Soul Rebel-segunda temporada

By soulrebelfanfictt

431K 8.7K 26.4K

Eles tem uma alma rebelde! More

Capítulo 1 - My Final, Not So Happy
Capítulo 2 - I Just Wanted It All Back
Capítulo 3 - Nem Sempre Se Compare a Mim!
Capítulo 4 - Dont Make Me Sad, Dont Make Me Cry
Capítulo 5 - Set It On Fire
Capítulo 6 - Guerra Declarada
Capítulo 7 - We Run The Night
Capítulo 9 - Dama do Tráfico
Capítulo 10 - Hide My Head I Want To Drown My Sorrow
Capítulo 11 - Wanting To Die
Capítulo 13 - Pedido De Mãe
Capítulo 14 - A Missão É Ser Patroa
Capítulo 15 - Não Quero Parecer Tão Fraca
Capítulo 16 - Perdendo a Cabeça
Capítulo 17 - You Never Really Can Fix My Heart
Capítulo 18 - Torna-te Aquilo Que És.
Capítulo 19 - You Belong With Me
Capítulo 20 - The Moment I Could See It
Capítulo 21- Turn To U (parte 1)
Capítulo 22 - Turn To U (parte 2)
Capítulo 23 - One Step At A Time
Capítulo 24 - I Like The Way It Hurts
Capítulo 25 - Change
Capítulo 26 - You Are The Only One
Capítulo 27 - People Help The People
Capítulo 28 - Hot Mess
Capítulo 29 - Tonight I'm Gonna Dance For You
Capítulo 30 - Tonight I'm Gonna Dance For You (Parte 2)
Capítulo 31 - Reason
Capítulo 32 - But I Will Take My Chances
Capítulo 33 - Soul Rebel
Capítulo 34 - New Life
Capítulo 35 - Well Run Away If We Must
Capítulo 36 - Well Run Away If We Must (Parte 2)
Capítulo 37 - Forgiveness
Capítulo 38 - That God Blessed The Broken Road
Capítulo 39 - Danger
Capítulo 40 - Never Looking Down
Capítulo 41 - Angel
Capítulo 42 - I Wont Give Up
Capítulo 43 - Never Let U Go
Capítulo 44 - Mine
Capítulo 45 - Always By Your Side
Capítulo 46 - Poker
Capítulo 47 - Vows Of Love

Capítulo 12 - No Lies, No Wrong

8.1K 190 433
By soulrebelfanfictt


– Justin. – segurei o rosto dele nos afastando. – O que foi?

– Nada. – sequei as lágrimas dele. – Eu não estou me sentindo bem. Minha cabeça está explodindo.

– Porque você está assim? Sua roupa, seu rosto. – atropelava as palavras. Ele passou a mão no rosto. – É algo que você não pode me dizer? Estão te ameaçando? Tem alguém querendo te mata? Eu sabia, sabia que você não devia ter se envolvido no trafico. – ele me silenciou com o dedo indicador.

– Não foi nada disso. Não foi nada de mais. Só me meti em uma briga. – disse passando o polegar no meu rosto.

– Você bebeu. É isso você está bêbado. – o cheirei, mas nem um vestígio de bebida.

– Justin. – Pattie apareceu na porta um pouco longe de nos. – Vocês dois entrem. Está muito frio ai. – Justin me olhou no fundo dos olhos.

– Eu não quero entrar. Pega as suas coisas e vamos embora, preciso de um banho ir pra casa, descansar. – balancei a cabeça assentindo e ele beijou minha testa.

Entrei com pressa para pegar minha bolsa.

– O Justin não vai entrar? – Pattie perguntou sentada ao sofá.

– Ah, é que ele está bem estressado, sabe como ele fica quando está assim né. Não quer entrar. – coloquei meu sapato. Despedi-me delas, Pattie ainda pensou um pouco em ir até o carro, mas mudou de ideia com alguns argumentos meus sobre o estado do Justin.

