Soul Rebel-segunda temporada

By soulrebelfanfictt

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Eles tem uma alma rebelde! More

Capítulo 1 - My Final, Not So Happy
Capítulo 3 - Nem Sempre Se Compare a Mim!
Capítulo 4 - Dont Make Me Sad, Dont Make Me Cry
Capítulo 5 - Set It On Fire
Capítulo 6 - Guerra Declarada
Capítulo 7 - We Run The Night
Capítulo 9 - Dama do Tráfico
Capítulo 10 - Hide My Head I Want To Drown My Sorrow
Capítulo 11 - Wanting To Die
Capítulo 12 - No Lies, No Wrong
Capítulo 13 - Pedido De Mãe
Capítulo 14 - A Missão É Ser Patroa
Capítulo 15 - Não Quero Parecer Tão Fraca
Capítulo 16 - Perdendo a Cabeça
Capítulo 17 - You Never Really Can Fix My Heart
Capítulo 18 - Torna-te Aquilo Que És.
Capítulo 19 - You Belong With Me
Capítulo 20 - The Moment I Could See It
Capítulo 21- Turn To U (parte 1)
Capítulo 22 - Turn To U (parte 2)
Capítulo 23 - One Step At A Time
Capítulo 24 - I Like The Way It Hurts
Capítulo 25 - Change
Capítulo 26 - You Are The Only One
Capítulo 27 - People Help The People
Capítulo 28 - Hot Mess
Capítulo 29 - Tonight I'm Gonna Dance For You
Capítulo 30 - Tonight I'm Gonna Dance For You (Parte 2)
Capítulo 31 - Reason
Capítulo 32 - But I Will Take My Chances
Capítulo 33 - Soul Rebel
Capítulo 34 - New Life
Capítulo 35 - Well Run Away If We Must
Capítulo 36 - Well Run Away If We Must (Parte 2)
Capítulo 37 - Forgiveness
Capítulo 38 - That God Blessed The Broken Road
Capítulo 39 - Danger
Capítulo 40 - Never Looking Down
Capítulo 41 - Angel
Capítulo 42 - I Wont Give Up
Capítulo 43 - Never Let U Go
Capítulo 44 - Mine
Capítulo 45 - Always By Your Side
Capítulo 46 - Poker
Capítulo 47 - Vows Of Love

Capítulo 2 - I Just Wanted It All Back

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By soulrebelfanfictt


A água estava tão quente que chegava a deixar minha pele vermelha ao ser tocada, submergia minha cabeça deixando as gotas do chuveiro dominar meu corpo e levar embora tudo àquilo que passei naquela noite. Quando terminei o banho me enrolei em uma toalha e fui direto para o closet. Peguei uma camiseta do Justin e vesti uma calcinha e um shortinho colado que bem mais parecia ser uma cueca. Passei creme e penteei meus cabelos os deixando molhados. A pior parte foi sair do closet e encarar o Justin.

Ele estava com as mãos no bolso da calça e o olhar fixo lá fora, mas me olhou assim que notou que eu estava no quarto. Não tinha o que falar, não tinha o que explicar eu sentia vergonha, medo. Não sei o que deu em mim esta noite. Puxei o lençol e me sentei à cama, cobrindo minhas pernas e me aconchegando nos travesseiros ficando com o corpo um pouco curvado.

O silencio estava multou até que dei um espirro um pouco alto.

– Toma. – ele pegou uma xícara branca em cima da mesinha e me entregou. – Guadalupe disse para tomar isso, se não vai ficar resfriada por causa da chuva.

– O que é isso? – perguntei cautelosa.

– Não sei. – cheirei o liquido dentro do copo e não tinha um odor muito convencional, olhei pro Justin e seus olhos analisavam cada movimento meu. Tomei aquilo com muito nojo, mas até que não era tão ruim assim era mais frescura da minha parte.

– Você deve estar achando que estou ficando louca. – quebrei o silêncio entre nós ele estava com o corpo escorado na mesinha quase que sentado e de braços cruzados.

– E porque acharia isso? – ele disse sério. Coloquei o copo ao meu lado não conseguia tomar nem mais um gole daquilo.

– Me desculpe pelo o que aconteceu esta noite. – disse abaixando o olhar para que as lágrimas não caíssem, ele demorou pra falar. Senti seus passos chegando até mim e depois seu peso sentando na cama, não pensei duas vezes me atirei nos braços dele fazendo meu refugio. – Eu as vi Justin... Juro que vi. Parecia tão real. – disse soluçando e ele acariciava meus cabelos com uma mão.

– Caissy. – ele sussurrou fazendo seu hálito quente me encontrar.

– Eu só não quero acreditar, não posso acreditar que aquilo é uma alucinação.

