, comigo ele não conseguia fazer isso, mas com Brian? Já era possivel ver o nervosismo tomar conta dos olhos de Brian. - Bruna ficará aqui e meus homens irão ajudar. São quatro contra dois sem contar que aquela gangue do Bieber adora dar uma de espertinhos.

– Nunca trabalhei com esses caras, não sei como é o estilo deles.

– Simples. - ele cortou com cuidado a ponta do charuto. - O estilo deles vai ser do jeito que você quiser. Você é o chefe Brian você comandará essa tropa toda. - ele acendeu o charuto e depois de uma grande puxada saboreando o gosto daquela coisa nojenta.

– Está achando que vou receber ordens do Brian? - disse indignada, os planos não eram esses, era cada um por si e Deus por todos. - Eu nunca recebi ordens de ninguém, sempre fiz o meu jogo, sempre fiz o que quis para chegar em meus objetivos. Não sei trabalhar em equipe, isso está fora de cogitação!

– Você quer ter sua filha de volta? - ele alterou a voz. - Você realmente quer a pirralhinha de volta? - me calei. - Então faça o que eu mando... Minha deusa!- ele se virou para Brian. - E então? Pegar ou largar?

– Quanto tempo? - Brian disse com frieza, escondendo aquele semblante nervoso que ele mantinha à minutos atrás. - Em quanto tempo seus soldados ficam preparados?

– Já estão preparados. Estão só a sua espera.

– Ótimo. Estou pronto! - Bruna abaixou a cabeça decepcionada.

– Isso está errado, vai dar errado! Estão apostando fichas de mais nessa merda e nem sabe se vai dar certo. - Brian me olhou confuso, mas eu não tinha mais capacidade para ficar ali.

Sai da sala batendo a porta. Meu estômago não aturou escutar tudo aquilo. Brian tinha se tornado um porco lambão, aquele estilo definitivamente não combinava com ele, não quando eu sabia que ele escondia algo e eu não sabia o real motivo de ele estar ali.

Brian's P.O.V

Marconny era um idiota! Eu poderia dar conta daquilo sozinho, sem aqueles brutamontes. Alexia era só uma estratégia, eu também não precisaria da ajuda dela daria conta de tudo e realizaria os meus objetivos.

Certifiquei-me que estava completamente sozinho quando iniciei aquela ligação.

– Alô?

– É o Brian...

– Fala!

– Os planos mudaram!

– Como assim os planos mudaram?

– Nessa jogada não será apenas Alexia e eu. Marconny reuniu a tropa.

– Merda!

– Vai dá pra trás agora?

– Já chegamos aqui então vamos até o fim.

– Até o fim?

– Até o último que restar em pé!

– Perfeito... Então nos vemos em breve

– Nos vemos...

A cada segundo a tensão estava tomando conta do meu corpo, não vou negar que estava sendo tomado pelo nervosismo, sentia meu corpo todo em erupção, mas eu precisava escutar apenas uma voz pra me acalmar se pelo menos as coisas dessem errado, eu estaria feliz por ter escutado a voz dela. Com precisão disquei o número de Cassidy rezando para que ela atendesse, três toques e aquela voz suave soou em meu ouvido.

– Alô?

– de inicio o que mais precisava era só escutar a voz dela, mas depois senti necessidade em dizer algo principalmente quando ela ameaçou desligar a ligação. – Olha se ficar só respirando eu vou deligar... Fala algo merda!

– Sou eu. - ela se calou. - Precisava ouvir sua voz.

– Brian?!

– Se algo der errado... Eu pelo menos quero lembrar o quanto é bom ouvir sua voz e o quanto ela me faz bem.

– Onde você está? Brian... Eu... Preciso de você!

– sorri com frieza e senti ela estremecer do outro lado. Nem eu me reconhecia mais.

– Você já tem tudo o que precisa.

– Mas ainda falta uma parte para eu me sentir completa... Falta você Brian. Com todos os fatos, você faz falta, você fez e faz parte da minha vida. É-é como se um pedaço meu estivesse ido embora com você.

– a voz dela vacilou.

– Não complique as coisas, você pode me odiar depois de hoje.

– Acho que nunca vou conseguir odiar Justin e você na minha vida.

– Eu te amo Cassidy. - ela engasgou.

– E-eu...

– Não precisa dizer que me ama. Talvez essa seja só uma despedida.

– Do que você está falando? Brian que papo é esse? Onde você está? Por que não volta?

– Tchau Cassidy. - finalizei a ligação sem ao menos responder a inúmeras perguntas que ela fazia.

Fui longe de mais respondendo a ligação. Minha mente se tornou uma grande confusão, ouvir a voz dela me deixou completamente virado a ponto de querer desistir de tudo que planejei.

– Não acredito que vai mesmo trair seus amigos. - aquela voz irritante me despertou de meus pensamentos. - Tentei te convencer todo esse tempo de que você estava errado, mas não ajudou em nada? Brian você um traidor! - ela gritou. - Justin sempre teve razão em desconfiar de você. Você está preparando um exército pra acabar com os seus antigos amigos, os que te acolheram, ajudaram, foram amigos e irmãos quando você precisou. E agora você irá trair todos eles em uma emboscada? Não posso acreditar que você realmente vai seguir com isso!

– Qual a sua garota? Quando foi que deixei meter o bedelho na minha vida? Tá pensando que é quem pra falar assim comigo?

– Eu só estou tentando te acordar dessa besteira que você está fazendo. Isso é loucura será que não vê?

– Cala sua boca Bruna! Cuida da sua vida que está bom de mais.