– Vou deixar meu carro aqui, amanhã venho busca.

– Tudo bem Caissy sem problemas. – Pattie disse. Dei um beijo nas duas e depois sai.

Entrei no carro e ele estava calado. Coloquei minha bolsa no banco de trás, e eu queria muito falar, argumentar saber o porquê de ele estar assim, mas não sabia como, não sabia por onde começar, o que falar.

POV Alexia.

Não conseguia ver pra onde estava indo só tinha que fugir entrei em ruas que nem sabia que existia. Não aguentava mais, não resistia mais meu corpo estava acabado e eu não aguentava mais fugir, chegou uma hora em que parei, não aguentava mais segurar aquela moto. Entrei com a moto em propriedade abandonada e a abandonei lá quando estava indo em direção à saída pude escutar no começo da rua o barulho de carros fritando o asfalto. Capangas do Justin! Me escondi esperando eles passarem. Não podia ficar dando bandeira e não estava em condições de correr e nem andar. Sentia uma falta de ar estrema o filho da puta tinha quebrado minha costela e com o impacto da queda aquilo só tinha piorado as coisas. Disquei o numero do Pablo que demorou a atender.

– Dama? – sua voz parecia surpresa.

– Preciso de resgate. – disse tossindo colocando sangue pela boca.

– Você não estava indo pra Cuba?

– Bieber e seus homens chegaram antes da minha partida. Não tive tempo de fugir.

– Onde você está? – escutei mais carros pelas ruas feitos loucos e me abaixei.

– Rastreia meu celular. Não sei onde estou e também não posso tentar me localizar. – disse mais uma vez cuspindo sangue.

– Ok eu vou rastrear seu celular chego ai já, já. – ele disse finalizando a ligação ou caiu não sei, estava meio transtornada.

Não estava mais aguentando de dor, deitei no meio do mato, agonizando. Sentia dor por todo o meu corpo. Caio no braço com qualquer pessoa, mas Justin sempre foi mais forte que eu, tudo o que aprendi foi com ele e ele sabe bem como me atingir. Se não fosse aquela faca que enfiei na perna dele não sairia viva, não me livraria, ele acabou comigo.

O celular começou a tocar e eu tive dificuldade pra atender, mas com muito esforço consegui.

– Alô? – disse sem olhar o número apenas aproximando ele de minha orelha.

– Alexia? Onde você está? – senti uma raiva interna ao escutar aquela voz.

– Estou longe. – forcei minha voz.

– Mas é que a...

– Mas é que nada já disse pra não me ligar quando estou em serviço.

– Eu sei, eu sei. Mas ela precisa de você.

– Se vira eu te pago pra que? Cuide dos problemas e não me perturbe! – finalizei a ligação ficando mais irritada do que já estava.

Odeio empregados incompetentes, principalmente quando não estou em um bom estado. Estava com raiva, raiva do idiota do Justin, raiva por não ter conseguido fugir e saber que ele agora mais do que nunca não desistiria de me encontrar nem se fosse ao inferno.

POV Caissy.

Chegamos em casa e Justin foi direto pro banho, ficou horas dentro do banheiro. Estava um pouco tensa sentada na beirada da cama, com as mãos relaxadas em minhas pernas, ele saiu do banheiro com uma toalha envolvida na cintura. Seus olhos estavam inchados, ele estava de costas para mim de frente para o espelho e eu tinha a visão da imagem dele.

– Está assustada? –ele disse finalmente quebrando aquele silencio insuportável entre nós.

– Um pouco. – disse me mexendo de uma forma desconfortável. Ele estava mexendo no cabelo o bagunçando com os dedos. – O que aconteceu... Que você chegou naquele estado?

– Nada. – ele levantou os ombros de forma calma.

– Nada? – perguntei incrédula. – Justin você chegou super estranho e agora me diz que não foi nada? Acho que mereço pelo menos um mínimo de consideração da sua parte, mereço explicações. – ele soltou o ar pelo nariz fazendo barulho.