– Isso é normal. – ele disse perto do meu ouvido.

– Sua mãe tem razão, ela tem toda a razão em não confiar em nada que faço... Estou ficando louca, estou vendo coisas, tendo alucinações, sou uma descontrolada.

– Nunca mais fale isso. – ele segurou meu rosto no meio de suas mãos me encarando.

– Eu só queria que aquilo fosse verdade, queria poder tê-la em meus braços novamente, por um momento pensei que pudesse trazer de volta alegria pra nossas vidas, pensei que poderíamos voltar ao que éramos antes, pensei que podia ter minha filha de volta... Mas foi tão rápido, foi como areia escapando pelos meus dedos.

– Você acha que não somos felizes? – ele olhava dentro dos meus olhos.

– Não como pensamos que seriamos... Já chegamos acreditar em felizes para sempre Justin, mas isso não aconteceu roubaram nossa felicidade destruíram nossas vidas. – ele abaixou o olhar. – Me desculpe por não ser a esposa que você merecia ter, desculpa por não estar cem por cento presente e sempre te causar proble... – ele me interrompeu me calando com um beijo e caindo por cima de mim. As mãos dele tocaram meu rosto delicadamente, ele me beijou calmamente, senti a língua dele quente passeando pela minha boca, demorei um pouco, mas depois me entreguei em um beijo calmo, que logo se tornou um beijo urgente, pois eu intensifiquei o beijo como respostas e uma das mãos dele desceu apertando minha cintura. Suas mãos passeavam pelo meu corpo enquanto ele sugava os meus lábios, algumas lágrimas se quebravam ao encontrar o rosto dele, mas eu prossegui o beijo achando um meio para me acalmar.

– Nunca mais fala isso. – ele afastou o beijo ficando milímetros longe da minha boca. – Você sempre será perfeita pra mim. Sempre será o que tenho de mais importante na vida. – ele disse olhando no fundo dos meus olhos e secando minhas lágrimas que molhavam meu rosto com o polegar.

– Eu te amo. – sussurrei antes de ele tomar meus lábios novamente me girando na cama pra ficar em cima dele. Procurei a boca dele e a beijei com violência e desejo e urgência. Senti quando os dedos dele tocaram a minha cintura por de baixo da blusa, as mãos dele foram subindo lentamente até meus seios e tiraram a blusa com urgência me deixando de calcinha e sutiã, me confortei sentada em cima dele, suas mãos desceram dando um apertão em minha bunda joguei o cabelo todo para o lado e inclinei meu corpo beijando a extensão do pescoço dele. Dei uma leve puxada no lábios dele o fazendo levantar o canto da boca em um sorriso fraco. Quando suas mãos tocaram minhas costas era como se minha pele queimasse ao seu toque, senti um arrepio passar por todo o meu corpo, nossos olhos se cruzaram e ele já estava tão perdido quanto eu. Sua língua brincava com a minha enquanto suas mãos subiram se enroscando em meus cabelos me prendendo a ele. Trocamos de posição novamente e Justin ficou por cima de mim, ele tirou sua camiseta colando seu corpo junto ao meu trocando calor comigo, percorreu um caminho até chegar aos meus seios desabotoando o feixe do meu sutiã e me olhando com aqueles olhos penetrantes sorriu como se eu tivesse dado algum presente a ele. Suas mãos eram quentes e me fazia arrepiar a cada toque. O único momento em que me sentia amada por ele era quando estávamos na cama, Justin nunca deixa de demonstrar o quanto me desejava o quanto me queria, era como se a cada vez que transássemos ele me amasse de um jeito diferente, de uma maneira diferente, como o meu Justin era e da mesma forma que eu era.

Aquilo era intenso me deixava fora de mim, ele se posicionou entre minhas pernas e eu soltei um gemido leve e baixo. Quando ele entrou completamente dentro de mim, senti um frio na espinha e minhas pernas ficarem fracas, nossos corpos se moviam em perfeita sincronia, minhas pernas estavam em voltas da sua cintura enquanto ele me entocava, quando ele me liberou, sentei no membro dele praticando movimentos devagar com as mãos espalmadas no peito dele enquanto ele segurava minha cintura. Seus lábios encostavam aos meus causando pequenos choques, era difícil pensar em qualquer coisa quando estávamos naquele momento eu simplesmente não conseguia raciocinar. Minha respiração estava forte e meus cabelos grudando ao meu corpo. Não demorou muito ele voltou a mandar na relação, voltou a me entocar, mas não foi por muito tempo. Ele me olhou sorrindo e soube que já tinha chegado ao ápice, segundos depois seu liquido me invadiu e eu rebolei assim que gozei com ele dentro de mim. Minhas pernas ficaram bambas durantes uns segundos e minha respiração estava cortada. Justin saiu de cima de mim se deitando ao meu lado na cama e eu tentava controlar a respiração para voltar ao normal.

