Duas Vidas

By gahteese

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Joseph Kutcher formado em música, tem 28 anos, nasceu e foi criado nos Estados Unidos por sua mãe e por seu p... More

Saudade De Cada Detalhe
De Volta À Escola
A Causadora Do Primeiro Atraso De Victória
Cineminha
Ressaca
Ciúmes Súbito e Provocações Desnecessárias
Conversa/Discussão
A Coisa Mais Difícil Que Eu Já Disse
"Infidelidade"
Delírio
Não Me Arrependo De Ter Me Entregado
Turbilhão De Pensamentos
Tempo Ao Tempo
Inevitável
Reconciliação
Queimaduras Do Terceiro Grau (Reconciliação parte II)
Positivo
Assumir As Consequências
Responsabilidades
"Marlboro & Black"
Duas Vidas
Agora Todos Sabem!
Continue Me Amando
Via Skype
Seria Incrível Se Fosse Com Você
Butique, Benicío e Manu.
Sensível e Demasiado Protetor
Hello - FLASHBACK
Vou Sempre Fazer Isso
Desisto! Não Fazemos Mais Sentido Juntos
NOTA*
Tornar Vazio Da Presença
Reabilitação
"O Que Esperar Quando Você Está Esperando?"
Por Que Seria Um Problema Viajarmos Juntos?
É Perigoso Assim...
Faça O Que Quiser
Me Apaixonar Por Outra Pessoa
Mais Novas Meninas
Sei Reconhecer Quando Sinto Ciúme
Carrinho para gêmeas
Senti Muitas Coisas, Menos Arrependimento (Viagem parte I)
Desconfio Que Essa Não Seja A Minha Vida (Viagem parte II)
Melhor Momento De Sua Existência (Viagem parte III)
Reencontro Forçado Pelo Medo
Não Tenho Sentimentos
NOTA*
Minhas Frustrações, Certezas E Meus Sentimentos Incertos
Me Sinto Insegura Com Essas Mudanças Todas
Paixão Se Tornar Amor E Amor Companheirismo
Tive Sua Atenção
Encantamento, Atração, Paixão...
As Merdas Que Fiz
X-Bacon
Proposta
Namoram Como Casados
Casamento
Um Pouco Espantoso
Namorada (?)
Susto
Jantar
Tudo Certo. Eu Te Amo
Se Adaptar A Respiração (Hayley)
Felicidade Genuína, No Entanto, Incompleta
Quero Sua Ajuda, Quero Seu Carinho E Quero Muito Seu Amor
Lingerie Super Sexy
A Festa de Halloween
Nota*
A Festa de Halloween - Continuação (ÚLTIMO CAPÍTULO)
IMPORTANTE
A NOSSA VIDA ♡

Um Ano

298 14 20
By gahteese

Como passa rápido, mal vi os meses correrem, e pronto, minhas filhas já completam um ano. Como pode? Doze meses de vida cada uma delas, dois pequenos seres humanos que apaixonou a todos sem exceção. Como pai as vezes não cabe o orgulho dentro de mim, quando desperto e encontro as duas do meu lado, um sorriso imenso é simples demais para expressar a alegria em meu peito, então Maria Antônia adentra o quarto com duas mamadeiras e me dá um selinho demorado, manifestado de amor.

Quase todas as manhãs foram assim, ou era o inverso, eu me levantava antes e preparava as mamadeiras. Não importava quem fazia essa tarefa, o importante era os preciosos minutos de nós quatro juntos.

Fico extasiado nos momentos que posso simplesmente admirá-las. Três pares de olhos castanhos, grandes e perfeitos, que significam felicidade para mim.

Contemplar a magnitude de minha família sempre me faz sentir um ponto em um oceano de felicidade. No início é verdade que Maria e eu passamos por algumas dificuldades para conseguir administrar a vida de pais, mas juntos e com o passar dos dias, aprendemos que não há uma forma de ser pai e mãe, a cada dia descobrimos algo novo e desvendamos esse mundo com a ajuda de nossas pequenas princesas.

Sabe o melhor de tudo, o sorriso de ambas. Hayley e Helen com seus poucos dentes quando gargalham sinto que poderiam conseguir tudo de mim, assim como a mãe delas que somente quer carinho.