– Me meti em uma briga de bar e o filho da puta meteu uma faca na minha perna. – ele disse sendo breve e simples.

– Você em uma briga de bar? Ata Justin, você não rola no chão com ninguém, apenas saca esse seu revolver ai e explode a cabeça de qualquer um que atravessar seu caminho. – a expressão dele mudou.

– Estava desarmado... Caissy o cara era um merda, sabe que não mato sem motivos.

– Sei, mas ele enfiou uma faca na sua perna ta ai um motivo e tanto para você mata-lo, não chegar em casa chorando.

– Bebi de mais, me exaltei... Fiquei pensando na Julie em você sabe como é bêbado às vezes exagera. – estava de braços cruzados ainda sem entender.

– Está querendo dizer que...

– Sim alguns copos de cerveja e pensar na minha filha me fez chorar e me envolver em uma briga de bar. – não estava acreditando no que estava ouvindo, podia ser qualquer pessoa, mas o Justin? Não, não por esses motivos que ele me deu. Não desta forma tão estranha, o choro dele era como se me pedisse perdão por algo que eu não soubesse. Eu queria a verdade, mas não sabia como chegar a ela. – Caissy. – ele gritou, estava com o olhar parado pensando e observando o nada.

– Que foi? – olhei para ele.

– Faz um curativo na minha perna ta doendo pra porra. – ele já estava de cueca.

– Faço. – levantei da cama ainda refletindo sobre aquilo tudo.

Ele segurou em meu braço.

– Mas antes eu preciso daquele beijo. – ele encostou os lábios levemente nos meus dando inicio a um beijo calmo e ritmado. Eu apenas o acompanhei seguindo seu ritmo quente e gostoso. – Agora eu realmente preciso de um curativo. – ele sussurrou quebrando o beijo.

– Você merecia um castigo por me assustar desse jeito. – disse no mesmo tom que ele o fazendo morder os lábios.

– Não quero nem imaginar qual castigo você iria me dar. – ele disse esbarrando os lábios levemente nos meus.

– Para de palhaçada e senta ai Bieber. – disse rindo o afastando de mim. Ele se jogou na cama colocando as mãos atrás da cabeça de forma relaxada enquanto eu pegava a maleta de primeiros socorros no banheiro.

– Foi na casa do seu amado Brian? – ele gritou para que eu ouvisse imitando uma voz nojenta. Lembrei-me do ocorrido.

– Darah. – murmurei com ódio pra mim mesma enquanto procurava a maleta. – Fui sim. – ele me olhou ao sair do banheiro.

– E ai... Como foi lá?

– Pra que quer saber nunca se interessou por isso. – me sentei à cama preparando o curativo.

– Te contei como foi o meu dia, quero saber como foi o seu.

– Legal... Passei o dia todo com os seus irmãos, na casa da sua mãe te ligando. – sorri sem mostrar os dentes, colocando algodão com iodo em cima do machucado para limpar.

– Ai Caissy. – ele virou o rosto para o travesseiro o mordendo e eu não parei de limpar.

– Vira homem Bieber... Honra teu nome. – disse rindo pegando outro algodão e fazendo outra vez.

– Filha da puta ta ardendo. – ele disse se contorcendo na cama.

– Quem manda se meter em brigas idiotas. – parei de desinfetar e passei uma pomada para não inflamar. – Acho que você deveria levar ponto está um pouco fundo isso. – disse observando melhor agora que estava limpo e desinfetado.

– Ah que mané ponto o que...Eu já to... – pressionei o corte outra vez e ele deu outro grito. – Ô Caissy meu, sem judiar pô! – comecei a rir.

– Justin você está me envergonhando, primeiro chora, agora parece um viadinho reclamando do machucado. O que ta acontecendo com você? – tinha passado um faixa na perna dele.

Não esperava por aquilo, estava distraída. Ele me puxou com força e me deitou na cama ficando por cima de mim. Seus olhos estavam a me encarar.