– Que vida? - ela gargalhou. - Nunca vivi, sempre sobrevivi. Só que achei que com você era diferente, mas me enganei você está jogando sua vida no lixo assim como fiz com a minha.

– Não, não sou diferente. Estou tão ferrado quanto Alexia e você. E quer saber de uma coisa? - ela me olhou sorrateira. - Não te devo sastifações de absolutamente nada!

– Só pensei que com você poderia ser diferente. - ela estava chorando. Iria acabar com a palhaçada. - Você não parece ser o que está tentando ser. Você não é assim, pelo amor de Deus acorda enquanto há tempo.

– Tempo pra que? - ri pelo nariz.

– Tempo de se salvar, de nos salvar.

– Salvar a gente? - franzi a testa confuso criando coragem pra falar aquelas palavras a ela. - Bruna acha mesmo que teria algo a mais que sexo com você?

– Nós tivemos algo a mais que sexo!

– Me diz então o que foi, por que eu não me lembro de nada a não ser gozar dentro de você e te jogar fora, como todos os caras que você já teve em sua vida. - encarar os olhos dela com firmeza foi uma tarefa dificil.

– Essa é a melhor parte. - Alexia entrou na cozinha rindo. - Ele te tratou como princesa durante todo esse tempo, era Brian pra cá, Brian pra lá, suspiros e sonhos achando que ele te salvaria dessa sua vidinha de bosta, mas agora ele te trata como se deve. - ela sorriu fuzilando Bruna com maldade. - Como uma vadia Bruna! Brian está te trantando como uma grande vadia, é isso o que você é! Vadia burra por sinal.

– Cai fora. Esse papo não tem nada a ver com você.

– Eu falei pra você. - ela me ignorou insultando Bruna. - Você era só um sexo fácil e agora ele se cansou. Realidade chamando, Bruna deixe de ser princesa e acorda e vê que Brian não é príncipe de porra nenhuma. - gargalhou. - Será que dá tempo de pegar uma pipoca? É que isso está emocionante.

– Alexia... - esbravejei com vontade de torcer o pescoço dela.

– É que eu estou surpresa pela primeira vez na vida estou vendo meu maninho humilhar alguém. Nota 6 para o seu ato. Você tinha que ter tirado um pouco da emoção, falou com a vadia como se ela fosse importante.

– Calada Alexia! - gritei nervoso.

– Eu-E-eu nunca deveria ter me envolvido com você. - Bruna disse em prantos e decepcionada, completamente transtornada com as palavras de Alexia. - O que eu senti por você foi real, pela primeira vez na vida eu tive um sentimento verdadeiro por alguém e eu pensei que com o tempo você poderia retribuir, mas não, você... - ela não terminou.

– Claro que não minha filha, ele ama outra vadia!

– Vocês são dois traidores, farinha do mesmo saco. Justin não merece o que vão fazer. Espero que dê tudo errado e que vocês quebrem a cara, porque eu vou estar rezando pra que eles saiam ilesos dessa e ai sim eu vou ver vocês dois se fudendo.

– Bruna. - tentei segurar o braço dela.

– Tira a mão de mim porque tenho nojo de você. Com licença. - ela saiu esbarrando em mim e bateu no ombro da Alexia com força.

– Sastifeita?

– Se estivesse armada ia deixar ela na cadeira de rodas pra aprender a nunca mais relar em mim.

– Porque fez isso com ela? Acha isso divertido? Machucar as pessoas pra você é divertido?

– Nem vem, você também causou. Esculacho a mina tanto quanto eu.

– Não queria brinca com os sentimentos dela. - estava arrependido.

– Não seja patético! Vadias não tem sentimentos!

– Agora sei o porquê você é deste jeito. - ela me encarou chocada.

– Está mesmo querendo me comparar a Bruna?

– Sim, apenas considerando que você é mil vezes pior que ela. Acho que Bruna ainda fica em uma colocação melhor que a sua. Desculpa maninha, mas sinto lhe informar que nessa você perdeu.

– Já pode parar de fingir, ela não está aqui e você já a levou pra cama. - ela disse cinicamente.

– Bruna é bem melhor do que você pensa, e quer saber? Eu não me importo com o que você pensa... Cinco minutos pra entrar em ação. Sem atrasos!- passei do lado dela dando ORDENS, fazendo de propósito porque ela odiava aquilo, a deixei na cozinha não tinha mais cabeça pra responder as provocações.

Tinha mais coisas a fazer, tinha que me concentrar pra entrar em ação em uma missão suicida, a calma nessa hora era o melhor a ter.

Subi correndo até o andar de cima e através da porta pude escutar Bruna em prantos, não era hora para tentar me desculpar, não poderia me redimir. Ela tinha que me esquecer e de uma vez por todas, ver que eu não sou o príncipe que ela sonhou, sou apenas o monstro que resolveu sair da toca.

Justin's P.O.V

Estava carregando as armas que levaria comigo enquanto o alto falante do mac do Chaz tocava 2pac. Estava completamente concentrado, pensando em várias coisas, pra falar a verdade estava pensando em Julie e Caissy e na promessa que fiz a Julie de que viajaríamos após o roubo, eu iria ter que sair da cidade mesmo, então reservaria esse tempo para uma viajem em família seria a melhor coisa que faria... Tirar minhas meninas de Atlanta. Sabia que Marconny estava quieto de mais e que a qualquer momento ele atacaria e não pouparia ninguém para me atingir. Eu ainda estava chefiando todo o império dele e ele ainda era um foragido da policia, as coisas não estavam nada boas para o lado dele e eu estava tirando proveito disso.