Com o decorrer do ano aconteceram algumas mudanças, a primeira foi que minha sogra voltou a ser responsável por Kaique, e ela está cada dia melhor. Foi um pouco difícil para Antônia no início não ver o irmão todos os dias. Outra coisa foi que meus pais passaram a se importa mais com "o Brasil". Na escola, Victória assumiu efetivamente uma boa parte de minhas aulas, com isso consegui mais tempo em casa. Samuel e ela não reataram o namoro, e por ele não saber lidar com isso, as vezes cria situação constrangedoras, como tentar fazê-la sentir ciúme.

Os alunos mais próximos de mim,  no início do ano se dividiram em grupos pequenos para visitar Maria e conhecer as gêmeas, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Sempre recebemos visitas, os amigos de Maria começaram a ter intimidade comigo e assim ficaram mais à vontade para ir no nosso apartamento.

Marcia continuou trabalhando em casa, mas aumentei seu salário diário, pois o trabalho praticamente dobrou, Hayley e Helen sujam muita roupa.

Não iria me esquecer também de falar dela, Analu, mantemos o contato quando está viajando e nos dias em que está na cidade, sem falhas ela sempre nos visita. De forma linda ela fica boba quando Maria pede algum tipo de ajuda, pois passou a adorar cuidar de minhas filhas por alguns minutos. O ótimo dessa nossa nova relação é que não envolve ciúme, está sendo muito saudável.

Senti alguém me abraçar por trás:

- É assim que você pega elas pra mim? - Maria indagou.

- Desculpa. - sorri tentando olhá-la com o canto do olho. - Submergi em pensamentos...

- Um ano. - disse algo que pipocava em meu pensamento. - Louco, não é?

- Muito. Olha só para elas. - falei e voltei a apreciar Hayley e Helen brincando no cercadinho que estava na bagunça de nosso quarto.

- Não são mais aqueles pequenos pacotes de choro. - brincou. - Mas não vamos vacilar, se elas não comerem agora, vão começar a espernear.

Concordei e ela me soltou. Interrompi seu caminho até nossas filhas segurando sua mão. Me olhou adiantada no sorriso e ficou de frente para mim.

- Amo você, Maria. - falei segurando sua cintura.

- Amo muito mais você, Joseph. - disse com convicção realizadora.

Ficou na ponta dos pés facilitando nosso beijo que não teve a paciência de começar com calma, havia prazer, amor, felicidade, uma mistura de coisas boas.

Nos separamos após alguns segundos de deleite. Peguei Helen e Maria a Hayley. Enquanto levávamos elas para a sala de jantar, fiquei encantado com a situação, mesmo ela acontecendo quase todos os dias, sempre é singular, com um detalhe especial.

O aroma das três é o melhor perfume que existe.

Hora de alimentar as meninas, coloquei Hayley e a Helen em suas cadeiras especiais. A animação de um bebê pela manhã é surreal. Maria ainda estava sonolenta e tendo duas crianças para cuidar todos os dias sem exceção, é cansativo mas tem seus momentos que recompensam esse "esforço" e deixam tanto a mim quanto ela abobalhados não importa quantas vezes repitam a ação.

Prendi seus babadores e esperei Maria terminar de aquecer as papinhas. Depois que me entregou uma, permaneceu com a outra, e tirando o alimento do pequeno pote partiu para o "aviãozinho" de Hayley que reproduzia sons com a boca, estava inquieta. Já Helen que eu alimentava, sempre tão calma, estava dispersa olhando para os lados, totalmente conectada com seu mundo.

- Abre a boca. - Maria fingiu o máximo de animação de possível para Hayley. - Zuuuum!

Ela Ingeriu a primeira colherada ou pensei que havia ingerido pois ela cuspiu tudo de volta e caiu em gargalhadas era o melhor sonido do mundo.

- Ah não! Não, filha. - Maria reergueu seu tronco com o rosto respingado com a papinha amarela.

Helen começou a rir também e eu como pai não resisti aquele som e ali estávamos os três rindo de Maria que largou tudo e foi para o quarto, deixei ambas e fui atrás de Antônia.

- Terceira vez. - disse ela quando me ouviu chegar. - Em dois dias, Joseph, acho que ela me odeia. - me olhou com um sorriso cômico enquanto retirava a blusa.

- Ela não te odeia. Ela só quer brincar.

- Ela não cospe papinha na sua cara. - fez bico.

- É que você tem uma reação engraçada.

- Tenho uma reação engraçada? - perguntou se aproximando. - Você acha? - sussurrou com voz sexy. - Então vai ficar de castigo. - gargalhou.

