Namorada (?)

312 21 14
                                    

No domingo após o aniversário que Maria e Kaique haviam ido, eu fiquei vidrado na expectativa de que minhas filhas pudessem se mexer denovo, queria muito estar presente, compartilhar mais um momento especial com Antônia, todavia pela manhã isso não aconteceu.

Nós acordamos e permanecemos na cama, ela toda carinhosa conversando comigo e com nossas filhas. É hilário quando Maria infantiliza a voz, contudo não deixa de ser fofo.

Tínhamos planos de tomar banho juntos mas como Kaique já havia acordado, Maria resolveu dar mais atenção pra ele. As vezes parece que ela está se esquivando de mim, de sexo pra ser mais exato. Samuel também não acertou o lance de "transar diariamente", esse lado estava bem frio.

- Ok, então eu vou sozinho. - falei me levantando.

- Para! - Maria agarrou minha mão. - Jo, eu já dormi aqui, tenho que ficar com ele um pouquinho.

- Tudo bem. - me aproximei e beijei seus lábios. - Vou levar isso como um teste.

- Como assim?

- É um treinamento para minha abstinência sexual, porque quando nossas filhas nascerem vai ser pior, decerto.

- Você está bravo comigo? - fez um biquinho.

- Não! Claro que não.

- Parece. - suspirou e colocou as duas mãos na barriga. - É que... eu olho para o meu corpo e não é o que eu queria que você visse... - entristeceu. - Você sabe que está muito diferente...

- Já falamos sobre isso da última vez que ficamos. Eu até falei que você está gostosa.

- Falou brincando.

- Não, Maria. - me abaixei em sua frente. - Olha, claro que surgiram algumas marcas em seu corpo e você ganhou peso, mas nem por isso está...

- Ridícula?

- Pode ser. É impossível ser perfeita.

- Você está bem próximo da perfeição. - brincou.

- Claro que não.

- Fala um defeito seu então. - cruzou os braços.

- Acho que sou magro demais. - balancei os ombros.

- Acha nada! Só está tentando me ajudar. Quando eu era da escola estava cansada de ouvir como suas pernas finas são uma delícia. - revirou os olhos e me olhou fixamente. - Então, me espera pra ir com você.

Maria foi conversar com o irmão um pouco, ficou no quarto com ele por quase meia hora e depois voltou. Estava sentado na cama esperando ela e quando passou pela porta, trancou e sorriu largamente.

Ficou entre minhas pernas e começou a me beijar animadamente. Correspondi com as mãos já tocando seu corpo. Ela me empurrou delicadamente para deitar as costas e sorriu. Em seguida sentou-se na área do meu sexo e mordeu os lábios.

Os olhos fixos uns nos outros estava me causando ansiedade para tê-la.

(...)

- A mãe da Tória quer que a gente vai almoçar lá. - Maria disse depois de verificar porque seu celular havia apitado.

- Vamos?

- Claro. O Samu vai ir. - disse animada. - Ele devia pedir a Tória em namoro logo. - disse tirando a toalha envolta de seu corpo.

- Devia. - falei penteando meu cabelo.

Terminei de me arrumar e esperei Maria fazer o mesmo, como sempre, ela reclamou porque nada mais cabia em seu corpo. E ela tinha razão, apenas vestidos soltos e os moletons que ainda serviam.

Duas VidasWhere stories live. Discover now