Meu celular começou a tocar e vi no visor que era Jaden, o deixei encarregado de receber as cargas já que eu entraria em missão com os moleques.

– Pode falar Jaden. - atendi chamando a atenção dos garotos que me olharam curiosos.

– Patrão tudo fechado aqui, recebi a carga assim como você mandou e o dinheiro também tá na mão.

– Grande Jaden! - sorri pensando na bolada que tinha ganhado com aquele carregamento, mais o que ganharia no roubo e nos cofres das boates. - Também não vou fazer o recolhe das boates. O dinheiro está todo nos cofres, quero que recolha toda a grana mais a do carregamento e leve pra minha casa, pode deixar no meu escritório, Cassidy sabe a senha. Só diga a ela que mandei colocar os malotes dentro da sala e ela saberá o que fazer.

– Tudo bem... Assim que levar o dinheiro estou dispensado?

– Não. Se eu precisar de algo mais te ligo. - desliguei o telefone sem o deixar dizer qualquer outra coisa, pois tudo que me interessava eu já havia dito.

– Justin tem munição sobrando? - Chris perguntou.

–Tá sem munição? Porra como você vai pra uma mão armada sem munição?

– Ih carai... Eu falei que to sem munição? Só perguntei se tu tem.

– Tenho. - respondi entre dentes procurando por meu capuz e que estava na cabeça do mané do Ryan. - Ryan dá pra tirar essa porra da sua cabeça? Você tá com o meu capuz viadinho.

– Claro que não... Esse aqui é o me... Seu capuz. - o dele estava do outro lado da mesa.

– Idiota! - ele jogou o capuz em cima de mim.

Prendi o 38 na cintura, coloquei meu capuz e coloquei a AA-12 automática em minhas mãos, a posicionando a frente de meu corpo.

– JB prende essa arma direito. - Ryan esbravejou.

– Ryan faz o seu que eu faço o meu!

Já estavam todos praticamente prontos. Finalmente a van que nos trasportaria até o banco chegou. O esquema era o seguinte: vamos aproveitar o momento em que o carro forte chega a agência para recolher os malotes, Ryan, Chris e eu vamos ser transportados por uma mini van que faz entrega de merendas no prédio ao lado. A rua estará movimentada, o lado sul vai estar bloqueado para a passagem do caminhão de lixo, o lado leste estará congestionado, pois é horário de pico então todos estão saindo do seu serviço e com o bloqueio do lado sul, o transito estará intenso. Ryan e eu vamos render quem estiver dentro da agência, Chris ficará do lado de fora dando cobertura, a ação tem que durar no mínimo cinco minutos e meio, conhecemos cada perimetro daquela agência então temos que entrar, seguir até o cofre, pegar os malotes que estão preparados para os guardas do carro forte levarem e sair sem atingir nenhuma vitima.

No final da rua principal há uma tubulação com problemas, arremeçaremos os malotes dentro dela e seguiremos para rua Alabama para pegar os carros e fugir, Chaz vai estar vestido de operário e vai recolher os malotes que jogarmos dentro da tubulação enquanto fugimos em direção as estradas para trocar os carros e enfim ir para o galpão contar a grana.

Observava tudo à procura de uma distração pela única janela que tinha na parte de trás da van. As pessoas andavam com naturalidade indo a algum lugar; vi uma menina bonita discreta atravessando a rua, pinta de modelo, corpo de atleta e cara de estudante. Um outro cara passou no farol vermelho, mas teve que parar no próximo semafaro logo a frente. Um mendigo vasculhava o lixo a procura de algo sustentável, estava um pouco tenso. Senti quando o carro parou deixando de fazer movimentos e naquela hora eu estava preparado para o que viria, fiz o sinal da cruz e pedi para que me protegessem, estava na hora!

– Muito bem galera, estão preparados? - a voz do Chaz suou no ponto. - Estou tendo a visão dos guardas e eles parecem uma coxinha na forma humana. - ele riu. - Sério o governo deveria investir mais nesses guardas estão precisando de academia urgente.

– Cala boca Chaz. - Ryan esbravejou destravando a arma.

– Ok, ok só estava tentando acalmar os nervos. - se eu pudesse arrancaria minha escuta. Era insuportavel ter que escutar Chaz falar o tempo todo quando concentração era preciso. - A rua não está tão movimentada então vai ser moleza, boa sorte galera!

– Valeu. - murmurei escutando a mesma resposta dos de mais.

– Vamos nessa. - Ryan disse abrindo a porta da van e o momento era aquele chegou a hora de agir!

Caissy's P.O.V

Eu estava perturbada, depois da ligação de Brian não conseguia mais manter a calma que Guadalupe havia me passado. Ele tinha me deixado confusa com aquelas palavras, tinha realmente mexido comigo e ficar tentado entender o que ele queria dizer estava me deixando pior ainda, meu corpo estava em estado de alerta, estava completamente nervosa a beira de um ataque. Julie tinha acordado tão agitada e meu nervosismo não estava ajudando. Eu estava irritada e sem paciência.

– Com licença dona Cassidy. É, a dona Caams está lá em baixo. - Paola entrou no quarto.

– Pode a mandar subir. - ela assentiu saindo do quarto, graças a Deus alguém havia chego para me acalmar, já não aguentava mais ficar naquele estado. - Fica ai na cama que eu vou buscar seu chinelo, Caams tá subindo.

– Mas eu quero minha chupeta. Eu quero meu papai. - ela disse choramingando.