Apertei minha namorada muitos centímetros mais baixos, e parei para analisa-la.

- Você é a melhor mãe que conheço. - falei.

Ela suspirou e sorriu sem humor.

- Você então nem se fala. Me sinto tão feliz por minhas filhas terem um paizão como você.

Aproximei nossos lábios em um selinho demorado e carinhoso.

- Vou voltar lá. - falei me distanciando com relutância.

- Tá. - se olhou no espelho. - Vou tomar um banho porque daqui a pouco o pessoal chega para nos ajudar a terminar a decoração.

Assenti e voltei para a cozinha. As duas já tinham derrubado os recipientes de papinha e eu tive que aquecer outras no microondas. Depois sozinho alimentei-as.

Victória nesse tempo chegou, coincidência foi que ela e Samuel se encontraram no saguão. Eles entraram silenciosos e claro que partiram para pegar as bebês lambuzadas.

- Ainda não sabe dar papinha para elas, Joseph? - Samuel zombou vendo o estado das duas.

Não respondi porque Hele agarrou a narina de Samuel e apertou. As minúsculas unhas dela tinham alguns dias sem cortar, então por incrível que pareça, conseguiu tirar um pouquinho de sangue.

- Ah, esqueci que também não sei cortar as unhas delas. - brinquei em meio a uma risada.

- Percebi. - murmurou fazendo careta.

(...)

Maria desceu com Samuel e Victória para o salão do prédio que alugamos para a festa de aniversário, a preparação já tinha começado, faltava finalizar, por isso chegaram cedo.

Fui o encarregado de dar banho nas gêmeas. O bom é que elas adoram esse momento, o horrível é que não gostam de sair da banheira e aí choram até encontrar algo que as façam esquecer.

Depois do banho, peguei as roupinhas que Antônia havia preparado antes de descer. Vesti as duas com as regatas de diferentes cores e shorts floridos. O que ainda gosto de admirar é o tamanho de cada peça e Maria as escolhem tão bem.

Quando estava finalizando de passar o protetor solar, meu celular começou a tocar. Terminei de espalhar o líquido pelo braço de Hayley e atendi:

- Oi, Lu...

- Joseph, eu tentei ligar para a Maria e ela não me atendeu... não vou conseguir chegar à tempo para ajudar ela.

- Ah, eu acho que ela não ouviu o telefone, mas tudo bem, eu falo com ela. - respondi segurando a perna de Helen que já engatinhava para a beirada da cama. - Aconteceu alguma coisa?

- Meu vôo atrasou.

Trocamos mais algumas palavras e depois eu joguei o celular para agarrar Hayley prestes a cair da cama. No início dessa nova descoberta delas, a da locomoção, todos ficamos extasiados, mas se tornou tão mais difícil cuidar de ambas. Não param quieta quando estão acordadas, dar banho e trocar as fraldas tornaram-se quase missões impossíveis.

Quando estávamos prontos para descer, Kaique chegou, pegou uma das sobrinhas no colo e nós descemos conversando sobre o incidente que quase havia acontecido há poucos minutos.

(...)

Conversei com Maria sobre o que Analu disse e ela não ligou muito, a preparação não estava atrasada como imaginava. Nós daríamos conta.

Samuel foi que organizou mas com a opinião de Maria em tudo, e nos últimos detalhes que estávamos ajeitando, Victória e eu seguíamos as instruções deles.

O salão é bem grande, em todos os cantos com balões brancos e fitas cremes. Havia pequenos telões onde ficaram fotografias de nossos momentos desde o nascimento de nossas filhas. As mesas com toalhas brancas e no centro um vazo com flores lilás.

Enquanto trabalhávamos, não ficamos em silêncio, conversamos sobre muitas coisas até chegar no assunto que fazia Maria rir muito:

- Não, Samu. Não estamos há um ano sem fazer sexo. - ela o respondeu entre risos.

- Como vocês conseguem? Parece impossível ter tempo com as duas.

- Ontem nós fizemos. - me manifestei abrindo uma caixa de papelão.

- Rapidíssimo mas fizemos, né, meu amor? - Maria gargalhou.

Victória estava balançando a cabeça de um lado para o outro.

No horário do almoço, nós pedimos pizza. A prima de Maria do Guarujá chegou e se juntou a nós. Sua mãe e irmãos estavam na casa de Cassia.