– Repete de novo... Não escutei direito o que você falou. – ele prendeu meus braços no alto da minha cabeça e estava montado em cima de mim.

Gargalhei. – Ta ficando surdo, é? – ele sorriu de um jeito safado sendo a perdição dos meus olhos, com aquela boca perfeitamente desenhada e aquele olhar com tanta intensidade a me encarar me fazendo esquecer completamente o sentido da vida ou da minha existência. Senti o hálito dele se chocar com a minha pele, ele começou a mordiscar meu pescoço de um jeito prazeroso, me mantinha de olhos fechados sentindo todo aquele prazer que ele me proporcionava. Sentia meu corpo se arrepiar por inteiro com um simples toque, os lábios dele me sugavam e eu estava ofegante.

– Nem terminei de cuidar dos curativos. – disse com a voz falha.

– Você tem outra coisa mais importante pra cuidar. – ele disse próximo ao meu ouvido mordendo o lóbulo da minha orelha.

– Jus... Justin. – não consegui terminar de falar, me apoiei em minhas mãos e me sentei encostada à cabeceira da cama, ele sentou-se de frente para mim seus lábios procuraram pelos meus dando um beijo prazeroso a me envolver. Suas mãos foram ágeis entrando em baixo da minha blusinha a arrancando fora.

Com o olhar ele devorou meus peitos e com uma mão desabotoou o feixe do meu sutiã em segundos. Depois o jogou em algum lugar do quarto começando a sugar meus seios. Tombei a cabeça pra trás a encostando na cabeceira da cama. As mãos dele desabotoaram o botão da minha calça e as tiraram com delicadeza deslizando as em minhas pernas. Seu membro estava ereto a quase rasgar a boxer branca em que ele estava. Ele se livrou de nossas peças intimas, nos deixando completamente nus, estava completamente molhada.

Ele estava posicionado entre minhas pernas, o puxei para perto de mim, trazendo seus lábios juntos aos meus, senti seu membro roça em minha entrada, ele me colocou em seu colo e segurando seu membro pela base me penetrou lentamente. Meus lábios roçavam nos dele ofegante, enquanto sentia toda sua extensão dentro de mim por completo. Seu beijo era viciante devorava meus lábios, sua língua ficava em uma dança romântica com a minha, minhas mãos estavam em volta de seu pescoço o trazendo mais para mim, suas mãos espalmadas em minhas costas juntando nossos corpos me fazendo sentir o calor de sua pele em contato com a minha.

O empurrei para trás o fazendo cair deitado na cama, suas mãos estavam em minhas costas e trocou de posição ficando por cima de mim, seus olhos estavam centrados nos meus enquanto ele me penetrou novamente e começou a me entocava lentamente, fazendo meu corpo subir e descer em movimento ritmado. Meu corpo pingava enquanto ele beijava meus lábios com jeito soltando gemido leves que me faziam contrair de prazer. Minhas pernas fraquejaram e eu senti minha vagina se contrair com ele ainda dentro de mim, Justin continuava a me entocar, mas depois de segundo pude sentir seu liquido quente jorrar dentro de mim. Meus cabelos estavam grudados ao meu corpo, minha respiração estava alta.

Justin caiu ao meu lado aninhando meu corpo ao seu e puxando o lençol para nos cobrir. Podia ouvir o barulho frenético e descompensado das batidas do coração dele enquanto a respiração ia se ajeitando. O lençol cobria parte de nossos corpos, ele estava com uma mão em volta de mim e a outra aberta esticada para o lado. Fiquei fazendo linhas imaginarias no peito dele enquanto minha mente ia se ajeitando voltando ao normal saindo do transi, ele estava com o pensamento longe.

– Posso contar uma coisa? – disse erguendo a cabeça para olha-lo.

– Pode.

– Você é o melhor presente que deus me deu. – ele ficou me olhando por um tempo sem dizer nada. Mas depois antes mesmo de ouvir a voz dele pude ler em seus lábios.