– Eu vou pegar sua chupeta Julie, mas não desça pra andar descalço você vai ficar doente. - ela me olhou fazendo biquinho e eu fui em direção ao quarto dela pegar um chinelo e a chupeta.

Julie estava muito mimada, tudo o que ela queria tinha em mãos; era só chorar um pouco e pronto ganhava tudo o que queria. Tive um pressentimento ruim, um frio na espinha, me deixou completamente gelada e sem chão. Estava com os nervos à flor da pele. Bati a mão no abajur ao lado da cama de Julie e acabei o derrubando no chão o espatifando em pedaços. Merda! Quebrei o abajur em forma de abacaxi que nem a casa do Bob Esponja.

– Meu Deus garota, o que você tem? - a voz de Caams me assustou. - Desse jeito vai quebrar a casa toda. - ela disse brincalhona.

– Ai eu estou tão nervosa, tão aflita.

– Mamãe. - o grito e o choro alto de Julie nos assustou e eu corri em disparada na direção do meu quarto a encontrando estirada no chão com os lábios escorrendo sangue.

– Ah meu Deus, Julie eu mandei você ficar na cama! - gritei a pegando no colo. - Garota mimada, olha só como está sua boca. - ela estava pálida e da boca escorria sangue.

– Calma Caissy! Crianças sempre se machucam.

– Tá sangrando. O que eu faço? - disse desesperada com Julie em meus braços.

Julie passou a mão na boca e até aquele momento não tinha notado que sua boca sangrava, mas quando a tocou e olhou para sua mãozinha o desespero tomou conta dela a fazendo gritar e chorar mais.

– Ai, ai tá doendo mamãe. - ela gritava sem parar, mas eu não tinha noção da proporção do corte.

– O que eu faço? - perguntei mais uma vez desesperada e Caams também estava confusa com os gritos de Julie.

– Dá ela aqui. Vamos lavar a boca dela e ver se foi muito fundo. - ela tomou iniciativa.

– Não quero. - Julie começou a gritar com a boca cheia de sangue. - Eu quero meu papai.

– Calma Ju. - Caams disse entrando com ela no banheiro.

Eu estava tão em choque que não consegui sair do lugar. Olhei a situação em que o quarto estava e percebi tudo o que havia acontecido. A teimosa desceu da cama e enrolou o pé no lençol e caiu de cara no chão, arrebentando a boca... Só pra ajudar a piorar o meu estado.

– Caissy olha, nem foi tão fundo. Ela bateu o dente nos lábios e fez um cortinho leve, ainda bem que nem quebrou o dente né Ju? - Julie pressionava um pedaço de papel nos lábios. - Ela vai ficar com um beiço de negão por um tempo, mas se por gelo melhora. - Caams disse rindo.

– Oh meu amor, à mamãe disse pra você não descer da cama. - a peguei em meu colo.

– Eu quero meu papai. - ela soluçou tentando segurar o choro e a forma que ela havia se desesperado não passava de susto.

– Vamos colocar gelo nessa boca de negão Julie? - dei risada.

– Ainda bem que você está aqui. Estou tão nervosa, com uns sentimentos estranhos.

– Ah eu também. - ela concluiu. - Ryan não me ligou e nem disse nada sobre que hora chegaria. - respirei fundo.

– Não tem hora para chegar. - disse cabisbaixa.

– Cassidy eu estou tendo um colapso e olha que essa é a primeira vez que Ryan me conta sobre seus negócios! Mas e você? Quantas vezes já passou por isso?

– Muitas. - sorri. - Várias vezes já passei por situações como esta, mas ainda não aprendi a lidar com elas. Ser mulher do Justin é uma tarefa dificil.

– imagino. - ela balançou a cabeça.

– Vem vamos colocar gelo na boca da teimosa. - ela sorriu, segui na frente e ela veio logo atrás indo para a cozinha.

Jaden estava na sala escoltando uns homens até o escritório do Justin. Caams me olhou confusa, mas foi pra cozinha quando entreguei Julie em seus braços.

– O que é isso que tem nas malas?

– Grana. - ele sorriu. - Patrão me mandou trazer e deixar tudo no escritório e que você tem a senha da sala que é pra guardar lá.

– É grande a quantidade?

– Grana dos cofres e de um carregamento de hoje. - soltei o ar pensando no que fazer.

Eu não gostava de abrir a sala do Justin e ainda mais se ele não estivesse em casa. Coloquei tudo em um canto do escritório e ao sai, tranquei a porta. Quando ele chegasse guardaria aquilo tudo do jeito que quisesse. Jaden foi embora e eu fui pra cozinha me juntar a Caams e Julie que brincavam enquanto Paola tentava colocar gelo nos lábios de Julie que estava impossivel.

Minha mente vagava com os pensamentos em Justin, tudo quanto é tipo de oração já tinha feito, inúmeros pedidos para que protegensem ele eu fazia, mas nem assim eu me sentia tranquila e despreocupada.

Justin's P.O.V

Abaixei o capuz e sai da van acompanhando Ryan. Algumas pessoas nos olhavam assustadas com aquele armamento nas mãos, mas eram poucas as que nos viam. O guarda parado na frente do banco nem havia nos notado até Ryan parar em sua frente e disparar um tiro com a silênciadora em seu abdomem o fazendo cair ferido ao chão. Engoli em seco deixando a frieza tomar conta do meu corpo. Meti o pé na porta de vidro com a ajuda de Chris, a derrubando e assustando as poucas pessoas que ainda restava dentro da agência.