Meus pais estavam no avião a caminho do Brasil, a previsão de chegada deles era quase no início da festa, às 16 horas.

Maria me lançou um olhar bravo depois de alguns minutos que Renata havia chegado, pois não era de acordo com ela ficar com Samuel novamente, todavia era o que estava acontecendo. Uma tentativa falha de meu amigo de provocar ciumes em Victória, mas nela ele não causava nada, já em Antônia, ela tinha vontade de parti-lo ao meio porque acreditava que lá nas entranhas, Victória se abatia com as senas que tinha de presenciar.

(...)

Depois da manhã e início de tarde trabalhoso, cada um foi para sua residência se arrumar para a festa. Menos a Tória que iria se aprontar no nosso apartamento pois Maria queria que ela estivesse a seu lado desde o início.

Minha tarefa foi de novamente tirar as roupas da Hay e da Hele para mais um banho, enquanto as duas amigas planejavam mais alguma coisa.

- Filha, ajuda o papai. - falei tentando passar a roupa pela cabeça de Helen que já estava resmungando, foi tão mais fácil vestir.

Depois disto ainda dei iogurte para elas e só depois Maria e Victória foi dar banho nelas e deixá-las prontas para a festa.

Quando prontas Maria e Victória vieram até mim que estava na sala. Confesso que fiquei emocionado quando as vi, não por causa das roupas novas nem nada disto, mas sim pela sorte que tenho de todos os dias poder admirá-las.

- Tória, olha elas um pouco? - Maria perguntou colocando Hayley dentro do cercado que eu tinha levado para a sala.

- Claro. - Victória respondeu e sorriu envergonhada pois as intenções de Maria estavam explícitas.

Ela segurou em minha mão e nós fomos para o quarto, foi fecharmos a porta que já estávamos envolvidos em um beijo quente e sonoro.

- O Samu ficou falando aquelas coisas aquela hora... - Maria disse levantando minha camiseta.

- Incitou você? - perguntei apertando seus quadris.

Ela assentiu e mordeu a boca. Sorri e comecei a deixá-la exposta começando por erguer sua blusa.

(...)

Me arrumei e depois deixei o quarto livre para as amigas. Victória foi para o banho e Maria estava esperando por ela para poderem se produzir juntas. Antônia queria dar um toque especial em Tória com maquiagem que faz tão bem, ela pensava que deixando ela mais atraente seria uma forma de contra ataque a Samuel.

Depois que estávamos prontos, decemos para o salão. Ainda faltava uma hora para começar mas sempre tem os adiantados e os pontuais, e como anfitriões devíamos receber a todos.

O buffet que contratamos já havia terminado de organizar tudo com relação à comida. Victória ficou vigiando as sobrinhas mais uma vez para Maria e eu conversarmos.

- Você está linda. - falei com Maria sentada em meu colo.

- Obrigada. Você também está. - respondeu acariciando meu rosto.

- Parece que conseguimos. Está tudo em ordem. - passei meus olhos pelo espaço decorado.

- Conseguimos mesmo. É tão especial, não é? A primeira festa de aniversário das nossas filhas.

Concordei e deixei um beijo no canto de sua boca.

- Estou desconfiada. - disse abrindo os olhos após o distanciamento de meus lábios. - Você está me escondendo algo.

- Oh, não! Como sabe? Fui eu que manchei aquelas roupas na lavanderia. - brinquei.

- Sabia que tinha sido você! - me deu um tapa no ombro. - Mas não é sobre isso que estou desconfiada... eu sei quando me esconde algo, Joseph. - passou para um tom sério.

Suspirei e apertei mais sua cintura em meus braços. Permanecemos por longos segundos com nossos olhares concentrados e penetrados um no outro. Foi uma forma linda e silenciosa de falar que mesmo eu escondendo algo a amava e ela, mesmo com esse segredo, sentia o mesmo.

(...)

Pouco a pouco nossos convidados foram chegando. Resolvemos que por termos muitos momentos especiais, essa festa seria algo irrestrito, não convidamos somente os mais próximos, fomos abrangentes na hora de fazer a lista de convidados que beirou à cento e cinquenta convidados.

Nossa decisão de fazer algo maior foi uma forma de nos aproximar e ter todos que de alguma maneira participaram da nossa história. Não estávamos dispostos com aquela festa de comemorar apenas o aniversário de Helen e Hayley, mas também toda a nossa trajetória, nossos dois anos juntos.