– Só uma? – perguntei provocando com a voz um pouco rouca deitando em cima do peito dele.

– Eu não tô cansado. – ele riu vendo meu estado.

– Nem eu. – murmurei me aconchegando ao peito dele e puxando o lençol de seda para cobrir nossos corpos. Senti uma de suas mãos tocando minhas costas e me aconcheguei com o toque leve de seus dedos. Aquilo era tão bom, relaxante me sentia protegida nos braços dele, como se todos os problemas sumisse e fosse somente eu e ele. – Claire e Melissa. – dei um pulo me lembrando de que as deixei no restaurante e sumi.

– Eu já falei com elas. Quando você estava tomando banho seu celular não parava de tocar. Tive que atender.

– E você falou o que? – ele pensou um pouco.

– Disse que houve um imprevisto e eu tive que buscar você pra me ajudar com uns negócios.

– E elas? – perguntei desconfiada.

– Sabe como são suas amigas... Implicaram, mas depois desliguei na cara delas.

– Justin. – dei um tapa nele.

– Cassidy suas amigas são chatas, ué. – ele me puxou beijando meu lábios com força e depois me deitei em cima dele e ficamos em um silencio gostoso só ouvindo nossa respiração pesar o ar.

– Justin você ainda me ama? – perguntei assim sem ao menos pensar, quebrando o silêncio que havia entre nós.

– Que? – ele queria uma confirmação da pergunta. E eu me senti mais vulnerável por não ter uma resposta rápida e concreta que me fizesse acreditar que ele ainda me amasse.

– Você ainda me ama? – perguntei sem animo e já arrependida pela pergunta.

- Claro Cassidy. Que pergunta idiota.

– Antes você me amava agora você só está comigo por pena, né? – disse passando o dedo pela extensão do tórax dele, ele liberou o ar de forma alta e depois ele deitou com força por cima de mim me encarando nos olhos.

– Acha que eu não te amo? – ele mordeu meus lábios puxando o inferior. – Porque acha isso? – ele disse olhando dentro dos meus olhos sem desviar o olhar e nem demonstrar expressão.

– Não sei... Sou insegura quanto a isso. – dei de ombros e virei o rosto para o lado fugindo do olhar dele. A mão dele puxou meu rosto apertando minha bochecha para que eu o encarasse sem fuga nossas pernas se embolaram e ele controlou o peso em cima de mim.

– Como é que é? – ele disse em um tom risonho no mínimo o palhaço estava se divertindo. Bateram na porta e eu quis rir com a cara que ele fez, mas pelo menos me livrei de uma. Justin colocou o dedo indicador na minha boca me impedindo de rir, ele mordia o lábio inferior na intensão de que quem estava batendo na porta fosse embora, melhor isso do que ele pegar a arma e assustar quem quer que estivesse batendo com um tiro.

– Cassidy? Senhor Justin? – era voz da Guadalupe, vi os olhos do Justin ficar vermelhos de ódio. – A senhora Pattie está esperando por vocês lá em baixo. – tentei me mover, mas Justin prendeu minhas pernas não me deixando sair.

– Para! – murmurei tentando me livrar dele. – Justin se a gente não descer você sabe que sua mãe vai subir. – ele bufou afrouxando as pernas. Guadalupe desistiu de chamar e escutei seus passos na escada.

– Eu mudei da casa dela pra ter sossego... Mas nem na minha casa ela não me deixa em paz. Puta que pariu.

– Vai logo atender sua mãe. – dei um beijo rápido nele. Ele se levantou com preguiça vestindo a roupa.

– Não vai descer? – ele perguntou enquanto eu ainda estava deitada na cama.

– Vou tomar outro banho. – sorri ele deu de ombro já saindo do quarto. – Justin. – chamei antes de ele sair completamente ele parou me olhando. Fiquei um pouco sem graça em pedir aquilo. Puxei o lençol cobrindo parte de meu corpo me sentando a cama.

– É-É... Não conta pra sua mãe sobre o que aconteceu hoje à noite. – ele me encarou por um longo tempo.

– Não tem porque ela saber disso. – ele saiu fechando a porta e eu respirei aliviada me jogando na cama. Queria ficar deitada ali até pegar no sono e se aquecida pelo corpo do Justin, mas Pattie estava lá em baixo e eu tinha que descer. Depois de um tempo entrei no chuveiro e tomei um banho rápido, sequei a franja e um pouco do cabelo, coloquei um shorts e uma camiseta e sai do quarto. A escada não era como a da antiga casa, reta. Ela fazia uma curva e era bem maior, então minha presença foi anunciada assim que desci o primeiro degrau batendo o chinelo para ser notada.