– Mãos pro alto que isso é um assalto. - ordenei e logo em seguida gritos desesperados tomaram o lugar, foi preciso disparar um tiro pro alto para manter a calma, as pessoas estavam desesperadas, mas quando ouviram o eco da quadrada se calaram.

– Começando a contar, vocês têm cinco minutos. - Chaz disse na escuta. Ryan e eu já sabíamos o que fazer.

Enquanto Chris tomava conta da porta e dos reféns, Ryan e eu seguimos em direção ao cofre. Os funcionários estavam deitados ao chão, mas eu precisaria da ajuda da gerente para abrir a porra do cofre.

– Quem tem a chave? - eles se encolheram.

– Fala quem têm a chave ou morre! - Ryan gritou apontando a arma na cabeça de um jovem cagão.

– Ótimo, o amigo de vocês vai dessa pra uma melhor. - atirei na perna do garoto apenas para assustar, mas Ryan me repeendeu com o olhar, ele odiava deixar vítimas.

– Eu tenho a chave. - uma gostosa que estava embaixo da mesa disse com a voz tremula. - Eu abro o cofre, mas, por favor, não façam nada com a gente.

– Três minutos. - Chaz disse.

– Se você coperar te deixo viva, delicia. - puxei ela pela mão a colocando de pé em frente à porta de aço que escondia o cofre.

Ryan sorriu ao ver aquela bunda redondinha virada para nós e se eu não estivesse com tanta pressa até aproveitaria um pouquinho a situação, mas o tempo era corrido e minha mulher tinha uma bunda melhor que aquela. A vadia estava tremendo ou então estava tentando nos atrasar, arranquei a chave da mão dela e com muito mais facilidade abri a porta.

– Ê, ê... Onde a madame pensa que vai? - Ryan a segurou quando ela tentou fugir. - Não somos idiotas, o cofre só abre com o reconhecimento das suas digitais, então loirinha, bota a mão na porra desse sensor e não tente dar uma de espertinha pra cima de mim! - ela começou a chorar.

– Porra mulher chorando é um cu! - gritei nervoso dando um tiro pro alto a fazendo pular de susto. - Abre logo essa porra, estou dando a chance de você abrir isso viva, ou prefere que eu ampute sua mãozinha? - ela negou com a cabeça comprimindo os lábios. - Então vai caralho!

Ryan pegou a mão dela a força e encostou no sensor. Ela não esperou que mandassemos outra vez digitou, a senha do cofre e o liberou. O dinheiro que precisavamos já estava nos malotes prontos pra serem levados, quatro malotes no total.

– Chris pode entrar. - pedi e em segundos ele entrou no cofre.

Ajeitei minha arma a pendurando, peguei dois malotes nas mãos e Ryan fez o mesmo. Chris fazia nossa segurança enquanto saiamos da agência.

– O que ele está fazendo? - perguntei confuso vendo Chris parado atirando pra tudo quanto é lado descarregando a arma.

– Chris seu porra, tá ficando louco? - Ryan disse confuso.

– A gente qual é! Só estou me divertindo. - ele deu uma risadinha. - Que foi? To com o bolso cheio de grana não posso comemorar? - rimos do babaca.

– Galera eu sei que estão contentes, mas menos de um minuto já podemos nos desesperar não acham? - Chaz disse nos apressando.

Ryan e eu seguimos até a tubulação e arremeçamos os malotes dentro. Chris já estava a caminho do carro e os barulhos das sirenes estavam próximos.

– Ei Somers pode detonar com os esplosivos porque minha parte eu já fiz.

– Ah moleque. - Chaz gritou e só deu tempo de eu me afastar quando escutei a explosão.

O lugar onde o carro forte estava for para os ares, aquilo era uma estratégia para distrair parte da policia enquanto fugiamos.

– HA HA agora que a diversão começou de verdade. - disse brincalhão correndo até o carro que me esperava.

Tateei os bolsos encontrando as chaves daquela nave. Ryan passou por mim cantando pneu seguido por Chris. Odiava ser o último. Entrei no carro com pressa arracando com velocidade. Os garotos já estavam no viaduto, demorou um pouco, mas eu consegui alcança-los. O carro da policia não era páreo para nenhum daqueles carros, não desmerecendo, mas deixamos muitos carros no meio do caminho porque não aguentaram a potência e também porque eu era um ótimo piloto de fuga.

Dois carros ainda insitiam em vir atrás de nós, mas tinhamos que o despistar antes de entrar na rodovia, se não seriamos seguidos pelo helicopteros. Vi pelo retrovisor quando um carro falhou, rodou na pista e depois parou não aguentando mais correr naquela velocidade, os policiais ficaram fulos, só faltava um carro e o que eu faria não iria prejudicar ninguém.

– Precisamos de adrenalina essa porra tá parada pra cacete. - disse brincando sacando a arma em minha cintura.

– O que você vai fazer Justin? - Ryan disse na escuta.

– Fica vendo, criança. - parei de prestar a atenção no volante e virei parte do meu corpo pra trás disparando conta o carro da polica, eu estava em uma posição ruim, minha mira não estava tão boa, mas acertei dois tiros no vidro e três no pneu os fazendo parar.

– Ah moleque. - escutei Chris gritar e rir.

– Ryan na boa, jogar video game é mais emocionante que esse assalto que fizemos hoje. Puta que pariu ainda não me senti em situação de perigo.

– Então espera pra ver que ainda não acabou. - ele disse rindo.

Não entendi o que ele quis dizer com aquilo, mas também não me importei, só estava pensando em ir pra casa ficar com minhas princesas e coça o dia todo, pensando com o que gastaria aquela grana toda.