Entre nossos convidados haviam alunos e funcionários da escola, alguns de nossos vizinhos do prédio, colegas e amigos do antigo emprego de Maria. Benício e Emanuela todos os meses visitaram Maria e sempre com agrados a nossas filhas. No início eu tinha sim ciúme dele, mas se esvaiu ao perceber que este sentimento era estúpido.

A mãe de Maria chegou acompanhada do filho e do amigo que Antônia dá a maior força para que desenrole um relacionamento amoroso dali.

Analu quando chegou, abraçou primeiramente Antônia e depois nossas filhas, só então esteve em meus braços. Estava com um sorriso grande, animada com a festa pois se apegou de uma forma inexplicável a Hay e a Hele. Maria adora isso, claro que eu também.

Quando meus pais chegaram, Maria e eu retiramos nossas filhas da festa por alguns minutos. Fomos receber eles na portaria. Meu pai se emociona sempre que tem as netas nos braços depois de alguns meses, desta vez não foi diferente.

Depois Maria e minha mãe ficaram com elas para meu pai e eu levarmos as malas para o apartamento. Tivemos rápidos minutos juntos, mas foram excepcionais, compartilhei com ele o sentimento grandioso que a cada dia expandia.

(...)

O lugar onde Maria reservou para colocar os presentes estava transbordando, então tivemos que arranjar outra mesa. E mesmo com essa pequena confusão, tudo ocorria de forma deliciosa.

O difícil, as vezes, era administrar de quem era a vez de ficar com uma das gêmeas.

- Acho que ganhamos duas por causa disto. - Maria disse olhando para o círculo que existia entorno de nossas filhas. 

- Parece que sim. - a envolvi em meus braços.

Ficamos alguns segundos observando Analu fazendo aviãozinho com a Hayley enquanto meu pai, segurava as duas mãos da Helen, estimulando ela a dar alguns passinhos.

A música era harmonioso, a comida agradável, os convidados extrovertidos e carinhosos. Era uma agitação realizadora.

(...)

As horas passaram, e por não ser exclusivamente uma festa infantil, mesmo depois que cantamos os parabéns, muitos permaneceram. Aliás, canção tradicional  que Victória e alguns alunos fizeram uma releitura acústica.

Para dar o bolo para nossas filhas todos argumentaram, mas Maria colocou um ponto final nas discussões saudáveis e disse que as avós fariam isso. Eram quatro! Pois além de nossas mães, Cristina sempre foi muito dedicada em nos auxiliar e também tem Márcia, que sempre me deu a maior força e depois que minhas filhas nasceram, ela saiu de outros empregos para conseguir nos ajudar mais.

Quando o ritmo da festa se tornou mais suave, aproveitei para conversar com Analu a sós. Ela guardava algo para mim. Nós nos afastamos e ficamos sentados perto da piscina.

- Ela vai aceitar, não vai? - perguntei encarando a pequena caixa em minhas mãos.

- Sem dúvida. - respondeu e sorriu levemente de canto.

- Está realmente tudo bem para você? - indaguei agora mirando seus olhos.

- Claro, Joseph. Sabe... nós nunca tivemos isso. Eu sinto a intensidade do amor de vocês, me sinto pequena quando lembro que privava você de muita coisa. Já com a Maria, olha o tamanho disso. - olhou em direção a festa. - O amor de vocês se expandiu. Abrange a muitos.

- Inclusive você.

- Sim, inclusive eu. - sorriu. - Pensei em ser a vilã da história. - fez o gesto de aspas com os dedos. - Mas eu não queria te perder. Ao menos seus abraços. Agora olha só, estou apaixonada por suas filhas.

Por Analu*

Essa foi apenas mais um das conversas especiais que tive com Joseph. É tão realizador você perceber que um namoro nem sempre termina com o "relacionamento", se sobrar as melhores coisas depois da tormenta, vai perceber como tudo flui para a realização.

Fui capaz de notar que não deixei de amar o Joseph, mas acho que fui forte ao notar as diferenças neste amor e entender que ele pode ser tão bom quanto o "antigo".

É simples aceitar, apenas olhar para ele e Maria Antônia juntos que se vê uma paixão intensa e um amor amplo. Eu e o Joseph tivemos nossa paixão intensa no início, e também quando Maria apareceu pois eu queria de qualquer forma que ele continuasse sendo meu, e acabei por arruinar tudo.