Pattie estava sentada, mas levantou de pressa assim que me viu.

– Cassidy... Ah meu deus. – ela me abraçou. – Como você está? Eu fiquei tão preocupada.

– Estou bem Pattie. – disse tentando me livrar dos braços dela que me apertavam me sufocando.

– Claire e Melissa me ligaram desesperadas dizendo que você tinha sumido. – ela dizia atropelando as palavras, gelei.

– Eu realmente estou bem. – tentei sorrir, mesmo parecendo desconfortante.

– Disse pra ela que estava tudo bem, mas ela não me ouviu é exagerada. Sabe como minha mãe é. – Justin surgiu vindo da cozinha.

– Eu fiquei assustada. – ela disse pouco aliviada, rolei os olhos olhando pro Justin e ele estava sereno e seu olhar dizia para continuar.

– Justin foi me buscar era uma emergência. – disse tentando a tranquiliza, mesmo sabendo que aquilo não era verdade.

– Porque você não avisou, não ligou? Sumiu assim do nada as meninas ficaram preocupadas. – ela esbravejou.

– Mãe era urgente. – Justin respondeu mais rápido que eu. – O restaurante era perto de onde eu estava e passei por lá pra pegar a Caissy.

– Tudo bem, tudo bem. – ela respirou aliviada, mas não tão aliviada, pelos olhares dela percebi que ela queria falar a sós com o Justin. Eles sempre tinham umas coisas em particular pra conversa, não sei se era sobre mim, Pattie tentava convencer o Justin que eu deveria voltar a tomar os remédios ela achava que ainda não tinha me curado da "depressão".

– Então. – sorri. – Eu vou comer alguma coisa... Tô com fome. – sorri apontei na direção da cozinha pra ser mais especifica. Isso não era mentira, não havia comido nada, mas aquilo foi uma grande desculpa para deixar os dois a sós, sabe, pra ter aquele momento mãe e filho. Deixei a sala indo pra cozinha. Perdi a fome quando vi que tinha que preparar algo pra comer. Achei um pote de sorvete na geladeira, era o que tinha pra matar a fome até o Justin voltar.

Peguei uma colher coloquei o pote em cima da bancada me sentei em um dos bancos e me afundei naquilo, fiquei com vontade de colocar calda de caramelo, mas a preguiça falou mais alto e eu deixei de lado.

O sorvete já estava pela metade, o céu da minha boca já estava congelado e eu queria voltar pro meu quarto. Pattie e Justin não estavam fazendo barulhos, ou seja; o assunto era sério. Não queria atrapalhar então fiquei esperando na cozinha quando escutei Pattie chamar meu nome.

– Cassidy? – a voz dela ecoou desde o começo do corredor até chegar à cozinha.

– Oi. – gritei caminhando até ela.

– Já estou indo. – ela disse assim que surgi na sala novamente.

– Mas já?

– Graças a Deus. – Justin disse e eu o fuzilei pela sua má educação. Tudo bem que Pattie as vezes exagerava, mas não era pra tanto, não precisava magoa-la.

– Depois de casado tá querendo apanhar? Olha que ainda tenho aqueles cintos de quando você era pequeno. – ela me fez gargalhar só de imaginar o Justin levando uma surra dela.

– Ha ha engraçadinha.

– Tchau meu amor. – ela beijou meu rosto. – Nos vemos amanhã no noivado de Chris e Melissa. – ela sorriu contente.

– Amanhã? – enruguei a testa. – Quanta urgência.

– Sim. Melissa iria falar com você antes de sumir... – é ela iria mesmo falar sobre isso, é que tínhamos tantos assuntos, mas pena que não deu tempo.

– Ah sim, claro.

– Quero vocês dois lá, viu. – aquilo foi uma indireta mais pro Justin, a final ele que nunca tinha tempo pra nada.

– Ok Pattie. – sorri. – Pode deixar, estaremos lá. – disse confirmando e afirmando.

– Vai querer beijo? – ela se virou pro Justin que ignorou completamente a pergunta. Ele sempre fazia isso, não gostava de muita melação. Gostava de se fazer de durão principalmente com a mãe.

Pattie já estava de saída quando ele a gritou da ponta da escada.

– Ou, Patricia. – ela virou o olhando de cara feia, ela odiava que lhe chamasse pelo nome. – Acha que isso é roupa de mãe? – ele disse olhando a roupa dela.

– Que roupa?

– Essa dai que você tá usando. – ele apontou. A roupa nem estava tão extravagante, só a calça que era apertada nada de mais, e o salto que era perfeito.