Seguimos para onde estavam os carros que nos levariam até o galpão, até que gostei da troca de carro, mas foi uma judiação ter que atacar fogo naquelas naves. A policia já tinha visto os carros e no minimo iriam vir atrás de nós pensando que estariamos com aqueles carros. Trocamos de roupa e atiamos fogo em tudo.

– Vou dar um carro novo pra Melissa. - Chris disse, notei Ryan no telefone com alguém ele se mantinha afastado.

– Melissa nem sabe dirigir.

– Aprende ué. - ele deu de ombro. - E você vai fazer o que com a grana?

– Vou viajar com as meninas.

– Ai sim... Te aconselho a conhecer o Brasil. Lá é o paraíso do peitão e do bundão. - Ryan gargalhou se juntando a nós, mas aquelas ligações estavam me deixando encucado.

– Da pra ir logo? Estamos perdendo tempo.

– Tempo com o que? Já não acabou?

– Ainda nem começou. Vocês estavam querendo ação não era? - Ryan disse rindo enquanto jogava a arma dentro do carro.

– Quem era no telefone? - perguntei encucado ele passou o dia todo atendendo aquela merda, de segredinhos com alguém.

– Um amiguinho nosso. - ele sorriu. - Mas então, querem adrenalina ou não? - ele olhou o relógio no pulso.

– Por mim eu gostaria de mais, só que pra falar a verdade esse roubo foi muito fácil, foi como trocar fralda de neném.

– Isso não é fácil. - disse confuso, Chris sempre costumava ser estranho.

– Gente papo sério... Tenho uma notícia boa para vocês.

– Notícia? Ryan filho da puta pode falar em qual encrenca tu meteu a gente. Sempre quando você fala assim é que vem merda. - disse rindo.

–Vocês sabem que tudo saiu muito fácil né? Sambem que deu tudo certo...

– Fala logo porra!

– Tá! Temos pouco tempo... Os capangas do Marconny tão chegando, então a única coisa que tenho a dizer, é... - escutei barulhos de carros derrapando. - Salve-se quem puder. - ele correu em direção ao carro e desta vez eu não fui burro. Entrei no carro tentando escapar.

Ryan filho da puta poderia ter avisado antes. Vi os carros se aproximando, e pisei no acelerador ultrapassando o carro do Ryan. Comecei a correr em zig zague quando senti os tiros na vidraça do carro.

– Filho da puta! - gritei assustado quando um tiro passou bem perto de mim.

Apareciam carros por toda parte me encurralando, senti um medo da porra, porque além de me concentrar no volante, tinha que desviar dos tiros. Consegui cair na estrada e alguns carros vinham atrás de mim, enquanto eu costurava tentando fugir daquilo.

– Ah JB fala sério nem são tantos carros assim. - a voz de Ryan disse brincalhona no rádio.

– Podia ter avisado antes! - respondi.

– Ah, foi mais emocionante pegar vocês de surpresa.

– Viado. - um carro preto rodou na minha frente e eu desviei.

A pista estava vazia só o meu e o carro dos meninos sendo seguidos pelos capangas do Marconny. Rodei o carro na pista ficando de frente para eles e andando de ré.

– Agora vocês vão ver a potência do Bieber. - continuei pisando no acelerador enquanto soltei as mãos rapidamente pegando a arma e participando da brincadeira.

Atirei contra dois carros, mas só acertei um e de preferência o pneu o carro parou fazendo dois se chocarem contra eles.

– Uhul! É disso que estou falando... Viu essa, Ryan?

– Maluco dirige direito que você tem que ir embora enquanto distraimos esses pregos.

– Ah para... Eu comecei a gostar disso. - segurei o volante com uma mão e voltei ao sentindo normal.

Os carros voavam com velocidade e nós brincavamos na pista enquanto os capangas do Marconny tentavam nos pegar. Não sei de onde, mas surgiram mais carros pretos e aquilo começou a ficar preocupante, principalmente quando eles não paravam um minuto de atirar.

– Embaço, embaço. - pude escutar a voz nervosa de Ryan. - Justin sai pela saída ao norte km 80. - Ryan ordenou.

– Nem ferrando vou deixar vocês? Eles estão se multiplicando.

– Justin o intuito aqui é proteger você... Esses caras não querem nada com a gente.

– Ryan eu não posso... - não terminei de concluir, vi o carro do Chris rodar e segundos depois capotar duas vezes, foi um arregaço . - Merda! - gritei chocado vendo o carro parar de cabeça pra baixo e não tinha visão nenhuma de Chris.

– Justin, vaza porra. - Ryan ordenava, mas eu não queria, não podia tinha que ajudar Chris.

– Cara, temos que ajudar ele.

– Se você parar o carro eles te matam!

– Ryan, Chris vai morrer porra, temos que ajudar ele. - disse nervoso olhando pelo retrovisor já que já tinha passado por ele.

– Vaza Justin, deixa que me viro aqui. Chaz e Jaden tão chegando, mas cai fora cara, vaza! - acabei o obedecendo.

Assim que Ryan me deu cobertura consegui fugi pelo sul, em direção à linha de trem onde tinha uma saída em direção à cidade. Os homens do Marconny estavam por toda a parte, mas não conseguiram me seguir. Não deveria ter seguido em frente deveria ter dado um jeito de ajudar Chris, tentei me comunicar mais uma vez com Ryan, mas ele não respondia aos meus chamados.