– Eu te amo. – pressionei meus lábios nos deles e voltei a olhar pra ele sem me cansar. – Tá me olhando com essa cara por quê? – ele perguntou confuso.

– Nada ué. – disse sorrindo.

– Fala Cassidy. Sei quando tem alguma coisa diferente com você.

Pulei da cama me envolvendo no lençol de pressa.

– Quero fazer xixi. – sai correndo para o banheiro ele começou a rir e eu entrei toda atrapalhada no banheiro. É simplesmente assim quando digo que quero fazer xixi não posso esperar nem um minuto, nem um segundo tenho que sair em disparada na corrida ao banheiro.

– Você nunca fala apenas que quer ir ao banheiro... Você faz um escândalo tremendo. – Justin disse enquanto eu arrastava o lençol pelo quarto voltando pra cama.

– Quando eu estava grávida era bem pior. – disse me enterrando nos braços dele.

– Era uma gorda mijona. – dei um tapa nele rindo.

– Para de falar assim. – esbravejei. – Pro seu governo até grávida eu era sexy, tá.

– Ah é. – ele me puxou beijando meu pescoço e me mordendo fazendo cocegas. – Eu te amo. – ele sussurrou no meu ouvido me fazendo arrepiar.

– Eu também. – disse em tom baixo.

– Promete que sempre vai ficar aqui pra sempre? – nossos olhos se encontraram ele estava tão enigmático.

– Eu prometo. – disse encontrando os lábios dele.

Ficamos rolando na cama a noite toda Justin não parava um minuto, ele estava inquieto e hiperativo, comemos, assistimos brincamos e até mesmo brigamos para saber qual filme assistir. Mesmo ele querendo ver um filme sanguinário com um final ridículo eu bati o pé querendo assistir um filme calmo e tranquilo, e como de fato no final quem ganhou fui eu. Não vi a hora em que peguei no sono só sei que apaguei nos braços do Justin que também já estava mais pra lá do que pra cá.

Acordei com a aquela sensação de que tinham apagado parte da minha mente. Sabe aquele cinco minutos que você fica deitada na cama tentando se lembrar o que fez na noite passada? Pois é, isso o que aconteceu comigo.

Abri os olhos e não foi novidade encontrar o outro lado da cama vazio. Mais um dia! Meu celular apitou um alerta de mensagem, escondido no meio das cobertas eu comecei a procura-lo com muita preguiça, parecendo uma múmia levantando da tumba. Cocei os olhos e encontrei meu celular em baixo dos travesseiros do Justin. O que estava fazendo lá? Boa pergunta, liberei a tela e li a mensagem.

"Eu sinto a sua Falta. – Brian".

Eu também sinto sua falta seu babaca. Joguei meu celular novamente em cima da cama sem responder a mensagem, caminhei me arrastando até o banheiro, me olhei no espelho e Jesus amado! Meu cabelo estava um caos, estava horrível é nessas horas que agradeço quando o Justin sai bem cedinho antes de eu acorda assim ele não vê a situação que eu acordo. Aquela água morna batendo em minhas costas era tão relaxante tão gostosa, passava o dia todo naquela terapia se eu pudesse. Lavei meus cabelos e esfoliei minha pele, enrolei uma toalha na cabeça e vesti o roupão e fui em direção ao closet. Não vou negar demorei escolhendo uma roupa começou a me bater aquela fome inexplicável e eu precisava descer pra tomar café já conseguia até imaginar a mesa pronta me esperando. Terminei de me arrumar e desci para a cozinha.

A mesa estava pronta, mas não tinha ninguém na cozinha nem na copa, não gosto de comer sozinha, mas se o jeito era esse fazer o que?

Sentei-me na cadeira lateral de frente pra porta da cozinha e de costas para a porta da sala. Comecei comendo as frutas, todas estavam docinhas bem no ponto, chegava até ficar enjoativa de tão doce que estavam. Os pães estavam macios tão fofinhos, e a minha vitamina estava pronta também não consigo acordar sem tomar vitamina de morango e de preferencia feita pela Guadalupe.