– Sou uma mulher separada. E meu filho já está casado, não quero ficar sozinha pro resto da vida! – ela disse antes de fechar a porta. Toma essa otário, esse foi o olhar que dei pra ele. Cruzando os braços e segurando o riso.

– Nossa acho que você preferia dormir sem essa. – disse segurando o riso.

– Cala a boca Cassidy. – ele disse dando as costas e subindo.

– Ui, ficou bravinho foi neném? – ele não me respondeu. Subi correndo logo em seguida e quando entrei no quarto podia escutar ele ligando o chuveiro. Joguei-me na cama e fiquei rolando de um lado pro outro até o Justin sair de lá.

[...]

No outro dia acordei com os braços do Justin por cima de mim e o corpo todo dolorido não me lembro em que horas ele foi dormir e nem em que horas acabei pegando no sono.

– Justin. – tentei tirar ele de cima de mim. – Justin... Acorda. – gritei.

– Cassidy para eu quero dormir. – ele disse com a voz enrolada.

– E eu quero respirar. – falei um pouco alto, o fazendo abrir um olho e me olhar. – Dá pra sair de cima meu amor? – falei com uma voz fofa e melosa.

– Cínica. – ele saiu de cima de mim e se virou pro outro lado me dando as costas. Fiquei olhando o teto e mexendo os meus pés de forma repentina pensando no que iria fazer.

– Dormiu bem? – Justin disse sem me olhar.

– Sim, por quê? – respondi de imediato.

– Nada de pesadelos? Nada de gritos... Tomou alguma coisa pra dormir? – isso era verdade, senti um frio na barriga. Em muitas noites eu tinha certos pesadelos que me deixavam descontrolada, acordava gritando, chorando. Todos envolviam a Julie, não conseguia me conter eles pareciam tão reais que me tiravam do mundo real para viver uma coisa surreal. Tomava remédios às vezes para dormir. No começo foi difícil, mas agora Justin já havia se acostumado com tudo isso.

– Não tomei nada. – confessei, não tinha tomado mesmo. Ele se virou pra mim. – Acho que aquela alucinação acabou com todas minhas energias. – disse sendo irônica e ele me encarou sem dizer nada. – É hoje que a carga falsa chega? – mudei de assunto, pois é horrível não saber o que ele está pensando quando me lança aqueles olhares indecifráveis.

– Sim, mas você não precisa se meter nisso. – ele disse se espreguiçando.

– A qual é? Acha mesmo que vai me deixar fora dessa?

– Hoje é o noivado da Melissa... – ele se levantou só de boxer preta com uns detalhes roxos.

– Eu sei. – me sentei à cama cruzando as pernas.

– Acho que ela gostaria que você passasse à tarde com Claire e ela.

– Não me conhece? – ele me olhou. – Vamos ao noivado de noite, e cuidaremos dos negócios agora pela manhã. – ele entrou no banheiro.

– Eu não preciso da sua ajuda Cassidy.

– Eu não perguntei se precisa. – falei sendo firme. – Eu vou!

– Porque tem que ser tão teimosa? – fui atrás dele.

– Não sei. Me diz você... – comecei a escovar meus dentes.

– Só acho que pelo menos hoje você deveria ficar em casa.

– Pra que? – falei um pouco alterada e um tanto histérica já perdendo o controle. – Pra ficar me lembrando de coisas ruins? Pra receber telefonemas de piedade? Pra ficar me lamentando pela merda de vida que tenho? E de noite me empanturrar de remédios por não suportar a mim mesma?

– Não. – ele disse não dando importância as minhas palavras. Ele sempre se mostrou muito duro e não se comovia com os meus estados. – Acho que você deveria ficar aqui pela sua segurança.

– Ache que não sei me defender? – era uma pergunta retórica. – Realmente não sei. Principalmente quando você me prende aqui nessa casa enorme, some o dia todo, me deixa a base de remédios e alguém me vigiando.

– Eu prometi que não iria mais fazer isso. – isso era um assunto delicado. Há alguns meses Justin saia e deixava uma enfermeira me vigiando passava o dia todo dopada, o dia todo a base de remédios presa dentro dessa casa. Não tinha vida própria.

– Mas fez! – gritei nervosa.

– Eu só não sabia como lidar com a situação.

– Você me deixava presa aqui dentro. Dopada, tomando remédios que me deixavam lesada. Acha que isso é vida? O que fazia nesse tempo em que eu estava drogada? Onde estava, porque pra mim... Pra mim você nunca tinha tempo.

– Você disse que não tocaria mais nesse assunto.

– Não depois que você insinuou voltar fazer a mesma coisa. Eu não quero voltar a ficar presa aqui. – gritei nervosa.

– Vai sempre me julgar pelos meus erros? Vai sempre achar que vou fazer as mesma coisas?