Maldita idéia foi aquela, decidi parar o carro para tentar me comunicar melhor com Ryan. O sinal estava péssimo, não deveria ter parado e nem ter saido do carro. Quando tentei voltar era tarde de mais a R1 derrapou em minha frente jogando terra pra cima de mim e por instinto fechei meus olhos para protegê-los.

Eu tinha duas opções: ou tentar voltar pro carro, ou tentar pegar a arma em minha cintura. As duas eram perigosas e eu tinha que escolher a melhor. Alexia tirou o capacete, jogando os cabelos para o lado. Ela desceu da moto, apontando o revolver para mim, como se tentasse me intimidar.

– Nenhuma gracinha Bieber. - ela disse firme com a arma apontada.

– Não se garante?

– Sei que você já está bolando uma para sair dessa e eu estou dizendo nenhuma gracinha, se não acerto certeiro seu coração e sua arteria e você só terá 3 minutos de vida agonizando.

– Melhorou sua pontaria? - zombei. – Não... Porque você atirava muito mal antes.

– Melhorei muita coisa que você não sabe. - ela disse entre dentes.

– Tá... Então você poderia fazer o favor de matar logo? - ela sorriu.

– Até parece que você é assim compreesivo. Vai Bieber qual você vai escolher? Vai pegar o revolver na cintura ou vai correr para o carro enquanto eu descarrego minhas balas em cima de você?

– Em qual eu me sairia melhor?

– Eu te pegaria dos dois jeitos. - ela disse com garra.

– Será que você seria tão boa assim?

– Você sabe o tamanho da minha capacidade... Sabe que não sou do tipo que erra.

– Claro, tudo o que sabe aprendeu comigo.

– É eu aprendi a lição. - pude notar o vacilo dela afrouxando as mãos no revolver.

– Nem todas. - sorri vitorioso vendo o mesmo vacilo se repetir e corri na direção do carro, mas Alexia ao invés de disparar correu em minha direção.

– Eu já imaginava que você faria isso. - ela sorriu trombando em meu braço.

– Ótimo. - tentei reagir, mas notei que tinha algo de diferente no meu braço. - Que isso? - minha visão começou a ficar turva, fui atigido e nem tinha sentido?

– Não me subestime Bieber, você não sabe do que sou capaz. - ela disse sorrindo e eu me encostei rente ao carro vendo o cansaço tomar conta de mim, algo estava diferente, meu corpo estava pesado de mais.

– Vadia, me envenenou. - disse cansado.

– Quase isso. - ela disse sorridente enquanto sentia meu corpo deslizar. - Vai doer só um pouquinho. - ela sussurou em meu ouvido e eu fui perdendo mais os sentidos. Tentei dizer algo, tudo começou a ficar verde, mas ainda tinha a visão daquela loira endiabrada em minha frente, mas além dela não via mais nada.

– Ale... - tentei falar, mas minha boca estava dormente e fui desfalecendo vendo Alexia em minha frente.

Ryan's P.O.V

Fiquei completamente desesperado quando vi aquela moto seguir pelo mesmo local que o carro de Justin. Os planos não eram aqueles e as coisas estavam começando a dar errado. Chaz ligou que já estava perto do local, mas eu precisava saber se Justin estava bem e resgatar Chris.

– Chaz liga para alguém resgatar o Chris, ele capotou o carro. - disse pela escuta.

– Tudo bem Ry, tamo chegando.

– Manda Jaden continuar seguindo na estrada que vamos ter que ir atrás do Justin.

– Suave.

Espero que aquele grande idiota do Justin não tenha feito nada de estúpido e que a pessoa da moto não tenha o pego. Meu celular tocou e eu atendi vendo quem era.

– Cara você não disse que era tantos homens assim.

– E você não disse que Chris estava junto!

– Brian quem está naquela moto que seguiu o carro de Justin?

– Que moto?

– A R1 preta.

– Merda! - gritou. - Era Alexia! Você a viu?

– Eu vi uma pessoa na moto, mas não idêntifiquei quem era.

– Alexia foi atrás de Justin.

– Brian você não estava no controle da vadia?

– Ryan acha que alguém tem controle sobre ela? Eu tentei enganar, mas acho que ela notou que aquele era o carro do Justin quando ele fez aquela gracinha no meio da pista atirando nos caras e dirigindo de ré... O que posso fazer se ele é aparecido e se acha de mais?

– Brian, se Alexia fizer algo ao Justin eu mato ela!

– Relaxa... Justin já deve estar bem longe, agora continua com sua parte no plano e eu cumpro a minha. - ele disse. - Só pra avisar, Chris está bem. Está respirando, mas fraturou algumas partes do corpo.

– Chaz já está chegando com socorros.

– Não se esquece de tirar ele da cidade.

– Está querendo ensinar padre a rezar missa?

– Você que sabe... Nos vemos.

– Nos vemos.

Eu ainda não estava tranquilo. Chaz conseguiu tirar Chris da pista e ele estava indo para outro destrito se cuidar, não poderiamos levar ele em qualquer hospital daqui se não saberiam que ele era um dos caras que assaltou ao banco. Brian tirou os capangas do Marconny da minha cola, eles pararam de me seguir.

Jaden e mais uns reforços me encontraram no fim da estrada, não conseguia contato com Justin e o carro dele também não mostrava mais localização no GPS. Se ele tivesse interferido na localização eu iria matar aquele arrombado.

– Sabe pra onde é que ele foi? - Jaden perguntou.

– Sei que seguiu no km 80, mas não dá pra fazer nada de diferente lá a não ser segui reto.

– Legal, vamos refazer o caminho pra ver se temos rastros dele.