– Caissy – a voz da Guadalupe me assustou dei um pulo da cadeira quase derrubando as coisas no chão.

– Ai quer me matar do coração é? – disse com a mão junto ao peito.

– Desculpe não era minha intenção.

– Tudo bem. – sorri abertamente para ela. Meu humor estava ótimo nada como uma boa noite de sexo.

– Hoje tenho uma resposta diferente para sua frequente pergunta. – ela disse sorrindo.

– Que pergunta? – não entendi nada.

– Justin está em casa. – fiquei com bigode de vitamina.

– Sério? Onde? – engoli tudo de pressa.

– Escritório... Desse jeito vai engasgar menina. – ela disse me vendo tomar tudo de uma vez. Limpei a boca.

– Tenho que aproveitar enquanto ele está em casa. – levantei apressadamente da mesa.

Mas antes de sair da copa ela me chamou.

– Caissy... – me virei novamente. – Esses papéis estavam caídos no jardim, me parecem ser do senhor Justin. – peguei os papéis para conferir. Era um certificado de locação de helicóptero. Comecei a ler os papéis com atenção.

– Ué não me lembro quando foi que o Justin foi pra Miami. – nos papeis diziam que havia tido o aluguel de um helicóptero para Miami, mas eu não me lembrou de quando foi que Justin foi a Miami e o pior indicava que a viagem tinha sido na data de ontem. – Veio alguém diferente aqui hoje?

– Não que eu me lembre... Ah só os seguranças da dona Pattie trazendo seu carro, mais que isso ninguém de diferente.

– Acho que isso daqui deve ser de uns dos meninos ou do Jaden. Pode deixar entrego pra ele. – ela sorriu e começou a tirar a mesa.

Quem será que foi pra Miami? Atravessei a casa indo até o escritório a porta estava semiaberta e Justin estava a falar no telefone com alguém de costas para a porta com a cadeira virada pra janela.

– Você sabe que eu não vou desistir essa palavra não existe no meu vocabulário. – Justin dizia ao telefone.

(...)

– Eu sei que ela ainda está por lá.

(...)

– A Alexia é inteligente tenho certeza que sai do país não é tão importante para ela como antes... Não quando ela sabe que eu estou na cola dela. – paralisei quando ouvi aquele nome. Não ia ficar ouvindo a conversa dele, mas aquele nome me fez ficar.

(...)

– Nem eu sei como a deixei fugir. Brother eu tinha dois revolver os dois carregados e ainda tinha munição no bolso... O foda foi quando ela enfiou aquela faca na mina perna, aquilo foi meu ponto fraco. Ela apanhou feito uma condenada e de uma coisa eu sei... Quebrei uma costela dela, pude ver a dor que ela sentiu. – eu estava entendendo direito ou ele esteve com a Alexia? Apoiei minha mão no trinco da porta e continuei escutando tentando entender o assunto.

(...)

– Ryan escuta uma coisa... Alexia estava dominando Miami deve ter alguém trabalhando pra ela. Ela não iria embora e deixar tudo aquilo de bandeja pra algum encostado.

(...)

– Tá louco, mas é claro que eu não contei pra ela. A Cassidy nunca vai saber disso...

(...)

– Eu sei que ela tem todo o direito, mas eu não quero. Ela vai ter esperanças pelo resto da vida, mas nunca vai saber que eu matei a Alexia.

(...)

– Não quero envolver ela cara... Isso mexe de mais com ela. Vou acabar com a Alexia e viver minha vida em paz podendo relaxar todas as noites deitando minha cabeça no travesseiro, sabendo que acabei com a vadia que desgraçou a vida da minha família. –aquilo foi como uma faca em meu coração.

(...)

