Senti Muitas Coisas, Menos Arrependimento (Viagem parte I)

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Provavelmente depois/durante esse capítulo o número de leitores de Duas Vidas, se reduzirá a zero... :(

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Alguns dias depois. . .

Maria ficou um bom tempo abraçada a Victória e depois abraçou e beijou Kaique.

- Vamos? - perguntei a ela.

- Vamos! - sorriu - Meus amores é só uma semana, tá? - Maria disse com a voz chorosa.

Já tinha me despedido de todos. Incluindo Samuel, que estava ali também. Maria e eu acenamos uma última vez e depois fomos para o portão de embarque.

(...)

- Estou com um friozinho na barriga! - Maria disse enquanto me observava sentar ao seu lado.

- Normal. - sorri.

Logo a aeromoça pediu para que os passageiros colocassem seus cintos de segurança. Foi o que fizemos. Minutos depois o avião levantou o vôo e Maria abraçou o meu braço. Sorri com a cena meiga e engraçada.

- Já estou com sono! - ela disse bocejando.

- Dorme um pouco. - disse lhe entregando um pequeno travesseiro. - A viagem é longa.

- Quase dez horas, né? - perguntou se ajeitando na poltrona.

- Sim. - a respondi.

(...)

Depois que Maria acordou tentamos fazer o tempo passar conversando. Uma conversa até que gostosa, porque tínhamos que falar baixo, por causa dos outros passageiros que dormiam, então quase que conversamos sussurrando. E ela também ficou viciada nas balas que a aeromoça distribuía para os tripulantes que queriam.

- Eu quero mais bala. - Maria disse próximo ao meu ouvido.

- Vou pegar pra você.

- Ah, não, vou usar o banheiro e aproveitar para pegar. - sorriu.

Como sempre, inquieta.

(...)

Acabei dormindo também durante o vôo. Quando acordei Maria olhava admirada pela pequena janela.

- Boa noite. - disse com a voz rouca chamando sua atenção.

- Boa noite! - me olhou e sorriu - Acho que já estamos chegando... Estou tão anciosa!

(...)

Depois de pegarmos nossas malas, já no aeroporto Internacional Tacoma de Seattle, eu as coloquei em um carrinho e nos dirigimos para o portão de desembarque. Eram quase 22 horas, não tinha certeza porque meu celular não estava com o horário correto, devido ao fuso.

- Está frio. - Maria disse cruzando os braços.

- Desculpa, me esqueci de te avisar para ficar com uma blusa em mãos. - tirei meu moletom e estendi minha mão com ele - Veste esse.

- Não e você?

- Eu já sou acostumado com essa temperatura.

Maria assentiu e vestiu minha blusa que decerto, ficou grande para ela. Caminhamos um pouco, mas logo vi meu pai. O barbudo dos olhos verdes, era como eu o chamava quando mais novo.

- O meu pai. - o apontei para Maria que estava ao meu lado ela sorriu e olhou pra mim.

Meu pai nos notou e veio em nossa direção já abrindo seus braços para me abraçar. Foi o que fez. Me apertou em seu abraço caloroso. Como de um brasileiro.

Duas VidasWhere stories live. Discover now