Ótimo, foi horrível perdê-lo cada dia mais, mas então notamos que por estarmos tão fechados para o mundo ao nosso redor, quando alguém entrou no nosso foi o suficiente para destruí-lo e novas coisas serem criadas.

Enfim, só desejo que Joseph seja feliz. Porque estou feliz em vê-lo completo.

Quando encerramos nossa conversa meus olhos estavam marejados e então ele me abraçou apertado. Sorri ao encontrar seu ombro amigo.

- Chega. Agora é a vez da sua namorada ficar emocionada. - falei partindo o abraço.

Me coloquei em pé e agarrei sua mão.

Voltamos para a festa. Joseph estava nervoso e ansioso como raramente esteve. Me sentei ao lado do Samu observando Joseph ir para um lugar onde conseguiria atenção de todos. Ele sorriu tímido quando todos passaram a olhá-lo pois desligou a música.

- Me desculpem. Mas é que eu gostaria de fazer algo. - explicou-se. A expressão da Maria era até engraçada. - Em primeiro lugar agradecer a presença de todos. Cada um, sem exceção, participou da minha vida com Maria. Posso garantir por nós dois que a felicidade que sentimos é imensurável. Obrigado. Segundo... - olhou em minha direção pedindo ajuda. Me levantei e peguei do colo de Maria a Hayley, a Hele estava com Victória. - Em segundo lugar, quero chamar Maria Antônia aqui.

Todos riram com a expressão dela. E mesmo assim ela foi. Ficou de frente para ele que segurou sua mão direita.

- O que foi? - ela indagou como nunca a tinha visto antes, acanhada.

- Já vou dizer... - Joseph sussurrou e voltou a olhar para seus telespectadores. - Alguns sabem como amo a Maria, outros não tem tanta dimensão disto, porém, decerto vocês sabem, pois estão aqui, que amo demasiadamente o que ela me ofereceu. - olhou na direção das filhas. - Duas pequenas princesas que a cada dia me deixam mais bobo. - algumas pessoas riram. - Okay, voltando a olhar para esta mulher, sinto tudo em mim reagir em função de seus olhos. Por isso e por tudo de maravilhoso que construímos, quero oficializar nosso relacionamento. Na verdade, quero deixá-lo mais sério. Você é cheia de si, cheia de atitude, mas tem espaço para carinho, declarações e romance a moda antiga, por isso, diante de todos aqui, quero te pedir algo. - enfiou a mão no bolso e tirou a caixinha com a aliança.

- Joseph... - Maria colocou a mão solta em frente a boca.

- Maria. - Ele sorriu e pegou a aliança. - Quer se casar comigo?

Todos começaram uma euforia, gritar, bater palmas ou assobiar.

- Quero. Claro que eu quero. - Ela respondeu sem cerimônias, com lágrimas caindo.

Joseph sorriu e colocou a aliança de noivado em seu dedo. Depois a tomou em um abraço que tirou seus pés do chão e por pouco seu bumbum de dar inveja ficou visível.

(...)

- Olha só pra ele. - Samuel comentou observando Joseph abraçado com a noiva.

- Estão transbordando felicidade. - falei.

Uma das cenas mais bonitas que já tinha visto. Os dois mais as duas filhas.

- Acho que quero casar também. - Samuel brincou.

- A Renata está ali, aproveita e faz o pedido. - Victória falou se levantando.

- Me ama. - Samuel provocou-a.

Ela não o respondeu e foi em direção a Maria que logo abriu os braços para acolher a melhor amiga neles.

- Você devia para de encher o saco da Tória. - falei para Samuel.

- Só estou dando uma força para ela perceber que ainda gosta de mim.

- Que força, hein?

Olhei para a família belíssima que espalhava felicidade através dos sorrisos e não evitei um suspiro involuntário.

- Você está bem com isso? - Samuel indagou.

- Muito. Minha felicidade é vê-lo feliz.

____________________________________________

Eeeeh, resta pouquíssimo agora! Só mais um capítulo que talvez irei dividi-lo em dois... não vou postar epílogo (explicitamente escrito), porque não teve prólogo... Certo? rs
Obrigada por tudo!!! 🌸

Ah e eu sei que estou demorando muitíssimo para atualizar aqui, mas é que tive um bloqueio e é meu último ano na escola, está uma loucura!

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