– Já reservei o helicóptero de novo, daqui a pouco ele baixa aqui em casa. – agora a ficha estava caindo briga de bar? Não teve nenhuma briga de bar. Ele esteve com ela, ele a encontrou e não me disse nada. Sentia meu corpo se tremer por inteiro estava estática, não queria mais ter ouvido aquela conversa, minha cabeça estava uma confusão me deixando atormentada.

(...)

– Falo te vejo mais tarde. – ele se despediu do Ryan. O baque foi grande e eu não conseguia nem me mexer, demorou um pouco até voltar à realidade. Minha mente estava em transi.

Ele se assustou ao se virar e me ver paralisada na porta.

– Caissy? – ele me olhou assustado.

– Você mentiu pra mim. – uma lagrima fez um caminho rápido descendo pelo meu rosto. Ele ficou mudo me olhando. – Você... Você esteve com a Alexia... – as palavras rasgavam minha garganta.

– Você estava ouvindo minha conversa? – nem ele sabia o que falar.

– Uma briga de bar... O dia inteiro fora. Eu deveria ter desconfiado. Como eu sou burra eu deveria saber que estava acontecendo alguma coisa. – cai no pranto. – Aquele papo de que choro era por mim e pela Julie era mentira. – gritei nervosa.

– Não... Não era! Eu estava me sentindo mal por ter falhado.

– Não acredito que fez isso... Não acredito que mentiu pra mim desta forma.

– Caissy eu não podia te contar... Eu sei o quanto isso acaba com você e...

– E nada! – gritei. – Isso faz parte de mim... Ela roubou minha filha isso é entre mim e ela. Você não podia ter feito isso!

– Eu podia sim! Eu queria ver o seu bem... Não queria te ver atordoada com esse assunto.

– Você não tinha o direito... Não tinha esse direito. Você prometeu que deixaria a Alexia para eu resolver. Que eu acertaria as contas com ela.

– Cassidy acha mesmo que eu deixaria você se meter com aquela bandida? Olha o que ela fez comigo. Imagina o que ela não é capaz de fazer comigo.

– Esse sempre foi o seu defeito. – disse secando as lágrimas com ódio. – Você nunca acreditou em mim, nunca. Sempre a subestimou, mas nunca me deu um voto de confiança. Alexia é uma não duas ela tem que pagar pelo que fez e eu teria que cobrar isso dela com as minhas mãos. Isso deixou de ser entre e você e ela, desde que ela cruzou meu caminho e levou minha filha dos meus braços. – dizia com ódio.

– Eu só queria te proteger. – ele gritou no mesmo tom que eu.

– Não você queria me fazer de idiota... Você queria matar a Alexia e eu nunca saberia e sempre ficaria achando que um dia poderia a encontra-la, mas ela já estaria morta.

– Cassidy eu nunca pensei isso...

– Eu ouvi você dizer pro Ryan.

– Sempre pensei no melhor pra você, sempre pensei na sua recuperação. Acha que o que a Alexia fez com a Julie não me afeta? A cada dia que eu acordo de manhã sinto ódio de mim mesmo, me sinto incompetente por passar pelo quarto da minha filha e ela não está por ela nem nunca ter ido lá. Sinto ódio de pensar que Alexia está impune por ai solta pelo mundo enquanto você luta tentando sair de uma depressão... Eu me sinto um lixo, quando paro pra pensar em tudo. – me sentei em uma das poltronas do escritório e comecei a chorar.

Pra que mentir? Pra que essa necessidade de tapar o sol com a peneira? Ele estava engando a si próprio fazendo isso, eu não me sentia mais calma em saber que ele esteve com a Alexia, não me sentia calma e saber que ele resolveu cuidar de tudo sozinho para me proteger eu sentia só o ódio aumentar, eu sentia o ódio se misturar com minha pulsação sanguínea. Eu a queria viva ou morta, mas eu tinha que ver aquela desgraçada. Eu não iria desistir eu tinha que ouvi da boca dela que matou minha Julie e ai sim eu iria sossegar ai sim eu iria descansar... Caso contrario o jogo só estava começando.