– Então porque será que é tão difícil aprender com eles Drew? Eu só quero ser livre, ou melhor, tentar ser livre... Não aguento mais viver com a sua mãe tentando me vigiar. Essa desconfiança que você tem sobre mim...

– Eu não desconfio de você.

– Ah não? Então você confia em mim? Desde quando? Desde que me manda fazer serviços e coloca sempre alguém na minha cola pra saber se não vou perder a cabeça ou se não vou sumir no mundo atrás da vagabunda que acabou com a minha filha?

– Cassidy você contratou um detetive. – ele disse rápido me fazendo engasgar, me calei na hora. – Faz um tempo que estou checando suas retiradas e você contratou um detetive.

– Você... Você andou mexendo em minhas coisas? – perguntei indignada. Justin sempre me apunhalava quando eu achava que ele estava me dando um voto de confiança, me enganava muito fácil. – É dessa falta de confiança que estou falando.

– Porque me escondeu isso. – ele gritou e eu sai de dentro do banheiro, mas ele veio atrás. – Porque não me contou?

– Você é como os outros. – gritei nervosa. – Não acredita! Não consegue acreditar, eu sou mãe Justin.

– Cassidy isso é paranoia. – ele disse no mesmo tom que eu. – Esses caras só querem tirar dinheiro de você, eles nunca vão trazer a Julie de volta. E achar a Alexia eu disse que é por minha conta!

– Não. Você está sendo egoísta achar a Alexia para mim virou uma questão de honra. Eu tenho tanta sede para mata-la quanto você. Essa luta é tão minha quanto sua!

– Você não vai precisar sujar suas mãos.

– Estarei lavando minhas mãos quando ver o sangue daquela vagabunda jorrar. E ter certeza que a Julie não morreu.

– Isso é paranoia meu Deus. – ele gritou.

– Não, não é! Julie não morreu, ela não pode estar morta.

– Cassidy a Julie está morta! – ele dizia como se aquilo fosse entrar em minha mente de uma hora pra outra.

– Não, não está. Se não tem corpo, não tem morte... Se minha filha morreu, porque até hoje não achei o corpo dela? Porque até hoje não encontrei a Alexia?

– Já se passaram três anos... Eu tento, eu procuro, tenho os melhores homens envolvidos nesse caso, mas não é tão simples assim. Já viu o tamanho do planeta? Alexia é feito um rato deve estar enfiada em qualquer buraco.

– Pois eu vou até o fim desse buraco para achá-la! Mesmo você não querendo... Isso não vai me impedir.

– Acha que está certa? – ele gritou e eu já podia ver seus olhos transbordar em ódio principalmente quando eu o contrariava. – Meu homens estão cuidando disso, você não tem que se meter e nem contratar ninguém para te ajudar.

– Que homens? Essa sua vida de merda só dificultou as coisas. Não pude denunciar aquela cachorra por sua culpa. Não pude envolver a policia nisso por sua culpa... Ou acha que ajudariam a achar a filha de um criminoso que eles nunca conseguem pegar? Que nunca tem provas concretas contra ele? Eles nunca nos ajudariam Justin!

– Cassidy... – ele tentou se aproximar, mas eu o empurrei não obtendo muito sucesso pois ele não foi muito longe, mas a pouca paciência que ele tinha já estava se esgotando.

– É tudo culpa sua! Não tenho mais ela por culpa sua aquela louca desgraçou minha vida por sua culpa. – comecei a espernear até que senti a mão forte dele em meu rosto e minha bochecha formigar, meu rosto virou de forma rápida e alguns fios de meu cabelo grudam por cima da onde tinha levado em um tapa, coloquei a mão por cima de imediato.

– Nunca mais fale assim comigo! – ele disse sério e o encarava sem desviar o olhar. Fui uma completa idiota, me deixei levar pelas sensações do momento e acabei falando merda. Eu só me sentia engasgada e parecia que estava explodindo por dentro. Sai andando sem ao menos escutar o que ele tinha pra me dizer peguei uma roupa e fui me arrumar em outro quarto.

Quando estava saindo não cruzei, mas com o Justin. Não demorou muito e estava na casa do Brian, caprichei na maquiagem, pois meu rosto tinha ficado vermelho e um vergão fraco. Estava de óculos escuros a parte superior da minha bochecha estava roxa, e os óculos faziam sombra, ele abriu a porta pra mim.

– Ual! – ele sorriu a me ver. – Entre. – ele se afastou e eu entrei. – Não me avisou que viria...

– Não deu, foi de imediato que resolvi vir pra cá. – ele me analisou por um tempo.

– Brigas? – respirei fundo e segui pra cozinha sentindo um cheiro bom de comida.