Jaden foi na frente um pouco mais rápido que eu. Vi uma movimentação estranha e que bloqueava meu carro decidi parar. Avistei de longe Brian e Jaden olhando para baixo do penhasco como se tivessem perdido algo lá em baixo.

– O que, que tá pegando? - Brian me olhou confuso.

– Não sei ainda, mas acho que... Aquele é o carro do Justin. - ele apontou pra ribanceira e pude ver um carro capotado que realmente era o carro do Justin.

– Caralho! Cadê o Justin? Vai me dizer que ele está...

– Não dá tempo de descer. - Jaden disse. - Está escorrendo gasolina, vai explodir.

– Vão deixar ele assar? Tire ele de lá porra.

– Ryan não dá! O carro vai explodir. Ele já deve estar morto, olha a altura. - passei a mão de forma nevosa no cabelo.

– Vocês tão ficando loucos. Justin não pode morrer não. - eu já estava em choque.

– Mano sinto muito. - Jaden disse e logo em seguida um estrondo forte tomou conta do lugar, tudo que havia lá em baixo foi pelos ares e se o corpo do Justin estivesse lá... Já era!

– Mano isso é inacreditavel o cara tem filhos, mulher. Não Brian, não pode ser meu parceiro, não pode não cara.

– Não há nada que podemos fazer cara.

– Maluco como vou dar essa noticia pra Caissy? Ela vai... - eu ainda não conseguia acreditar, não conseguia me localizar que aquilo estava acontecendo de verdade. Era dificil pensar em Justin morto.

Ciassy's P.O.V

Na TV anunciava a todo momento sobre o assalto, anunciava que a agência bancaria tinha sido invadida por ladrões e a policia não tinha nem noção de quem era os suspeitos. Estava aflita, não conseguia me acalmar, principalmente quando escutei os carros parando no jardim, estava esperando só por Justin, mas parecia que tinha mais gente. Esperei para que ele cruzasse a porta para que eu pulasse nele e me aliviasse e acabasse com aquela tortura, mas não, apenas Ryan e Chaz entraram, sem Justin, sem o meu Justin.

– Cadê o Justin? - notei que nem ele e nem Chris estavam ali. - Cadê o Chris? Já foi pra casa? - estava tentando me convencer de que não havia acontecido nada e que Justin não estava ali pelo simples fato de que Chaz e Ryan chegaram primeiro.

– Chris está indo pra Los Angeles. - Chaz começou. - O carro dele capotou e não podíamos mandar ele para um hospital aqui perto.

– E Justin? - me desespero já era visivel. - O que aconteceu com Justin? - Chaz se mantinha sério enquanto Ryan estava com um semblante duvidoso o silêncio dos dois estava me torturando. - Ryan. - disse firme. - Onde está o Justin?

– Caissy ele, ele. - Ryan deixou lágrimas escaparem. - Ele morreu... O carro capotou e explodiu com ele dentro. - tapei a boca sem entender, as palavras do Ryan ecoavam em minha mente e eu estava tentando entender se era aquilo mesmo que tinha ouvido.

– Não pode ser! - sorri nervosa. - Que brincadeira idiota gente. - comecei a andar de um lado para o outro. - Quando Justin chegar eu vou matar vocês três. - não queria me convencer de que aquilo era verdade.

– Caissy. - Caams me segurou me fazendo encarar seus olhos e parar.

– Não pode ser. - sentia meu corpo todo tremer. - Ele não pode ter me deixado. Ele prometeu que ficaria comigo pra sempre, ele não pode ter morrido. Vocês estão enganados! Não era o carro do Justin, ele vai chegar já, já. Eu sei... Ele nunca iria me abandonar. - disse em completo desespero.

– Caissy... Ele sempre vai estar perto de você meu anjo, mas você tem que aceitar. - os soluços do Ryan ecoaram, enquanto Caams tentava me acalmar.

– Eu não quero. - gritei me afastando dela. - Eu não posso! Justin e eu eramos um só! Não posso viver sem ele, vocês não entendem. Ele nunca iria me deixar! Isso é uma tremenda bobagem. - empurrei Caams e tentei passar por Chaz e Ryan que me seguraram enquanto eu me debatia.

– Caissy pare!

– Eu vou até lá... Ele precisa de mim, eu não vou o deixar partir. - gritava arranhando a garganta tentando me soltar das mãos deles enquanto Julie chorava me vendo naquele estado.

Eu estava desabando em um abismo sem fim. Sentia seu corpo caindo e a resistência do ar não era capaz de manter-me.

Continue Reading

You'll Also Like

1.2M 42.8K 46
Onde Victoria Gaspar passa uma noite com o jogador do Palmeiras Richard Rios,só não imaginava que isso iria causar tantos problemas.
667K 32.6K 93
(1° temporada) 𝑬𝒍𝒂 𝒑𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒂 𝒆 𝒆𝒖 𝒇𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐, 𝑨 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒙𝒐 𝒆 𝒆𝒖 𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒓𝒐...
1.1M 65.9K 47
Atenção! Obra em processo de revisão! +16| 𝕽𝖔𝖈𝖎𝖓𝖍𝖆 - 𝕽𝖎𝖔 𝕯𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔| Fast burn. Mel é uma menina que mora sozinha, sem família e s...
3.9M 176K 71
📍𝐂𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐱𝐨 𝐝𝐨 𝐀𝐥𝐞𝐦ã𝐨, 𝐑𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐉𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨, 𝐁𝐫𝐚𝐬𝐢𝐥 +16| Victoria mora desde dos três anos de idade no alemão, ela sempre...