– Vou com você pra Miami. – disse sanando o choro.

– Tá louca?

– Não estou bem sã... Vou com você pra Miami. – repeti mais uma vez com firmeza.

– Não você não vai! Seu lugar é aqui, você não vai arriscar sua vida em lugares perigosos para achar a Alexia. Caissy isso não é vida pra você.

– Então vai começar tudo de novo... Sua vida vai se resumir em procura a Alexia... Quantas vezes você já fez isso? Em quantas situações você já esteve procurando essa filha da puta? Eu vou... E não se fala mais nisso. – pude escutar o helicóptero sobrevoando por perto. Ele iria pousar no heliporto em Cima de casa.

– Você não vai sair daqui... Eu vou achar a alexia tudo o que você tem que fazer é ficar aqui. – ele já mudou o tom dele sendo agressivo.

– Se eu estou dizendo que vou é porque vou... Nem você e nem ninguém vai me impedir. – trinquei os dentes.

O radio dele bipou.

– Justin é o Jaden... Já pousamos aqui na sua casa.

– Ok. Já estou subindo. – ele disse pegando os celulares e uma arma.

– Você não vai me deixar ir? – ele me olhou sério.

– Enquanto você for minha mulher e morar em baixo do meu teto quem manda sou eu e quem dá as ordens sou eu. – ele saiu feito um furacão. O barulho do helicóptero tomou conta da casa, fiquei parada pensando o que fazer, tinha que ir atrás, tinha que conseguir ir atrás da Alexia ele querendo ou não.

"Enquanto você for minha mulher e morar em baixo do meu teto quem manda sou eu e quem dá as ordens sou eu."

Ótimo se esse é o real motivo pelo qual não posso ir atrás dela então eu vou acabar com ele agora. Sequei meu rosto, mas ainda o sentia arder por causa do choro, estava um pouco quente.

– Guadalupe. – gritei saindo do escritório, ela veio rapidinho sabia que eu estava nervosa. – Me ajuda a arrumar minhas malas. – subi as escadas correndo.

– Vai viajar dona Cassidy? – ela disse apreensiva.

– Não eu vou embora mesmo. – abri o closet pegando duas malas enormes. Abri todas as minhas partições de roupa e comecei a jogar tudo dentro da mala com pressa.

Guadalupe me olhava assustada.

– Vai Guadalupe me ajuda a guardar isso. – ordenei e depois de um tempo ela começou a agilizar o serviço colocando minhas roupas na mala.

Quando o jogo começa a ser comandado por mim, a brincadeira não tem hora para acabar. Não tem limite, e muito menos regras, cansei de esperar, cansei de ficar calada. Agora eu vou agir agora eu vou fazer o que eu já deveria ter feito há muito tempo, vou fazer o que eu prometi pra mim mesma. Eu vou atrás da vagabunda que roubou minha filha. E ninguém mais vai me impedir.

Continue Reading

You'll Also Like

63.2K 8.3K 31
A vida de Harry muda depois que sua tia se viu obrigada a o escrever em uma atividade extra curricular aos 6 anos de idade. Olhando as opções ela esc...
223K 14.4K 50
Elisa, uma jovem mulher que pretende se estabilizar no ramo de administração depois de sua formação. Ela entregou seu currículo em várias empresas, m...
148K 14.3K 25
⚽️ 𝗢𝗡𝗗𝗘 𝗟𝗮𝘆𝗹𝗮 perde seu pai por uma fatalidade. Nisso, teria que passar a morar com sua mãe e seu padrasto, o que era seu pesadelo. Em mei...
3.9M 176K 71
📍𝐂𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐱𝐨 𝐝𝐨 𝐀𝐥𝐞𝐦ã𝐨, 𝐑𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐉𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨, 𝐁𝐫𝐚𝐬𝐢𝐥 +16| Victoria mora desde dos três anos de idade no alemão, ela sempre...