– Você mora sozinho e todo dia faz essa mesa linda como se tivesse morando com alguém.

– Gosto de agradar a mim mesmo. – me sentei em uma cadeira me servindo.

– Donuts? – ele colocou uma cestinha cheia de donuts ao meu lado.

– Adivinhou que viria pra cá? – disse comendo um. – Só compra isso pra mim, certo?

– Certo dona Cassidy. – ele se sentou ao meu lado.

– Fui ao supermercado e me deu vontade de comprar, então comprei. – ele deu de ombros.

– Tá né. – voltei a comer.

– O que foi isso? – ele tirou meus óculos e eu não pude não deixar que eles fizesse isso, pois ele foi mais rápido que eu.

– Isso o que? – me fiz de desentendida abaixando o rosto.

– Eu não acredito... – ele rosnou me examinando melhor.

– Brian isso não é nada... – tentei o tranquilizar.

– Ah não Caissy? – ele disse nervoso. – Vai-me dizer que caiu da escada outra vez?

– Não!

– Não o que?

– Será que dá pra você falar direito comigo?

– Não porque nesse exato momento eu estou com vontade de te deixar viúva. – ele levantou jogando a cadeira longe.

– Brian não. – fiquei em sua frente tentando o barrar.

– Cassidy isso já passou dos limites.

– Eu disse coisas que magoou ele.

– E ele te machucou? Isso é covardia o cara tem o dobro da sua força.

– E eu disse que o culpado pela morte da filha dele foi ele. – disse com lágrimas escorrendo pelo rosto.

– Isso Justifica? – ele disse me olhando.

– Quando você se sente culpado sim. – me sentei novamente. – Peguei pesado com ele hoje. Tudo por futilidade sei que ele não está certo em fazer isso, mas disse que ele é culpado pela morte da Julie. Disse tantas coisas. – solucei. – Eu só não aguento mais. – ele ficou próximo a mim e eu afundei meu rosto no ombro dele.

POV Brian.

A ver naquele estado só me dava mais sensação de que também era culpado por tudo o que aconteceu. Sinto que eu podia ter feito alguma coisa pra reverter isso, mas não fiz. Sinto-me destruído em ver ela assim, em não ver mais aquele sorriso sincero brilhando no rosto dela, me impotente em não acabar com a tristeza sem fim que ela parece ter. Aquele dia é vivo em minha mente não se apaga, é como se a cada dia que acordo esteja vivendo um pouco dele novamente.

Flashback on

Meus olhos doíam como o resto do meu corpo, escutava o pingar de água em algum lugar, mas não identificava. Estava tudo escuro e aquele cheiro de podre invadia meu nariz. O chão estava molhado e úmido o local, era nojento e eu constatava com o tato.

– Tem alguém ai? – gritei e minha voz ecoou varias vezes, mas não tive resposta. Vi uma porta próximo de onde estava e tentei levantar, mas corpo estava dolorido. Com muito cuidado me arrastei até encontrar uma parede que me ajudou a levantar. Caminhava curvado pois sentia minhas costelas latejando, parecia que tinha tomado uma surra de uns quinze homens pra mais. Quando cheguei do lado de fora daquele lugar encontrei um breou da noite e neblina. A ultima vez que me lembro das coisas estava de dia e eu estava com a Alexia... Rosnei lembrando que estava com ela e aquilo só podia ter alguma coisa há ver com ela. Vi o prata de o meu carro ofuscar no escuro e com dificuldade caminhei até ele.

A chave estava em cima do capo e ele estava aberto. Mas que porra era aquela tateei meus bolsos a procura do meu celular, mas estava sem nada. Entrei no carro, minha cabeça parecia que iria explodir, liguei a luz e meus olhos arderam, vasculhei no porta luvas pra se tinha algum celular, mas nada. Quando eu encontrasse com a Alexia iria quebrar ela no meio. Não achei nada na minha busca pelo carro, liguei o GPS e nos começo estava sem sinal, mas depois pegou. Eu estava no fim do mundo ao que tudo indicava.

– Alexia filha da puta. – murmurei. O que essa maluca estava aprontando? Relaxei meu corpo dolorido no banco e quando bati o olho no banco ao lado tinha um envelope. Era uma carta pra falar a verdade um bilhete.

"Brian sei que quando for embora deste lugar e ficar sabendo de tudo, você vai me odiar. Eu só fiz tudo isso porque você poderia interromper meus planos e acabar com o que estava planejando. Perdoe-me e obrigada por ser o melhor irmão do mundo. E desculpa por tudo que já te fiz. Não me esqueci da promessa... A promessa que fez de sempre estar ao meu lado".

Beijos Alexia.

– Alexia. – joguei aquele papel longe e acelerei o carro.

Flashback off.

– Você não tem noção o quanto me sinto destruído ao te ver chorar assim. – ele disse baixo. – Alexia causou tudo isso. Alexia é minha irmã, ainda penso que poderia ter impedido de algum jeito...

– Alexia é doente... Ninguém teve culpa Brian.

– Eu poderia ter feito alguma coisa sei lá ter impedido.

– Como? Ela foi mais esperta sabia que você poderia atrapalhar os planos dela e tratou de você rapidinho.

– Ainda lembro quando acordei naquele galpão no meio do nada, sem saber como voltar pra casa e nem onde estava. A última vez que a vi foi no restaurante do hotel. Mas talvez se eu tivesse... – ele me silencio com o dedo indicador.

– Por favor, não se culpe. – ela ficou me encarando e eu fiquei um pouco sem graça pelo jeito em que ela me olhou. – Vai sair?

– Eu?

– Tem mais alguém aqui? – ela se virou procurando alguém.

– Palhaça. Não vou sair, por quê?

– Ótimo vou ficar aqui...

– Vai? – franzi o cenho a garota é folgada quando quer.

– Sim. – ela voltou a comer. – A não ser que a chata da sua mãe venha pra cá... Você sabe, a velha me odeia. – ri pelo jeito que ela disse. Cassidy e minha mãe não se davam bem.

– Minha mãe não virá pra cá hoje.

– Ótimo. – ela sorriu.

POV Caissy.

Fiquei assistindo vários filmes com o Brian e acabei pegando no sono, sem contar que ele me empanturrou de comida.

– Caissy. – senti algo me chacoalhar. – Caissy seu celular não para de tocar. – abri os olhos com preguiça, estava deitada no sofá.

– Quem é? – perguntei esfregando os olhos.

– Da sua casa. – ele encarava o visor do celular. Bufei e peguei o celular rejeitando a ligação.

– Que horas são? – perguntei me sentando e fazendo um coque frouxo no meu cabelo que ficou detonado por essa soneca no sofá.

– Seis. – ele relaxou o corpo.

– Tenho que ir ao noivado da Melissa. – abaixei o olhar derrotada. Meu celular voltou a tocar e dessa vez era o numero do Justin.

– Se não quer atender então porque não desliga o celular? – Brian perguntou confuso.

– O deixa ter esperanças. – joguei o celular pro lado. E deitei novamente com preguiça.

POV Justin.

A filha da puta tinha sumido a tarde toda e nem deu sinal de onde estivesse... Fiquei ligando feito um otário e ela não me atendeu. Já estava nos nervos, minha mãe ligou duas vezes querendo falar com ela e eu tive que dar desculpas.

– Guadalupe. – gritei nervoso. E ela veio depressa.

– Me chamou?

– Cadê o segurança da Cassidy? – ela me olhou assustada.

– O-O senhor deu folga ontem pra ele. – merda havia me esquecido disso.

– E não tem nenhum outro que poderia fazer o trabalho dele. – joguei um dos celulares na parede. Guadalupe tremia em pé. – Sai daqui você também. – gritei e ela saiu fechando a porta.

– A Cassidy, mas eu te mato ainda. Sua mimada. – tentei ligar mais uma vez, mas estava na caixa postal. Já estava fora do sério.

POV Caissy.

Cheguei em casa sem ser notada. Fui direto pro quarto. Tomei um banho e fiquei por lá fazendo minha maquiagem e me arrumando. Foi difícil escolher a roupa, não tinha comprado nada em especial, mas dentro do closet havia milhares de vestido que nunca havia usado... Era só procurar que encontraria um que me caia bem.

Depois de já estar quase vestida. Estava dentro do banheiro quando escutei a porta ser aberta com brutalidade. Assustei-me e por impulso sai para ver o que estava acontecendo.

– AH você já chegou? – Justin disse sem graça. Ele parecia estar um pouco embriagado. O ignorei e voltei a me arrumar. – Você ainda está brava comigo, né? – ele estava parado na porta do banheiro olhando eu me arrumar.

– Acho melhor você se arrumar... Não quero chegar tarde. – disse saindo do quarto.

– Nossa como você está cheirosa. – eu o empurrei me mantendo longe. Ele entendeu o recado e entrou no banheiro pra tomar banho. Já estava pronta, só faltava o Justin que ficou pronto depois de uma hora, provando e tirando varias roupas. Estava impaciente sentada na varanda quando ele apareceu muito cheiroso me chamando.

– Vamos? – ele apareceu, estava vestido com uma calça Jeans escura e uma jaqueta com detalhes.

Sai caminhando na frente. Estava na hora de fazer o papel do casal perfeito, passei o dedo limpando os lábios e entrei no carro quando ele abriu a porta pra mim.

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